2.4 Configuração eletrónica do átomo. Modelo quântico do átomo e configuração eletrónica

Documentos relacionados
Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios

Corrente elétrica, potência, resistores e leis de Ohm

7. A importância do aterramento na Qualidade da Energia.

PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

10. CPU (Central Processor Unit) Conjunto das instruções Estrutura interna Formato das instruções...

Exercício. Exercício

APSA 2 - Tabela Periódica 10º Ano Novembro de 2011

0.1 Introdução Conceitos básicos

Modelo Entidade Relacionamento (MER) Professor : Esp. Hiarly Alves

TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES -TOM

3.2. ORBITAIS E NÚMEROS QUÂNTICOS 3.3. CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS. Aline Lamenha

4.1. Tabela Periódica e a configuração electrónica dos elementos

LIGAÇÃO QUÍMICA NO CARBONO GEOMETRIA MOLECULAR HIBRIDAÇÃO. Geometria molecular

Resumo: Estudo do Comportamento das Funções. 1º - Explicitar o domínio da função estudada

Correção da ficha de trabalho N.º3

Distribuição Eletrônica- Aula Cursinho TRIU- 21/05/12. Elétrons. K (n=1) L(n=2) M(n=3) N(n=4) O(n=4) P(n=5) Q(n=6)

Se inicialmente, o tanque estava com 100 litros, pode-se afirmar que ao final do dia o mesmo conterá.

Instruções para o cadastramento da Operação de Transporte e geração do Código Identificador da Operação de Transporte CIOT.

MODELAGENS. Modelagem Estratégica

Da linha poligonal ao polígono

Unidade 1: O Computador

Módulo de Equações do Segundo Grau. Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova Caderno de Questões

ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS

Teorias de Ligações Químicas

Função. Adição e subtração de arcos Duplicação de arcos

FÍSICA - 2 o ANO MÓDULO 17 ELETRODINÂMICA: CORRENTE ELÉTRICA, RESISTORES E LEI DE OHM

5.4 Evolução pós-sp: estrelas pequena massa

Modelo Relacional Normalização Diagramas E-R e Tabelas Originadas

Física Experimental III

TEORIA 5: EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 1º GRAU MATEMÁTICA BÁSICA

EXAME DE MACS 2º FASE 2014/2015 = 193

Analogia com a polarização elétrica

1 Circuitos Pneumáticos

Questão 1. Questão 2. Resposta

GUIA PARA O PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS ENTIDADE GESTORA SOCIEDADE PONTO VERDE

Próton Nêutron Elétron

Sistema Trifásico Prof. Ms. Getúlio Teruo Tateoki

Cap. II EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS E EVENTOS NÃO- EXCLUSIVOS

Propriedades Elétricas do Materiais

Processo de Recolha de Dados para cálculo de licenças de emissão gratuitas DACAR-DPAAC, Maio de 2011, Amadora

Tabelas Hash. Aleardo Manacero Jr.

Coeficiente de Assimetria e Curtose. Rinaldo Artes. Padronização., tem as seguintes propriedades: Momentos

Ondas EM no Espaço Livre (Vácuo)

AULA 07 Distribuições Discretas de Probabilidade

1. A figura 1 representa uma árvore genealógica abaixo que ilustra a transmissão genética do albinismo nesta família.

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA. Redes de Telecomunicações (2006/2007)

Análise e Resolução da prova de Agente de Polícia Federal Disciplina: Raciocínio Lógico Professor: Custódio Nascimento

Registro de Retenções Tributárias e Pagamentos

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

Relatório Preliminar Experimento 6.2 Reologia

Aprendendo a trabalhar com frações parciais

Probabilidade. Luiz Carlos Terra

Inteligência Artificial

Capítulo 5. Sensores Digitais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS

2.1 - Triângulo Equilátero: é todo triângulo que apresenta os três lados com a mesma medida. Nesse caso dizemos que os três lados são congruentes.

