TRABALHO INFANTIL NO BRASIL : AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO PROGRAMA BOLSA-ESCOLA XIII INIC / IX EPG - UNIVAP 2009 Paula Meyer Soares Passanezi 1, Andrea Duarte 2 ; Fabiana Paneque 3, Carolina Cioci dos Santos 4 UNINOVE/Gerenciais, ppassanezi@uninove.br UNINOVE/Gerenciais, dea_klass@uol.com.br UNINOVE/Gerenciais, faby_dede@hotmail.com UNINOVE /Gerenciais, cioci.carol@ig.com.br UNINOVE, /Gerenciais,ppassanezi@uninove.br (orientadora) Resumo: O trabalho infantil é um fato que não podemos ignorá-lo. O Brasil possui atualmente mais de 3 milhões de crianças que enfrentam uma dura jornada de trabalho. A expectativa por um futuro promissor e de melhoria de vida são remotas. O contingente de trabalho infantil assenta-se nas carvoarias e nos lares brasileiros onde desempenham funções domesticas e em muitas vezes em condições insalubres. Nesse sentido, o referido trabalho fará um estudo acerca do perfil das famílias que participam do programa Bolsa- Escola. A metodologia utilizada baseou-se em dados estatísticos e literatura que discute a eficácia dos programas sociais de combate ao trabalho infantil. Os resultados mostram que o programa Bolsa- Escola brasileiro apesar do enorme alcance que possui sobretudo nos lares de baixa renda, o mesmo não é uma política social suficiente para erradicar o trabalho infantil. O programa traz consigo lacunas que comprometem a sua eficácia. Palavras-chave: Trabalho infantil, escravidão, OIT, década de 90. Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas. Introdução A partir dos anos 1990 houve uma grande mobilização em relação ao trabalho infantil e o levantamento das questões que cercam o problema, foi a mola propulsora para a reação do governo e criação de projetos voltados para a criança e o adolescente vitimas dessa circunstância. Há registros que informam que o trabalho infantil já era comum desde o feudalismo, mas que as crianças e adolescentes, atuavam no âmbito doméstico e em trabalhos com fins artesanais, em alguns casos com objetivos didáticos sob a tutela de um mestre. 1 Até a Revolução Industrial, os trabalhos eram realizados em sua maior parte por adultos, mas a mão de obra chamada de meia força foi largamente utilizada, tanto é que nesta época nos períodos mais críticos a mão de obra infantil tornouse substituta ao trabalhador adulto. 1 De acordo com a Convenção 182 da OIT, ratificada pelo Brasil em setembro de 2000, as piores formas de trabalho são aquelas perigosas, insalubres e penosas, ou quando as crianças ou adolescentes são exploradas em atividades ilegais. No Brasil, durante o período da escravidão, estima-se que em sua fase final dos mais de 2 milhões de pessoas enviadas da África um total de 775 mil eram de crianças, segundo renomado historiador David Eltes. Texeira (2004) em seu estudo sobre a utilização de mão de obra infantil no Brasil durante a escravatura relata que os meninos escravos eram responsáveis por diversas atividades e entre elas destacam-se: buscar água, engraxar sapatos, servir à mesa e etc, já as meninas bordavam, cozinhavam, lavavam, serviam as mucamas entre outras atividades. O trabalho infantil perdura ate os dias de hoje comprometendo o futuro promissor de milhares de crianças brasileiras. É uma questão relevante a ser discutida sobretudo quando o Brasil desponta como referência mundial em inúmeros outros setores da industria. Essa é uma questão que deve ser tratada com alta prioridade uma vez que o desenvolvimento de uma nação não depende tão somente de máquinas mas de capital humano de alta qualidade e capacitado para promover um futuro melhor. Nesse sentido, o referido trabalho fará uma abordagem sobre o programa Bolsa-Escola e a sua 1
