As provas da existência de Deus: Tomás de Aquino e o estabelecimento racional da fé. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

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1 As provas da existência de Deus: Tomás de Aquino e o estabelecimento racional da fé. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

2 Tomás de Aquino ( ) Tomás de Aquino - Tommaso d Aquino - foi um frade dominicano e sacerdote italiano cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia. Aquino" é uma referência ao condado de Aquino, uma região da Itália que foi propriedade de sua família até 1137.

3 São Tomás de Aquino - É a figura mais destacada do pensamento cristão medieval. Elaborou os princípios da doutrina cristã baseado no pensamento aristotélico. - Parte da argumentação e estruturação lógica de Aristóteles comprovar a existência de Deus. - Não conhecemos a essência do criador, mas podemos conhecê-lo pela sua criação. - Baseando-se nesses princípios São Tomás reativa o mundo natural, pois o mundo natural é criação de Deus.

4 Tomás de Aquino O tomismo, como ficou conhecido o sistema filosófico de Tomas, têm como princípio a abstração aristotélica. Simplificando podemos interpretar o pensamento de Tomás como uma apropriação da filosofia de Aristóteles.

5 Um problema aristotélico Para Aristóteles todos os homens tendem ao conhecimento, e a prova disto é o amor pelas sensações. Tomás, aprofundando seus estudos em torno da lógica e da física, da metafísica, busca nestes termos novos sentidos para as teses aristotélicas.

6 Essência Existência Este conhecimento racional advém por meio dos sentidos Nosso intelecto trabalha por meio de abstrações Partimos do Particular para o Universal. Neste sentido para Aristóteles, a essência é diferente da existência. Tomás vai revigorar este problema a partir da questão do Ente e da Essência é quidade, é natureza, forma e matéria de determinada coisa.

7 Essência Existência Este conhecimento racional advém por meio dos sentidos Nosso intelecto trabalha por meio de abstrações Partimos do Particular para o Universal. Neste sentido para Aristóteles, a essência é diferente da existência.

8 Essência Existência Tomás vai revigorar este problema a partir da questão do Ente e da Essência é quidade, é natureza, forma e matéria de determinada coisa, elemento sem o qual não há a possibilidade de se pensar na definição, no conceito. Por exemplo, a esencia do homem, como animal racional, compreende não só a racionalidade ( forma) mas a animalidade ( matéria). Podemos saber o que é a essência (quid) sem saber de sua existência...

9 Sensações Diferentes Percepções e Sentimentos Diferentes Objetos Abstração Conceito (Universal Geral e não Ideal) Matéria ( Causa Material das sensações) DIFERENÇA LÓGICA ESSÊNCIA ( aporte conceitual) EXISTÊNCIA (aporte material)

10 Como o homem conhece... Para Tomás de Aquino, nossos sentidos externos ou corpóreos são passivos; Os sentidos estão potencialmente, aptos a receberem as informações, advindas do mundo exterior e registrá-las nos nossos sentidos internos; Estes por sua vez, vão ser a base ou substrato do qual o intelecto ativo irá extrair os dados, em potência e transformá-los em ato cognicível.

11 O intelecto passivo Sensibilidade que recebe os dados sensíveis de maneira mecânica e os transporta para que seja trabalhado pelo intelecto ativo. Percebemos apenas as coisas em ato, sua relação com as causas primeiras (potência) e mesmo com seus aspectos eficiente, causal e final nos são desconhecidos, sendo necessário o trabalho do intelecto ativo para que de fato tenhamos o conhecimento das formas das coisas.

12 O intelecto agente (ativo) Responsável pela passagem da potência ao ato, ou seja, responsável pelo trabalho de abstração necessário ao conhecimento real das causas e suas relações entre potência e ato, matéria e forma, substância e acidente.

13 Deus Ser necessário Ato puro Imutável e infinito Causa de sua existência Essência = Existência Criaturas Ser contingente Ato e potência ( transformação) Mutável e Finito Existência dependente Existência concreta e essência abstrata Essência Existência Intelecto Puro Agente Intelecto Passivo (predominante) e Ativo

14 Tomás de Aquino esquematizou o direito com base na seguinte classificação das leis: Lei Divina: revelada por Deus aos homens, que consiste nos Dez Mandamentos. Lei Eterna: o plano racional de Deus que ordena todo o universo. Lei Natural: conceituada como a participação da Lei Eterna na criatura racional, ou seja, aquilo que o homem é levado a fazer pela sua natureza racional; Lei Positiva: feita pelo homem, de modo a possibilitar uma vida em sociedade. Esta subordinase à Lei Natural, não podendo contrariá-la sob pena de se tornar uma lei injusta.

15 Razão e Fé A filosofia a serviço da teologia A razão (ratio), faculdade discursiva do ser e dos porquês, é o modo pelo qual a perfeição absoluta da inteligência (intelligentia) realiza-se no homem. Ela caracteriza-se por sua força abstrativa (abstractio, abstrahere), a qual denominamos intelecto (intellectus; intus-legere= ler dentro), capaz de alcançar o ser inteligível das coisas sensíveis e os primeiros princípios, e que se especifica pela sua capacidade de avançar no conhecimento da verdade, mediante um encadeamento lógico, que parte de princípios auto evidentes e que denominamos raciocínio.

16 Razão e Fé A filosofia a serviço da teologia Ora bem, a filosofia é o conhecimento pelas causas primeiras e mais universais, através da luz da razão (lumen rationis).2 Agora bem, a fé é para a teologia o que os princípios naturais são para a razão.3contudo, diferentemente da luz da razão (lumen rationis), que é auto-evidente, a luz da fé (lumen fidei) é uma luz infusa (lumen infusum). Ora, a teologia é uma reflexão que parte da luz da fé (lumen fidei) como de seus princípios primeiros. A teologia não é, pois, a pura fé, mas fruto da razão iluminada pela fé (ratio fidei illustrata).

17 As provas empíricas e ontológicas da existência de Deus, demonstradas logicamente... As cinco vias (quinque viis) podem ser interpretadas como uma adequação das teses de Aristóteles ao cristianismo. Diferentemente do empreendimento filosófico de Agostinho, Tomás, parte do zero, ou seja não define de saída a existência da alma como devedora da criação divina.

18 VIAS 1ª NATUREZA SE OBSERVA 2º PRINCÍPIO DE CAUSALIDADE 3º PRINCÍPIO IMPOSSIBILIDADE DE UMA INFINITA DE CAUSAS ( AD INFINITUM) 4º DEMONSTRAÇÃO Atributos de um Ser - 1ª Movimento Todo movimento é efeito de um motor Motriz Princípio do Movente que não pode ser movimentado Primeiro Motor 2ª Causalidade Todo efeito procede de uma causa prévia Eficiente Todo efeito tem sua causa exterior a si mesmo Causa Primeira D 3ª Contingencia Todo ser contingente procede de outro prévio Seres contingentes Todo ser contingente deriva sua existência. Ser Necessário E 4ª Perfeição Tudo possui um nível de perfeição Seres perfeitos A ideia de perfeição necessita ter uma matriz. Ser Perfeito U 5ª Ordem Todo nível inferior na ordem dos seres depende de outro superior. Níveis de ordem Toda a ordem pressupõe a ação de uma finalidade perfeita que organiza e para qual estão dirigidas todas as coisas. Causa Final ( Fim último) S

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