M =C J, fórmula do montante

ATuLCo. Manual de Instruções. Gestor de Agência de Viagens. ATuLCo Gestor de Agencia de Viagens. Horário Abreu Nr António Felgueiras Nr.

Testes de Hipóteses Estatísticas

Conteúdo programático por disciplina Matemática 6 o ano

1. Espectros, radiação e energia

Resolução da Lista de Exercício 6

LISTA ELETROSTÁTICA 3ª SÉRIE

Modelo Comportamental

FCAV/UNESP. DISCIPLINA: Química Orgânica. ASSUNTO: Teoria da Ligação de Valência e Hibridização de Orbitais

CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E PERIODICIDADE QUÍMICA

Circuitos eléctricos Profª Helena Lança Ciências Físico-Química 9ºano

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 PROBABILIDADE E GEOMETRIA


1-Eletricidade básica

I. Conjunto Elemento Pertinência

Distribuição Eletrônica Tabela Periódica

A vida sem reflexão não merece ser vivida Sócrates Disciplina: ESTATÍSTICA e PROBABILIDADE

REPARTIÇÃO MODAL NO TRANSPORTE DE MERCADORIAS DE E PARA OS PORTOS DA UE

STV 8 SET uma polaridade de sincronismo negativa, com os pulsos de sincronismo na posição para baixo, como mostrado na figura abaixo

DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA E N OS QUâNTICOS TEORIA - PARTE II. Elétron de diferenciação e elétrons de valência. Distribuição eletrônica de íons

Manual SAGe Versão 1.2

Aula de Exercícios - Teorema de Bayes

Tema Energia térmica Tópico 8 O efeito estufa e o clima na Terra

Instituições de Ensino Superior Docentes Pertencentes a Unidades FCT. Indicadores Bibliométricos Física e Astronomia

PDE INTERATIVO MANUAL DE CADASTRO E GERENCIAMENTO DE USUÁRIOS

Marília Peres Adaptado de (Corrêa 2007)

COMENTÁRIO DA PROVA DO BANCO DO BRASIL

Técnicas de Contagem I II III IV V VI

5838 Maquinação Introdução ao CNC

Adaptado de Professora: Miwa Yoshida.

Ceará e o eclipse que ajudou Einstein

APOSTILA DE CIÊNCIAS NATURAIS

Espectros, radiação e energia

Introdução à orientação a objetos

Aula 5. Uma partícula evolui na reta. A trajetória é uma função que dá a sua posição em função do tempo:

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

Centro Universitário Anchieta

O sistema gestor já contem uma estrutura completa de categorias que são transferidas automaticamente para cada empresa nova cadastrada.

GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL GERENCIAMENTO ESTATÍSTICO DOS PROCESSOS PRODUTIVOS (tópicos da aula 3)

UTILIZAÇÃO DE SENSORES CAPACITIVOS PARA MEDIR UMIDADE DO SOLO.

Probabilidade e Estatística

GEOMETRIA. sólidos geométricos, regiões planas e contornos PRISMAS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS REGIÕES PLANAS CONTORNOS

12 26, 62, 34, , , 65

Transcrição:

Modelo quântico do átomo e configuração eletrónica

Energia dos eletrões Por se moverem incessantemente em torno do núcleo atómico, os eletrões possuem energia cinética. Os eletrões também possuem energia potencial, que resulta de: Atrações entre eletrões e núcleo; Repulsão entre eletrões.

Modelo quântico do átomo e configuração eletrónica n = 1 n = 2 No modelo quântico o valor de n está associado ao tamanho da orbital e à energia dos eletrões. Quanto maior o nível n, maior é o valor da energia do eletrão e maior é a distância núcleo-eletrão.

Modelo quântico do átomo e configuração eletrónica Forças repulsivas

Modelo quântico do átomo e configuração eletrónica Forças atrativas

Modelo quântico do átomo e configuração eletrónica A energia dos eletrões nos átomos resulta do efeito das atrações entre os eletrões (com carga negativa) e o núcleo (com carga positiva) e das repulsões entre os eletrões.

