Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no Ano de 2015

Documentos relacionados
Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no Ano de 2013

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Introdução a Agronegócios

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Maio/2016

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Junho/2012

Participação da agropecuária nas exportações totais (IPEA)

2014: Um ano de vitórias para o agronegócio

Exportações no período acumulado de janeiro até abril de Total das exportações do Rio Grande do Sul com abril de 2014.

Exportações no período acumulado de janeiro até março de Total das exportações do Rio Grande do Sul.

EFEITOS DA CRISE FINANCEIRA GLOBAL SOBRE A AGRICULTURA BRASILEIRA

Governo do Estado de Minas Gerais Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Exportaminas

Principais exportações para o Brasil de produtos agrícolas, florestais e das pescas (média )

Paraná Cooperativo EDIÇÃO ESPECIAL EXPORTAÇÕES Informe Diário nº Sexta-feira, 08 de maio de 2009 Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Julho/2015

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

DESEMPENHO DA BALANÇA COMERCIAL DOS AGRONEGÓCIOS SOB A ÓTICA DOS GRUPOS DE CADEIAS DE PRODUÇÃO, BRASIL

Agronegócio Internacional

1 a 15 de janeiro de 2015

BOLETIM MENSAL Ano 26 No 06 Junho 2010

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Março/2015

2.2 - Estrutura detalhada da CNAE 2.0: Códigos e denominações

ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES MATO-GROSSENSES Janeiro a Dezembro / 2007

Principais exportações para São Tomé e Príncipe de produtos agrícolas, florestais e das pescas (média )

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA POR PORTE DE EMPRESA 2005/2004

Indicadores da Semana

A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes. Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA

Alimentos Artesanais de Origem Vegetal e seus Estabelecimentos Fabricantes

Título: PREÇO INTERNACIONAL E PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL DE 1995 A

MERCADO DE ALIMENTOS E BEBIDAS UNIÃO EUROPEIA E CHINA

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Mudanças nos Preços Relativos

AGROINDÚSTRIA. O BNDES e a Agroindústria em 1998 BNDES. ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 1 Gerência Setorial 1 INTRODUÇÃO 1.

Saldo BC Importações Importações s/gás Exportações

O Agronegócio Mundial e Brasileiro

em números Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

Boletim nº VIII, Agosto de 2012 Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná Ocepar, Curitiba. agroexportações

Nº 009 Setembro/

OBSERVATÓRIO BRASIL CHINA

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Setembro de Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano civil

Edição 37 (Março2014)

QUADRO DO SETOR ALIMENTAR EM SANTA CATARINA 1. PANORAMA DO SETOR DE ALIMENTOS EM SANTA CATARINA

Por que o Agronegócio é o Negócio do Brasil?

ANEXO XIV CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS SUMÁRIO

INFORME CONJUNTURAL. Comportamento do Emprego Fevereiro de Brasil. Subseção Dieese Força Sindical. Elaboração: 19/03/2015

ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS NO ESTADO DO PARÁ

Custo da cesta básica tem forte alta na maioria das capitais em 2010

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 25, DE 15 DE ABRIL DE 2003

BOLETIM MENSAL Ano 30 No 01 Janeiro 2014

Mudanças na composição agropecuária e florestal paulista e 2008

Diminui ritmo de reajustes dos preços dos alimentos

N. de Horas. 1 Agricultura Biológica Agricultura Biológica 144 Média Duração Formação Sem Legislação de Suporte

Intercâmbio. Comercial do Agronegócio. principais mercados de destino. Edição Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 17 a 20 de outubro, ARTIGOS COMPLETOS

RESOLUÇÃO SMAC nº 577 de 02 de dezembro de 2014*

Ceará: Resultados do Produto 9 Interno Bruto (PIB) 2008

A Indústria de Alimentação

DESAFIOS ÀS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2014

DO OUTRO, O AGRONEGÓCIO PRODUZ UM PAÍS CADA VEZ MAIS FORTE.

Universidade Federal do Pampa. Cadeia Produtiva da Laranja

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Setores - Produtos Importado

Setor produtivo G01 - Alimentação/ Bebidas/ Massas. Contém estabelecimentos. DESCRIÇÃO DO CNAE /99 Cultivo de outros cereais não

INTEGRAÇÃO CONTRATUAL

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba CODEVASF. Investindo no Brasil: Vales do São Francisco e Parnaíba

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Comércio Exterior Cearense Fevereiro de 2014

MERCADO DE TRIGO CONJUNTURA E CENÁRIO NO BRASIL E NO MUNDO

Cesta Básica. Boletim Janeiro 2011

PROJETO DE ACOMPANHAMENTO MENSAL DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL DE ARACAJU E DA PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DO DIEESE

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"

SUMÁRIO. Página 3 de 15

CONTEXTO & PERSPECTIVA Boletim de Análise Conjuntural do Mercado de Flores e Plantas Ornamentais no Brasil Março 2011

Transformações do agronegócio de Mato Grosso: uma análise de indicadores de comércio exterior no período de 1997 a 2007.

