Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN

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Transcrição:

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DOS EXTRATOS HIDROALCÓOLICO DE CYMBOPOGON CITRATUS, CHENOPODIUM AMBROSIOIDES, ALLIUM SATIVUM, ALLIUM CEPA E CASCA DE SACCHARUM OFFICINARUM E PUNICA GRANATUM SOBRE BACTERIAS E FUNGOS DE INTERESSE CLÍNICO. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO AUTOR(ES): NADINE CUNHA COSTA, ENZO ELDER COSTA RIBEIRO ORIENTADOR(ES): PATRÍCIA DE MARIA SILVA FIGUEIREDO

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DOS EXTRATOS HIDROALCÓOLICO DE Cymbopogon citratus, Chenopodium ambrosioides, Allium sativum, Allium cepa E CASCA DE Saccharum officinarum e Punica granatum SOBRE BACTERIAS E FUNGOS DE INTERESSE CLÍNICO. RESUMO DO TRABALHO Com o surgimento de novas doenças infecciosas, o reaparecimento de várias infecções que pareciam ter sido controladas, e o aumento da resistência bacteriana existe a necessidade de pesquisas dirigidas ao desenvolvimento de novos antimicrobianos. INTRODUÇÃO Nos países em desenvolvimento as doenças estão relacionadas com a falta de saneamento básico, desnutrição e dificuldade de acesso aos medicamentos (KUMATE, 1997). Neste contexto e decorrente do uso etnomedicinal, a fitoterapia é amplamente praticada. Entre as plantas medicinais mais utilizadas pela população poucas têm ação comprovada. A utilização de produtos naturais pelo homem é tão antiga quanto sua própria história. Seu uso se dava tanto para fins nutricionais como para fins terapêuticos. Produtos naturais de algumas plantas, fungos, bactérias e outros organismos continuam a ser usados em preparações farmacêuticas, e em composto puro ou extratos (ARAÚJO ; LEON, 2001). Portanto, diante do exposto e principalmente à resistência dos microorganismos frente aos antimicrobianos disponíveis e tendo em vista a riqueza de fontes naturais, especialmente de origem vegetal como uma fonte inesgotável de substâncias potencialmente ativas como medicamento, pretende-se com este trabalho, avaliar a atividade antimicrobiana de diversos extratos hidroálcoolicos de plantas contra bactérias de interesse clínico. OBJETIVOS Geral Avaliar a atividade antimicrobiana do extrato etanólico de plantas contra bactérias e fungos patogênicos.

Específicos Verificar a atividade microbicida in vitro da tintura etanólica das plantas de uso popular contras espécies bacterianas (ATCC) e isolados clínicos de espécies de bactérias através do método de disco- difusão; Determinar quantitativamente a atividade antimicrobiana in vitro da tintura etanólica das plantas de uso popular sobre amostras bacterianas através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM); Analisar a atividade antimicrobiana do extrato etanólico das folhas de folhas de plantas com atividade antimicrobiana de uso popular contra microrganismos patogênicos através da determinação da concentração microbicida mínima (CMM). METODOLOGIA Teste de Difusão em meio sólido: Para a análise microbiológica, culturas bacterianas desenvolvidas em BHI por 24 horas foram diluídas convenientemente (cerca de 10 8 UFC/mL) e semeadas na superfície de ágar Mueller-Hinton. A seguir, discos de papel de filtro impregnados com a tintura serão colocados sobre a superfície do ágar inoculado. Concentração Inibitória Mínima (CIM): A determinação da CIM será realizada em meio líquido, através da técnica de macrodiluição (PHILLIPS, 1991; PIDDOCK, 1990). Para isto, cada suspensão bacteriana será homogeneizada em caldo BHI na proporção 1:1000 (v/v), de modo a obter uma concentração bacteriana em torno de 1-2 x 10 5 UFC/mL. Após a homogeneização, 3ml serão transferidos em tubos de vidro estéreis, sendo posteriormente pipetados 3ml de diluições seriadas em 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e 1:32 estéreis da tintura das folhas do ou controle negativo (etanol 30%). Os tubos serão em seguida homogeneizados com auxílio de um vórtex em baixa velocidade e incubados nas mesmas condições descritas anteriormente. A CIM será a menor concentração da tintura etanólica onde não houver crescimento.

