COMPORTAMENTO DE VARIEDADES DE CANA DE AÇÚCAR NO ARENITO DE BAURU (*)

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MPORTAMENTO DE VARIEDADES DE CANA DE AÇÚCAR NO ARENITO DE BAURU (*) A. L. SEGALLA e R. ALVAREZ, engenheirs-agrônms, Seçã de Cana de Açúcar, Institut Agrnômic RESUMO Neste trabalh sã apresentads s resultads btids em um ensai de variedades de cana de açúcar, realizad a partir de 1952 na Usina Miranda, n municípi de Presidente Alves. A finalidade d ensai fi determinar as melhres variedades de cana existentes na casiã, para s sls d Arenit Bauru, cmpletand estuds iniciads n an anterir em utrs tips de sl. Fram estudadas 16 variedades: C.290, C.413, C.419, C.421, C.B.36/14, C.B.40/19, C.B.40/69, C.B. 40/77, C.B.41/18, C.B.41/61, C.B.41/70, C.P.27/139, C.P.29/291, I.A.C.34/536, I.A.C. 34/553 e P.O.J.2961. Fizeram-se três crtes, cana-planta, sca e ressca, send analisadas as prduções de cana e de açúcar prvável d primeir crte e ds ttais ds três crtes. Os resultads btids indicaram que pdem ser cultivadas naquela regiã as variedades: C.419, C.B.40/69, C.B.40/77, C.B.41/61, C.290 e C.B.41/70. A C.421, apesar de prdutiva, apresenta alguns incnvenientes. Sã feitas restrições às variedades C.B.36/14, C.B.41/18, C.P.27/139 e C.P.29/291, esta suscetível a carvã da cana. As utras variedades estudadas nã sã recmendáveis, devid às baixas prduções apresentadas. (*) Os autres expressam seus agradeciments a Engr. Agr. Jsé Pint Pup, pela clabraçã prestada na instalaçã d ensai, e à direçã da Usina Miranda, pelas facilidades prprcinadas durante sua execuçã bem cm pelas análises d cald, efetuadas pel labratóri da Usina. Recebid para publicaçã em 23 de junh de 1956.

36 BRAGANTIA VOL. 16, N. 3 estudar cmprtament de 16 variedades de cana de açúcar, difundidas n Estad naquela casiã, ns diferentes tips de sl em que se lcaliza essa cultura. Infelizmente ensai na Usina Miranda, lcalizada n municípi de Presidente Alves, em terras d arenit de Bauru, teve que ser abandnad em virtude da péssima brtaçã apresentada. Os resultads btids nesses ensais indicaram as melhres, dentre as variedades estudadas, para as terras rxas, rxa-misturada e massapê-salmurã, nas cndições de cultura d Estad (2) e, pel mtiv apntad, nã se btiveram ciads referentes a arenit de Bauru. Em virtude da perda d ensai da Usina Miranda e para cmpletar a série de ensais acima mencinada, fi re-instalad em 1952 ensai lcalizad nessa Usina. Entretant, nesse nv ensai fram feitas algumas mdificações quant às variedades estudadas, alterações mtivadas pel fat de, já na casiã d planti, se ter algum cnheciment quant à prdutividade de diversas variedades e à suscetibilidade de utras à mléstia denminada "carvã da cana", e também pela existência, na Usina, de algumas variedades d grup "C. B.", recebidas da Estaçã Experimental de Camps, n Estad d Ri, e que se mstravam prmissras. Assim é que cnstavam d plan primitiv, e aqui nã fram incluídas, as variedades C.331 e C.P.34/120, pr serem suscetíveis a "carvã" e C.P.29/137, Tuc. 2645, I.A.C.34/373 e C.B.38/1, pr nã apresentarem desenvlviment satisfatóri. Em lugar dessas fram incluídas seis variedades d grup "C. B.". O bjetiv d presente trabalh é apresentar s resultads btids neste nv ensai de variedades lcalizad na Usina Miranda, em terras d arenit de Bauru, em cmplement a estud realizad nas utras regiões d Estad. 2 MATERIAL E MÉTODO O ensai fi lcalizad em um talhã de fertilidade média, cultivad cm caña há muits ans. Tds s canteirs receberam uma adubaçã cmpleta (NPK) unifrme, em fórmula usada nrmalmente na cultura da Usina. As variedades estudadas fram: C.290, C.413, C.419, C.421, C.P.27/139, C.P.29/291, P.O.J.2961, I.A.C.34/536, I.A.C.34/553, C.B.36/14, C.B.40/19, C.B.40/69, C.B. 40/77, C.B.41/18, C.B.41/61 e C.B.41/70. O delineament experimental usad fi um látice quadrad 4x4 cm cinc repetições (2). Os canteirs eram cnstituíds pr seis linhas de 8m de cmpriment, espaçadas de l,50m, send as duas linhas laterais cnsideradas marginais e as quatr centrais, linhas úteis. A área útil d canteir era, prtant de 48m 2 (6 x 8). Fram efetuads três crtes cana-planta, sca e ressca analisand-se estatisticamente as prduções de cana e açúcar pr-