2.3 Modelo da nuvem eletrónica Interações eletrostáticas nos átomos Nos átomos há atrações entre o núcleo e os eletrões (por as suas cargas terem sinal contrário) e repulsões entre os eletrões (por as suas cargas terem o mesmo sinal). 1H 1 protão 1 eletrão 4Be 4 protões 4 eletrões Apenas há interação de atração entre o núcleo e o eletrão (carga + carga -) Há interação de atração entre o núcleo e o eletrão ( carga + carga -) e interação de repulsão entre os eletrões 7

Espetroscopia fotoeletrónica Técnica usada para determinar a energia de remoção de eletrões dos átomos e, a partir desta, saber a energia que o eletrão tinha no átomo. Para o átomo X a remoção de um dos eletrões é descrita por: X (g) X + (g) + e -

2.3 Modelo da nuvem eletrónica Níveis e subníveis de energia Os dados da espetroscopia fotoeletrónica levaram os cientistas a concluir que, nos átomos polieletrónicos, os eletrões estão distribuídos por níveis e subníveis de energia. Os níveis de energia, como vimos, são designados por um número inteiro n, com n = 1, n = 2, n = 3,... O nível 1 de energia contém um subnível. O nível 2 de energia contém dois subníveis, e assim sucessivamente 9

Espetroscopia fotoeletrónica Se os eletrões possuírem energias diferentes, haverá tantos valores de energias de remoção quantos os estados de energia para os eletrões. As setas representam energias de remoção. Para cada nível de energia diferente existe um valor diferente de energia de remoção eletrónica.

Energia de remoção eletrónica Os eletrões com maior valor de energia de remoção são aqueles que ocupam níveis de menor energia. Eletrão de valência em média mais afastado do núcleo Eletrão do cerne em média mais próximo do núcleo menor atração núcleo-eletrão maior atração núcleo-eletrão Núcleo mais fácil remover o eletrão mais díficil remover o eletrão Menor energia de remoção eletrónica, E r Maior energia de remoção eletrónica, E r

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Energia de remoção eletrónica A energia de remoção é a energia mínima necessária para extrair um eletrão de um átomo com a configuração eletrónica completa no estado gasoso e fundamental, originando um ião monopositivo. Dado que, em átomos polieletrónicos existem eletrões em diferentes estados de energia, as energias de remoção correspondentes variam conforme esses estados de energia. 12

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Energia de remoção eletrónica Quando uma radiação (feixe de fotões) com uma energia superior às energias de remoção incide num conjunto de átomos, são extraídos eletrões com várias energias cinéticas. E remoção mínima E fotão incidente = E remoção + E cinética E remoção máxima 13

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Espetroscopia fotoeletrónica Orbitais Energia de remoção dos eletrões (J/eletrão) Energia dos eletrões no átomo (J/eletrão) 3s 1 0,82 10-18 - 0,82 10-18 2p 6 4,98 10-18 - 4,98 10-18 2s 2 10,2 10-18 - 10,2 10-18 1s 2 172 10-18 - 172 10-18 Para os eletrões do átomo de sódio 14

Energia de remoção eletrónica A seguinte tabela mostra os valores das energias de remoção eletrónica para elementos até Z = 12, obtidos por espetroscopia fotoeletrónica, quando os átomos estão no estado de menor energia. 15

Energia de remoção eletrónica Observando a tabela podemos tirar uma primeira conclusão: átomos de elementos diferentes possuem valores diferentes de energia de eletrões. Espetros fotoeletrónicos do sódio e do néon. 16

Exercício

Níveis e subníveis A partir da tabela anterior podemos estabelecer uma estrutura eletrónica por níveis e subníveis de energia. Por exemplo no caso do néon: Ne Níveis n = 1 n = 2 Subníveis 1s (84,0 MJ mol -1 ) 2s (4,68 MJ mol -1 ) 2p (2,08 MJ mol -1 ) 18