Concentração Bactericida Mínima (CBM) Os tubos incubados para determinação da CIM em meio líquido serão utilizados para determinação da CFM (PHILLIPS, 1991; PIDDOCK, 1990). Uma alíquota (1ml) será inoculada em placas de Muller Hinton e posteriormente as placas incubadas em ambiente a 37oC por 18-24h. A CBM será a menor concentração do extrato onde não houver crescimento celular sobre a superfície do ágar inoculado (99,9% de morte microbiana). RESULTADOS Os extratos etanólicos brutos de S. officinarum na concentração de 0,3 g/ml testados, não obtiveram a presença de halos de inibição sobre nenhuma das cepas ATCC e isolados clínicos utilizadas no teste demonstrando ausência de atividade inibitória tanto em bactérias como em fungos, somente apresentando halo no controle positivo Cloranfenicol (1g/10mL) para bactérias e Fluconazol (0,0128g/10mL) para controle positivo dos fungos. De acordo com estudos da atividade antimicrobiana de vários compostos frente as diversos microrganismos foram propostos valores que têm sido considerados como referência e que seguem a seguinte interpretação: inibição alta - CIM até 0,5 mg/ml; inibição moderada- CIM entre 0,6 e 1,55 mg/ml; inibição baixa CIM acima de 1,65 mg/ml (18). Para a detecção da CIM do extrato etanólico bruto da casca de S. officinarum observou-se que as concentrações necessárias para obtenção da atividade antimicrobiana variaram entre 18 a 75 mg/ml. Para os fungos, a CIM foi determinada como 18 mg/ml para C. parapsilosis, 75 mg/ml para C. tropicalis e 37 mg/ml para as demais espécies. Já para as bactérias verificou-se CIM de 37 mg/ml para bactéria P. aeruginosa e nenhuma atividade para as outras bactérias testadas. O resultado dos testes da detecção da atividade in vitro da tintura hidroalcoólica das cascas da romã por disco difusão em meio sólido c estudadas foram sensíveis à tintura hidroalcoólica das cascas da romã Punica granatum (0,4g/mL) com exceção da Escherichia coli. Resultado semelhante foi encontrado em estudo realizado por Burt e Reinder (2003) onde não foi observado efeito inibitório desta espécie sobre Escherichia. coli. Já em um estudo realizado por Michelin, et al.,(2005), o extrato etanólico de romã (Punica granatum) apresentou halo de 11 mm, frente à cepa de E. coli.

Os tamanhos dos halos de inibição de crescimento bacteriano, variaram entre 10mm e 15mm como demonstrado (Figura 1). S. areus S. pyogenes E.coli Figura 1: Halo de crescimento bacteriano Todos os fungos estudados foram sensíveis a tintura hidroalcoólica das cascas da romã Punica granatum (0,4g/mL). O fungo Candida albicans foi o mais sensível ao efeito da tintura de Punica granatum, pois apresentou halo de inibição de crescimento microbiano de 15mm. Tais resultados podem explicar o uso etnobotânico da espécie estudada para o tratamento de várias doenças infecciosas. C. albicans Nos testes para detecção da Concentração Inibitória mínima (CIM) os resultados observados confirmam os encontrados no teste de difusão em meio sólido e demonstram que as concentrações mínimas necessárias para obtenção de atividade antimicrobiana nas bactérias e fungos verificados foram de 0,10 g/ml para Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus pyogenes, Enterococcus faecalis, e 0,20 g/ml para Staphylococcus aureus. 0,03 g/ml

