Aparecida Guedes dos Santos Autora Graduanda em Pedagogia - Universidade Federal do Maranhão - UFMA

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Transcrição:

MURAL CORREIO NA SALA: UMA SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE ALUNOS DO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ-MA ¹ Aparecida Guedes dos Santos Autora Graduanda em Pedagogia - Universidade Federal do Maranhão - UFMA Eliane Pereira da Silva Co-autora Graduanda em Pedagogia - Universidade Federal do Maranhão UFMA Me. Dijan Leal de Sousa Orientadora Mestra em educação Universidade Federal do Maranhão - UFMA RESUMO Este trabalho trata de uma atividade a partir do gênero textual carta, vivenciada por bolsistas do Programa InstitucionaI de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID Subprojeto de Pedagogia), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em uma turma do 2º ano do ensino fundamental menor, de uma escola municipal em Imperatriz MA, com o objetivo de apresentar uma atividade em que a leitura e a escrita são apresentadas, aos alunos, de forma contextualizada, e como essa contextualização pode oportunizar uma prática a partir da concepção de interação social, configurando-se assim em uma divertida e interessante atividade de alfabetização e letramento. Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Carta. ¹O texto é resultado de trabalho desenvolvido por bolsistas do projeto PIBID - Subprojeto de Pedagogia - com testagem de material didático em (83) aula 3322.3222 prática.

INTRODUÇÃO Ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita é um fundamento básico que define uma prática de alfabetização com perspectivas do letramento, uma vez que, esses processos, conforme alguns autores, como Pereira & Valeiro (2016), podem ser inseparáveis em um processo de aprendizagem. Conforme Emília Ferreiro (2001), há uma diversidade de gêneros textuais com características distintas e finalidades diversas que fazem parte do ambiente no qual a criança está inserida, sendo necessário que essa diversidade, assim como no cotidiano social das crianças, também faça parte do seu cotidiano escolar, possibilitando à criança pensar sobre os usos desta variedade de textos ao seu redor. Percebe-se que cabe à escola aproximar essa criança desta realidade, dos usos reais da leitura e da escrita, e ao professor, avaliar o desenvolvimento da mesma, para planejar ações que oportunizem sua alfabetização, organizando atividades que favoreçam ainda mais, a reflexão da criança sobre a escrita, uma vez que a mesma já chega à escola com vários conhecimentos contidos nos mais variados tipos de texto. VIVÊNCIA EM SALA DE AULA Durante nossas observações e diagnose do perfil das crianças com as quais trabalharíamos, de um total de vinte e sete crianças na sala de aula do segundo ano do ensino fundamental, identificamos 05 crianças que já liam com fluência e com compreensão, 13 delas que liam com muita dificuldade, 07 que conheciam apenas as letras do alfabeto e 02 delas, que, apesar de conhecer as letras não conseguiram identificá-las. Como bolsistas do PIBID, precisamos planejar nossas aulas de forma que possamos contribuir com a escola, com as crianças e também com os professores, trabalhando com elas de forma lúdica e interativa, no intuito de fazer com que as mesmas despertem o próprio interesse e a vontade de participar das atividades que propomos em sala de aula, e assim, poder oferecer nossa contribuição de forma

positiva e proveitosa para com o aprendizado delas, e também, obter um resultado satisfatório à nossa formação; pensando assim, decidimos planejar uma aula, que se possível, pudesse contemplar essas duas dimensões autonomia e interação para que as crianças participassem de forma ativa da aula planejada com interesse e boa vontade, e que contemplasse as orientações da Secretaria de Educação Básica (SEB) / 2007, quando diz que é necessário definir caminhos pedagógicos nos tempos e espaços da escola e da sala de aula que favoreçam o encontro da cultura infantil, valorizando as trocas entre todos os que ali estão, para que dessa forma, as crianças possam criar e recriar suas relações sociais a partir da sua própria vivência, expressar suas emoções, suas formas de ver e significar o mundo através do olhar curioso sobre a realidade que as cerca. Neste contexto, decidimos construir na sala de aula, um espaço para um Correio Mural, no qual os alunos pudessem participar, trocando correspondências e assim, além de poder exercitar o pensamento, a leitura e a escrita, interagir e formar laços de amizade entre sí, e quem sabe, o mural poderia até ser reaproveitado durante o ano todo pela professora titular, neste exercício de escrever pequenos textos, como, cartinhas, bilhetes, recadinhos, ou até mesmo convites aos coleguinhas. Planejamos uma aula na qual, os alunos deveriam escrever uma cartinha a um coleguinha da sala, com os objetivos de familiarizá-los com a formação das palavras e também com a construção de textos neste caso, uma carta para que a produção de textos se torne uma prática natural em seu cotidiano escolar, e também, na vida cotidiana, de incentivá-los à expressão de idéias acontecimentos e sentimentos, além de ajudá-los a estimular a sua capacidade de comunicação, e assim, aos poucos, através da prática, a criança ir adquirindo compreensão sobre o uso da leitura e da escrita nas suas mais variadas funções. [...] as crianças devem ser encorajadas a pensar, a discutir, a conversar e, especialmente, a raciocinar sobre a escrita alfabética, pois um dos principais objetivos do trabalho com a língua nos primeiros anos/séries do ensino fundamental é lhes assegurar o conhecimento sobre a natureza e o funcionamento do sistema de escrita, compreendendo e se apropriando dos

