Enfpa. Empresa &asilsirs de Pesquise Agispecuáde Centro d Pesquisa Ag,oflo,es,ai do Acre Ministário da Agricuitura. Pecuária e Abastecimento
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1 Enfpa ISSN Empresa &asilsirs de Pesquise Agispecuáde Centr d Pesquisa Ag,fl,es,ai d Acre Ministári da Agricuitura. Pecuária e Abasteciment Dezembr, 2001 Dcuments 75 Wrkshp de Encerrament d Prjet de Desenvlviment de Tecnlgias para Prduçã de Safrl a partir de Pimenta Lnga (Piper /iispidinervum) Editres Flávi Araúj Pimeritel Olint da Rcha Net Ri Branc, AO 21
2 74 ESTUDOS COMPARATIVOS DE PLANTAS DE PIMENTA LONGA (Piper hispidinervum C. DC.), DE ASPECTOS VEGETATIVOS EXTREMOS, PARA A EXTRAÇAO DE OLEO ESSENCIAL E QUANTIFICAÇAO DE SAFROL 1 Francisc Jsé Câmara Figueirêd0 2 Ohnt Gmes da Rcha Net0 2 INTRODUÇÃO A pimenta lnga (Piper hispidinervum C. DC.), espécie da família Piperaceae, é nativa d Estad d Acre e vegeta as áreas de capeiras (Rcha Net et ai. 1999). A imprtância da pimenta lnga está relacinada à prduçã de safrl, cm teres que variam de 88% a 96% d rendiment de óle essencial, que, segund Mendes (1999), chega a 3,5% em relaçã à bimassa seca. Para utrs autres, cm Silva (1993) e Rcha Net et ai. (1999), safrl pde representar de 90 a 94% d ttal de óle essencial, cuj rendiment chega a equivaler a até 4% d pes sec. Este estud resulta da necessidade de se cnhecer tds s aspects d cultiv da pimenta lnga, cm a finalidade de inclui-ia cm planta dmesticada, entre as espécies que cmpõem ric cenári da bidiversidade amazônica. Em ppulações cultivadas desta Piperaceae é cmum serem encntradas plantas de diferentes prtes, dada a grande variabilidade genética, cm diversas clrações ds rams rttrópics e plagitrópics, que pdem variar da verde (mais cmum) a vermelh-escura u grená. As variações da arquitetura da planta e da capacidade de frutificaçã também despertam a atençã ds bservadres e ensejam questinaments que vã desde desenvlviment vegetativ, até à capacidade de prduzir óle essencial cm diferentes teres de safrl. MATERIAL E MÉTODOS De uma ppulaçã cm nve meses de planti n camp, fram estabelecids dis grups de dez plantas, cm base d aspect vegetativ (fenótip), a partir de avaliaçã visual, mas que, a princípi, levu em cnsideraçã desenvlviment em altura. O grup A representad pelas plantas cnsideradas de cnceit ótim e 5 pelas definidas cm de cnceit ruim. As plantas fram selecinadas de área experimental na Vila de Sã Jrge d Jabuti, municípi de Igarapé-Açu, PA. Quand d planti dessa área experimental, fi aplicad na cva, em mistura cm terriç e mais dis litrs de raspa de mandica curtida, 7g de Fesqursa linanciada cm recurss d Department fr Internatinal Develprnenl - OFIO 2 Eng. Agrón., D.Sc., Pesquisadr da Embrapa Amazãnia Oriental, Caixa Pstal 48, Belém, PA., fjct@capatu.embrapa.br, lint@cpatu.embrapa.br
3 75 superfsfat tripl e, as 30 e 45 dias depis, fram suprids, em cdbertura, 3g de uréia e 2g de clret de ptássi pr planta. As 30 dias após planti, fi distribuída, em cbertura, raspa de casca de mandica curtida, visand cntrle de ervas daninhas e a reduçã de capinas. A área experimental fi irrigada, praspersã, a partir de setembr, quand a cndiçã de dispnibilidade de água n sl trnu-se bastante precária. Os parâmetrs de avaliaçã, tmads as dez meses d planti n camp, fram s dads de desenvlviment em altura e diâmetr d ram rttrópic de plantas, númer de espiga pr planta, pes médi de espiga, a estimativa de prdutividade de bimassa seca/tia, rendiment de óle essêncial, a perspectiva de prdutividade de óle essencial/ha e ter de saf rl. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Fig. 1 estã representadas as médias em altura de plantas de pimenta lnga dentr de cada grup cnsiderad. E na Fig. 2s valres médis de diâmetr de plantas de pimenta lnga ns grups TA e TB. As médias de altura das plantas ds grups A e B fram de 149,8cm e 79,0 cm, respectivamente, e a diferença entre essas ficu em trn de 89.6%. Os valres médis de diâmetr d ram rttrópic fram de 2,06cm (TA) e 1,20 cm (TB), e a diferença entre esses chegu a 71,7%. 200 TA TB.. _.150 E. 5 E a 100 e E «a -ã. A BC DE F G III J Fig. 1. Altura média de plantas de pimenta lnga, ds grups TA e TB, cultivadas n municípi de lgarapé-açu, PA ,5 TA TB SI 2,0 S , ,0 O 0,5 0,0 A B c DE F O lii J Fig. 2. Diâmetr médi de rams rttrópic de plantas de pimenta lnga, ds grups TA e TB, cultivadas n municípi de lgarapé-açu, PA Observa-se na Fig. 1 que huve certa unifrmidade da altura entre as plantas integrantes d grup TB, cm err padrã da média de 0,9 e, para as d TA, esse valr fi de 3,6, cm mair diferença entre as plantas F e G.
4 76 Quant a diâmetr, é pssível verificar na Fig. 2, que as diferenças fram menres n grup TB, send a mair entre as plantas B e G,cerca de 0,41 cm. Nas d grup TA, a mair variaçã (0,65 cm) fi registrada entre as plantas G e as E e 1. Na Fig. 3 estã representadas as médias d númer de espigas pr planta, enquant na Fig. 4 estã representads s valres médis estimads de prdutividade ptencial de bimassa seca de pimenta lnga, pr hectare. O númer médi de espigas pr planta variu de 67(E) a 358 (A), entre as d grup TA e de zer (E) a 85 (C) nas d TB. Os ceficientes de variaçã fram de 30,7 e 8,2, respectivamente. Enquant iss, as médias de prdutividade de bimassa seca ds grupaments de plantas fram de 2,78 t (TA) e 0,38 (TB). Os resultads expresss na Fig. 3 indicam que aspect vegetativ ótim, atribuíd a uma planta, nã garante um númer elevad de espigas. N entant, essa variabilidade pde ser um imprtante fatr de seleçã para efeit de cruzaments genétics cm bjetiv de bter plantas cm mair númer de espigas e suas inter-relações cm a prdutividade de bimassa, rendiment de óle essencial e ter de safrl. O pes médi de espigas, apesar de haver variaçã entre as médias das plantas d grup TA (0,48 g) para as d TB (0,30 g), nã parece ser um parâmetr cnsistente quant à diferenciaçã entre as plantas desses grups, pis fi pssível bservar espigas d grup TB (0,54 g/e) mais pesadas d que de plantas d TA, d qual fram exceções as G (0.59 cm), 8(0,65cm) e J (0,67 cm). 400,320 a. TA T E 160 a 80. A B c E F G H Ii Fig. 3. Númer médi de espigas em plantas de pimenta lnga, ds grups TA e TB, cultivadas n municípi de lgarapé-açu, PA TA TB A B C DE F O EI 1 J. Fig. 4. Estimativa de prdutividade média de bimassa seca de plantas de pimenta lnga, ds grups TA e TB, cultivadas n municípi de lgarapé-açu, PA De acrd cm s resultads da Figura 4, existe acentuada variabilidade, em terms de prduçã de bimassa, mesm entre plantas tidas cm de ótim desenvlviment vegetativ. Nas d grup TA, essa variaçã fi de até 193%,