SEGALLA & ALVAREZ OUT., 1957 MPORTAMENTO DE VARIEDADES DE CANA 37 vável d primeir crte, bem cm s ttais btids na sma ds três crtes. Para cálcul teóric d açúcar prduzid fi usada, também aqui, a fórmula de Winter-Carp., Geerligs, mdificada pr Arceneaux (1), cm s mesms fatres de crreçã mencinads em trabalh anterir (2). Neste ensai se incluiu a C.P.29/291, pr nã se cnhecer ainda, na casiã d planti, a sua suscetibilidade a "carvã da cana". Em virtude de a terceira repetiçã apresentar prduções muit diferentes das demais, fi a mesma abandnada, cmputand-se para a análise estatística apenas quatr repetições. Prcuru-se entã, analisar ensai cm um látice quadrad parcialmente balancead, cm 16 variedades e quatr repetições. Ns dads d primeir crte, tant em prduçã de cana cm em açúcar, nã huve eficiência na aplicaçã d látice quadrad, send que ns dads ttais ds três crtes bteve-se uma eficiência de 7,4% em prduçã de cana e 3,5% em açúcar. Em vista diss fi ensai, quer n primeir crte, quer ns ttais ds três crtes, analisad cm blcs a acas cm quatr repetições. O ensai fi plantad em 26 de març de 1952; primeir crte, em 23 de setembr de 1953, cm 18 meses aprximadamente, segund, em 28 de setembr de 1954 e terceir, em 1. de setembr de 1955. Apesar de ensai ter sid instalad um puc tarde, "stand" btid fi satisfatóri. a) Em prduçã de cana 3 RESULTADOS Os resultads médis btids figuram n quadr 1. A análise da variância d primeir crte revelu, em prduçã de cana e em açúcar, um efeit altamente significativ devid a variedades, nã send significativ efeit devid a repetições, cm se verifica a seguir. Fntes de Variaçã G. L. S. Q. Q. M. F 3 1.604,44 534,81 2,32 Variedades 15 14.614,32 974,29 4,22** 45 10.389,37 230,87 Ttal 63 26.608,13 D.m.s. = 21,4

