RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO Mestrado Integrado em Medicina Eduarda Daniela Araújo Moreira Aluna n.º 2011394 2016/2017 1
ÍNDICE 1. Introdução ------------------------------------------------------------------------------------- 3 2. Objetivos ------------------------------------------------------------------------------------- 3 3. Elementos Representativos do Estágio ----------------------------------------------- 4 3.1. Obstetrícia e Ginecologia --------------------------------------------------------------- 4 3.2. Saúde Mental ---------------------------------------------------------------------------- 4 3.3. Medicina Geral e Familiar --------------------------------------------------------------- 5 3.4. Pediatria ----------------------------------------------------------------------------------- 5 3.5. Especialidades Médicas: Oncologia, Dermatologia e Medicina interna ---- 5 3.6. Especialidades cirúrgicas: Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Geral, Neurocirurgia e Cirurgia Cardio-Torácica --------------------------------------- 6 4. Reflexão Crítica Final -------------------------------------------------------------------- 7 5. Anexos -------------------------------------------------------------------------------------- 10 5.1. Certificado de Participação no Congresso imed 8.0 --------------------------- 10 2
1. INTRODUÇÃO O presente relatório tem como objetivo a descrição do trabalho por mim desenvolvido no decorrer do 6.º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) pela NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa no ano letivo 2016/2017. O Estágio Profissionalizante (EP) do 6.º ano do MIM é um estágio prático, no qual o estudante médico aplica os conhecimentos, gestos e atitudes que adquiriu nos cinco anos anteriores de formação, assumindo autonomia e responsabilidade progressivamente maiores, num processo de transição e crescimento do aluno para o médico não especialista. Este relatório é constituído por 4 partes: Introdução, Objetivos, Elementos Representativos do Estágio e Reflexão Crítica Final. Na Introdução são explicitados os diversos componentes do relatório e o fio condutor do mesmo. Nos Objetivos serão enumeradas as metas a que me propus atingir no decurso do 6.º Ano. Os Elementos Representativos do Estágio corresponderão a uma descrição sumária dos Estágios Parcelares por ordem cronológica e das atividades e competências desenvolvidas durante este período. Por último, a Reflexão Crítica Final corresponderá a uma análise global sobre os aspetos mais relevantes de cada estágio e o cumprimento dos objetivos propostos. Em Anexo encontram-se os comprovativos de atividades extra-curriculares do 6º ano que considero relevantes no meu percurso académico. 2. OBJETIVOS De forma a assegurar a boa qualidade da minha formação médica prégraduada, e na linha do que foi indicado em cada Unidade Curricular (UC), defini como principais objetivos para os diversos Estágios Parcelares um conjunto de competências clínicas e sociais. No que se refere a competências clínicas, destaco a aquisição e demonstração de conhecimentos, a avaliação adequada das situações clínicas mais comuns de forma autónoma e o estabelecimento das medidas essenciais para a sua resolução apropriada (desde a abordagem ao doente, ao pedido de exames complementares de diagnóstico e à instituição de medidas terapêuticas), quer em meio hospitalar ou na comunidade e em situações urgentes ou emergentes. Quanto às competências sociais, saliento a importância da comunicação correta com os doentes e seus familiares, valorizando as suas perspetivas, preocupações e expectativas, assim como a capacidade de integração em equipa com colegas, médicos e outros profissionais de saúde. Um grande objetivo pessoal para este ano foi ainda conhecer algumas das especialidade que o curso ainda não me tinha dado a oportunidade de vivenciar, assim como conhecer melhor outras para me ajudar na escolha futura, e ainda outros sistemas de saúde além do nosso, através de mais uma mobilidade. 3
