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Dados Básicos. Ementa. Íntegra. Fonte: Tipo: Acórdão STJ. Data de Julgamento: 19/03/2013. Data de Aprovação Data não disponível

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22/09/2015 SEGUNDA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 653.721 - RS (2004/0059056-0) RELATOR : MINISTRO LUIZ FUX RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : DANILO THEMI CARAM E OUTROS RECORRIDO : MÓVEIS CARRARO S/A ADVOGADO : CÉSAR LOEFFLER E OUTROS EMENTA TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO. PIS E COFINS. PRODUTOS DESTINADOS À ZONA FRANCA DE MANAUS. 1. O art. 4º do DL 288/67 e o art. 40 do ADCT "preserva a Zona Franca de Manaus como área de livre comércio, estendendo às exportações destinadas a estabelecimentos situados naquela região os benefícios fiscais presentes nas exportações ao estrangeiro". Consectariamente, para efeitos fiscais, a exportação de mercadorias destinadas à Zona Franca de Manaus equivale a uma exportação de produto brasileiro para o estrangeiro. Sob esse enfoque, é assente nas Turmas de Direito Público que: "O conteúdo do art. 4º do Dec.lei 288/67, foi o de atribuir às operações da Zona Franca de Manaus, quanto a todos os tributos que direta ou indiretamente atingem exportações de mercadorias nacionais para essa região, regime igual ao que se aplica nos casos de exportações brasileiras para o exterior." 2. O art. 5º da Lei 7.714/88, com a redação dada pela Lei 9.004/95, bem como o art. 7º da Lei Complementar 70/91 autorizam a exclusão, da base de cálculo do PIS e da COFINS respectivamente, dos valores referentes às receitas oriundas de exportação de produtos nacionais para o estrangeiro. 3. Havendo equiparação dos produtos destinados à Zona Franca de Manaus com aqueles exportados para o exterior, infere-se que a isenção relativa à COFINS e ao PIS é extensiva à mercadoria destinada à Zona Franca. Precedentes do STJ (RESP 223.405-MT, DJ de 01.09.2003, Relator Min. Humberto Gomes de Barros; RESP 144.785-PR, DJ de 16.12,2002, Relator Min. Paulo Medina). 4. Recurso Especial desprovido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da PRIMEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Denise Arruda e José Delgado votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Francisco Falcão. Brasília (DF), 26 de outubro de 2004(Data do Julgamento) MINISTRO LUIZ FUX Presidente e Relator Documento: 509698 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/11/2004 Página 1 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 653.721 - RS (2004/0059056-0) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX (Relator): Cuida-se de Recurso Especial, interposto pela FAZENDA NACIONAL, com fundamento na alínea "a" do permissivo constitucional, contra acórdão prolatado pelo Eg. Tribunal Regional Federal da 4ª Região, cuja ementa restou vazada nos seguintes termos: "TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PIS. COFINS. EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO DAS VERBAS PROVENIENTES DE VENDAS REALIZADAS À ZONA FRANCA DE MANAUS. DECRETO 288/67. ARTIGO 40 DOS ADCT. POSSIBILIDADE. ADIN 2.348-9/AM. COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. PROVA DE TRANSFERÊNCIA DO ENCARGO FINANCEIRO. ART. 97 DA CF. 1. O art. 40 ADCT preserva a Zona Franca de Manaus como área de livre comércio, estendendo às exportações destinadas a estabelecimentos situados naquela região os benefícios fiscais presentes nas exportações ao estrangeiro. 2. Cuidando-se de tributo sujeito ao lançamento por homologação, o prazo para pleitear a restituição inicia a partir da data em que ocorrer a homologação do lançamento. Diante da homologação tácita, dispõe o contribuinte do prazo de dez anos para postular a restituição, a contar do fato gerador, cinco dos quais relativos à homologação tácita e os outros cinco ao prazo prescricional propriamente dito. 3. Na forma da Lei nº 8.383/91, é possível a compensação dos valores pagos indevidamente com prestações vincendas da própria COFINS, extinguindo-se o crédito sob condição resolutória da ulterior homologação (art. 150, 1º, do CTN). 4. Cuidando-se de tributo objeto de contestação judicial, para que a compensação tenha o condão de operar a extinção do crédito tributário, deve ser efetivada depois do trânsito em julgado da decisão. 5. A correção monetária deve incidir sobre os valores desde a data do pagamento indevido por aplicação do entendimento assentado pela Súmula nº 162 do STJ - com incidência dos seguintes indexadores: a UFIR, aplicável a partir de jan/92 até dez/95 e a SELIC, a partir de 01/01/96, excluindo-se qualquer índice de correção monetária ou juros de mora (art. 39, 4º, da Lei nº 9.250/95). 6. Nas contribuições ao PIS e à COFINS há somente um Documento: 509698 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/11/2004 Página 2 de 7

