Março - 2016 Divulgado em 14 de abril de 2016.
ICVA REGISTRA RETRAÇÃO DE 5,8% PARA O VAREJO EM MARÇO Indicador considera a receita deflacionada de vendas do varejo em relação a março de 2015. Sem os efeitos de calendário, o resultado mostra leve recuperação em relação a fevereiro A receita de vendas do comércio varejista registrou retração de 5,8% em março em relação ao mesmo período de 2015, depois de descontada a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta quinta-feira (14). Em fevereiro, a queda foi de 3,4%. Porém, se descontados os efeitos de calendário, os dados apontam para leve recuperação em março em relação ao mês anterior, de 0,4 ponto percentual. Isso porque, se o mês de fevereiro tivesse 28 dias, a receita de vendas do varejo teria registrado uma queda de 6,2%. Na mesma base de comparação, março manteria a retração de 5,8%, pois o resultado positivo da troca de dias da semana foi anulado pelo impacto negativo do feriado de sexta-feira da Paixão, que em 2015 ocorreu em abril. INFLAÇÃO A inflação no varejo ampliado registrou alta de 9,5% em março no acumulado dos últimos 12 meses, puxada principalmente 2
por alimentos e combustíveis. O número indica uma pequena aceleração sobre os 9,3% de inflação registrados em fevereiro. Vale ressaltar que a cesta de compras no varejo ampliado não inclui itens como energia elétrica, aluguel e condomínio, que são contemplados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e apresentaram inflação abaixo da média dos demais itens. O IPCA registrou alta de 9,4% no acumulado dos últimos 12 meses, encerrados em março. SETORES Na comparação com março de 2015, quase todos os setores apresentaram retração no índice deflacionado. Uma das poucas exceções fica por conta de Drogarias e Farmácias, que vem mantendo o ritmo de alta nas vendas ao longo dos meses. Vale ressaltar, porém, que a queda dos demais setores foi menor do que em fevereiro, depois de descontados os efeitos de calendário. A leve aceleração foi puxada principalmente pelos setores beneficiados pela Páscoa, como Supermercados e Hipermercados e Varejo Alimentício Especializado, em que se incluem as lojas de chocolate. Nos grandes grupos que compõem o varejo ampliado, o de bens duráveis e semiduráveis manteve o ritmo de retração e puxou novamente as vendas do varejo para baixo em março. O grupo de setores de serviços também manteve a trajetória de queda e apresentou desaceleração em relação a fevereiro, puxada principalmente por Turismo e Transportes. REGIÕES Em março, todas as regiões brasileiras registraram retração no varejo pelo ICVA deflacionado. As regiões Norte e Sudeste computaram, respectivamente, 8,1% e 6,5% de queda. O Nordeste teve retração de 4,8% no período, seguido pelas regiões Sul e Centro-Oeste, com baixas de 5,1% e 4,6% respectivamente. Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, a região Sul registrou alta de 5,8% na comparação com fevereiro de 2015. Já as regiões Centro-Oeste e Nordeste apontaram, respectivamente, altas de 4% e 3,4% na mesma base de comparação. Ainda pelo mesmo conceito, o Sudeste, mercado mais maduro e com maior desafio de crescimento, computou alta de 2,1% no mês. Já a região Norte teve alta de 0,5% pelo indicador nominal. 3
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VISÃO TRIMESTRAL O primeiro trimestre de 2016 registrou queda de 5,1% em relação ao mesmo período de 2015, a maior retração da base histórica trimestral do ICVA. No último trimestre do ano passado, o índice caiu 4,8%. Ao isolarmos os resultados por região, o Sul, o Centro-Oeste e o Norte mostram leve aceleração no primeiro trimestre de 2016 em relação ao quarto trimestre de 2015, embora ainda registrem retração de 3,7%, 3,5% e 5,8% respectivamente. As regiões Sudeste e Nordeste mantiveram a trajetória de desaceleração iniciada no segundo trimestre de 2015, com queda de 5,7% e 4% em relação ao mesmo período do ano passado, respectivamente. 6
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SOBRE O ICVA O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,8 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais. COMO É CALCULADO A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas. 9