v 38 BRAGANTIA VOL. 16, N. 3 E 0I E lí2» 00 04 ai 00 33 0 OC 00 1(5 ).CJ t?- tr- tr l~ t í?c 0" a ee -* CC Tf Tf 0 Tf IM tn apua0"e HO "M IO IN O r_ I Oi i 00 Cl i s O 1CJ I O ia IO ví T < 05 ÍJI03 'Z 3,J03 0"l atir "l E lo 10 00 03 33 L C4 O 0 L 1 * 00 0 00 00 CC IO I O Tf. > OC 00* c- t> c" IO IO Tf Tf Tf ío ^ O >ra 01 33 0 TO O O CD 1C3 ío CC H* 00 00 IO 00 OI 0 03 00 T * " Cvf CS s" ai" t> t-" c- c 00 IO Cp f ( r-( 00 00 <N l!> O H* IO [- IO c- 35 [- O M Tf 10 Tf 33 00 IO Oi Ok O IO IO Tf IO IO Tf UJ «5 00 Cft C-l!?í O IVS Jt ící cy.l i-t r i r-4 r-1 Cl C J 'l IM n r - TH Cl ir? O 30 VJO CP 00 IO O w * ai t-^ l> IO O C -tf cc r cõ e 0 H i i r-l CJ O O C3 35 IO O S3 Tf 1_ IO m _ t- c-_ C5 " 00 O t- l~ 0" O" O CNÍ (30 30 00 CTS 00 a» 00 33 C» 33 00 33 33 O 3» t I 0 0 O st 33 Tf r-i Tf 10 t- CS 00 OC 3? 35 C35 00 35 ô 00 00" cri" * : leji ^ I t 31 31 TH TH Tf 3t Tjl O- 3J IO en I O O» t- T-l S3 r-1 O r^»h 1 ct c cx" O cr" cg Cl CJ Cl CJ rn CJ C-l - TO < TC :S ^í* O C3 3! r Tf 2 O -N 'O O 7 \ O? 3: C/0 35 S5 00 l:t O L~- t cr" O L- O O -* 3> S3 35 CTJ 00 00 cn> 00 C5 S3 a> 35 35 CX> 00 33 S3 :. -j í 0 I O _ 4 ; > 10 '.'j CP -5 -V IO r-h Oi O IO O Õ 00 00 as" n O Cl" 33 O 33 00" 0 OC r-h (M C>1 «'0 ÍM CD CD e 0 co >* _ Oi 0 - T-l i O 0" 0" O O O* OI :>J C-l OI i N L~- OI 33 IO 3» O T I t- Tf 00 0 t- c eft" IO SO IO 09 L E * i ' ÜO "I. Cí; TT I CC C I O cí 10 OJ -* 00 S3* Cl có" < t ÍJO co CD IO IO 10 Tf Tf O0 H-S" : _ Oi 10 a>_ 33 TH t> i 1.3 Tf" 00 t- 30 35 00 00» 00 s t- L- IO IO Tf Tf > IO C-5 IO TH 3! IO * r- 1 0 r/; 33 33 \ \ F -!- IM Tf 33 " ^ ^ v,. ^ '. \. \ cõ O r 35 CH O ITS ^ Tf O d ;M Tf Si cá PH PH pá Õ ü Ó p 1 < < c TH pá

SEGALLA & ALVAREZ OUT., 1957 MPORTAMENTO DE VARIEDADES DE CANA 39 b) Em açúcar Fntes de Variaçã G. L. S. Q. Q. M. F Repetições 3 26,6040 8,868 2,29 Variedades 15 315,2387 21,016 5,43** Err 45 174,1590 3,870 Ttal 63 516,0017 D.m.s. = 2,83 Verifica-se pelas prduções de cana btidas que, estatisticamente, se igualaram à C.290 as variedades C.B.41/61, C.419, C.B.40/77, C.B.40/69, C.B.41/70, C.421, C.B.36/14, C.B.41/18 e C.P.27/139. Esta última mstru-se inferir à C.B.41/61, enquant que a diferença das C.B.36/14 e 41/18 para a C.B.41/61 está próxima da mínima significativa (fig. 1). Em açúcar prvável cmprtament das variedades fi aprximadamente mesm, cm a diferença que a C.P.27/139 se mstru inferir à C.290, enquant C.B.36/14 revelu-se inferir às variedades C.B.41/61 e C.419. Também em açúcar, a diferença entre a C.B.41/18 e C.B.41/61 está muit próxima da mínima significativa (fig. 1). A análise estatística ds dads ttais d ensai (sma ds três crtes) revelu, cm n primeir crte, um efeit altamente significativ devid à variedades e nã significativ devid a repetições, tant em prduçã de cana cm em açúcar. A seguir figuram as análises da variância ds dads ttais de prduçã de cana e de açúcar prvável. a) Em prduçã de cana Fntes de Variaçã G. L. S. Q. Q. M. F Repetições 3 3.674,56 1.224,85 1,76 Variedades 15 94.130,75 6.275,38 9,04** Err 45 31.235,24 694,11 Ttal 63 129.040,55 D.m.s. = 38,0

