O EU CRIATIVO: BRINCANDO DE FAZER ARTE
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1 O EU CRIATIVO: BRINCANDO DE FAZER ARTE Edjane da Silva Andrade¹ Maria Joseilda da Silva Oliveira² RESUMO: Este trabalho apresenta o projeto desenvolvido no CMEI Tobias Granja, promovido pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Aplicado com crianças da turma do jardim I no horário vespertino. Com o objetivo de despertar de maneira prazerosa o gosto das crianças pela arte de diversas formas. Como já é sabido, a arte estimula o desenvolvimento da capacidade criadora da criança, lhe proporcionando descobertas, os diferentes modos de lhe dar com as formas, cores, objetos, imagens, sons e outras expressões. PALAVRAS-CHAVE: Arte. Criança. Desenvolvimento. PIBID. 1 PROBLEMÁTICA DA PESQUISA Durante a observação das crianças, realizada na sala de referência, pude presenciar que elas demonstraram certa inquietude e curiosidade no decorrer das atividades. Mas, quando se trata de algo que as mesmas possam desenvolver, elas mantem-se concentradas e tentam se desempenhar da melhor forma possível. Com este projeto percebemos que as crianças participaram e desenvolveram sua criatividade utilizando tanto materiais artísticos, quanto materiais recicláveis. Segundo Lowenfeld Brittan: A arte desempenha um papel potencialmente vital na educação das crianças. Desenhar, pintar ou construir constituem um processo complexo em que a criança reúne diversos elementos de sua experiência, para formar um novo e significativo todo. ¹Graduanda em Pedagogia pela UFAL. Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência/ PIBID. ²Graduação em Pedagogia pela UFAL. Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela CEAP.
2 Diante disso, surgiu a seguinte questão: como a arte pode auxiliar e contribuir significativamente no desenvolvimento cognitivo e criativo da criança? 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: Comunicar, expressar e produzir trabalhos por meio da linguagem, da pintura, da colagem, do desenho e da construção desenvolvendo o gosto e o respeito pelos processos de criação. 2.2 Objetivos Específicos: Estabelecer e ampliar cada vez mais sua atuação criativa e construtiva; Desenvolver oralidade, interação e socialização; Desenvolver a imaginação, criatividade, atenção, concentração, expressão artística; Desenvolver relação de autoconfiança com a própria produção artística; 3 METODOLOGIA O projeto de intervenção O eu criativo: brincando de fazer arte teve como público alvo as crianças na faixa etária de 04 anos do I período. Realizado em seções, tendo seu desenvolvimento através de oficinas que aconteceram as Terças e Quintas feira, com o tempo de uma hora entre uma hora e meia para cada atividade desenvolvida naquele dia, distribuídos entre10 seções com a durabilidade de dois meses. No desenvolver das seções foi incluso vários temas, entre eles: figuras tridimensionais, colagem, pinturas e outros. As atividades foram realizadas tanto no espaço interno, quanto no espaço externo. Em uma das sessões, as crianças tiveram a oportunidade de construírem binóculos com rolinho de papel higiênico proporcionando a elas, analisarem a forma do rolinho, sua textura, cor e a possibilidade de reutilizar coisas e objetos. Nesta sessão também esteve incluso a pintura, onde foi utilizado as misturas de cores
3 pelas próprias crianças que decoraram seus binóculos de acordo com suas preferências. Pude observar o interesse das crianças, como também algumas reclamações a respeito de não conseguirem fazer, mas os demais coleguinhas se disponibilizaram a ajudar os que estavam com dificuldade. Durante este processo, também houve a apresentação da obra O Carretel de Iberê Camargo, destacando as formas e as cores da ilustração, como também a apreciação de uma pequena leitura sobre sua biografia. Depois da apresentação foi solicitado que as crianças falassem sobre o que estavam observando e posteriormente, com pedaços de cartolina e com a utilização do carvão, as crianças fizeram sua obra. Na atividade de expressão corporal, as crianças foram convidadas a realizarem brincadeiras como: morto vivo, dança das cadeiras, brincadeiras de ciranda e mímicas. Logo após, elas utilizaram pedaços de algodão, sentiram sua textura e