PALESTRA REESTRUTURAÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÓRIA 2012 1
NOTÍCIAS E JURISPRUDÊNCIA ATUAL 2
NOTÍCIAS 3
VOLUME DE VALORES PENHORADOS ELETRONICAMENTE (Fonte: Valor Econômico, 17/04/2012) 4
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) APERFEIÇOA SISTEMAS (Fonte: Valor Econômico, 17/04/2012) O CNJ está buscando o aperfeiçoamento de outras duas ferramentas utilizadas pelos magistrados para localizar bens de devedores: o Renajud, sistema eletrônico de restrição judicial de veículos, e o Sistema de Informações ao Judiciário (Infojud), utilizado para acesso a informações econômico-fiscais de pessoas físicas e jurídicas. Desde o fim do ano passado, os magistrados podem delegar o trabalho de pesquisa no Infojud a servidores. Três deles podem ser cadastrados. Até então, isso não era permitido, o que desestimulava o uso da ferramenta, criada em meados de 2007. Somente os juízes tinham o acesso direto às informações da Receita Federal para localização de outros bens. Em relação ao Renajud, o Conselho solicitou ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a liberação de mais informações sobre os veículos comercializados por meio de leasing. Nesses casos, segundo o juiz auxiliar da Presidência do CNJ Marivaldo Dantas de Araújo, é difícil localizar os verdadeiros donos dos carros, que ficam em nome das instituições financeiras. 5
JUSTIÇA CERCA DEVEDORES E JÁ BLOQUEIA R$ 20 BI POR ANO (Valor Econômico, 26/04/2011) (...) os juízes têm cada vez mais penhorado contas bancárias, imóveis e veículos de devedores condenados em ações trabalhistas, fiscais e cíveis. No ano passado, R$ 20,13 bilhões em contas correntes e 226 mil veículos sofreram bloqueio on-line. (...) A tendência é que o cerco aos devedores se feche ainda mais nos próximos anos. Isso porque, além desses instrumentos, os magistrados também têm utilizado o Sistema de Informações ao Judiciário (Infojud) para acessar as declarações de Imposto de Renda (IR) de contribuintes dos últimos cinco anos. De 2009 até o fim do ano passado, mais de um milhão de solicitações foram enviadas à Receita Federal. Hoje, praticamente os 16 mil juízes do país estão cadastrados nos sistemas de penhora on-line de dinheiro (Bacenjud) e de automóvel (Renajud). A meta do CNJ, agora, é emitir certificações digitais para todos os magistrados e incentivá-los a acessar as informações da Receita Federal para localizar bens. (...) 6
São Paulo penhora recebíveis de cartões Arthur Rosa De São Paulo (Valor Econômico, 25/02/2011) A Fazenda do Estado de São Paulo adotou uma nova forma de cobrar contribuintes inadimplentes. Está requerendo em execuções fiscais a penhora de recebíveis de cartões de débito e crédito. O alvo é o varejo. Sessenta solicitações, envolvendo milhões de reais em débitos do ICMS, já foram apresentadas à Justiça e, em boa parte dos casos, primeira e segunda instâncias estão decidindo favoravelmente ao Fisco. (...) 7
JURISPRUDÊNCIA 8
