A FUNCIONALIDADE DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA (1975 A 2020)

Documentos relacionados
Agropecuária. Estimativas Emissões GEE

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DEVE AUMENTAR 2,99% EM 2018

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO - junho/2017 CAFÉ TOTAL (valores em Reais*)

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO - dezembro/2017 CAFÉ TOTAL (valores em Reais*)

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO - novembro/2017 CAFÉ TOTAL (valores em Reais*)

abril/2019 CAPA - 15/05/2019

fevereiro/2019 CAPA - 27/03/2019

maio/2019 CAPA - 17/06/2019

dezembro/2018 CAPA - 16/01/2019

outubro/2018 CAPA - 21/11/2018

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO - julho/2017 CAFÉ TOTAL (valores em Reais*)

1 Lavouras. Cereais, leguminosas e oleaginosas. Área e Produção - Brasil 1980 a 2008

Agricultura Familiar e Comercial nos Censos. Agropecuários de 1996 e Carlos Otávio de Freitas Erly Cardoso Teixeira

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO CAFÉ TOTAL (valores em Reais*)

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO - janeiro/2018 CAFÉ TOTAL (valores em Reais*)

maio/2018 CAPA - 19/06/2018

junho/2018 CAPA - 20/07/2018

Metodologia. Modelos de Séries Temporais Específicos para previsão

março/2019 CAPA - 22/04/2019

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO - agosto/2017 CAFÉ TOTAL (valores em Reais*)

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DA PARAÍBA

Agronegócio em Mato Grosso. Abril 2013

Tabela Área plantada, área colhida e produção, por ano da safra e produto das lavouras. Total Cana-de-açúcar

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Ocupação do Espaço Agropecuário no Cerrado Brasileiro

O AGRONEGÓCIO EM MATO GROSSO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DE RONDÔNIA

Módulo 2: Análise da Agropecuária. Brasileira. Graduação em Zootecnia/Veterinária. Departamento de Economia Rural - UFPR

O ESPAÇO AGROPECUÁRIO BRASILEIRO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

SUA IMPORTÂNCIA PARA SANTA CATARINA

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 76, Dezembro de 2017

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.14 / out-2012

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SEAPA SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO CRÉDITO RURAL EM MINAS GERAIS

PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Setembro/2011

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 50, Outubro de 2015

PROJEÇÕES PARAPRODUÇÃO DE MATO GROSSO EM 2020 E OS IMPACTOS NA AMAZÔNIA

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO ALAGOAS

Brasília, 27 de julho de Nota: Projeções de longo prazo para a agricultura

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 32, Abril de 2014

PERSPECTIVAS PARA O AGRONEGÓCIO

A agricultura divide-se em:

O CENSO AGROPECUÁRIO 2006 BRASIL E REGIÕES. Gerson Teixeira 1

O CÓDIGO FLORESTAL E A MULTIPLICAÇÃO DAS QUEIMADAS

PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL (PAM) 1. Introdução

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Evolução dos padrões de uso do solo e produtividade da agropecuária no Brasil de 1940 a 2012 Um novo banco de dados de alta resolução

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS

FATORES DE SUSTENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MILHO NO BRASIL

O Brasil rural e agropecuário no Século XXI

OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL BANCO DE DADOS REGIONAL. Variável: Produção Agropecuária 1

Palavras-chave: Censo Agropecuário, Uso do Solo, Produção Agropecuária, Espaço Agrário, Dinâmica Agrícola.

CENSO AGROPECUÁRIO 2006: AGRICULTURA FAMILIAR E REFORMA AGRÁRIA. Aspectos metodológicos e alguns resultados

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS. Pesquisa, acompanhamento e avaliação de safras.

Comunicado Técnico. Com crescimento modesto, PIB da Agropecuária apresenta alta de 0,1% em Tabela 1. Indicadores do PIB

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Dezembro de Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano civil

Boletim de Conjuntura Agropecuária da FACE N.8 / abr-2012

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SEAPA SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO CRÉDITO RURAL EM MINAS GERAIS

Federação das Indústrias do Estado de Sergipe

Clipping de notícias. Recife, 17 de janeiro de 2017.

SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO

CRES E CIME M N E TO T O A GR G ÍCOL O A L A À

JULHO/18. PIB do Agronegócio ESTADO DE MINAS GERAIS

Agronegócio brasileiro: desafios e oportunidades

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO. PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Janeiro/2018

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO. PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Abril/2017

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO. PERFIL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Março/2016

A CANA-DE-AÇÚCAR NO MUNICÍPIO DE FRUTAL-MG BRASIL

DPE / COAGRO Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA Diretoria de Pesquisas Coordenação de Agropecuária Gerência de Agricultura LSPA

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO AMAZONAS

5. O PAPEL DAS REGIÕES BRASILEIRAS NA ECONOMIA DO PAÍS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Boletim de Agropecuária da FACE Nº 43, Março de 2015

Caderno de Estatísticas do Agronegócio Brasileiro

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Resultados da PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL Coordenação de Agropecuária - COAGRO 21 de setembro de 2017

Seminário - CONTAG MECANIZAÇÃO, MERCADO DE TRABALHO E EMPREGO NO BRASIL E NO NORDESTE. Otavio Valentim Balsadi

Balanço 2016 Perspectivas 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Impactos da Seca Sobre a Economia de Pernambuco Fortaleza, 01/12/2016

Palavras chaves: Produção agropecuária, uso do solo, perfil produtivo, desenvolvimento territorial agrário.

Um olhar para o futuro do agronegócio. Igor Montenegro Celestino Otto

Relações Brasil - China: oportunidades de negócios para o setor agropecuário

DEZEMBRO/18. PIB do Agronegócio ESTADO DE MINAS GERAIS

ESTIMATIVAS DA EXPANSÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS EM CINCO CENÁRIOS

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO PARANÁ

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Global Environment Facility GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA AMAZÔNICA CONSIDERANDO

AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL

Panorama Econômico da Bahia

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Transcrição:

A FUNCIONALIDADE DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA (1975 A 2020) The functionality of Brazilian agriculture (1975 to 2020) Vinicius Guidotti 1, Felipe Cerignoni 1, Gerd Sparovek 2, Luís Fernando Guedes Pinto 1*, Alberto Barreto 3 1 Pesquisadores do Imaflora 2 Professor Titular da Esalq/USP 3 Consultor *contato: luisfernando@imaflora.org MATERIAL COMPLEMENTAR SUPLEMMENTAR MATERIAL MATERIAL E MÉTODOS FONTES DE DADOS A obtenção dos dados referentes à agropecuária brasileira foi realizada a partir do Sistema IBGE de Recuperação Automática SIDRA (http://www.sidra.ibge.gov.br/), onde foram selecionadas parte das informações referentes ao Censo Agropecuário brasileiro para os anos de 1975, 1985, 1996 e 2006. Num primeiro momento procurou-se utilizar as informações com o maior nível de detalhe possível, sendo que para os anos de 1975 e 1985 as informações estavam disponíveis apenas agrupadas por unidades de federação, enquanto que para os anos de 1996 e 2006 os dados disponibilizados também se apresentavam em escala municipal. Para garantir a consistência do banco de dados, os dados referentes aos anos de 1996 e 2006 também foram agrupados por unidades de federação e esta passou a ser a menor unidade de análise adotada neste trabalho. FORAM TABULADAS INFORMAÇÕES REFERENTES À PRODUÇÃO AGRÍCOLA DAS DOZE PRINCIPAIS CULTURAS BRASILEIRAS, AS QUAIS SOMAM 96% DA ÁREA AGRÍCOLA NACIONAL ( Tabela 1). Para estas culturas foram tabuladas informações referentes à Área Colhida, Área Plantada (Lavouras temporárias), Área Destinada à Colheita (Lavouras permanentes) e Quantidade Produzida. Também foram tabuladas informações referentes à ocupação total da agricultura em cada unidade de federação, representada neste trabalho pela soma das áreas ocupadas pelas doze principais culturas agrícolas nacionais (lavouras temporárias + lavouras permanentes = uso agrícola).