3. ELEMENTOS REPRESENTATIVOS DO ESTÁGIO O meu estágio profissionalizante do 6º ano foi constituído por um primeiro semestre realizado na Faculdade de Ciências Médicas, constituído por Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar e Pediatria. No 2º semestre tive a oportunidade de fazer mobilidade na cidade de Oulu, Finlândia, onde por escolha própria decidi passar por várias especialidades que me fascinam, com o objetivo de ajudar-me a decidir melhor o meu futuro: Especialidades Médicas: Oncologia, Dermatologia e Medicina Interna e Especialidades Cirúrgicas: Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Geral, Neurocirurgia e Cirurgia Cardio-Torácica. 3.1. OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA O estágio de Obstetrícia e Ginecologia, sob a regência da Prof.ª Doutora Maria Teresa Ventura, do Dr. António Alves Fonseca como responsável pelo estágio e da orientação da Dr.ª Alexandra Cordeiro, teve a duração de 4 semanas, tendo decorrido entre o período de 12 de Setembro a 7 de Outubro de 2016, no Hospital dos Lusíadas. Como objetivos fundamentais defini o aperfeiçoamento da relação médicodoente, tendo em conta as particularidades da especialidade e da sua população-alvo, o desenvolvimento de autonomia na realização de procedimentos como colheita de história clínica dirigida, realização de exame ginecológico e obstétrico, assim como a aquisição de mais conhecimentos em relação ao desenvolvimento normal de uma gravidez bem como à patologia ginecológica e materno-fetal. As atividades foram desenvolvidas na consulta de Ginecologia, Obstetrícia, Patologia do Colo do Útero, Ecografia Obstétrica, Histeroscopia e Histerosalpingografia, no Internamento, Bloco de Partos, Urgência, Bloco Operatório e Procriação Medicamente Assistida. Participei igualmente nas reuniões científicas realizadas nos dias 30 de Setembro e 7 de Outubro, onde apresentei o tema Overview of infertility and pregnancy outcome in cancer survivors. 3.2. SAÚDE MENTAL O estágio de Saúde Mental, sob a regência do Prof. Doutor Miguel Xavier, do Dr. José Salgado como responsável pelo estágio e sob a orientação do Dr. Sérgio Henriques, teve a duração de 4 semanas, tendo decorrido entre o período de 10 de Outubro a 4 de Novembro de 2016, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa no serviço de Psiquiatria Geral e Transcultural. Como principais objetivos saliento o desenvolvimento de conhecimentos e capacidades de diagnóstico e intervenção clínica em Psiquiatria e Saúde Mental, através do acompanhamento tutelado de doentes com patologia psiquiátrica, a integração e colaboração numa equipa multidisciplinar, a compreensão do doente no seu contexto biopsicossocial e a identificação de 4
situações individuais e sociais de risco. Os 2 primeiros dias foram destinados à apresentação de seminários pelo Prof. Doutor Miguel Xavier. As atividades práticas foram desenvolvidas no Serviço de Urgência, consultas, internamento, sessões de Internato Médico em Psiquiatria, Grupo Psicoterapêutico Aberto, Seminário PGT e casos clínicos. 3.3. MEDICINA GERAL E FAMILIAR O estágio de Medicina Geral e Familiar, sob a regência da Prof.ª Doutora Maria Isabel Santos, teve a duração de 4 semanas, no período de 7 de Novembro a 2 de Dezembro de 2016, na USF Cova da Piedade sob orientação da Dra. Marta Marquês. Este estágio tinha como objetivos centrais o desenvolvimento de capacidades de comunicação e de estabelecimento de uma boa relação médico-doente, a identificação das principais razões que levam os doentes a recorrer aos Cuidados de Saúde Primários e a aprendizagem da conduta mais adequada em cada uma dessas situações, identificando os problemas sociais e familiares existentes e ainda a aquisição de conhecimentos relativos à promoção de saúde. Foi também meu objetivo para este estágio a aquisição da capacidade de conduzir, sob supervisão, consultas de adultos, de saúde materna, de planeamento familiar e de saúde infantil. As atividades práticas realizaram-se nos diferentes tipos de consulta prestados pela USF, assim como na sala de tratamentos, na sala de vacinação e ainda na prestação de cuidados em consultas domiciliárias com as enfermeiras. 