Níveis e subníveis Para o sódio: Na Níveis n = 1 n = 2 n = 3 Subníveis 1s (104 MJ mol -1 ) 2s (6,37 MJ mol -1 ) 2p (3,28 MJ mol -1 ) 3s (0,50 MJ mol -1 ) 19

Análise de um espetro fotoeletrónico os diferentes níveis de energia correspondem a diferentes zonas separadas pela dupla barra na escala das energias de remoção 2 zonas; o número de subníveis corresponde ao número de picos presentes em cada zona do espetro 3 picos. Número relativo de eletrões 2p A dupla barra separa diferentes zonas que correspondem a diferentes níveis de energia (ordens de grandeza diferentes). 1s 2s Energia de remoção / MJ mol 1

Análise de um espetro fotoeletrónico Quantos eletrões podem ser encontrados em cada nível e subnível? o tamanho relativo dos picos é proporcional ao número de eletrões existentes em cada subnível. O Néon apresenta 10 eletrões no átomo, por isso é possível distribuir os eletrões do seguinte modo: Número relativo de eletrões 2p 1s 2s Energia de remoção / MJ mol 1

Distribuição de eletrões Podemos concluir que os eletrões se distribuirão do seguinte modo: Ne 2 eletrões em 1s 2 eletrões em 2s 6 eletrões em 2p Na 2 eletrões em 1s 2 eletrões em 2s 6 eletrões em 2p 1 eletrão em 3s

Níveis e subníveis O seguinte esquema mostra a distribuição de eletrões por níveis de energia (1, 2 e 3) e por subníveis de energia (s e p).

Tipo, forma e energia das orbitais Orbitais s, p e d As orbitais são designadas pelas letras s, p, d, f, Para cada orbital, quanto maior é n, maior é o tamanho. A cada orbital está associado um valor de energia do eletrão. 2s Orbital nível n = 2 Subnível s 3p Orbital nível n = 3 Subnível p Cada orbital tem uma determinada forma, que está associada ao respetivo subnível (s, p, d) em que se encontra o eletrão.

Exercício

Tipo, forma e energia das orbitais As orbitais s apresentam simetria esférica. https://www.youtube.com/watch?v=vfbcfyr1vqo

Tipo, forma e energia das orbitais As orbitais p apresentam dois lóbulos simétricos, tendo o núcleo como centro que estão orientados segundo os eixos p x, p y e p z. p z z x p y p z z x y x y x y

Tipo, forma e energia das orbitais As orbitais d têm formas geométricas mais complexas, havendo cinco possibilidades de orientação 29

Tipo, forma e energia das orbitais

Tipo, forma e energia das orbitais O termo orbital utiliza-se para fazer referência à: zona do espaço onde é elevada a probabilidade de encontrar o eletrão; representação gráfica dessa probabilidade; função matemática que está na origem dessa representação gráfica.

Exercício

Tipo, forma e energia das orbitais No átomo de hidrogénio, 1H, e nos iões monoeletrónicos que contêm apenas um eletrão a energia das orbitais depende apenas do valor de n. Para átomos ou iões monoeletrónicos Energia das orbitais

Tipo, forma e energia das orbitais Nos átomos polieletrónicos, que contêm vários eletrões, a energia das orbitais depende do valor de n e do tipo de orbital. orbitais degeneradas (orbitais do mesmo subnível que possuem igual energia) Energia das orbitais

Tipo, forma e energia das orbitais Cada nível de energia, n, possui n 2 orbitais. n = 1 há 1 2, ou seja, 1 orbital uma orbital 1s; n = 2 há 2 2, ou seja, 4 orbitais uma orbital 2s três orbitais 2p; n = 3 há 3 2, ou seja, 9 orbitais uma orbital 3s três orbitais 3p cinco orbitais 3d;

Tipo, forma e energia das orbitais Repara que o número de orbitais possível é sempre um número ímpar consecutivo até um máximo de 7 orbitais. Orbitais de um mesmo subnível, como acontece nos subníveis p, d e f, têm a mesma energia e, por isso, designam-se por orbitais degeneradas.