Tabela 1- Área colhida das principais culturas do brasil. Principais Culturas Área (ha) % Algodão (herbáceo) 1.401.307,00 2% Arroz 2.759.766,00 4% Banana 512.186,00 1% Café 2.346.598,00 3% Laranja 882.604,00 1% Cana-de-açúcar 9.935.209,00 15% Feijão 3.900.057,00 6% Mandioca 2.214.444,00 3% Milho 13.636.287,00 20% Soja 24.086.811,00 36% Trigo 2.141.452,00 3% Cacau 701.960,00 1% Total 64.518.681,00 96% Área agrícola do Brasil 67.250.918,00 100% Fonte: Estatística da Produção Agrícola (IBGE, 2013) Para a pecuária foram tabuladas informações referentes à área ocupada por pastagens e ao efetivo de animais no pasto, considerando os principais rebanhos utilizados na pecuária brasileira: bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, equinos, asininos e muares. Os dados referentes ao valor da produção agrícola e pecuária foram obtidos no portal do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA (http://www.agricultura.gov.br/) para o período entre os anos de 2005 e 2015. A tabela com os valores de produção foi elaborada com informações provindas de diversas fontes, entre elas, IBGE, FGV, CONAB, Cepea/Esalq/USP. Por sua vez, os dados de emissões de gases do efeito estufa foram obtidos no portal do SEEG Brasil (http://seeg.eco.br/), para o período entre os anos de 1975 e 2014. DESAGREGAÇÃO DA SAFRA AGROPECUÁRIA EM PROTEÍNAS E ENERGIA

Como forma de simplificar as análises e a interpretação dos resultados, todo o banco de dados foi agregado para a escala geográfica de grandes regiões (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Os dados da produção agrícola (em toneladas) foram desagregados em subprodutos e resíduos, sendo posteriormente convertidos em matéria seca e, finalmente, em quantidades de proteínas, energia total e energia metabolizável. Os subprodutos representam partes do cultivar que são destinados a diferentes finalidades (e.g. tubérculo e folhas de mandioca), enquanto que os resíduos são partes do cultivar normalmente deixados no campo como cobertura morta ou restos dos processos de beneficiamento de cada subproduto. Os subprodutos e os resíduos foram separados utilizando-se valores de referência obtidos em literatura e o índice de colheita. Para a pecuária o efetivo de animais foi convertido em carcaça a partir da aplicação da taxa de desfrute e do peso médio da carcaça de cada tipo de rebanho. As conversões para proteínas, energia total e metabolizável foram realizadas a partir do conteúdo de matéria seca existente em cada tipo de carcaça. As conversões em carcaça e suas quantidades de proteína e energia foram realizadas a partir de coeficientes obtidos em literatura. Todos os coeficientes utilizados e suas respectivas referências encontram-se devidamente documentados em nosso banco de dados e serão disponibilizados futuramente em uma publicação acadêmico-científico que está sendo elaborada. Para agricultura e pecuária as quantidades obtidas de proteína e energia total representam a somatória de todos os subprodutos, resíduos ou carcaças produzidos, enquanto que a quantidade de energia metabolizável é considerada de forma distinta entre os dois setores de produção. Na agricultura, a energia metabolizável representa a porção da energia total que pode ser aproveitada por animais monogástricos, os quais possuem aproveitamento nutricional muito semelhante aos seres humanos. Dessa forma, a metodologia proposta não indica, necessariamente, se a energia metabolizável da agricultura é destinada para alimentação animal ou humana, sendo que nós apenas indicamos o potencial nutricional da safra agrícola brasileira em termos de energia metabolizável. Na pecuária, considerou-se que toda a produção é destinada para alimentação humana, sendo que a conversão de energia total em energia metabolizável é baseada no aproveitamento energético dos seres humanos. A partir dos resultados dessas conversões o banco de dados passou a apresentar a safra agropecuária brasileira de forma desagregada, em três grandes componentes: conteúdo de proteínas (em toneladas), conteúdo de energia total (em giga joules) e conteúdo de energia metabolizável (em giga joules) de cada produto agropecuário. Esta desagregação permitiu que toda a safra agropecuária brasileira fosse comparada entre si independentemente do produto (e.g. comparação da quantidade de proteína nas safras de banana e boi). A seguir, serão apresentadas as principais etapas das transformações e conversões mencionadas acima para cada produto agropecuário analisado por este trabalho.

Figura 1 - Fluxograma do processo de desagregação para a cultura do algodão. Figura 2 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura do arroz.

Figura 3 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura da banana. Figura 4 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura do cacau. Figura 5 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura do café.

Figura 6 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura da cana-de-açúcar. Figura 7 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura do feijão. Figura 8 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura da laranja.

Figura 9 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura da mandioca. Figura 10 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura do milho. Figura 11 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura da soja.

Figura 12 Fluxograma do processo de desagregação para a cultura do trigo. Figura 13 Fluxograma do processo de desagregação para o efetivo de animais.