TRABALHISTA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL DO SÓCIO RETIRANTE. Ao alegar que não mais responde pelas dívidas da sociedade pelo fato de ter-se retirado da mesma, com o intuito de eximir seus bens particulares da constrição judicial, deve o terceiro embargante indicar bens da sociedade ou dos sócios atuais, livres e desembaraçados ( 1º, art. 596, do CPC), pois, não o fazendo, subsiste a penhora sobre seus bens, principalmente porque à época da prestação de serviços pelo exeqüente, detinha ele a qualidade de sócio responsável pela empresa executada. (TRT-PR-AP-734/2000-PR-AC 15579/2000-4 15579/2000-4. SÓCIO - RESPONSABILIDADE PELAS DÍVIDAS DA SOCIEDADE. Sem que esteja demonstrado que a sociedade possui patrimônio suficiente para satisfazer o crédito do exeqüente, o sócio, ainda que minoritário e sem poderes de gestão, responde pelos créditos trabalhistas de empregado cujo labor, ainda que de modo potencial, favoreceu-o.". (TRT - 18ª Região - Sessão Plenária Extraordinária; Ag. de Petição nº 00031-2004-012-18-00-4; Rel. Juiz Platon Teixeira de Azevedo Filho; j. 1º/9/2004; v.u.) 9
JURISPRUDÊNCIA FISCAL / TRIBUTÁRIA 10
TRIBUTÁRIO/FISCAL Súmula 435, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2010, DJE 13/05/2010: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO.SÓCIO-GERENTE. ART. 135 DO CTN. POSSIBILIDADE. DISSOLUÇÃO IRREGULAR. NÃO-LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA. RESPONSABILIDADE DO GESTOR. 1. A dissolução irregular da empresa enseja o redirecionamento da Execução Fiscal contra os sócios-gerentes, nos termos do art. 135 do CTN. 2. O administrador que deixa de manter atualizados os registros empresariais e comerciais, em especial referentes à localização da empresa e à sua dissolução, viola a lei (arts. 1.150 e 1.151 do CC e arts. 1º, 2º, e 32 da Lei 8.934/1994, entre outros). A não-localização da empresa, em tais hipóteses, gera legítima presunção iuris tantum de dissolução irregular e, portanto, responsabilidade do gestor, nos termos do art. 135, III, do CTN, ressalvado o direito de contradita em Embargos à Execução. 3. Agravo Regimental não provido. 11
REESTRUTURAÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÓRIA 12
PRINCIPAIS OBJETIVOS 1. PLANEJAMENTO PATRIMONIAL (Bens e ) 2. PLANEJAMENTO SUCESSORIO 3. BENEFÍCIOS FISCAIS 13
PLANEJAMENTO PATRIMONIAL 14
PLANEJAMENTO PATRIMONIAL - IMÓVEIS Opção A Opção B Pessoa Física Pessoa Física EMPRESA OPERACIONAL Bens (imóveis) Bens (imóveis) Bens imóveis declarados na pessoa física Bens imóveis declarados na pessoa jurídica 15
PLANEJAMENTO PATRIMONIAL - IMÓVEIS OPÇÕES DE ESTRUTURAS SOCIETÁRIAS NO BRASIL (a serem adaptadas de acordo com a situação específica de cada grupo familiar) Opção A Opção B Pessoa Física Pessoa Física HOLDING S.A. ou LTDA. HOLDING S.A. S.A. ou Ltda. HOLDING S.A. (2) HOLDING S.A. (2) HOLDING S.A. (3) Bens (móveis/imóveis) Bens (móveis/imóveis) Destinados à locação Bens (móveis/imóveis) NÃO destinados à locação Estrutura societária envolvendo duas Holdings Patrimoniais (opção interessante quando o cliente possui no patrimônio, apenas bens imóveis NÃO destinados à locação ou apenas bens imóveis destinados à locação). Estrutura societária envolvendo três Holdings Patrimoniais (opção interessante quando o cliente possui, no mesmo patrimônio, bens destinados à locação e também bens NÃO destinados à locação). No caso de bens imóveis NÃO destinados à locação é possível pleitear, junto à Prefeitura, a não-incidência do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) Base Legal: Art. 156 CF. 16
PLANEJAMENTO SOCIETÁRIO EMPRESAS OPERACIONAIS OPÇÃO DE ESTRUTURA SOCIETÁRIA NO BRASIL (a serem adaptadas de acordo com a situação específica de cada grupo familiar) Opção A Opção B Pessoa Física FAMILIA 1 FAMILIA 2 FAMILIA 3 (n...) (n...) 17