eficácia no que tange ao combate ao trabalho infantil durante a década de 90. Materiais e Métodos Os dados utilizados para abordar os principais programas e ações federais do Brasil, foram extraídos da pesquisa PNAD (2001), feita pelo IBGE e referencial teórico que aborda a questão do trabalho infantil e programas sociais. Discussão De acordo com Schwartzman (2001), à prática do trabalho infantil é um fenômeno antigo que está enraizada com uma série de valores culturais inflexíveis, portanto temos que separar o trabalho infantil que é considerado educativo, como por exemplo lavar a louça do exploratório. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) o trabalho infantil, é aquele que abrange toda forma de trabalho abaixo dos 12 anos de idade, independente da atividade econômica, qualquer forma de trabalho que não seja leve entre os 12 e 14 anos de idade e todo o tipo de trabalho que estejam enquadrados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A OIT, através de duas Convenções visando potencializar a luta contra o trabalho infantil, a Convenção 138 trata da idade mínima para o emprego e a Convenção 182 trata das piores formas de trabalho infantil. Mas por ser um tratado internacional e o OIT não têm poderes sancionários, mesmo que as Convenções sejam ratificadas, são necessárias conscientização e políticas sociais de forma integrada para erradicar o trabalho infantil. A idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho varia entre as nações. Na Etiópia, Índia e Argentina, por exemplo, é permitido o ingresso a partir dos 14 anos de idade. Brasil, Estados Unidos, Quênia e Reino Unido, o ingresso só é permitido ao 16 anos completos. (Fonte, OIT, 2009). De acordo com Kassouf (2004) a maior parte das crianças que trabalham estão na Ásia, onde o número é maior em termos absolutos, na África em termos relativos com o alarmante número de uma a cada três crianças trabalhando, e América Latina. No Brasil, o trabalho infantil nas áreas urbanas está voltado mais para o trabalho doméstico e comércio e feiras segundo o Ministério do Desenvolvimento Social. Já na área rural, o trabalho infantil está praticamente voltado ao cultivo em geral e ao trabalho em olarias. Basu & Van (1998) mostram que as causas do trabalho infantil, estão inseridas nos aspectos sociais, econômicos, culturais e sociológicos. A decisão da criança ou adolescente entrar no mercado de trabalho por exemplo, é tomada pelos pais. Di Giovanni (2004), mostra que a opção pelo trabalho infantil, está intimamente relacionada as estratégias de sobrevivência familiares. No caso especifico brasileiro, uma análise das políticas publicas de combate ao trabalho infantil devem considerar tanto o aspecto sociológico quanto o econômico. Estudos realizados por Barros, Mendonça & Velasco (1994), afirmam também que características familiares e culturais devem ser enfatizadas e relacionar o trabalho infantil à pobreza é questionável e simplista uma vez que se este fosse o fator principal bastariam ás bastariam políticas para erradicação da pobreza para resolver o problema do trabalho infanto-juvenil. Fan (2004) relaciona a alocação dos filhos para o trabalho infantil com o tamanho familiar e a qualidade, uma vez que quanto maior a quantidade de filhos mais diluída é a renda. Já Kassouf (2004), Rosenzweig (1981) utilizou-se da teoria de Becker de decisão familiar para elucidar a separação do tempo entre trabalho, escolaridade e lazer de crianças e adolescentes na Índia. Segundo Becker, o tempo na escola é um investimento com custos presentes (material escolar, tempo dedicado aos estudos, alimentação, uniforme...) e benefícios futuros.sendo assim, a decisão de investir nos estudos dos filhos está correlacionada ao consumo familiar presente. Por outro lado, estudo realizado por Ranjan (1999), as imperfeições no mercado de credito e a pobreza justificam a existência do trabalho infantil. O acesso ao crédito possibilitaria as famílias a investirem mais na educação do filho ao invés de colocá-lo no trabalho. A pobreza conjugada com uma política de acesso ao crédito agravaria a situação empurrando estes jovens cedo demais ao mercado de trablho informal. Schwartzman & Schwartzman (2002), consideram que pode haver uma relação em que a ausência de escola, leve a criança a trabalhar. Já de acordo com estudos elaborados o Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC), diz que, a criança fora da escola e o trabalho infantil estão diretamente correlacionados. A mão de obra infantil não substitui a adulta num aspecto geral, no entanto os segmentos que admitem crianças trabalhando, quando estas crescem, são substituídas por outras de menor idade, os autores pesquisaram as hipóteses na Índia nos anos de 87/88 e 93/94 não chegaram a um consenso em relação à substituição. No entanto, concluíram que a subsistência e a educação dos pais são os principais determinantes da decisão de alocar os filhos para o mercado de trabalho. Já a redução do trabalho, foi determinada de acordo com o aumento da renda, propiciada por aumento de crédito, além do maior nível de educação dos pais. Já Kassouf (2002) indica que: 2