PROJEÇÃO DOS DADOS PARA 2014 E 2020 A partir das tendências observadas individualmente para cada região no período 1975-2006, projetou-se a ocupação agropecuária e as respectivas safras (em proteínas e energia total e metabolizável) para os anos de 2014 e 2020. A seguir serão apresentados os resultados das análises de regressão, seus coeficientes e gráficos utilizados nesta etapa do trabalho. Projeção da safra agropecuária em proteína, energia total e energia metabolizável Agricultura PROTEINA AGRICULTURA REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE -465 533.08 331 474.66 0.91 0.86 0.05 NORDESTE 1527 835.41 95 717.49 0.76 0.63 0.13 NORTE 265 279.93 13 887.34 0.73 0.59 0.15 SUDESTE 2938 002.04 176 670.76 0.91 0.87 0.04 SUL 5253 061.25 192 958.51 0.88 0.81 0.06 ENERGIA TOTAL AGRICULTURA REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE -2046 268.74 41 194 087.53 0.93 0.90 0.03 NORDESTE 542 376 634.00 17 371 179.94 0.74 0.61 0.14 NORTE 56 237 614.13 1853 604.06 0.67 0.51 0.18 SUDESTE 812 704 653.60 71 192 575.98 0.94 0.91 0.03 SUL 733 495 588.70 31 206 472.51 0.93 0.90 0.03 ENERGIA METABOLIZAVEL AGRICULTURA REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE -9167 804.94 17 128 887.02 0.92 0.88 0.04 NORDESTE 114 470 875.88 5634 442.41 0.75 0.62 0.14 NORTE 19 802 388.63 866 799.68 0.72 0.58 0.15 SUDESTE 240 302 175.42 14 617 496.38 0.92 0.89 0.04 SUL 318 420 121.26 11 939 079.53 0.90 0.85 0.05 Com base nos coeficientes de ajuste das regressões lineares os resultados foram considerados satisfatórios e as equações descritas acima foram utilizadas na projeção da safra agrícola em proteínas, energia total e energia metabolizável. Os gráficos dessas relações podem ser observados no Anexo I deste documento.

Pecuária PROTEINA PECUARIA REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE 207 897.38 9881.44 0.99 0.99 0.00 NORDESTE 173 473.33 1939.15 0.89 0.83 0.06 NORTE -3517.50 8421.56 0.96 0.94 0.02 REGIAO b0 b1 b2 r_2 adj.r_2 p_value SUDESTE-QUAD 305557.08 1263.62-43.60 0.95 0.85 0.23 SUL-QUAD 189404.00 4602.68-125.32 0.98 0.95 0.13 ENERGIA TOTAL PECUÁRIA REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE 13 211 594.54 627 940.48 0.99 0.99 0.00 NORDESTE 11 016 023.70 123 185.81 0.89 0.83 0.06 NORTE -223 609.24 535 172.93 0.96 0.94 0.02 REGIAO b0 b1 b2 r_2 adj.r_2 p_value SUDESTE (Reg. Quadrática) 19417594.00 80304.00-2771.20 0.95 0.85 0.23 SUL (Reg. Quadrática) 12028183.00 292723.00-7966.00 0.98 0.95 0.13 ENERGIA METABOLIZAVEL PECUARIA REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE 8924 058.20 424 156.02 0.99 0.99 0.00 NORDESTE 7441 012.24 83 208.53 0.89 0.83 0.06 NORTE -151 041.71 361 494.17 0.96 0.94 0.02 REGIAO b0 b1 b2 r_2 adj.r_2 p_value SUDESTE (Reg. Quadrática) 13116035.60 54243.10-1871.90 0.95 0.85 0.23 SUL (Reg. Quadrática) 8124697.30 197726.20-5380.90 0.98 0.95 0.13 Com base nos coeficientes de ajuste das regressões lineares os resultados foram considerados satisfatórios para as regiões Centro-oeste, Nordeste e Norte, mas ruins para as regiões Sul e Sudeste, de modo que nestas regiões optou-se pelo ajuste de regressões quadráticas. As equações descritas acima foram utilizadas na projeção da safra pecuária em proteínas, energia total e energia metabolizável. Os gráficos dessas relações podem ser observados no Anexo II deste documento.