PLANEJAMENTO SOCIETÁRIO EMPRESAS OPERACIONAIS OPÇÃO DE ESTRUTURA SOCIETÁRIA NO BRASIL (a serem adaptadas de acordo com a situação específica de cada grupo familiar) Opção A Opção B Pessoa Física Pessoa Física HOLDING PARTICIPAÇÃO S.A. ou LTDA. (2) HOLDING PARTICIPAÇÃO S.A. HOLDING PARTICIPAÇÃO S.A. (n...) (n...) 18
Continuação... PLANEJAMENTO SOCIETÁRIO - EMPRESAS OPERACIONAIS OPÇÃO DE ESTRUTURA SOCIETÁRIA NO BRASIL (a serem adaptadas de acordo com a situação específica de cada grupo familiar) Opção C Opção D Família Família (2) Família (3) Família Família (2) Família (3) HOLDING HOLDING HOLDING HOLDING HOLDING HOLDING HOLDING PARTICIPAÇÃO S.A. (n...) (n...) 19
SITUAÇÃO FINAL (a ser adaptado de acordo com a situação específica de cada grupo familiar) Pessoa Física HOLDING S.A. S.A. ou Ltda. HOLDING PARTICIPAÇÃO S.A. HOLDING S.A. (2) HOLDING S.A. (3) Bens (móveis/imóveis) Destinados à locação Bens (móveis/imóveis) NÃO destinados à locação Locação de Imóveis para Terceiros e empresas do grupo (n...) 20
PLANEJAMENTO PATRIMONIAL (principais premissas) 1. Minimizar a exposição do patrimônio familiar contra eventuais riscos de constrição judicial (ex: penhora on line sobre imóveis); 2. Estruturar a administração do patrimônio familiar; 3. IRPF: Não haverá variação patrimonial - haverá simplesmente uma troca de ativos, ou seja, no IRPF a pessoa física irá substituir bens (móveis e/ou imóveis) por ações/quotas da Holding Patrimonial; 4. Estrutura através de Sociedade Anônima (capital fechado): jurisprudência consolidada; mantém controle c/ 50% + 1 (e não 75% conforme Ltda); não permite dissolução parcial; menor exposição da figura do(s) acionista(s) o nome do(s) acionista(s) fica registrado em livros internos da companhia (livros de registro/transferência de ações); 5. Não caracterização de fraude a credores/fraude à execução; 21
PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO 22
PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO (será necessário analisar a situação específica de cada grupo familiar) Pessoa Física Doação de nua-propriedade de ações/quotas c/ reserva de usufruto vitalício Filho(s) HOLDING S.A. S.A. ou Ltda. HOLDING PARTICIPAÇÃO S.A. HOLDING S.A. (2) HOLDING S.A. (3) Acordo Acionistas/Quotistas Bens (móveis/imóveis) Destinados à locação Bens (móveis/imóveis) NÃO destinados à locação (n...) 23
PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO (principais premissas) 1. Possibilitar adequada definição de aspectos sucessórios relacionados ao patrimônio familiar; 2. Preestabelecer regras de administração do patrimônio familiar no presente e no futuro (próximas gerações); 3. DOAÇÃO: Distribuição/divisão do patrimônio familiar previamente ao falecimento, através de doação de nua-propriedade de ações/quotas com reserva de usufruto vitalício em favor do(s) doador(es): a) simplificar/evitar processos de inventário; b) adiantamento de herança a descendente(s) e/ou cônjuge (art. 544 CC); c) direito aos frutos permanece com o(s) doador(es): recebimento de dividendos; juros sobre capital; etc (art. 1390 CC); d) direito a voto pode permanecer com o(s) doador(es) ou ser transferido ao(s) donatário(s) (art. 114 LSA); 24