contribuinte, que a recolhe e a suporta em definitivo, sem que se cogite a transferência do encargo, do ponto de vista jurídico, a outrem, donde inaplicável o art. 166 do CTN. 7. Eventual afronta ao art. 97 da CF resta apartada, porquanto já exista pronunciamento do e. STF a respeito do tema, ainda que em liminar e com eficácia ex nunc, o que, de certo, se impede contrariedade pelos órgão fracionados dos tribunais, não obsta o julgamento com extensão dos efeitos, desde que conforme o conteúdo da decisão liminar, em estreita observância aos princípios da celeridade e da economia processuais, bem ainda à necessidade de racionalização dos trâmites jurisdicionais. 8. Apelação improvida e remessa oficial parcialmente provida." Aduz a Recorrente violação aos arts. 14 da MP 2037/00, 5º da Lei 7714/88, 111 do Código Tributário Nacional. Oferecidas contra-razões, o inconformismo foi admitido na origem. É o relatório. Documento: 509698 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/11/2004 Página 3 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 653.721 - RS (2004/0059056-0) VOTO TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO. PIS E COFINS. PRODUTOS DESTINADOS À ZONA FRANCA DE MANAUS. 1. O art. 4º do DL 288/67 e o art. 40 do ADCT "preserva a Zona Franca de Manaus como área de livre comércio, estendendo às exportações destinadas a estabelecimentos situados naquela região os benefícios fiscais presentes nas exportações ao estrangeiro". Consectariamente, para efeitos fiscais, a exportação de mercadorias destinadas à Zona Franca de Manaus equivale a uma exportação de produto brasileiro para o estrangeiro. Sob esse enfoque, é assente nas Turmas de Direito Público que: "O conteúdo do art. 4º do Dec.lei 288/67, foi o de atribuir às operações da Zona Franca de Manaus, quanto a todos os tributos que direta ou indiretamente atingem exportações de mercadorias nacionais para essa região, regime igual ao que se aplica nos casos de exportações brasileiras para o exterior." 2. O art. 5º da Lei 7.714/88, com a redação dada pela Lei 9.004/95, bem como o art. 7º da Lei Complementar 70/91 autorizam a exclusão, da base de cálculo do PIS e da COFINS respectivamente, dos valores referentes às receitas oriundas de exportação de produtos nacionais para o estrangeiro. 3. Havendo equiparação dos produtos destinados à Zona Franca de Manaus com aqueles exportados para o exterior, infere-se que a isenção relativa à COFINS e ao PIS é extensiva à mercadoria destinada à Zona Franca. Precedentes do STJ (RESP 223.405-MT, DJ de 01.09.2003, Relator Min. Humberto Gomes de Barros; RESP 144.785-PR, DJ de 16.12,2002, Relator Min. Paulo Medina). 4. Recurso Especial desprovido. O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX (Relator): Devidamente prequestionada a questão federal deduzida pela Recorrente, conheço do recurso. Desassiste razão à Recorrente. Com efeito, cinge-se a controvérsia posta nos presentes autos à possibilidade de efetuar-se a exclusão da base de cálculo do PIS e da COFINS dos valores provenientes de vendas efetuadas a estabelecimentos situados na Zona Franca de Manaus. Documento: 509698 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/11/2004 Página 4 de 7