para Candida albicans, C.parapsilosis, C.rugosa, C. glabrata e 0,05 g/ml para C.tropicalis. No teste de difusão em meio sólido não houve presença de halo de inibição para nenhum dos microrganismos utilizados nos extratos de Cymbopogon citratus, Chenopodium ambrosioides, testados nesta pesquisa, somente apresentando halo no controle positivo cloranfenicol (1g/10mL) para bactérias e fluconazol (0,0128g/10mL) para controle positivo dos fungos. No teste para detecção da CIM da tintura de folhas de Chenopodium ambrosioides (mastruz) observou-se que as concentrações necessárias para obtenção da atividade antimicrobiana variaram entre 50 a 25 mg/ml. Para os fungos, a CIM foi determinada como 50 mg/ml para Candida parapsilosis e 25 mg/ml para todas as outras espécies de Candida analisadas. Já para as bactérias, verificou-se CIM de 50 mg/ml para bactérias Grampositivas e Acinetobacter spp é de 25 mg/ml para as outras espécies Gram negativas analisadas. No teste para detecção da CIM da tintura de folhas Cymbopogon citratus (Capim Limão) observou-se que as concentrações necessárias para obtenção da atividade antimicrobiana variaram entre 25 a 6,25 mg/ml. Para os fungos, a CIM foi determinada como 6,25 mg/ml para Candida parapsilosis, C.glabrata e C.rugosa; para as espécies C. tropicalis e C.albicans foi obtido um resultado de 25 e 12,5 mg/ml, respectivamente. A atividade antifúngica de Cymbopogon citratus frente a diferentes espécies de dermatófitos foi avaliada e verificou-se ação contra tais fungos 12. Já para as bactérias verificou-se CIM 25 mg/ml para bactérias Gram-positivas e E.coli 12,5 mg/ml. Nos testes de detecção da atividade in vitro da tintura hidroalcoólica 50%, obtida a partir dos bulbos de alho, A. sativum, e cebola A. cepa, os resultados demonstraram ausência de atividade inibitória tanto em bactérias como em fungos. Os extratos em estudo não foram capazes de inibir o crescimento das bactérias e fungos testados, evidenciando a resistência das mesmas.

Entretanto nos testes para determinação da CIM realizados em meio de cultura líquido, a tintura hidroalcoólica 50% dos bulbos de alho, apresentou atividade inibitória principalmente contra as espécies de Candida sp com CIM de 6,25 mg/ml. A concentração inibitória mínima (CIM) para obtenção de atividade antimicrobiana foi entre 50mg/mL e 12,5mg/mL para as espécies bacterianas estudadas. Este resultado é semelhante ao descrito em um trabalho que avaliou a atividade antimicrobiana do extrato do alho A. sativum contra cepas resistentes de S. mutans. Observaram que a cepa em estudo foi sensível ao extrato do alho nessas mesmas concentrações.. CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, diante do exposto e principalmente à resistência dos microorganismos frente aos antimicrobianos disponíveis e tendo em vista a riqueza de fontes naturais, especialmente de origem vegetal como uma fonte inesgotável de substâncias potencialmente ativas como medicamento é importante que se estude o potencial dos produtos naturais contra microorganismos patogênicos. REFERÊNCIAS ALVARENGA, A.L.; SCHWAN, R F.; DIAS,D.R.; SCHWAN- ESTRADA,K.R.F.;BRAVO-MARTINS, C.E.C. Atividade antimicrobiana de extratos vegetais sobre bactéria patogênicas humanas. Rev Bras PI. Med., Botucatu, v 9, p.98-91, 2007. ARAÚJO, C.A.C. & Leon L.L. Biological activities of Curcuma longa L. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Vol. 96, p.723-728. 2001. CLEELAND, R.; SQUIRES, E. Evaluation of new antimicrobials in vitro and in experimental animal infections. In:Antibiotics in Laboratory Medicine, ed. 3, edited by V. LORIAN, Willlians & Wilkins, Baltimore, ch. 21. 1991. CORRÊA, A.D.; BATISTA, R.S.; QUINTAS, L.E.M. Plantas medicinais do cultivo a terapêutica. 2 ed.1991.

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