Plano Agrícola e Pecuário PAP 2013/2014 Ações estruturantes para a Agropecuária Brasileira

O Papel dos Transportes no Agronegócio Brasileiro

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Maio 2012

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

Balança alimentar portuguesa evidencia desequilíbrio da roda dos alimentos. Figura 1

INSERÇÃO DO BRASIL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL AGRÍCOLA E EXPANSÃO DOS FLUXOS COMERCIAIS SUL-SUL Mário Jales *

Intercâmbio Intercâmbio Comercial do Comercial Agronegócio

IMPORTÂNCIA DO SETOR FLORESTAL PARA MINAS GERAIS E BRASIL

SETOR DE ALIMENTOS: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

Operações Crédito do SFN

CONCENTRAÇÃO DA PAUTA COMERCIAL DO BRASIL COM AS ECONOMIAS DA CHINA E DO JAPÃO 1

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

O setor agroexportador brasileiro no contexto da integração Mercosul/UE 1

OPORTUNIDADES PARA A PRODUÇÃO DE LEITE NO BRASIL

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Agosto/2015

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Novembro 2012

ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC) E A CESTA BÁSICA DEZEMBRO/2010

A Importância da Parceria Transpacífico para a agropecuária brasileira

Acidentes de Trabalho no Setor de Atividade Econômico Agricultura 2007.

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Abril/2016

Boletim do Complexo soja

COMENTÁRIOS Comércio Varejista Comércio Varejista Ampliado

Ações Estratégicas do Agronegócio Soja Responsabilidade Ambiental do Setor

Transcrição:

US$ bilhão v. 11, n. 1, janeiro 16 Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro no Ano de 15 No ano de 15, as exportações 1 do Estado de São Paulo somaram US$45,58 bilhões (23,8% do total nacional), e as importações 2, US$63,71 bilhões (37,2% do total nacional), registrando deficit de US$18,13 bilhões. Em relação ao ano de 14, o valor das exportações paulistas caiu 11,4% e o das importações 24,9%, diminuindo em 46,% o deficit comercial (Figura 1). A queda nas exportações paulistas (-11,4%), comparando-se os anos de 15 e 14, foi menor do que a das exportações brasileiras (-15,1%); nas importações, o decréscimo em São Paulo (-24,9%) também foi menor do que no Brasil (-25,2%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o deficit da balança comercial paulista registrou queda de 46,%, enquanto a balança comercial brasileira - deficitária em 14 - apresentou superavit de US$19,68 bilhões. 1 8 6 - - Exportação Importação Saldo 14 51,46 84,82-33,36 15 45,58 63,71-18,13 Figura 1 Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: jan. 16. O agronegócio 3 paulista apresentou exportações decrescentes (-12,7%), atingindo US$15,88 bilhões. As importações também diminuíram (-16,9%), somando US$5,2 bilhões,

US$ bilhão e o saldo, de US$1,86 bilhões, foi 1,5% menor que o do ano de 14 (Figura 2). Destaque- -se que as importações paulistas nos demais setores - exclusive o agronegócio - somaram US$58,69 bilhões, e as exportações US$29,7 bilhões, gerando um deficit externo desse agregado de US$28,99 bilhões em 15. Assim, conclui-se que o comércio exterior paulista seria mais deficitário não fosse o desempenho do agronegócio estadual. 18 16 14 12 1 8 6 4 2 Exportação Importação Saldo 14 18,18 6,4 12,14 15 15,88 5,2 1,86 Figura 2 Balança Comercial do Agronegócio, Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.htm>. Acesso em: jan. 16. Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista no ano de 15 foram: complexo sucroalcooleiro (US$5,42 bilhões, com as exportações de álcool representando 14,9% desse total); carnes (US$2,3 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 78,4%); sucos (US$1,79 bilhão, dos quais 98,4% referentes a sucos de laranja); produtos florestais (US$1,68 bilhão); e complexo soja (US$1,32 bilhão). Esses cinco agregados representaram 77,1% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 1). Tiveram crescimento, na comparação do ano de 15 com o de 14, as exportações paulistas de: pescados (+133,3%); cereais, farinhas e preparações (+69,1%); produtos oleaginosos (+51,1%); produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos (+,8%); animais vivos (+5,9%); demais produtos de origem vegetal (+5,1%); produtos alimentícios diversos (+4,5%); e, produtos florestais (+2,2%). Houve redução nas demais 4, ou seja: fibras e produtos têxteis (-3,6%); frutas (-4,8%); sucos (-5,3%); demais produtos de origem animal (-7,2%); couros, produtos de couro e peleteria (-9,1%); rações para animais (-9,2%); complexo soja (-11,6%); bebidas (-13,1%); café (-15,8%); complexo sucroalcooleiro (-19,7%); cacau e seus produtos (-,5%); carnes (-23,1%); chá, mate e especiarias (-31,4%); produtos apícolas (-35,1%); plantas vivas e produtos de floricultura (-35,9%); e lácteos (-51,3%) (Tabela 1).