(i) a escolaridade dos pais aumenta as chances da criança freqüentar a escola e não trabalhar (ii) o tamanho da família influência na probabilidade de trabalho, mas a presença de irmão mais velho, não deixa claro se há substituição de mão de obra entre eles (iii) o salário do pai determina se a criança vai trabalhar e o da mãe se a criança vai estudar, pois as mães valorizam mais o capital humano. Quanto á oferta de trabalho, os aspectos econômicos e falta de investimento tecnológico são os principais determinantes para demandar mão de obra infantil, para Kassouf (2001) as crianças representam baixo custo, pois não tem nenhum vínculo empregatício nem irão recorrer aos seus direitos para cumprir os deveres, há também a cultura de que as crianças são mais obedientes e consideradas mais aptas a realizar trabalhos monótonos, em relação à tecnologia, a mecanização dos processos de produção reduz a oferta de vagas para o trabalho infantil. Legislação no Brasil vs Trabalho Infantil No Brasil, a primeira lei que trata desta questão estabelece uma idade mínima para se trabalhar foi sancionada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, que diante da pressão popular, outorgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que as pessoas só poderiam trabalhar a partir dos 12 anos de idade. A Constituição de 1988 (art. 7º, XXXIII) proíbe de menores de 16 anos o trabalho noturno e o perigoso à saúde para menores de 18 anos. Em 1998, o Congresso aprovou a emenda que torna mais dura à segunda proibição, e admite que maiores de 14 anos, trabalhem na condição de aprendiz. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no Brasil, a definição de criança é: Capítulo I, Artigo 2: Para finalidade dessa lei, a criança é definida como uma pessoa que ainda não completou 12 anos de idade, enquanto que o adolescente tem entre 12 e 18 anos de idade. Trabalho infanto-juvenil doméstico: de acordo com o ANDI (Agência de Noticias dos Direitos da Criança), informa que no Brasil, a idade mínima para a criança poder realizar trabalhos domésticos na casa de terceiros é de 16 anos e com todos os direitos que foi estabelecido para os adultos conforme as normas da CLT. Referente ao trabalho infantil o ECA afirma que: Capítulo V, Artigo 60: É proibido qualquer trabalho as crianças menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz. Assim sendo, a legislação brasileira sobre os direitos das crianças está entre as mais rígidas do mundo, equiparando-se as do Reino Unido. No entanto, vale ressaltar que o conceito de trabalho infantil é complexo, uma vez que não existe padronização dos critérios para determinar o que é infância, enquanto alguns países levam em conta a idade cronológica da criança, outros estão atrelados aos aspectos sócio-culturais. No Brasil, a legislação contra o trabalho infantil foi elaborada para proteger a criança, ou seja, tem como objetivo coibir e não dar direitos ao trabalhador menor. A seguir elencaremos o programa Bolsa- Escola e seus impactos no combate ao trabalho infantil. Programa Bolsa Escola A partir dos anos 90, combater o trabalho infantil, os principais programas são: Bolsa Escola e o Programa para a Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). A partir da década de 80, o gasto com projetos sociais é crescente, mas ainda muito inferior se comparar com outros segmentos: Kassouf (2004), os gastos referentes à educação e cultura e à saúde são muito inferiores aos gastos com previdência e assistência social, por exemplo, lembrando que, ao longo dos anos 90 os gastos com saúde e saneamento aumentaram e a redução do gasto federal com educação, deve-se em parte para a transferência de responsabilidade