3.4. PEDIATRIA O estágio de Pediatria, sob a regência do Prof. Doutor Luís Varandas e orientação do Dr. Anaxore Casimiro, teve a duração de 3 semanas (no meu caso em particular), tendo decorrido entre o período de 5 a 23 de Dezembro de 2016, no Hospital de Dona Estefânia (HDE) na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos. Os objetivos consistiam no conhecimento das principais patologias que afetam as crianças e adolescentes (desde a abordagem ao tratamento mais adequado a cada uma delas), no treino de aptidões de comunicação interpessoal em contexto pediátrico, nomeadamente com a criança nos diferentes grupos etários e com os seus pais e ainda numa atitude interessada e pró-ativa no desenrolar das atividades do serviço. As atividades foram desenvolvidas na Enfermaria, Serviço de Urgência e Consultas de Imunoalergologia. No decorrer do estágio estive presente nas sessões teóricopráticas de Imunoalergologia e nas várias reuniões clínicas do HDE. 3.5. ESPECIALIDADES MÉDICAS: ONCOLOGIA, DERMATOLOGIA E MEDICINA INTERNA Os estágios de Oncologia, Dermatologia e Medicina Interna tiveram cada um a duração de duas semanas e foram realizados em Oulu University Hospital, na 5
Finlândia. O estágio de Oncologia, sob a orientação da Dra. Eeva Rahko, decorreu entre 2 a 13 de Janeiro de 2017. O estágio de Dermatologia, sob a orientação da Dra. Karolina Hulkko, decorreu entre 13 a 24 de Fevereiro de 2017. O estágio de Medicina, sob a orientação da Dra. Marjaana Saily, decorreu entre 27 de Março a 7 de Abril de 2017. Os objetivos dos estágios centravam-se na aquisição pelos alunos de competências teóricas e práticas avançadas nas áreas de Medicina Interna e Especialidades Médicas, assumindo autonomia e responsabilidade progressivamente maiores, com desenvolvimento do raciocínio clínico, nomeadamente através da colheita de história clínica, realização de exame objetivo, proposta de exames complementares de diagnóstico e sua interpretação, propostas terapêuticas e prognóstico, para além de competências no âmbito de interação com o doente, familiares e equipa de trabalho. Um objetivo pessoal era conhecer melhor a dinâmica em Oncologia e Dermatologia, daí ter passado por estas duas áreas. Neste contexto estive integrado nas várias atividades do Serviço, desde as consultas, internamento e urgências às múltiplas reuniões multidisciplinares realizadas. Tive ainda oportunidade no âmbito do serviço de oncologia de estar em contacto com a área de quimioterapia, investigação, radioterapia, TC scan e Física Médica. 3.6 ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS: CIRURGIA PLÁSTICA, CIRURGIA PEDIÁTRICA, CIRURGIA GERAL, NEUROCIRURGIA E CIRURGIA CARDIO-TORÁCICA Os estágios de Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Geral, Neurocirurgia e Cirurgia Cardio-Torácica tiveram cada um a duração de duas semanas e foram realizados em Oulu University Hospital, na Finlândia. O estágio de Cirurgia Plástica, sob a orientação da Dra. Katarina Kilpivaara, decorreu entre 27 de Fevereiro a 10 de Março de 2017. O estágio de Cirurgia Pediátrica, sob a orientação do Dr, Mika Ventola, decorreu entre 13 a 24 de Março de 2017. O estágio de Cirurgia Geral, sob a orientação do Dr. Marko Sunnari, decorreu entre 10 a 21 de Abril de 2017. O estágio de Neurocirurgia, sob a orientação do Dr. Sami Tetri, decorreu entre 24 de Abril a 5 de Maio de 2017. O estágio de Cirurgia Cardio-Torácica, sob a orientação do Dr. Fausto Biancary, decorreu entre 16 a 20 de janeiro e 8 a 12 de Maio de 2017. Estes estágios tinham como principais objetivos a identificação das situações clínicas mais comuns que necessitam de tratamento cirúrgico, a sua avaliação correta e a capacidade de definir prioridades na adoção de medidas e procedimentos necessários à sua resolução, assim como o aperfeiçoamento das capacidades de comunicação e trabalho em equipa. Com particular interesse nestas áreas, um objetivo pessoal era desenvolver a destreza manual 6