Continuação... e) cláusula de INCOMUNICABILIDADE (em relação a cônjuge dos filhos) e IMPENHORABILIDADE (em relação a terceiros, exceto, fisco); f) cláusula de reversibilidade (art. 547 CC) - retorno da nua-propriedade das ações ao patrimônio do(s) doador(es), caso sobreviva ao(s) donatário(s) - esta cláusula é opcional e dependerá do caso específico de cada grupo familiar; g) usufruto sucessivo (art. 1411 CC) - o instrumento de doação poderá prever que no caso de instituição de usufruto em favor dos pais, no caso de falecimento, o quinhão do falecido acresce ao sobrevivente; h) pagamento ITCMD na doação da nua-propriedade; 25
Continuação... 4. ACORDO DE ACIONISTAS/QUOTISTAS: O planejamento sucessório através da estrutura de Holdings Patrimoniais permite a celebração de acordo de acionistas/quotistas, visando preestabelecer regras para o relacionamento dos membros do grupo familiar (no presente e no futuro): a) exercício de direito de voto e poder de controle; b) regras para a alienação de participação societária, conforme o caso (direito de preferência; tag along; drag along; put option; call option); c) administração (critérios para eleição/destituição de herdeiros; regras de representação; etc); d) entrada de herdeiros no quadro societário (ex: filhos; netos; cônjuge dos filhos (os agregados ); companheiro(a), etc); e) apuração e pagamento de haveres; f) demais matérias específicas (conforme particularidades de cada grupo familiar); 26
SUCESSÃO E DIREITO DE FAMILIA a) A partir de 2003 o Cônjuge é herdeiro necessário (herda como filho); b) Cônjuge também tem direito aos frutos (dividendos, alugueis etc) no caso de regime de comunhão parcial de bens; c) No regime de convivência não há direito como herdeiro obrigatório, so tendo direito o convivente à aquilo que foi adquirido onerosamente (depende do pacto de convivência); d) Na doação com retorno do Cônjuge não herda automaticamente, pois o bem volta para o donatário questão da Colação; e) O titular dos bens pode doar 50% do patrimônio para quem ele quiser; f) Venda para decendentes tem que ter a assinatura dos demais decendentes (e herdeiros necessários) e do Cônjuge do doador. 27
BENEFÍCIOS FISCAIS 28
LOCAÇÃO DE BENS PARA TERCEIROS (será necessário analisar a situação específica de cada grupo familiar) Pessoa Física TRIBUTAÇÃO INCIDENTE NA LOCAÇÃO DE BENS HOLDING S.A. S.A. ou Ltda. Tributação PJ lucro presumido (locação): Tributo Alíquota PIS 0,65% COFINS 3,00% IRPJ 4,80% CSLL 2,88% Total: 11,33% IRPJ (Adicional) 3,20% Total: 14,53% x Tributação PF (locação): Tributo Alíquota IRPF 27,50% HOLDING S.A. (2) Bens (móveis/imóveis) Destinados à locação Locação de Imóveis para Terceiros e empresas do grupo HOLDING S.A. (3) Bens (móveis/imóveis) NÃO destinados à locação (tributação pelo lucro presumido) 29
BENEFÍCIOS FISCAIS 1. Redução de impactos tributários na locação de bens: Pessoa Física (27,5%) Pessoa Jurídica (11,33% a 14,53% no caso de adicional IR); 2. Redução de impactos tributários na locação de bens para empresas operacionais (lucro real) do mesmo grupo familiar: aproveitamento de despesa IR/CSLL (34%); crédito PIS/Cofins (9,25%); 3. ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) Regra Geral a alíquota é de 2% - Não incidência ITBI caso a receita preponderante da Holding não seja oriunda de locação, compra/venda e/ou arrendamento de imóveis (art. 156 CF); 4. Redução de impactos tributários no caso de inventário: Imóvel: a Base de Cálculo é o VALOR VENAL (DE REFERÊNCIA) x alíquota (4%); Ações/quotas (não negociadas em bolsa): a Base de Cálculo é VALOR PATRIMONIAL x alíquota (4%); 30
FIM 31