para os Estados e Municípios. De acordo com as informações adquiridas através da pesquisa PNAD (2001), é possível verificar que entre a população de 5 a 17 anos de idade, a porcentagem de meninos trabalhando é superior a de meninas em todas as regiões. Em 1995, o Governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, implementou o Bolsa Escola, o programa obteve adesão de algumas cidades de outros estados ao longo dos anos 1995 a 1999 atraindo a atenção dos veículos de comunicação nacionais e internacionais, tendo sido objeto de estudo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A repercussão e os resultados obtidos com estas ações sociais culminaram em 2001 na Lei 10.219, que foi sancionada para transformar o Bolsa Escola em um programa nacional, onde, os municípios que tivessem ações socieducativas 2 de apoio aos trabalhos escolares, que visassem a manter as crianças na escola pelo maior tempo possível, beneficiando as famílias das crianças com 2 Ações sócio-educativas são voltadas para o desenvolvimento de práticas culturais, desportivas, de trabalhos escolares, alimentação, que visem a manutenção das crianças na escola pelo maior tempo possível. 3
renda per capta inferior a R$ 90,00 e com no máximo três filhos com idade escolar e devidamente matriculadas, receberá uma bolsa no valor de R$ 15,00, por filho. O Bolsa-Escola obedece por sua vez alguns critérios na concessão do beneficio, como por exemplo: (i) Cada família, pode inscrever até 3 filhos ou seja, independente da quantidade de filhos com idade escolar e matriculados, apenas 3 poderão receber o beneficio; (ii) Só podem ser beneficiadas famílias com renda per capta mensal de até R$ 90,00; (iii) Os filhos entre 6 e 15 anos de idade, devidamente matriculados, devem ter freqüência escolar superior a 85%; De acordo com alguns estudos, a educação dos filhos está condicionada a renda da mãe, e visando inserir as mulheres a participarem ativamente das questões que os cercam o pagamento é feito preferencialmente para as mães. O referido programa tem o objetivo de aumentar a escolaridade e combater a pobreza no longo prazo. No curto prazo as metas são de redução da incidência do trabalho infantil. No entanto, o programa não exige que os responsáveis assinem algum termo se comprometendo que a criança não trabalhe. Porém, com menos tempo livre, subentende-se que a criança irá deixar o trabalho. Apesar dos esforços, especialistas são céticos no que tange a eficácia do programa no combate ao trabalho infantil. Dentre os pontos destacados temos: (i) Com o aumento da idade, os salários pagos pela mão de obra infantil tendem a aumentar e o valor do beneficio é fixo isso acarretaria uma evasão do programa; (ii) As regiões mais pobres, não conseguem implantar projetos sócio-educativos, e são justamente as que mais necessitam do auxilio; (iii) Famílias em que todas as crianças são menores de 6 anos, não são beneficiadas pelo programa; (iv) O programa não exige um número mínimo de semestres ou períodos letivos, o que permite os pais tirarem as crianças da escola para executar trabalhos sazonais. (KASSOUF, 2004) Kassouf (2004), apesar das críticas a avaliação do programa têm sido positiva, especialmente pelo engajamento escolar. Embora seja muito complexo avaliar a qualidade do ensino e não há como comprovar a eficiência na erradicação do trabalho infantil. Até 2004, haviam 5.500 municípios cadastrados e aproximadamente seis milhões de famílias eram atendidas pelo programa, atendendo assim, mais de oito milhões de crianças. Utilizando microdados da PNAD 2001, foi feito o mapeamento do perfil das famílias que possuem as suas crianças no programa Bolsa- Escola. A efetivação do estudo considerou as seguintes variáveis: a )renda per capita da família, líquida da renda da criança, que é a renda salarial e não salarial da família menos a renda da criança dividido pelo número de componentes da família (em reais de 2001); b) escolaridade da mãe (em anos de estudo completados); c) escolaridade do pai (em anos de estudo completados); d) idade da criança; e) área de domicílio (urbano ou rural); f) região de domicílio. Observou-se que a renda e a escolaridade dos