para pequenos procedimentos cirúrgicos e puder passar pelas áreas mencionadas, sendo que algumas delas tinha muita curiosidade e ainda não tinha tido a oportunidade de as vivenciar. As atividades foram desenvolvidas na Enfermaria, Bloco Operatório, Pequena cirurgia, Serviço de Urgência e Consulta Externa além da participação nas sessões clínicas. 4. REFLEXÃO CRÍTICA FINAL Uma vez terminado o 6.º ano do MIM, impõe-se uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido, que no fundo engloba todo o percurso académico do aluno, já que um EP só é possível com uma base de conhecimentos sólida e coerente, associada a um adequado conjunto de valores, atitudes e aptidões desenvolvidas nos anos anteriores. Foi com as expectativas altas que iniciei este EP, um ano essencialmente prático, de crescimento pessoal e profissional, onde poderia pôr à prova os meus conhecimentos e progredir na desenvoltura e à-vontade na abordagem e tratamento do doente. Um ano cujo principal objetivo foi tornar-me mais habilitada para lidar com as situações que irei encontrar no futuro enquanto médica, construindo as fundações necessárias para a prática que irei desenvolver ao longo da vida. No que diz respeito aos objetivos específicos de cada estágio parcelar, apesar de não ter conseguido atingir todos na totalidade, considero que a maioria foi alcançada com sucesso. O estágio de Ginecologia e Obstetrícia foi, infelizmente, um estágio muito pouco prático, onde tive quase sempre uma posição meramente de observadora. Com isto não pude melhorar as minhas capacidades práticas na colheita de história clínica dirigida e no exame ginecológico e obstétrico. Ainda assim, acompanhei de perto cada consulta e o contacto médico-doente, aperfeiçoando o processo de raciocínio clínico, identificando o diagnóstico mais provável em cada situação e quais as condutas e medidas terapêuticas mais adequadas a cada caso. Quanto ao estágio de Saúde Mental, penso que o serviço de Psiquiatria Geral e Transcultural permitiu-me um contacto abrangente com a especialidade, onde observei várias abordagens em contextos diferentes. Admito que ao iniciar este estágio possuía uma ideia pré-concebida errada relativamente à Psiquiatria e que esta experiência me fez alterar essa conceção. Considero que houve um desenvolvimento dos conhecimentos nesta área. O estágio de Medicina Geral e Familiar foi dos melhores estágios que tive, com uma organização excecional e objetivos muito bem traçados e conhecidos por todos. Foi, sem dúvida, de extrema importância para a minha formação, 7
contribuindo para aumentar os meus conhecimentos, capacidades comunicativas e abordagem ao doente e sua compreensão como um todo, incluído num contexto social e familiar. Pude contactar com as várias vertentes da especialidade e a possibilidade de participar vivamente nas diversas atividades desenvolvidas, através da condução supervisionada de várias consultas, permitindo-me satisfazer os objetivos que tinha traçado inicialmente. Confesso que inicialmente tive algum receio no contacto direto e mais autónomo com o doente mas rapidamente me surpreendi. Deparei-me com dificuldades sobretudo na instituição da terapêutica mais adequada a cada situação, algo que fui melhorando. Cumpri todos os objetivos que tracei. O estágio de Pediatria foi bastante proveitoso pelo desenvolvimento de conhecimentos e atitudes numa população alvo com características especiais, assim como no treino de aptidões de comunicação interpessoal no contexto pediátrico, nomeadamente com crianças nos diferentes grupos etários e com os seus pais. Foi ainda um estágio muito interessante onde pude contactar com doenças raras, algumas doenças vistas uma vez na vida, num Hospital de referência nacional. Quanto ao estágio de Medicina e especialidades médicas, realizados na Finlândia, foram estágios um pouco dificultados pela comunicação em finlandês, apesar de todos dominarem a língua inglesa e serem muito prestáveis na tradução. Ainda assim, tive a oportunidade de desenvolver raciocínio clínico, nomeadamente através da colheita de história clínica, realização de exame objetivo, proposta de exames complementares de diagnóstico e sua interpretação, propostas terapêuticas e prognóstico, para além de competências no âmbito