ENVEJECIMIENTO POSITIVO Y SOLIDARIDAD INTERGENERACIONAL AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS



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EVEJECIMIETO POSITIVO Y SOLIDARIDAD ITERGEERACIOAL AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO DE DISCRIMIAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS air Francisca Fernandes Deartamento de Psicologia e Educação da Universidade da Beira Interior Estrada do Sineiro, 6200-209 Covilhã, PORTUGAL nair_francisca@hotmail.com T: 00 5 967 89 894 Rosa Marina Afonso Deartamento de Psicologia e Educação da Universidade da Beira Interior UIFAI- Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos- ICBAS - UP enrique Pereira Deartamento de Psicologia e Educação da Universidade da Beira Interior UIPES - Unidade de Investigação em Psicologia & Saúde ISPA-IU Manuel Joaquim Loureiro Deartamento de Psicologia e Educação da Universidade da Beira Interior CIDESD - Centro de Investigação em Desorto, Saúde e Desenvolvimento umano (Gruo Saúde). UTAD - Pólo da UBI Fecha de receción: 2 de julio de 202 Fecha de admisión: 7 de noviembre de 202 RESUMO É fundamental esclarecer as essoas sobre o rocesso de envelhecimento, uma vez que surgem, frequentemente, situações discriminação em relação às essoas idosas baseadas na idade ageism ou idadismo. O objetivo deste estudo é analisar a erceção da discriminação que os idosos sentem. Para tal, foi utilizada a escala Ageism Survey (Palmore, 200, adat. o. ortuguesa or Ferreira-Alves & ovo, 2006). Particiaram no estudo 698 sujeitos, com idades entre os 60 e os 98 anos, 49 residentes na comunidade e 205 em lar. Os resultados sugerem a existência de erceção de discriminação baseada na idade or arte dos idosos. As situações de discriminação mais frequentemente ercecionadas reortam-se a contextos de saúde. ão foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os idosos residentes em lares e na comunidade. Este estudo alerta, assim, ara a resença/erceção de ageism e, consequentemente, ara a necessidade de investigações e intervenções nesta área ara que as essoas idosas ossam viver com mais qualidade o seu rocesso de envelhecimento. IFAD Revista de Psicología, º2-Vol., 202. ISS: 024-9877. :05-4 05

AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO DE DISCRIMIAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS PALAVRAS-CAVE Ageism; envelhecimento; essoas idosas. ITRODUÇÃO O aumento da eserança média de vida e o envelhecimento da oulação desencadearam uma reconfiguração de etaas no ciclo do envelhecimento humano. O envelhecimento é, na ersectiva de desenvolvimento ao longo do ciclo vital de Baltes, um rocesso de desenvolvimento caracterizado or ganhos e erdas que se rocessa (Murillo, Correa & Aguirre, 2006).Esta etaa desenvolvimental é, maioritariamente, caracterizada or erdas, contudo, envelhecer não é sinónimo de estar doente ou incaacitado (artmann, 2008). Ao longo da velhice são ativados mecanismos de resiliência sicológica e de regulação da erda que fazem que com esta etaa ossa ser vivida com bem-estar e qualidade de vida. Contudo, o facto de revalecerem, socialmente, estereótios que valorizam a juventude (Ferreira-Alves & ovo, 2006) gera, frequentemente, uma desvalorização das essoas mais velhas que odem tornar-se vítimas de exclusão social (Veloz, ascimento-schulze & Camargo, 999). esta linha, surge o conceito de ageism ou idadismo como sendo uma forma de discriminação com base na idade que geralmente ocorre em relação às essoas mais velhas (Palmore, 999 cit in Palmore, 2004). O ageism manifesta-se a nível individual, instrumental e social. Assim, a nível individual ode reortar-se a situações em que é evitado o contacto com essoas idosas ou são formadas atitudes e estereótios negativos acerca dos idosos. A nível instrumental refere-se a situações de discriminação no emrego ou instituições ara idosos. A nível social, a discriminação refer-se a situações de falta de igualdade, linguagem