pais tinham relação inversa com a participação no programa Bolsa-Escola, ou seja, quanto maior a renda da família ou o numero de anos de escolaridade dos pais, menores eram as chances de participação no referido programa. Ademais quanto mais velha a criança maiores são as chances de entrar no mercado de trabalho, isso significa dizer que a concessão do beneficio por si só não é suficientemente forte para evitar a migração da criança para o mercado de trabalho. Cada bolsa concedida diminui em pouco mais de 1% a incidência de trabalho. O fraco impacto da participação em programas de bolsa escola na probabilidade de a criança trabalhar pode refletir, entre outras coisas, o baixo valor do beneficio concedido de apenas R$ 15,00/criança. Considerações Finais A criança que trabalha, atinge um nível de escolaridade menor e rendimento insatisfatório comparado com as crianças que só estudam. Já as que trabalham, mas não estudam, agrava ainda mais o ciclo da perpetuação da pobreza, uma vez que estas ao atingirem a fase adulta não terão chances efetivas de se inserir no mercado de trabalho a fim de receber uma renda satisfatória. Sendo assim, irão colocar seus filhos para completar a renda familiar, e darão continuidade para a existência do trabalho infantil. A partir da década de 1990, houve uma expressiva queda na quantidade de crianças e adolescentes empregados A entrada precoce no mercado de trabalho é por sua vez justificado pelo baixo rendimento familiar, pela necessidade em saldar dividas, pela aspiração do pais, etc.. Ao analisarmos os dados da Pesquisa Nacional por Amostra (PNAD), observamos uma redução da quantidade de crianças fora da escola e atuando efetivamente no mercado de trabalho, onde houve uma redução expressiva em todos os níveis de idade em relação a evasão escolar. Porém o estudo realizado presentemente mostra que a eficácia do programa Bolsa-Escola é limitado por alguns aspectos institucionais como por exemplo: a) baixo valor do beneficio concedido por criança de R$ 15,00; b) o programa não exige um número 4
mínimo de semestres ou períodos letivos, o que permite os pais tirarem as crianças da escola para a execução de trabalhos sazonais. Estes dois aspectos devem ser considerados sobretudo quando se almeja erradicar o trabalho infantil. Vários países tem atrelado a concessão de benefícios pecuniários a freqüência escolar e os resultados tem sido mais promissores pois exigem um maior envolvimento dos pais no que tange a importância em manter suas crianças na escola por um futuro mãos promissor e com salários maiores. SCHWARTZMAN, Simon (2001) Trabalho infantil no Brasil, Brasília: OIT. Referencias Bibliográficas BARROS, Ricardo Paes et al. (1990) "Determinantes da participação de menores na força de trabalho", Texto para Discussão, No 200. Rio de Janeiro: IPEA. BARROS, R. P., MENDONÇA, R. S. P., VELAZCO, T. 1994. A pobreza é a principal causa do trabalho infantil no Brasil urbano? Rio de Janeiro: DIPES/IPEA. Mimeo. BOURGUIGNON, F., FERREIRA, F.H.G., LEITE, P.G. 2002. Ex-ante Evaluation BASU, Kaushik & TZANNATOS, Zafiris (2003) "The global child labor problem: what do we know and what can we do?", The World Bank Economic Review, (17:2): 147 173. BASU, Kaushik & VAN, Pham Hoang (1998) "The economics of child labor", The American Economic Review, (88:3): 412 427. BASU, Kaushik (1999) "Child labor: cause, consequence, and cure, with remarks on international labor standards", Journal of Economic Literature (37:3): 1083 1119. DI GIOVANI, Geraldo (2004) Aspectos Qualitativos do Trabalho Infantil no Brasil, OIT KASSOUF, Ana Lúcia (1999). Trabalho infantil no Brasil. Tese de Livre Docência apresentada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, Piracicaba. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (1993). 15 a. Conferência de estatísticas do trabalho, Genebra, janeiro de 1993. PNAD. 2001.Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios. IBGE, Rio de Janeiro. ROSENZWEIG, M. Household and non-household activities of youths: issues of modelling, data and estimation strategies. In: RODGERS, Gerry; STANDING, Guy. (Ed.). Child work, poverty and underdevelopment. ILO, Genebra. 1981. 5