O MUNDO VISÕES DO MUNDO ATRAVÉS DA HISTÓRIA
MITO: FORMA DE EXPLICAÇÃO MITO: vem do vocábulo grego mythos, que significa contar ou narrar algo. Mito é uma narrativa que explica através do apelo ao sobrenatural, ao divino e ao misterioso, a origem do universo, o funcionamento da natureza, o surgimento de alguma coisa (JAPIASSÚ, Dicionário Básico de Filosofia. 1996, p. 183).
CREDIBILIDADE DOS MITOS Autoridade dos poetas: o mito era narrado pelo poeta escolhido por algum deus, que mostrava os acontecimentos passados e permitiam que eles vissem as origens de todos os seres e coisas para que assim pudessem transmitir aos ouvintes. Poeta: porta-voz da sabedoria dos deuses. Principais poetas e poemas mitológicos gregos: Homero, autor de Ilíada e Odisseia; e Hesíodo, autor da Teogonia.
NECESSIDADE DE UMA NOVA EXPLICAÇÃO: A FILOSOFIA A Filosofia: nova explicação sobre a origem, sobre a ordem do mundo, baseada em argumentos racionais. A partir da constatação de que os mitos não eram suficientes para responder às necessidades humanas de conhecimento, surgiram as explicações filosóficas (por volta do século VII ou VI a.c.), que utilizavam a capacidade de reflexão do Homem com o objetivo de conhecer a verdade. O que a diferencia dos mitos é seu objetivo de explicar logicamente e racionalmente os fatos (REALE, História da Filosofia: filosofia pagã antiga.1993, p. 25).
FILOSOFIA NASCENTE: COSMOLOGIA Kósmos: mundo ordenado, organizado. Lógos: conhecimento, pensamento racional, discurso racional. Cosmologia: conhecimento racional acerca da origem, da ordem do mundo ou da natureza. Primeiros filósofos: pré-socráticos, cosmológicos, naturalistas, filósofos da phýsis (natureza, em grego). ARCHÉ: elemento, substância primordial, princípio fundamental, matéria-prima que teria gerado o mundo e os seres nele existentes.
PLATÃO: TEORIA DAS IDEIAS E DEMIURGO Mundo Sensível: corresponde à matéria, é o mundo físico que experimentamos através dos nossos sentidos corporais. As coisas e fatos do mundo sensível são temporárias, mutáveis e corruptíveis (o mundo de Heráclito); O Mundo Inteligível (Formas ou Ideias): mundo das essências, das ideias imutáveis, das formas perfeitas, eternas, verdadeiras (o mundo de Parmênides). O que encontramos no mundo físico são exemplos imperfeitos, cópias, imitações, sombras, de Formas absolutas imutáveis que existem no Mundo das Ideias. A verdadeira essência das coisas está no Mundo das Ideias.
ARISTÓTELES: HILEMORFISMO TELEOLÓGICO Hylé: matéria. Morphé: forma. Télos: fim, finalidade. Matéria: aquilo de que algo é feito (material que serve de base para a construção de algo, aquilo do qual ela é feita, a sua constituição) E forma é aquilo que faz com que uma coisa seja como é (que é a forma que ela assume, a maneira como ela se apresenta, seu formato, sua aparência). Ex. MESA, CADEIRA. Nos processos de mudança é a forma que muda; a matéria mantém-se a mesma.
ARISTÓTELES: ATO E POTÊNCIA Aristóteles: Heráclito (mudança) X Parmênides (permanência). Ato: manifestação atual do ser, aquilo que ele já é. Potência: possibilidades do ser, aquilo que ele ainda não é, mas que pode vir a ser. Ex. Criança adulto. Não muda a essência, apenas atualiza potencialidades que já possui, já fazem parte do seu ser. Todas as coisas naturais são ato e potência. Potência e ato explicam a mudança no mundo.
ARISTÓTELES: SUBSTÂNCIA E ACIDENTE Substância (essência): atributo estrutural e essencial do ser, faz com que o ser seja o que ele é, lhe diferencia das demais espécies e classes de seres. Acidente: atributo não essencial do ser; aquilo que ocorre no ser, mas que não é necessário para definir a natureza própria desse ser. Pode acontecer que, em virtude de certas condições climáticas, uma árvore frutífera não venha a dar frutos (o que contraria sua potência de dar frutos). Ou pode ser que as folhas da árvore apresentem-se queimadas ou ressecadas, em consequência de um clima seco. Aristóteles classifica esses casos, ou qualidades do ser, como acidentes, ou seja, algo que ocorre no ser, mas que não faz parte de seu ser essencial.
COSMOLOGIA ARISTOTÉLICA Pg. 129