Tabela 1 Exportações do Agronegócio no Período de Janeiro a Dezembro por Grupo de Produtos, Estado de São Paulo, 14 e 15 Grupo 14 15 US$ milhão % US$ milhão % Var. % Animais vivos (exceto pescados) 55,26,3 58,53,37 5,92 Bebidas 12,95,57 89,49,56-13,7 Cacau e seus produtos 6,94,34 48,43,3 -,53 Café 898,61 4,94 757,3 4,77-15,76 Carnes 2.6,56 14,53 2.29,74 12,78-23,13 Cereais, farinhas e preparações 21,32 1,16 355,7 2,24 69,12 Chá, mate e especiarias 9,39,5 6,44,4-31,42 Complexo soja 1.492,19 8,21 1.319,57 8,31-11,57 Complexo sucroalcooleiro 6.758, 37,17 5.424,33 34,14-19,73 Couros, produtos de couro e peleteria 656,38 3,61 596,39 3,75-9,14 Demais produtos de origem animal 291,55 1,6 27,62 1,7-7,18 Demais produtos de origem vegetal 484,8 2,67 59,27 3,21 5,5 Fibras e produtos têxteis 87,36,48 84,18,53-3,64 Frutas (inclui nozes e castanhas) 131,58,72 125,29,79-4,78 Fumo e seus produtos,,,2,... Lácteos 122,96,68 59,89,38-51,29 Pescados 1,71,1 3,99,3 133,33 Plantas vivas e produtos de floricultura 14,52,8 9,31,6-35,88 Produtos alimentícios diversos 39,9 2,15 7,7 2,57 4,51 Produtos apícolas 34,6,19 22,11,14-35,9 Produtos florestais 1.647,92 9,7 1.683,35 1,6 2,15 Prod. hortícolas, leguminosas, raízes, tubérculos 14,2,8 16,93,11,76 Produtos oleaginosos (exclui soja) 82,3,45 124,38,78 51,13 Rações para animais 96,73,53 87,81,55-9,22 Sucos 1.893,7 1,41 1.793,3 11,29-5,28 Agronegócios 18.177,27 1, 15.883,53 1, -12,62 Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.htm>. Acesso em: jan. 16. A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado diminuiu,5 ponto percentual, enquanto a participação das importações aumentou,8 ponto percentual, na comparação dos anos de 14 e 15 (Figura 3). A balança comercial brasileira registrou superavit de US$19,68 bilhões em 15, com exportações de US$191,13 bilhões e importações de US$171,45 bilhões. O superavit comercial ocorreu em função de queda nas importações (-25,2%) ainda maior do que a das exportações (-15,1%) (Figura 4). No ano de 15, as exportações do agronegócio brasileiro diminuíram 8,8% em relação ao ano anterior, atingindo US$88,22 bilhões (46,2% do total). Já as importações do setor caíram 21,3%, também na comparação com o ano de 14, somando US$13,7 bilhões (7,6% do total). O superavit do agronegócio no período foi de US$75,15 bilhões, 6,2% inferior ao do ano passado (Figura 5). Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações US$12,91 bilhões e importações de US$158,38 bilhões, produziram no período um deficit de US$55,47 bilhões.

US$ bilhão % 35 3 25 15 1 5 14 15 Exportação 35,3 34,8 Importação 7,1 7,9 Figura 3 Participação do Agronegócio na Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: jan. 16; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura. gov.br/index.htm>. Acesso em: jan. 16. 2 2 18 16 1 1 1 8 6 - Exportação Importação Saldo 14 225,1 229,15-4,5 15 191,13 171,45 19,68 Figura 4 Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: jan. 16.