Consoante se depreende do art. 4º do DL 288/67 e do art. 40 do ADCT, o legislador entendeu pela prorrogação da Zona Franca de Manaus como beneficiária de favores fiscais. Assim é que, para efeitos fiscais, a exportação de mercadorias destinadas à Zona Franca de Manaus equivale a uma exportação de produto brasileiro para o estrangeiro. Sob essa ótica, forçoso convir que o art. 5º da Lei 7.714/88, com a redação dada pela Lei 9.004/95, bem como o art. 7º da Lei Complementar 70/91 autorizam a exclusão, da base de cálculo do PIS e da COFINS respectivamente, dos valores referentes às receitas oriundas de exportação de produtos nacionais para o estrangeiro. Consequentemente, engendrando a equiparação dos produtos destinados à Zona Franca de Manaus com aqueles exportados para o exterior, infere-se inequívoca a isenção relativa à COFINS e ao PIS quanto à mercadoria destinada àquela região. Frise-se que as duas Turmas que compõem a Seção de Direito Público adotam referido entendimento acerca da questão ora em apreço: RESP 223405 / MT ; RECURSO ESPECIAL 1999/0062846-2 Relator(a) Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS (1096) Orgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 07/08/2003 Data da Publicação/Fonte DJ 01.09.2003 p.00218 Ementa TRIBUTÁRIO - COFINS - ZONA FRANCA DE MANAUS - ISENÇÃO. Por força do Art. 4º do DL 288/67, a isenção da COFINS, assegurada pelo Art. 7º da LC 70/91 estende-se às exportações para a Zona Franca de Manaus. RESP 144785 / PR ; RECURSO ESPECIAL 1997/0058303-1 Relator(a) Ministro PAULO MEDINA (1121) Orgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 21/11/2002 Data da Publicação/Fonte DJ 16.12.2002 p.00285 LEXSTJ VOL.:00162 p.00082 RSTJ VOL.:00163 p.00183 Ementa TRIBUTÁRIO. COFINS. ZONA FRANCA DE MANAUS. ISENÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 4º DO DL 288/67. O conteúdo do art. 4º do Dec.lei 288/67, foi o de atribuir às operações da Zona Franca de Manaus, quanto a todos os tributos que direta ou indiretamente atingem exportações de mercadorias Documento: 509698 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/11/2004 Página 5 de 7

nacionais para essa região, regime igual ao que se aplica nos casos de exportações brasileiras para o exterior. A isenção da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, concedida pela Lei Complementar n. 70/91 à exportação de mercadorias, é também aplicável às operações relativas à Zona Franca de Manaus. Precedentes. Recurso especial provido. Com essas considerações, estando o acórdão recorrido em harmonia com a jurisprudência deste Sodalício, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO. Documento: 509698 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/11/2004 Página 6 de 7

CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA Número Registro: 2004/0059056-0 RESP 653721 / RS Número Origem: 200271070169987 PAUTA: 26/10/2004 JULGADO: 26/10/2004 Relator Exmo. Sr. Ministro LUIZ FUX Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro LUIZ FUX Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. JOÃO PEDRO BANDEIRA DE MELO Secretária Bela. MARIA DO SOCORRO MELO AUTUAÇÃO RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : DANILO THEMI CARAM E OUTROS RECORRIDO : MÓVEIS CARRARO S/A ADVOGADO : CÉSAR LOEFFLER E OUTROS ASSUNTO: Tributário - Contribuição - Social - Isenção - PIS / COFINS CERTIDÃO Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Teori Albino Zavascki, Denise Arruda e José Delgado votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Francisco Falcão. O referido é verdade. Dou fé. Brasília, 26 de outubro de 2004 MARIA DO SOCORRO MELO Secretária Documento: 509698 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 22/11/2004 Página 7 de 7