depois, foi proposto a formação de duplas para massagear o rosto, as pernas e os braços do coleguinha. Trabalhar com arte, pelo mais simples que seja desenvolvido, não está relacionado a qualquer metodologia, entretanto, engloba também um olhar voltado à aprendizagem das crianças. Desta forma, a arte deve auxiliar no descobrimento de novos horizontes, bem como na interpretação do mundo em que a criança vive. Do ponto de vista de Albano (2010, p. 112), considera importante o reconhecimento da arte como linguagem, como uma forma de representação e expressão que opera por meio de cores, formas, linhas e volumes para criar imagens, uma forma de comunicação que serve para dizer o que as palavras não dizem. Lowenfeld-Brittain (1970), ao falar da primeira infância e a contribuição da arte nesta fase, afirma que: Os primeiros anos de vida são, provavelmente, os mais decisivos no desenvolvimento da criança. Durante esse período inicial, ela começa a estabelecer padrões de aprendizagem, atitudes e um sentido de si mesma como ser, tudo o que irá ter reflexões em sua vida inteira. A arte pode contribuir imensamente para esse desenvolvimento, pois é na interação entre a criança e seu meio que se inicia a aprendizagem. Embora pensamos, geralmente, que a arte começa com o primeiro rabisco que a criança faz, num pedaço de papel, na realidade, principia muito mais cedo,
4 quando os sentidos estabelecem o primeiro contato com o ambiente, e a criança reage a essas experiências sensoriais. Tocar, cheirar, ver, manipular, saborear, escutar, enfim, qualquer método de perceber o meio e reagir contra ele é, de fato, a base essencial para a produção de formas artísticas, quer se trate de nível infantil ou de artista profissional. (p.115) Para tanto, a criança deve ter contato com diversas formas de arte, com o intuito não apenas de um simples brincar, mas sim, de desenvolver, aperfeiçoar sua criatividade através de suas produções, onde tenha a possibilidade de sentir-se o próprio artista de suas criações. Cada criança tem uma forma de se expressar, que lhe permite uma característica única, para tanto, no processo de aprendizagem em Artes Visuais a criança traça um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas experiências pessoais, aprendizagens, relação com a natureza, motivação interna e/ou externa. 4 RESULTADOS Em todas as sessões desenvolvidas, as crianças participaram demonstrando interesse, curiosidade e entusiasmo. A socialização, o pintar, a expressividade, cada traço realizado pelas crianças e afetividade delas para com todos da sala de referência, foi simbólico e construtivo. Cada criança utilizou sua criatividade e sua liberdade de expressão para comunicar-se através das artes desenvolvendo sua capacidade criadora que possibilitou o acréscimo da sua sensibilidade de forma lúdica valorizando e respeitando suas criações como as dos demais colegas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho pode-se observar que a arte sempre está presente no cotidiano e que usada de forma adequada ela promove a socialização como também o desenvolvimento da criança e assim progride no incentivo de sua criatividade e imaginação. Contudo, a Arte torna-se fundamental no processo de desenvolvimento da criança, permitindo-lhe um espaço de expressão e de comunicação com o meio.
5 A Arte nos permite um olhar direcionado à sua diversidade, possibilitando novos saberes. O universo da criança pequena é rico em diferentes dimensões e ela sente-se feliz ao saber que suas produções estão sendo valorizada e apreciada tanto por elas mesmas, pelos seus colegas e pelo colaborador(a). As produções infantis são criativas e únicas, são nelas que a maioria das crianças fantasiam, buscam inovações para dar vida ao seu pensamento e desenvolvem diferentes formas de produzir o mundo. REFERÊNCIAS ENTRE linhas, formas e cores: arte na escola Por um conhecimento significativo. Campinas, SP: Papirus, p. LOWENFELD, Viktor; BRITTAN, W. Lambert. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou, p. Plano de Trabalho Docente- Cores Secundárias e lateralidade. Disponível em: Acesso em: 17 de Setembro de Planos de Aula de Artes para Educação Infantil. Disponível em: em: 15 de Setembro 2015.
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