de interação com o doente, familiares e equipa de trabalho. Relativamente ao estágio de cirurgia e especialidades cirúrgicas realizados na Finlândia, tinha expectativas elevadíssimas, visto ser o tipo de especialidade que gostaria de exercer no futuro. Tive a oportunidade de passar nas diferentes cirurgias que me fascinam para puder futuramente tomar uma decisão mais acertada. Foram, na minha perspetiva, estágios muito proveitoso, tendo-me sido dada a oportunidade para realizar, sob supervisão, pequenas cirurgias, bem como para ser primeiro e segundo ajudante em cirurgias mais complexas. Evoluí em termos de destreza manual e vi fortalecida a minha auto-confiança na execução de gestos cirúrgicos, para além de ter consolidado conhecimentos anteriormente adquiridos, sendo deste modo estimulado a crescer numa das áreas onde tenho mais interesse. Se na escolha do meu plano de segundo semestre receei que realizar estágios de duas semanas pudessem contrariar o espírito deste ano impedindo uma autonomia progressiva, e deste modo pudesse ficar em desvantagem perante os meus colegas, hoje sei que, ainda que possa ter perdido em alguns aspetos, 8
a nível global ganhei imenso. Mesmo tendo sido estágios de duas semanas, senti a autonomia progressiva que desejava e na maior parte dos estágios tive a prática pretendida, quer em estágios médicos, quer em estágios cirúrgicos. E, tal como queria, pude passar por áreas cirúrgicas que ainda não tinha passado e que me fascinam, e por outras que mesmo já tendo passado precisava de perceber se realmente adorava como achava. Sei que este semestre passei muito menos tempo em Medicina Interna em relação aos meus colegas, mas filo propositadamente para compensar o ano anterior onde tinha realizado em mobilidade luso-brasileira excesso de medicina ao invés de cirurgia em estágios onde tive uma autonomia extraordinária na área da medicina com um contacto diário muito próximo e autónomo com os doentes, desde recolha de história clínica a exame objetivo, diagnóstico, terapêutica, prognóstico a uma série de procedimentos tais como paracentese, introdução de cateter venoso central, entubação, reanimação e gasimetrias. Deste modo, se por uma lado a língua pode dificultar os estágios realizados no estrangeiro, penso que foi uma mais-valia uma vez que tive oportunidade de moldar o EP ao meu interesse, oportunidade ainda de conhecer um serviço de saúde diferente num país altamente desenvolvido, com um nível de vida elevado e com grandes recursos. Analisando este ano em retrospetiva, considero que o EP foi fundamental para me preparar para os desafios que terei no próximo ano, no exercício da profissão e no processo de aprendizagem contínuo que é a carreira médica. No geral considero que o principal impedimento para aproveitar ainda mais o EP foi o facto de estar focada na realização da PNS, cujo estudo ocupa a maior parte do nosso tempo livre durante o 6.º ano e que limita a nossa permanência no Hospital por mais tempo e a envolvência em atividades extra-curriculares ou de investigação. Ao contrário dos outros anos, este ano não me envolvi em atividades de voluntariado nem participei em congressos e formações exatamente por esse motivo. A necessidade do sucesso na PNS sobrepõe-se, uma vez que em Portugal é o que definirá a concretização da especialidade pretendida ou não, Sinto que ao finalizar esta etapa estou mais apta para gerir, sob supervisão, as situações clínicas mais comuns na população, para além do conhecimento de outras situações não tão frequentes, mas potencialmente graves. Tenho a clara noção de que me falta percorrer um longo percurso e das limitações dos meus conhecimentos e competências, mas que a Faculdade de Ciências Médicas me forneceu as ferramentas necessárias para continuar a aprender, a aperfeiçoar procedimentos e capacidades e a crescer como futura médica e como pessoa. Termino com um agradecimento especial a todos os tutores com quem tive o privilégio de contactar durante estes anos e que certamente ajudaram a moldar aquilo que sou hoje. 9
5. ANEXOS 5.1 Certificado de Participação no Congresso imed 8. 10