usos e convenções da linguagem escrita nas suas mais diversas funções (SEB, 2007). O planejamento teve cinco momentos distintos, nos quais trabalhamos com os alunos, o passo a passo da metodologia planejada para alcançarmos os objetivos propostos no plano de aula. METODOLOGIA No primeiro momento as bolsistas explicaram o passo a passo da atividade; a seguir distribuiram um envelope para cada aluno e orientaram a preenche-los, identificando o remetente da carta, o destinatário e o endereço; no segundo momento, com ajuda das bolsistas, os alunos começaram a escrever sua cartinha (texto), destinado ao coleguinha, usando a sua própria criatividade e imaginação; no terceiro momento, cada um levou sua cartinha até o mural-correio disponível a eles na sala de aula, e a colocou na caixa-correio correspondente ao nome do colega que a receberia. O tempo todo durante esta aula, as bolsistas circularam na sala entre os alunos, esclarecendo dúvidas, observando e orientando cada um, ajudando nas dificuldades encontradas por eles, que não foram poucas, visto que, são alunos do segundo ano do ensino fundamental, e ainda estão se apropriando do processo da leitura e da escrita, e, finalmente, no quinto momento, aconteceu a culminância da atividade, na qual cada um deles, na ordem da chamada, pegou a sua cartinha, leu para os coleguinhas, com a ajuda das orientadoras - pois alguns ainda estavam com muita dificulade e não conseguiam ler e nem escrever, apesar de conhecerem todo o nosso alfabeto que aproveitaram mais esta oportunidade de ajudar os alunos a exercitar tanto a leitura quanto a escrita, para que eles pudessem observar como aconteceu a junção das letras do alfabeto para a construção das palavras escritas na cartinha, oportunidade também, do aluno observar e ir percebendo como acontece este processo de alfabetização e letramento e dessa forma, ir se apropriando e construindo seu próprio conhecimento.

CONCLUSÃO Consideramos que o objetivos de estimular a percepção dos alunos sobre a escrita, como ela acontece a partir do alfabeto, familiarizá-los com a construção de pequenos textos e ajudá-los a desenvolver o interesse pela construção das palavras a partir da prática de escrever pequenos textos para os colegas, foi alcançado, devido à participação, interação e da boa vontade com que participaram da aula, e também, do esforço e interesse que eles despreenderam na tentativa de escrever as cartinhas aos coleguinhas. Percebemos através desta atividade em sala de aula, a importãncia de alfabetizar e letrar simultâneamente, desde cedo, utilizando práticas já vivenciadas pelas crianças, no seu dia a dia, por proporcionar à elas maior oportunidade de entendimento da atividade proposta; algumas práticas sociais que estão inseridas no cotidiano, na vivência diária delas, presentes em suas realidades, podem facilitar consideravelmente seu entendimento do por quê e para que fazer, visto que, a criança precisa ter uma compreensão prévia de onde se quer chegar, porque quando se sabe a direção, fica mais fácil traçar o caminho. Esta experiência foi muito significativa para nós, como bolsistas do PIBID, por vários aspectos, porém o mais relevante deles foi perceber que o movimento na sala de aula com os alunos é muito dinâmico, e que o planejamento deve ter muita flexibilidade, porque cada criança tem seu tempo de assimilação e entendimento para a aprendizagem e construção do próprio conhecimento. Observamos que as dificuldades encontradas pelas crianças, ao tentar desenvolver uma atividade, não devem ser generalizadas; o grau de dificuldade varia de acordo com a vivência, percepção de mundo e compreensão de cada criança. Para elas, cada atividade é um desafio muito grande, no entanto, demonstram alegria, satisfação, quando conseguem entender e atingir o objetivo proposto. Cada criança possui uma forma muito peculiar de observar a realidade que a cerca; é preciso dar significado à uma atividade, para que ela possa despertar o interesse através da curiosidade que é peculiar à todas as crianças, e a escola é o ambiente propício a esses movimentos de significação e ressignificação.

REFERÊNCIAS Ensino fundamental de nove anos : orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade / organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. Acesso em: 08/04/2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf Ferreiro, Emília. Reflexões sobre alfabetização / Emília Ferreiro: Tradução Horácio Gozales (et. Al.), 24 ed. Atualizada São Paulo: Cortez, 2001. (coleção Questões da Nossa Època; v. 14). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf. Acesso em 08/04/2016 Portal UFVJM PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência Disponível em: http://www.ufvjm.edu.br/prograd/pibid.html Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/a-alfabetizacao-e-letramento-no-processo-deaprendizagem/109797/ #ixzz4fthsesh1 - Acesso em: 06/05/2016