US$ bilhão 1 9 8 7 6 5 3 1 Exportação Importação Saldo 14 96,75 16,61 8,14 15 88,22 13,7 75,15 Figura 5 Balança Comercial do Agronegócio, Brasil, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.htm>. Acesso em: jan. 16. Os cinco principais grupos do agronegócio brasileiro nas exportações do ano de 15 foram: complexo soja (US$27,96 bilhões); carnes (US$14,72 bilhões); produtos florestais (US$1,33 bilhões); complexo sucroalcooleiro (US$8,53 bilhões); e café (US$6,16 bilhões). Esses cinco agregados responderam por 76,7% das vendas externas do agronegócio nacional (Tabela 2). Na comparação com o ano de 14, aumentaram as exportações de: produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos (+32,5%); cereais, farinhas e preparações (+26,7%); produtos oleaginosos (+21,4%); cacau e seus produtos (+11,1%); pescados (+6,2%); frutas (+5,7%); e produtos florestais (+3,9%). Diminuíram as exportações de: animais vivos (-62,5%); plantas vivas e produtos de floricultura (-3,%); couros, produtos de couro e peleteria (-21,3%); complexo sucroalcooleiro (-17,7%); produtos apícolas (-16,4%); carnes (-15,5%); rações para animais (-13,%); fumo e seus produtos (-12,6%); complexo soja (-11,%); lácteos (-7,6%); café (-7,6%); sucos (-5,4%); produtos alimentícios diversos (-4,3%); fibras e produtos têxteis (-3,6%); demais produtos de origem animal (-1,9%); demais produtos de origem vegetal (-1,7%); chá, mate e especiarias (-,9%); e bebidas (-,9%) (Tabela 2). A participação do agronegócio no total do país aumentou 3,2 pontos percentuais nas exportações, e,4 ponto percentual nas importações (Figura 6).

% Tabela 2 Exportações do Agronegócio no Período de Janeiro a Dezembro por Grupo de Produtos, Brasil, 14 e 15 Grupo 14 15 US$ milhão % US$ milhão % Var. % Animais vivos (exceto pescados) 742,,77 278,16,32-62,52 Bebidas 428,4,44 424,22,48 -,89 Cacau e seus produtos 337,42,35 374,78,42 11,7 Café 6.661,87 6,89 6.158,74 6,98-7,55 Carnes 17.429,3 18,1 14.724, 16,69-15,52 Cereais, farinhas e preparações 4.641,43 4,8 5.878, 6,66 26,65 Chá, mate e especiarias 485,42,5 48,91,55 -,93 Complexo soja 31.3,5 32,45 27.957,6 31,69-1,97 Complexo sucroalcooleiro 1.366,87 1,72 8.532,37 9,67-17,7 Couros, produtos de couro e peleteria 3.449,1 3,56 2.713,22 3,8-21,33 Demais produtos de origem animal 647,47,67 635,51,72-1,85 Demais produtos de origem vegetal 1.15,32 1,5 998,44 1,13-1,66 Fibras e produtos têxteis 1.841,77 1,9 1.776,26 2,1-3,56 Frutas (inclui nozes e castanhas) 841,3,87 888,82 1,1 5,65 Fumo e seus produtos 2.51,87 2,59 2.186,22 2,48-12,62 Lácteos 345,41,36 319,19,36-7,59 Pescados 7,22,21 2,16,25 6,24 Plantas vivas e produtos de floricultura 23,81,2 16,67,2-29,99 Produtos alimentícios diversos 551,22,57 527,62,6-4,28 Produtos apícolas 13,84,11 86,81,1-16, Produtos florestais 9.95,71 1,29 1.333,74 11,71 3,85 Produtos hortícolas, leguminosas, raízes, tubérculos 96,28,1 127,56,14 32,49 Produtos oleaginosos (exclui soja) 268,8,28 326,26,37 21,38 Rações para animais 239,54,25 8,37,24-13,1 Sucos 2.168,27 2,24 2.5,44 2,32-5,43 Agronegócios 96.747,89 1, 88.224,13 1, -8,81 Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.htm>. Acesso em: jan. 16. 5 45 35 3 25 15 1 5 14 15 Exportação 43, 46,2 Importação 7,2 7,6 Figura 6 Participação do Agronegócio na Balança Comercial, Brasil, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: jan. 16; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura. gov.br/index.htm>. Acesso em: jan. 16.