5 77 entre as plantas F (4,95 t) e J (1,69 t). Entre as plantas d grup TB, a mair diferença fi de 127%, entre as D (0,59 t) e E (0,26 t). De md geral, a prjeçã de prdutividade de bimassa seca ficu abaix d esperad (6 t.ha -1 ), que pssibilitaria a btençã de ba margem de lucr a prdutr dessa Piperacae. Na Fig. 5 estã representads s pnts das curvas de rendiments médis de óle essencial de bimassa seca de plantas de pimenta lnga, de aspects vegetativs extrems, cujas médias fram 5,83% (TA) e 5,54 % (TB). A partir ds resultads de rendiment de óle essencial fi pssível, cm base na prdutividade de bimassa seca, prjetar a ptencialidade de extraçã de óle das plantas de pimenta lnga, classificadas pr aspects vegetativs distints, cnfrme está representad na Fig. 6. De acrd cm s resultads representads na Fig. 5, pde-se perceber que rendiment ptencial de óle essencial de plantas de pimenta lnga de aspects vegetativs extrems, apesar de ter diferid em terms médis, nã pde ser cnsiderad cm característica diferencial entre esses grups de plantas de fenótips distints, haja vista que mair rendiment (7,58%) fi alcançad pela planta 1 d grup TB. O menr rendiment de óle essencial (3,3%), que crreu tant entre as plantas d grup TA cm d TB, supera a média registrada ns prcesss de destilaçã agrindustrial, que é de cerca de 2,5%. As médias de prdutividade de óle essencial fram de 159 L.ha (TA) e 21 L.ha -1 (TB), para errs padrã das médias de 17,2 e 2,6, respectivamente. O ptencial prdutiv das plantas d grup TA fi 7,5 vezes mair que das d TB. Os dads representads na Fig. 6 permitem visualizar que, entre as plantas d grup TA, ptencial de prdutividade de óle essencial variu de 275 L.ha-1 (F) a 90 L.ha-' (J) e entre as d TB as variações fram de 40 L.ha (D) a 9 L.ha (E). IA 78 IA TB J OQ A BODE F OH 1 J A BC DE F O 141 Fig. 5. Rendiment de óle essencial de bimassa seca de plantas de pimenta lnga, ds grups TA e TB, cultivadas n municípi de lgarapé-açu, PA Fig. 6. Prjeçã de prdutividade de óle essencial (CE) de bimassa seca de plantas de pimenta lnga, ds grups TA e TB, cultivadas n municípi de lgarapé-açu, PA
6 78 Na Fig. 7 estã representads s valres médis de ter de sal rl cntid em óle essencial de bimassa seca de plantas de pimenta lnga. Os teres médis fram de 92,9% para as plantas d grup TA e de 86,5% para as d TB. 100 TA TB Q O, A BC DE F OH 1.) Fig. 7. Ter de saf rl cntid em óle essencial de bimassa seca de plantas de pimenta lnga, ds grups TA e TB, cultivadas n municípi de lgarapé-açu, PA Pde-se bservar ns pnts da curva representativa d grup TA, que nem tdas as plantas avaliadas apresentaram ter de sal rl acima de 90%, send exceções às plantas F (898%) e J (87,8%), prém mair prcentual fi registrad para a G (95,5%). Tdas as plantas d grup TB tiveram teres de safrl abaix de 90%. CONCLUSÕES A diversificaçã de desenvlviment é marcante em ppulações cultivadas de pimenta lnga e, as plantas cm características desejáveis em altura e diâmetr d ram rttrópic, nã sã garantia de pssibilidade de mair rendiment de óle essencial e de ter de safrl, embra sejam prepnderantes à prdutividade de bimassa e de óle. A variabilidade, genética e fentípica, em cultiv de pimenta lnga, sã capazes de prmver cmprtaments prdutivs diverss de bimassa, de óle essencial e sal rl. E desejável dispr de ppulações cm características lentipicas ótimas, pis a mair prdutividade de bimassa representa a extraçã de mair vlume de óle essencial e bm nível de ter de salrl.
7 79 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MENDES, F.A.T. Análise ecnômica e financeira. Prjet pimenta lnga ns Estads d Pará e Rndônia. Belém, p. ROCHA NETO, O.G.; OLIVEIRA JR.; CARVALHO, J.E.U. de; LAMEIRA, O.A. Principais prduts extrativs da Amazônia: e seus ceficientes técnics. Brasília: IBAMA, Centr Nacinal de Desenvlviment Sustentad das Ppulações Tradicinais, 78p SILVA, M.H.L da. Tecnlgia de cultiv e prduçã racinal de pimenta lnga, Piperhispidinervium C. DC. Universidade Federal d Ri de Janeir, l2op. (Tese de Mestrad).
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