idadista e segregação ela idade (McGuire, Klein & Chen, 2008). Assim, o ageism ode manifestar-se através de mitos, estereótios, ráticas discriminatórias tanto no local de trabalho como na educação ou serviços de saúde (Schroots, 200; Couto, 2005). Como consequências do ageism, ara o idoso, ode destacar-se o isolamento, a institucionalização, a diminuição da atividade e consequentemente da erceção de autoeficácia e o aumento dos maus-tratos nesta etaa de desenvolvimento. Por outro lado, a imortância exagerada dada à juventude também influencia de uma forma negativa o idoso, odendo suscitar conflitos intergeracionais o que ermite o afastamento da oulação idosa da restante sociedade (Palmore, 999). Como resosta ao Ageism, Palmore (999) destaca estratégias utilizadas elos idosos: aceitação, que se traduz elo afastamento voluntário or arte do idoso; negação, quando a essoa idosa se esforça or arecer mais jovem, recorrendo muitas vezes a cirurgias lásticas; evitamento que ode conduzir a comortamentos como o isolamento, consumo de substâncias, manifestação de doenças mentais e a reforma, que é considearada elo autor a resosta ositiva que visa eliminar a manutenção dos estereótios através da não conformidade com os mesmos, romovendo a rocura de atividades aliciantes e razerosas. A base das atitudes de ageism são as imagens e estereótios baseados em crenças erróneas que tendem a associar a velhice a senilidade, fraqueza e deendência (Catita, 2008). O desenvolvimento destas atitudes é iniciado ainda na infância, quando são criadas imagens do idoso (Dobbs et al., 2008). De acordo com Levy (200) a construção da forma como a essoa erceciona o seu envelhecimento assa or dois estádios. Inicialmente os estereótio e vão sendo internalizados desde a infância através da socialização. esta fase, os estereótios ainda não tem qualquer imacto na auto-erceção, uma vez que são dirigidos a indivíduos exteriores ao gruo. um segundo momento, quando o indivíduo atinge uma idade avançada, os estereótios tornam-se auto-estereótios. Aqui, o idoso aercebe-se que faz arte de um gruo ao qual são atribuídas determinadas características, havendo uma identificação com o gruo (Macia, Lahmam, Baali, Boëtsch & Lucciani, 2009) e adotando atitudes congruentes com os mesmos (Cathalifaud, Thumala, Urquiza & Ojeda, 2007). Este mecanismo é visível quando se observam atitudes discriminatórias dos idosos em rela- 06 IFAD REVISTA DE PSICOLOGÍA, º2-VOL., 202. ISS: 024-9877. : 05-4

EVEJECIMIETO POSITIVO Y SOLIDARIDAD ITERGEERACIOAL ção ao seu rório gruo ou quanto a si rórios. esta linha, alguns declínios e algumas situações /interacções de discriminação baseada na idade ageism são, também, devidas aos estereótios sociais e aos auto-estereótios sobre a velhice. O ael dos estereótios é, assim, fundamental na erceção e atitudes que os idosos têm em relação a si rórios. É or isso, fundamental, que se rocure aumentar o bem-estar dos idosos através da diminuição de atitudes discriminatórias. MÉTODO Objetivos Esta investigação tem os seguintes objetivos: Identificar as formas mais frequentes através das quais as essoas idosas se sentem mais discriminadas. Averiguar se existem diferenças na erceção de discriminação relativa à idade ageism- comarativamente entre homens e mulheres idosos. Averiguar se existem diferenças na erceção de discriminação relativa à idade, comarativamente entre gruos com diferente estado civil, escolaridade e última rofissão. Averiguar se existem diferenças na erceção de discriminação relativa à idade, comarativamente idosos residentes em meio rural e idosos residentes em meio urbano. Averiguar se existem diferenças na erceção de discriminação relativa à idade entre idosos institucionalizados e não institucionalizados. Amostra Particiaram no estudo 698 sujeitos, com idades entre os 60 e os 98 anos, sendo a média 74,72 anos (DP=7,9). 