Spin do eletrão Devido às propriedades magnéticas dos eletrões, algumas experiências sugerem que os eletrões se podem comportar como minúsculos ímanes. Os ímanes devem precisamente as suas propriedades magnéticas aos eletrões de certos átomos neles existentes. Íman

O spin do eletrão O eletrão, além da massa e da carga, possui uma propriedade magnética denominada spin que permite dois estados de energia diferentes. Feixe de átomos de hidrogénio Desvio dos átomos de H por ação de um campo magnético Experiências realizadas com um feixe de átomos de hidrogénio submetido a um campo magnético não homogéneo revelaram que o feixe se dividia em dois, desviando-se em sentidos opostos.

O spin do eletrão O spin é uma propriedade intrínseca do eletrão. Também é uma propriedade quantizada, porque existem apenas dois estados de spin. Estado de spin do eletrão

O spin do eletrão O comportamento do desvio dos átomos de hidrogénio resulta da existência de dois movimentos de rotação possíveis para o eletrão (representados por e ) os dois estados de spin.

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Princípios e regras a seguir na distribuição dos eletrões nos átomos A maneira como os eletrões se distribuem nas orbitais dos átomos polieletrónicos a configuração eletrónica confere ao átomo o estado de menor energia possível estado fundamental. 41

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Princípios e regras a seguir na distribuição dos eletrões nos átomos Segundo o Princípio da Construção (ou de Aufbau), para obter o estado de menor energia de um átomo, as orbitais devem ser preenchidas a partir das menos energéticas para as mais energéticas. Este princípio é também conhecido como Princípio de Energia Mínima. 42

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Diagrama de Pauling O químico Linus Pauling elaborou um diagrama que constitui um modo simples de encontrar a ordem crescente da energia das orbitais em átomos polieletrónicos. 43

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Princípios e regras a seguir na distribuição dos eletrões nos átomos O preenchimento das orbitais com eletrões deve obedecer ao Princípio de Exclusão de Pauli, segundo o qual numa orbital só podem existir, no máximo, dois eletrões e com estados de spin diferentes. Wolfgang Pauli (1900-1958) O número máximo de eletrões por nível é 2 n 2. n = 1 há 2 1 2 2 eletrões; n = 2 há 2 2 2 8 eletrões; n = 3 há 2 3 2 18 eletrões; n = 4 há 2 4 2 32 eletrões. 44

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Princípios e regras a seguir na distribuição dos eletrões nos átomos No preenchimento das orbitais com a mesma energia (orbitais p, orbitais d, ), atende-se à maximização do número de eletrões desemparelhados Regra de Hund. 45

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos 6C 8O 1s 2 2s 2 2p 1 x 2p 1 y 2p 0 z 2p 2 1s 2 2s 2 2p 2 x 2p 1 y 2p 1 z 2p 4 46

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos 47

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Os eletrões da última camada denominam-se eletrões de valência. Ao conjunto do núcleo com os eletrões mais internos do átomo chama-se cerne. 48

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Pode fazer-se a configuração eletrónica de um átomo representando os eletrões do cerne pela configuração eletrónica do gás nobre do período anterior na Tabela Periódica, seguida dos eletrões de valência. 11Na: [Ne] 3s 1 21Sc: [Ar] 4s 2 3d 1 49

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Distribuição dos eletrões pelas orbitais: obedece aos seguintes princípios: Princípio da Construção (de Aufbau), também conhecido por Princípio de Energia Mínima: para obter um estado de energia mínima de um átomo, devem preencher-se as orbitais a partir das menos energéticas, por ordem crescente de energia. Princípio de exclusão de Pauli: numa orbital só podem existir, no máximo, dois eletrões com estado de spin diferentes. Regra de Hund: no preenchimento das orbitais de igual energia, distribui-se primeiro um eletrão por cada orbital, de modo a ficarem com o mesmo spin, e só depois se completam, ficando com spin s opostos. 50

2.4 Configurações eletrónicas dos átomos Exercício 51