% % A participação paulista no total da balança comercial brasileira subiu em termos das exportações (+,9 ponto percentual) e também das importações (+,2 ponto percentual) (Figura 7). 35 3 25 15 1 5 Exportação Importação 14 22,9 37, 15 23,8 37,2 Figura 7 Participação da Balança Comercial Paulista no Total do Brasil, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: jan. 16. Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no ano de 15 representaram 18,%, ou seja, menos,8 ponto percentual que em 14, enquanto as importações representaram 38,4%, sendo 2, pontos percentuais superior à representatividade verificada no ano anterior (Figura 8). 35 3 25 15 1 5 Exportação Importação 14 18,8 36,4 15 18, 38,4 Figura 8 Participação do Agronegócio Paulista no Brasileiro, Balança Comercial, Janeiro a Dezembro de 14 e 15. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.htm>. Acesso em: jan. 16.

A participação do agronegócio paulista no agronegócio nacional, no ano de 15, destacou-se nos grupos de: sucos (87,5%); produtos alimentícios diversos (77,3%); complexo sucroalcooleiro (63,6%); plantas vivas e produtos de floricultura (55,9%); demais produtos de origem vegetal (51,%); demais produtos de origem animal (42,6%); rações para animais (42,1%); produtos oleaginosos (38,1%); produtos apícolas (25,5%); couros, produtos de couro e peleteria (22,%); bebidas (21,1%); e, animais vivos (21,%) (Tabela 3). Tabela 3 Participação das Exportações do Agronegócio Paulista no Agronegócio Nacional por Grupo de Produtos, Janeiro a Dezembro, 14 e 15 Grupo 14 (a) 15 (b) Evolução (b-a) Animais vivos (exceto pescados) 7,45 21,4 13,59 Bebidas 24,5 21,1-2,95 Cacau e seus produtos 18,6 12,92-5,14 Café 13,49 12,29-1, Carnes 15,15 13,79-1,36 Cereais, farinhas e preparações 4,53 6,5 1,52 Chá, mate e especiarias 1,93 1,34 -,59 Complexo soja 4,75 4,72 -,3 Complexo sucroalcooleiro 65,19 63,57-1,62 Couros, produtos de couro e peleteria 19,3 21,98 2,95 Demais produtos de origem animal 45,3 42,58-2,45 Demais produtos de origem vegetal 47,75 51,1 3,26 Fibras e produtos têxteis 4,74 4,74, Frutas (inclui nozes e castanhas) 15,64 14,1-1,54 Fumo e seus produtos,,, Lácteos 35,6 18,76-16,84 Pescados,83 1,81,98 Plantas vivas e produtos de floricultura 6,98 55,85-5,13 Produtos alimentícios diversos 7,77 77,27 6,5 Produtos apícolas 32,8 25,47-7,33 Produtos florestais 16,56 16,29 -,27 Produtos hortícolas, leguminosas, raízes, tubérculos 14,56 13,27-1,29 Produtos oleaginosos (exclui soja) 3,62 38,12 7,5 Rações para animais,38 42,14 1,76 Sucos 87,31 87,45,14 Agronegócios 18,79 18, -,79 Brasília: MAPA. Disponível em: < http://agrostat2.agricultura.gov.br/index.htm >. Acesso em: jan. 16. Em relação ao ano anterior, sobressaíram-se os aumentos nas participações de São Paulo nos grupos: animais vivos (+13,6 pontos percentuais); produtos oleaginosos (+7,5 pontos percentuais); produtos alimentícios diversos (+6,5 pontos percentuais); demais produtos de origem vegetal (+3,3 pontos percentuais); e couros, produtos de couro e peleteria (+3, pontos percentuais). Já as maiores quedas ocorreram nas participações dos grupos: lácteos (-16,8 pontos percentuais); produtos apícolas (-7,3 pontos percentuais);

cacau e seus produtos (-5,1 pontos percentuais); plantas vivas e produtos de floricultura (-5,1 pontos percentuais); e bebidas (-3, pontos percentuais) (Tabela 3). 1 Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é aquela onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final. 2 Estado importador (unidade da Federação importadora) é definido como aquela do domicílio fiscal do importador. 3 Os grupos de produtos do agronegócio podem ser vistos em: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABAS- TECIMENTO - MAPA. Agrostat. Brasília: MAPA. Disponível em: <http://agrostat2.agricultura.gov.br/index. htm>. Acesso em: jan. 16. 4 Exceto fumo e seus produtos (sem exportações no período de janeiro a dezembro de 14). Palavras-chave: agronegócio, balança comercial, exportações, importações. José Roberto Vicente Pesquisador do IEA jrvicente@iea.sp.gov.br Liberado para publicação em: 13/1/16