280 (40,%) sujeitos são do género masculino e 48 (59,9%) do género feminino. o que reseita o estado civil, 49 (7%) dos sujeitos são solteiros, 95 (56,6%) são casados, 4 (2%) são divorciados, 27 (4%) são viúvos e (0,4%), têm outro estado civil. As características sociodemográficas são aresentadas na Tabela. Tabela. Características sociodemográficas da amostra (=698). Sexo Masculino Feminino Idade Entre os 60 e os 70 anos Entre os 7 e os 80 Mais de 8 anos Estado Civil Solteiro Casado Divorciado Viúvo Outro Escolaridade ão sabe ler nem escrever º - 4º ano 5º - 6º ano 7º - 9º ano Ensino secundário Ensino Suerior Última Profissão Setor rimário Setor secundário Setor terciário Outro Local Residência Residência Lar Outro Contexto Residência Rural Urbano (%) 280 (40,%) 48 (59,9%) 24 (4,8%) 282 (40,4%) 7 (24,8%) 49 (7%) 95 (56,6%) 4 (2%) 27 (4%) (0,4%) 92 (,2%) 469 (67,2%) 46 (6,6%) 28 (4%) (4,4%) (4,4%) 77 (25,4%) 247 (5,4%) 9 (27,4%) 8 (,6) 49 (70,%) 205 (29,4%) 2 (0,%) 44 (59,%) 284 (40,7%) IFAD Revista de Psicología, º2-Vol., 202. ISS: 024-9877. :05-4 07

AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO DE DISCRIMIAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS Instrumentos Questionário sociodemográfico Questionário ara recolha de informações sobre género, idade, estado civil, escolaridade, última rofissão, local e contexto de residência a erceção de saúde. Ageism Survey A escala Ageism Survey foi construída or Palmore (200) e foi adatada ara a oulação ortuguesa or Rosa ovo e Ferreira Alves (2006). A escala avalia a erceção de discriminação relativa à idade. É constituída or 20 itens, avaliados numa escala de tio Likert de ontos. Relativamente a cada item, o articiante deve assinalar o número que corresonde à frequência que o resetivo eisódio ocorreu: (0) nunca ocorreu, (), ocorreu uma vez ou (2) ocorreu mais do que uma vez. o âmbito desta investigação foi estudada estrutura fatorial da escala, através da rotação varimax, o que ermitiu organizar os itens em fatores, cuja análise da consistência interna se aresenta na Tabela 2. Tabela 2. Alha de Cronbach dos factores da escala Ageism Survey (=698) Alha de Cronbach Escala Comleta 0,8 Factor - Aoio social e médico 0,727 Factor 2 -Integração do idoso na sociedade 0,76 Factor - Criminalidade /agressividade 0,58 Procedimento Aós a revisão da literatura e escolha /rearação instrumentos solicitou-se a colaboração /articiação no estudo junto de essoas idosas residentes na comunidade e academias/esaços seniores e lares da terceira idade. Posteriormente, foi feita a alicação individual dos questionários aós consentimento informado junto dos articiantes. Os questionários foram alicados individualmente or estudantes de mestrado da Universidade da Beira Interior, no âmbito das unidades curriculares de gerontologia e sicogerontologia, rovenientes de diferentes zonas do aís. os casos em que os articiantes não sabiam e/ou tinham dificuldades em ler e/ou escrever, o investigador alicou o questionário oralmente. Quanto aos articiantes residentes em lares, os técnicos da instituição (assistentes sociais ou sicólogos) encaminharam ara o estudo os utentes que consideravam ter, a nível cognitivo, cometências ara resonder. Foi semre garantido o consentimento informado. A análise de dados foi realizada com o Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 9.0 ara Windows. Foram feitas as estatísticas descritivas ara se caraterizar a amostra. Foi estudada estrutura fatorial da escala, através da rotação varimax, que ermitiu organizar os itens em fatores, sendo a seguir analisada a consistência dos factores através do cálculo do coeficiente alfa de Cronbach. Para a comaração dos índices de erceção de discriminação entre os gruos, foram utilizados os testes Qui Quadrado e o teste Kruskall-Wallis. Para a análise estatística das informações recolhidas foi estabelecido como nível de significância <0,05. 08 IFAD REVISTA DE PSICOLOGÍA, º2-VOL., 202. ISS: 024-9877. : 05-4