SEGALLA & ALVAREZ OUT., 1957 MPORTAMENTO DE VARIEDADES DE CANA 41 b) Em açúcar Fntes de Variaçã G. L. S. Q. Q. M. F Repetições 3 58,8811 19,627 1,80 Variedades 15 1.545,7431 103,049 9,47** Err 45 489,4858 10,877 Ttal 63 2.094,1100 D.m.s. = 4,76 Pela bservaçã ds dads ttais de prduçã de cana verificase que se revelaram iguais à C.290 as variedades C.419, C.B.41/61, C.B.40/69, C.B.40/77, C.421, C.B.41/70, C.B.36/14, C.B.41/18, C.P.27/139 e C.P.29/291. A C.B.36/14, cnquant tenha se igualad à C.290, mstru-se inferir à C.419; a C.B.41/18 fi inferir às C.B.41/61 e 40/69, enquant as C.P.27/139 e 29/291 revelaram-se inferires às variedades C.B.40/77 e C.421 (fig. 2). Em açúcar, cmprtament das variedades fi aprximadamente mesm, send que as C.P.29/291 e 27/139 se mstraram inferires à C.290 e as C.B.36/14 e 41/18 fram inferires à C.419. Estatisticamente igualaram-se as variedades C.419, C.B.40/77, C.B.40/69, C.B.41/61, C.421, C.B.41/70 e C.290 (fig. 2). Devid à diferente riqueza em açúcar das diversas variedades, algumas delas apresentaram mair prduçã de açúcar, embra tenham prduzid menr tnelagem de cana. Para se ter uma idéia da riqueza de açúcar apresentada pelas variedades em estud fi calculada a média da prduçã de açúcar pr tnelada de cana, btida ns três crtes, cm s resultads seguintes: Variedades C.290... C.B.41/70. C.B.41/18. I.A.C.34/553 C.P.29/291 C.419... I.A.C.34/536 C.B.36/14. C.B.40/77 C.421... C.B.40/69. C.413.. P.O.J.2961 C.B.40/19 C.B.41/61 C.P.27/139 Açúcar kg/t cana 131,0 129,2 129,0 127,6 126,8 126,7 126,5 124,8 123,2 123,0 122,5 121,2 120,7 119,9 117,4 116,9

42 BRAGANTIA VOL. 16, N. 3 Deve-se ressaltar que estes resultads nã pdem ser tmads cm absluts pis é precis cnsiderar s errs que prvavelmente devem ter crrid na btençã das amstras para análise. Entretant, servem cm uma indicaçã da riqueza em açúcar apresentada pelas variedades.?.zo N 200 180 PflOOUÇAO OE CANA D O 160 tr 2 140 3 120 ui 100 < <j 80- GO 20 1 AÇÚCAR PROV&EL SOO a. UJ g a: 20 a te <! 0 O 0. CD d t 5 ò d CL d O CD d PiGUiiA 2. Sma das prduções médias de cana e açúcar prvável btidas ns três crtes d ensai de variedades realizad em sl d arenit de Bauru, na Usina Miranda, 1952-1955. (Ttais ds três crtes). 4 NCLUSÕES A análise ds resultads btids n ensai permitiu tirar as cnclusões dadas a seguir. a) As variedades C.419, C.B.40/69, C.B.40/77, C.B.41/61, C.421, C.B.41/70 e C.290 apresentaram bas prduções, tant de cana cm de açúcar, que as recmenda para cultiv n Arenit de Bauru. Sã variedades prdutivas, de maturaçã média e que apresentam uma satisfatória riqueza em açúcar (a C.421 é de maturaçã tardia, cm incnveniente de pssuir clms fibrss, durs, e flrescer abundantemente). b) As variedades C.B.36/14 e C.B.41/18 se revelaram relativamente bas, apesar de inferires à C.419 em prduçã de

BEHAVIOR OF SUGAR CANE VARIETIES IN SANDY SOIL OF THE "ARENITO DE BAURU" TYPE SUMMARY Sixteen varieties f sugar cane were tested in a sandy sil f "arenit de Bauru" type at the Usina Miranda, Presidente Alves. Three harvests were made (plant cane, 1st and 2nd stubble). Cane and sugar yields f the first harvest alne and f the three harvests tgether were analysed statistically and gave the fllwing indicatins: 1) Of the 16 varieties tried, C.419, C.B.40/69, C.B.40/77, C.B.41/61, C.290, and C.B.41/70 gave the highest yields in cane tnnage and in sugar. C.421 is als a gd yielder, but has hard, fibrus canes and a tendency fr blssming. 2) The varieties C.B.36/14 and C.B.41/18 can be used fr sandy sils with certain restrictins. 3) The varieties C.P.29/291, C.P.27/139, C.413, C.B.40/19, I.A.C.34/553, I.A.C. 34/536, and P.O.J.2961 were nt satisfactry and are nt recmmended fr sandy sils similar t that f the present experiment. C.P.29/291 was highly susceptible t smut. LITERATURA CITADA 1. ARCENEAUX, G. A significance methd f theretical sugar yield calculatins. Int. Sug. J. 38:264-265. 1953. 2. SEGALLA, A. L. & ALVAREZ, R. Ensais de variedades de cana de açúcar. Serie de ensais realizads n perid de 1951 a 1954. Bragantia 15:[373]-392. 1956.