Área de pastagens das regiões do Brasil A projeção das áreas de pastagens foi realizada com base na relação cabeças por hectare (unidade animal). Para tanto, foi necessário projetar o efetivo de animais e a unidade animal por região para os anos analisados. EFETIVO DE ANIMAIS POR REGIÃO REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE 25 037 438.40 1175 076.07 0.99 0.99 0.00 NORDESTE 33 932 704.70 265 681.37 0.78 0.68 0.11 NORTE -157 105.70 1009 420.74 0.97 0.95 0.02 REGIAO b0 b1 b2 r_2 adj.r_2 p_value SUDESTE (Reg. Quadrática) 37 313 515.50 177 269.40-6015.90 0.99 0.98 0.08 SUL (Reg. Quadrática) 34 591 922.90 230 020.10-12 788.70 1.00 1.00 0.03 UNIDADE ANIMAL POR REGIÃO REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE 0.41 0.02 1.00 1.00 0.00 NORDESTE 1.03 0.01 0.93 0.90 0.03 NORTE 0.32 0.03 0.86 0.79 0.07 SUDESTE 0.74 0.02 0.92 0.88 0.04 SUL 1.60 0.01 0.48 0.22 0.30 Para a variável efetivo animal, os coeficientes de ajuste das regressões lineares foram considerados satisfatórios para as regiões Centro-oeste, Nordeste e Norte, mas ruins para as regiões Sul e Sudeste, de modo que nestas regiões optou-se pelo ajuste de regressões quadráticas. Para a variável unidade animal, os coeficientes de ajuste das regressões lineares foram considerados satisfatórios. Dessa forma, as equações apresentadas acima foram utilizadas na projeção do efetivo animal e da unidade animal por região para os anos de 2014 e 2020. Os gráficos dessas relações podem ser observados no Anexo III deste documento. Com os valores projetados foi possível obter a área de pastagens de cada região e, consequentemente, do Brasil, de acordo com a seguinte equação: Área pastagem (ha)= ANO Efetivo animal Área de pastagem do Brasil (ha) 1975 133 452 477.00 165 651 951.00 1985 161 137 103.00 179 188 404.00 1996 182 155 961.00 177 700 468.79 2006 204 069 806.00 159 958 237.00 2014* 214 929 823.00 158 310 657.50 2020* 222 371 455.48 152 941 191.31 Nota: * Dados projetados

Uso agrícola do Brasil Projeção das áreas agrícolas de cada região com base na evolução do uso agrícola ao longo do período analisado. USO AGRICOLA REGIAO b0 b1 r_2 adj.r_2 p_value CENTRO-OESTE 3905 690.00 238 578.86 0.88 0.82 0.06 NORDESTE 11 762 050.00 119 074.03 0.76 0.63 0.13 NORTE 1295 328.00 90 936.71 0.95 0.93 0.03 SUDESTE 11 178 102.00 65 657.04 0.35 0.02 0.41 SUL 13 180 701.00 51 953.43 0.49 0.23 0.30 Para a variável uso agrícola, os coeficientes de ajuste das regressões lineares foram considerados satisfatórios para as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, com ajustes ruins para as regiões Sudeste e Sul. Os resultados ruins se referem ao distanciamento dos pontos em relação a tendência especialmente para os anos de 1985 e 1996 e os resultados não seriam melhores caso fossem utilizadas regressões quadráticas. Desse modo, todas as regiões tiveram o seu uso agrícola projetado com base nas equações apresentadas acima. Os gráficos dessas relações podem ser observados no Anexo IV deste documento. Ano Uso agrícola (ha) 1975 40 001 629.00 1985 52 147 682.00 1996 49 971 259.30 2006 60 536 117.00 2014* 63 969 873.80 2020* 67 367 074.22 Nota: * Dados projetados

ANEXOS

Anexo I Projeção da safra agrícola em proteína, energia total e energia metabolizável PROTEINA AGRICULTURA

ENERGIA TOTAL AGRICULTURA

ENERGIA METABOLIZÁVEL AGRICULTURA

Anexo II Projeção da safra pecuária em proteína, energia total e energia metabolizável PROTEINA PECUÁRIA

ENERGIA TOTAL PECUÁRIA

ENERGIA METABOLIZÁVEL PECUÁRIA

Anexo III Projeção do efetivo animal e da unidade animal por região EFETIVO DE ANIMAIS

UNIDADE ANIMAL

Anexo IV Projeção do uso agrícola por região USO AGRÍCOLA