EVEJECIMIETO POSITIVO Y SOLIDARIDAD ITERGEERACIOAL RESULTADOS Identificar as formas mais frequentes através das quais as essoas idosas se sentem mais discriminadas. Os resultados sugerem que existe um reconhecimento relativamente frequente da discriminação relativa à idade entre os articiantes. As formas mais frequentes de discriminação relativa às essoas idosas, identificadas neste estudo referem-se ao fato de alguém assumir que o idoso ouviria mal devido à idade, considerar que a essoa não comreendia bem devido à idade, considerar que as dores se devem à idade avançada ou falar de forma condescendente ou aternalista ara com o idoso. Os resultados indicam, no entanto que, a grande maioria dos casos não considera ser discriminados devido à idade. A Tabela aresenta os resultados obtidos e ermite a comaração dos dados obtidos neste estudo com os encontrados or Ferreira-Alves & ovo (2006) e os resultados da investigação de Palmore (200). (n=698). Tabela. Percentagem de reconhecimento de diferentes eisódios de discriminação devido à idade avançada a a a Reconhecimento ento de Discriminação (%) Itens Portugal (n=24) EUA (n=84) Atual Estudo (n=698) unca Vez > Vez unca Vez > Vez unca Vez > Vez. Contar anedota 79 5 6 42 7 42 66,5 6, 7,5 6 2. Enviar cartão 999 0, 70 2 8 95,8,7 0,4. Ser ignorado 777 9 4 69 5 5 64,6 6 6,8 8,5 4. Sofrer insulto 84 7 9 82 0 8 78,2 2,8 9 5. Paternalismo 79 9 6 20 9 55,9 5, 5,8 28, 6. Recusa de arrendamento 999 0, 99 9 0 97,,9 7. Obter emréstimo 97 0, 92 5 4 90,8 7,0 2, 8. egar liderança 90 8 92 7 90,8 7,,9 9. Rejeição eiçã / aarência a 9 6 82 8 0 90,5 5,9,4 0. Falta a de reseito 86 5 9 70 0 20 82, 7,7 7 0,2.. Ser ignorado 97 2 89 6 5 9, 5,6, 2. Associar dores à velhice e 68 4 8 57 24 9 55,7 5, 6,2 28,. egar tratamento 95 2 92 4 5 90,8 5,,9 4. egar emrego 95 4 95 5 0 88,8 8, 8 8,2 5. egar romoção 96 2 90 8 94,7,2 2 6. Assumir s surdez 70 9 67 20 5, 7,6, 7. Assumir s incomreensão 70 9 2 69 4 7 5,9 9,5 28,7 8. Ser demasiado velho 86 6 8 57 7 26 67,5 6,6 6 5,8 9. Casa a vandalizada 98 95 4 96,6 6 2,6 0,7 20. Vítima de crime 95 2 95 2 2 96,7 2,6 0,7 Média 888 6 8 78 0 79,86 9,68 0,4 IFAD Revista de Psicología, º2-Vol., 202. ISS: 024-9877. :05-4 09

AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO DE DISCRIMIAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS Averiguar, se existem diferenças na erceção de discriminação relativa à idade Ageism comarativamente entre homens e mulheres idosos. Os indivíduos do género masculino aresentam uma média (M=26,9; DP=5,6) suerior à das mulheres (M=26,2; DP=5,7), no entanto, estas diferenças não são estatisticamente significativas (X 2 =29,25; =0,50). ão foram, igualmente encontradas diferenças estatisticamente significativas comarativamente entre géneros ao nível dos fatores. Tabela 4.erceção de discriminação comarativamente ativamente entre géneros. Total Factor Factor 2 Escala 2 Factor M DP M DP M DP M DP Género Masculino 277 26,9 5,6 29,26 280 9,28 2,94 7,48 279 7,64,7 0,8 280 2,08 0,4 2,50 Feminino 45 26,2 2 5,7 29,26 47 9,22,0 7,48 47 7,666,57 0,8 47 2,08 0,400 2,50 ota: * <0,05; ** <0,0; *** <0,00 Averiguar se existem diferenças na erceção de discriminação relacionadas com idade no que diz reseito às variáveis estado civil, escolaridade e última rofissão. Quanto à variável estado civil, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas relativamente à erceção de discriminação. O mesmo se observou em relação à variável escolaridade. Os resultados indicam diferenças estatisticamente significativas relativamente à variável última rofissão, tanto em relação à escala total como em relação aos factores e 2, Aoio Social/Médico e Integração do Idoso na Sociedade. Estes dados encontram-se aresentados na Tabela 5. Tabela 5.Perceção de discriminação comarativamente ativamente entre estado civil, escolaridade, e última l rofissão. s Escala Total 2 M DP M DP / M DP M DP Estado civil O,428 0,58 0,56 0,89 Solteiro 47 25,9 5,6 49 8,94 2,92 2 48 7,79,9 49 2,0 0,59 Casado 92 25,8 5,8 94 9,09 2,84 94 7,59,42 95 2,06 0,0 0 Divorciado 4 27,4 5,76 4 9,07 2,59 4 8,50,99 9 4 2,4 0,5 Viúvo 26 26,70 5,96 27 9,56,24 27 7,68,49 26 2, 0,4 Outro 26,00 6,25 0,,5 7,00 0,00 0 2,00 0 0,00 0 Escolaridade 0,00** 0,000 *** 0,009 * 0,5 ão sabe ler 92 27,52 6,08 92 0,25,29 92 7,48,06 92 2,4 0,48 º - 4º Ano 466 6 26,05 5,4 469 9,2 2,9 469 7,64,47 468 2,07 0,6 5º - 6º Ano 45 25, 4,97 46 8,6 2,95 45 7,5,82 46 2,07 0, 7º - 9º Ano 28 28,7 6,6 28 9,96,09 28 9,00 2,62 2 28 2,07 0,8 Liceu 0 2,7,79 0 7,6 2,9 7,9 0,72 2, 0,4 Ensino Suerior 0 24,90 4,42 8,68 2,98 0 7,57,0 2,06 0,25 Última Profissão s 0,005* 005* 0,000000 *** 0,42 0,0707 * Setor Primário 777 26,28 5,4 777 9,42 2,67 77 7 7,47 0,94 77 7 2,05 0,26 Setor Secundário 2444 25,59 5,49 247 8,86 2,9 247 7,67,56 247 7 2,06 0, Setor Terciário ri 89 26,0 5,64 9 9,06,04 90 7,67,6 90 2,08 0,40 0 Outro 80 27,68 5,85 5 80 0,46,9 8 7,92,88 8 8 2,20 2 0,60 0 ota: * <0,05; 05; ** <0,0; *** <0,00 0 IFAD REVISTA DE PSICOLOGÍA, º2-VOL., 202. ISS: 024-9877. : 05-4

EVEJECIMIETO POSITIVO Y SOLIDARIDAD ITERGEERACIOAL Averiguar, se existem diferenças na erceção de discriminação relativa à idade, entre idosos residentes no meio rural e idosos residentes no meio urbano. Os resultados não indicam a existência de diferenças estatisticamente significativas na erceção de discriminação relativa à idade entre essoas idosas residentes contexto rural e urbano nem na escala global nem nos factores 2 e. São, no entanto, encontradas diferenças estatisticamente significativas em relação ao factor : Aoio Social/Médico que indicam que as essoas idosas residentes em contexto rural se sentem mais discriminadas do que as que residem em contexto urbano. Estes resultados encontram-se aresentados na Tabela 6. Tabela a 6. Perceção de discriminação em essoas soas idosas residentes em contextoo rural e urbano. Escala Total 2 M DP M DP M DP / M DP / Contexto residência,56 24,2** * 6,04 0,94 Rural 4 26,5 5,69 44 4 9,4,06 4 7,66,44 4 4 2,08 0,9 Urbano 28 25,85 5,2 28 9,0 2,87 28 7,64,57 284 2,07 0,5 ota: * <0,05; 05; ** <0,0; 0; *** <0,0000 Averiguar se existem diferenças na erceção da discriminação relativa à idade entre idosos institucionalizados e não institucionalizados. A média das resostas dos idosos institucionalizados é suerior à dos idosos não institucionalizados, no entanto, estas diferenças não são estatisticamente significativas, tal como aarece na Tabela 7. Tabela 7. Descrição comarativa dos valores da erceção de discriminação. Escala Total 2 M DP / M DP / M DP M DP / Local residência 0,926 0,68 0,742 0,76 Residência 487 26,26 6 5,6 490 9,4,06 490 7,66,5 49 2,09 0,4 Lar de Idosos 20 25,88 8 5,2 205 9,02 2,8 204 7,64,42 204 2,06 0,0 0 Outro 2 24,50 0,7 2 8,50 0,7 2 7,50 0,7 2 2,00 0,00 ota: * <0,05; ** <0,0; *** <0,00 DISCUSSÃO/COCLUSÕES Globalmente, os resultados desta investigação alertam ara a erceção de discriminação or arte das essoas idosas. Estes resultados odem relacionar-se com o fato dos rórios idosos, ela familiarização que têm com os estereótios criados em torno do envelhecimento, contribuirem ara a manutenção dos mesmos, desemenhando um ael decisivo na erceção de atitudes em relação ao envelhecimento/essoas idosas. Os resultados deste estudo vão de encontro aos resultados do estudo de Ferreira-Alves & ovo (2006) e, também, aos resultados da investigação original de Palmore (200). o entanto, destaca- IFAD Revista de Psicología, º2-Vol., 202. ISS: 024-9877. :05-4

AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO DE DISCRIMIAÇÃO EM PESSOAS IDOSAS se que, na generalidade dos itens, se observa um aumento na frequência da erceção de discriminação. Assim, os dados alertam ara a necessidade de arofundamento desta roblemática, nomeadamente sobre a ossível tendência ara o agravamento da erceção de situações de ageism. As maiores oscilações de valores entre o atual estudo e a investigação de Ferreira-Alves & ovo (2006), também realizada com oulação ortuguesa, dizem reseito aos itens relacionados com o aternalismo, a associação de dores à idade e o fato de assumir que a essoa não comreende devido à idade ou devido ao facto de ser demasiado velho. Ou seja, relativamente aos itens que têm subjacente o aoio social e médico que a essoa idosa recebe. Contrariamente ao constatado nesta investigação, o estudo de Palmore (200), desenvolvido nos EUA, indica que as essoas idosas ercecionam a discriminação relativa à idade, com maior frequência, nos itens relacionados com rejeição, falta de reseito, dificuldade em arranjar emrego, assim como atitudes exlícitas como contar anedotas e enviar cartões de teor discriminatório em relação aos idosos. Estas diferenças na manifestação e erceção de discriminação das essoas idosas ode estar relacionada com asetos culturais e dinâmicas sociais. Relativamente às diferenças na erceção de discriminação relativa à idade entre indivíduos do género masculino e feminino, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Este resultado vai de encontro ao estudo realizado or Ferreira-Alves & ovo (2006). Ou seja, aesar de serem conhecidas as diferenças de género relativamente ao rocesso de envelhecimento e suas imagens, estas arecem não afectar diferencialmente a erceção de discriminação em homens e mulheres idosas. Quanto ao factor idade, a investigação de Ferreira-Alves e ovo (2006) aonta ara uma diferenciação na erceção da discriminação, sendo as essoas de idade mais avançada as que se ercecionam como sendo mais discriminadas. Os resultados deste estudo não vão de encontro aos resultados de Ferreira-Alves e ovo (2006), uma vez que, quando se comara a erceção de discriminação das essoas idosos de diferentes gruos etários não se encontram diferenças estatisticamente significativas. Esta discordância de resultados ode estar relacionada com as características da amostra e /ou com diferenças temorais. O facto desta investigação ser desenvolvida alguns anos mais tarde, imlica que o contexto social e económico dos resondentes tenha sofrido algumas mudanças que odem ter imlicações nas situações de ageism e/ou na sua erceção. Os resultados desta investigação revelam a existência de diferenças ao nível da erceção de discriminação entre essoas com diferente nível de escolaridade. As essoas idosas sem alfabetização ou que ossuem baixo nível de escolaridade, arecem ercecionar, com frequência mais elevada discriminação. Por outro lado, são as essoas com mais elevado nível de escolaridade que ercecionam menos discriminação. Este resultado ode estar relacionado com o ael da informação e formação na desconstrução dos estereótios, a que ossivelmente, terão o acesso mais facilitado as essoas com mais habilitações literárias. Este resultado corrobora a literatura, que defende a formação como um meio ara se desenvolver uma maior amlitude de conhecimentos, nomeadamente na área do envelhecimento e da gerontologia, ermite contrariar os frequentes estereótios que associam a essoa idosa a fragilidade, debilidade, deendência e reduzidas cometências cognitivas (Chasteen, Schwarz & Parl, 2002, cit in Gazquez et al.,2009). Segundo Gázquez et al. (2009). Assim, o conhecimento/formação assume um ael fundamental ara a mudança de atitudes e crenças relativas à discriminação relacionada com a idade. Estas diferenças são visíveis, sobretudo, nos itens relativos aos fatores de aoio social e médico e da integração do idoso na sociedade. Os resultados desta investigação inidicam que é nos contextos de saúde, que as essoas idosas mais frequentemente se ercecionam como sendo discriminadas. este contexto, é frequente associar a resença de doença à idade avançada, talvez elo fato de se lidar, mais com situações de atologia do que com situações de envelhecimento normal, o que ode influenciar as atitudes dos rórios rofissionais de saúde ara com as essoas idosas (Ferreira-Alves & ovo, 2006). Estes 2 IFAD REVISTA DE PSICOLOGÍA, º2-VOL., 202. ISS: 024-9877. : 05-4

EVEJECIMIETO POSITIVO Y SOLIDARIDAD ITERGEERACIOAL resultados odem, também relacionar-se com o facto se constatar a resença de estereótios negativos sobre envelhecimento junto dos rofissionais de saúde (Catita, 2008). Em relação à variável última rofissão desemenhada elos articiantes, constatam-se diferenças significativas ao nível da erceção de discriminação relativa à idade, sendo o sector terciário aquele em que a erceção é mais evidente. Uma ossível exlicação ara este resultado ode ser o fato das essoas que trabalham ao nível dos serviços, terem, ossivelmente, mais interacções com o úblico, o que as coloca numa situação mais roícia ara assistir a comortamentos e atitudes discriminatórias. Estas diferenças são mais evidentes no fator Aoio Social e Médico. Em relação ao local de residência, não foram encontradas diferenças significativas. Este dado não vai de encontro ao constatado or or Ferreira-Alves & ovo (2006), no qual se chegou à conclusão que os idosos institucionalizados aresentavam maiores índices de erceção da discriminação relativa à idade. Quanto ao facto da essoa residir em contexto rural ou urbano, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em relação ao fator Aoio Social e Médico, sendo os residentes em meio rural, os que manifestam uma erceção de discriminação mais elevada. Este resultado ode estar relacionado ode relacionar-se com um acesso mais ou menos facilitado a serviços e a informação. Esta investigação, alerta ara o facto dos idosos se ercecionarem como sendo discriminados devido à sua idade. Este dado remete-nos as situações e atitudes de Ageism resentes a diferentes níveis e contextos, destacando-se a referência a situações relativas à saúde. O grau de escolaridade, assim como o contexto e o local de residência arecem relacionar-se com a erceção de discriminação relativamente à idade. Podem retirar-se deste estudo algumas imlicações ráticas, nomeadamente o fato de que a escolaridade e a formação oderem contribuir ara a desconstrução de estereótios sobre a velhice que se encontram na base de situações de ageism. A realização deste estudo, vem comlementar as investigações já realizadas na área e diversificar um ouco o conhecimento na área da discriminação relativa à idade, em Portugal, o que constitui uma otencialidade desta investigação. Por outro lado, e quanto às limitações, ode referir-se o fato de algumas medidas utilizadas e á constituição da amostra. A atual investigação alerta ara a a necessidade de arofundar e descrever situações de ageism e delinear estartégias a longo razo de combate às mesmas. Destaca-se a a questão da educação/ formação e a artilha de exeriências entre jovens e idosos / intergeracionalidade como ossíveis estratégias de combate aos ageism e de facilitação de interacções sociais romotoras do desenvolvimento ao longo do cilco vital. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cathalifaud, M.A., Thumala, D., Urquiza, A. & Ojeda, A. (2007). La Vejez desde la Mirada de los Jóvens Chilenos: Estudio Exloratorio. Ultima Década, 27, 75-9. Catita, P.A.L. (2008). As reresentações sociais dos enfermeiros do serviço de urgência face ao doente idoso. Dissertação de Mestrado em Comunicação e Saúde. Universidade Aberta: Lisboa. Combe, K. & Schmader, K. (999). aturalizing Myths of Aging: Reading Poular Culture. Journal of Aging and Identity, 4 (2), 79-09. Murillo, E.., Correa, M.P.C. & Aguirre, O.L.C. (2006). Reresentaciones de la vejez en relación con el roceso Salud- Enfermedad de un gruo de ancianos. acia la Promoción de la Salud,,07 8. Couto, M.C.P.P. (2005). es de Risco e de Proteção na Promoção de Resiliência no Envelhecimento. Projecto de Dissertação aresentado ara obtenção do grau de Mestre em Psicologia. Universidade Federal do Rio Grande Do Sul: Porto Alegre. Ferreira-Alves, J. & ovo, R.F. (2006). Avaliação da discriminação social de essoas idosas em Portugal. International Journal of Clinical and ealth Psychology, 6 () 65-77. IFAD Revista de Psicología, º2-Vol., 202. ISS: 024-9877. :05-4

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