PESQUISA NA WEB POR DISCENTES DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR: UMA ANÁLISE SOBRE AS FONTES DE INFORMAÇÃO ON-LINE UTILIZADAS

Documentos relacionados
Data: 06 a 10 de Junho de 2016 Local: Rio de Janeiro

3 Metodologia de pesquisa

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO JULIANA LEME MOURÃO ORIENTADOR: PAULO GUILHERMETI

EDITAL DE SELEÇÃO PARA MESTRADO 2016 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (UNIFEI)

PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: Carga Horária Semestral: 40 h Semestre do Curso: 3º

Contrata Consultor na modalidade Produto

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PÓVOA DE LANHOSO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA Câmpus São Borja

PLANO DE TRABALHO DO PROFESSOR

LEVANTAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS PELOS DOMICÍLIOS LOCALIZADOS NO DISTRITO INDUSTRIAL DO MUNICÍPIO DE CÁCERES

EDITAL PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS NO III CURSO DE EXTENSÃO SOBRE O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO DO IFMG

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Editora Atlas,

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA VOLUNTÁRIO PIC DIREITO/UniCEUB EDITAL DE 2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO. Elaborado por Gildenir Carolino Santos Grupo de Pesquisa LANTEC

Metodologias de PETI. Prof. Marlon Marcon

IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE CONTEÚDO DIGITAL PARA O USO NA EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Uma formação dos professores que vai além dos saberes a serem ensinados

Regulamento do Núcleo de Apoio à Pesquisa do Curso de Medicina da UNIFENAS-BH

Título do Case: O impacto do layout na agilidade dos processos

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PRÉ ESCOLAR. Ano Letivo 2014/ º Período

Eliana Lúcia Ferreira Coordenadora do Curso.

CANAL MINAS SAÚDE: A COMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM MINAS GERAIS

Introdução

Título do Case: Categoria: Temática: Resumo: Introdução:

EDITAL DE SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Modalidade Online

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO DA TECNOLOGIA NA TUTORIA EAD.

ANEXO II PROJETO DE MELHORIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO REGULAMENTO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

O que é pesquisa? Finalidade da pesquisa. Método. O que é pesquisa? (COLLIS E HUSSEY, 2003)

Identidade e trabalho do coordenador pedagógico no cotidiano escolar

MODELO SUGERIDO PARA PROJETO DE PESQUISA

IMPACTO DA ATIVIDADE FISCALIZATÓRIA SOBRE A MELHORIA DA QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE DRENAGEM URBANA NO DISTRITO FEDERAL

Inglês Prova º Ciclo do Ensino Básico (Decreto-Lei nº17/2016, de 4 de abril) 1. Introdução. 2. Objeto de avaliação

LIXO ELETRÔNICO: origens e reaproveitamento

Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira Coordenação de Pesquisa e Coordenação de Extensão

SICEEL. Simpósio de Iniciação Científica da Engenharia Elétrica. Edital de Abertura

Curso de Engenharia de Produção. Organização do Trabalho na Produção

Instrução Normativa do Programa de Pós-Graduação em Administração: Mestrado Profissional

ENGENHARIA DE SOFTWARE

Atividades práticas-pedagógicas desenvolvidas em espaços não formais como parte do currículo da escola formal

O ESTILO DE VIDA E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DOS FUNCIONÁRIOS DA REITORIA / UFAL PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL

MANUAL DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

TERMO DE REFERÊNCIA. 1. Justificativa

FORMAÇÃO CONTINUADA ONLINE DE PROFESSORES QUE ATUAM COM ESCOLARES EM TRATAMENTO DE SAÚDE Jacques de Lima Ferreira PUC-PR Agência Financiadora: CNPq

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA

PROJETO DO CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO EM INFORMÁTICA

Os salários de 15 áreas de TI nas cinco regiões do Brasil

Informação Prova de Equivalência à Frequência Agrupamento de Escolas de ANTÓNIO NOBRE. DISCIPLINA: Inglês CÓDIGO DA PROVA: 358

VIII Oficinas de Formação A Escola na Sociedade da Informação e do Conhecimento praticar ao Sábado. E-learning. 3 de Março de 2007

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS

Consulta à Sociedade: Minuta de Resolução Complementar sobre Acreditação de Comitês de Ética em Pesquisa do Sistema CEP/CONEP

Inclusão de pessoas com deficiência no mercado trabalho: implicações da baixa escolarização

ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO DE DEFICIENTES FÍSICOS E/OU MOBILIDADE REDUZIDA PERANTE O CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DO CURSO DE ENGENHARIA

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO ACESSIBILIDADE CULTURAL: ARTICULAÇÕES E REFLEXÕES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Edital

FORMAÇÃO DOCENTE NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Reserva Extrativista Chico Mendes

Estadual ou Municipal (Territórios de Abrangência - Conceição do Coité,

INSTITUTOS NACIONAIS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA INCT 2º SEMINÁRIO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE PROJETO Formulário para Consultor Ad hoc

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CREDITÁ S.A. Crédito, Financiamento e Investimento

E-Learning Uma estratégia para a qualidade do ensino/aprendizagem. Ensino a Distância

NORMA DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS - NOR 101

PLANO DE ENSINO PROJETO PEDAGÓCIO: Carga Horária Semestral: 40 Semestre do Curso: 7º

FONTES E FORMAS DE ENERGIA

PESQUISA NA WEB POR ESTUDANTES DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR: UMA ANÁLISE SOBRE AS FONTES DE INFORMAÇÃO ON-LINE UTILIZADAS

A ARTE DA EAD NA BAHIA

ELABORAÇÃO DE UM RECURSO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS A CRIANÇAS NÃO-ORALIZADAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Gerenciamento do Escopo do Projeto (PMBoK 5ª ed.)

PLANO DE DISCIPLINA. Faculdade Internacional do Delta Curso: Serviço Social. Período: 2º/ UNIDADE TEMÁTICA:

FORMAÇÃO EM PERSPECTIVA INCLUSIVA: CONCEPÇÕES DE PROFESSORES DE CURSOS DE PEDAGOGIA

Métricas de Software

Como Elaborar uma Proposta de Projeto

REGULAMENTO DA POLÍTICA DE MANUTENÇÃO E GUARDA DO ACERVO ACADÊMICO DA ESCOLA DE DIREITO DE BRASÍLIA EDB

ESTUDOS E PESQUISAS Nº 598

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2004 Ano Base 2001_2002_2003 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA ÁREA DE QUÍMICA 2001/2003

REGULAMENTO N 01/2016-PPGEE/MEPE/UNIR

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

UM DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS ESTUDOS REALIZADOS NOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO EM SECRETARIADO EXECUTIVO DA UNICENTRO (ESTÁGIO SUPERVISIONADO)

O USO DE SOFTWARE DE GEOMETRIA DINÂMICA: DE PESQUISAS ACADÊMICAS PARA SALA DE AULA

Fundamentos de Teste de Software

Leônidas Siqueira Duarte 1 Universidade Estadual da Paraíba UEPB / leonidas.duarte@hotmail.com 1. INTRODUÇÃO

Rodrigo Claudino Diogo 1, Valéria A. Ribeiro de Lima 2, Vanusa Maria de Paula 3, Rosymeire Evangelista Dias 4

NABARRETE, Tatiane Souza 1 <fabrimana@gmail.com> BARELLA, Lauriano Antonio² <barella28@hotmail.com> 1 INTRODUÇÃO

ESPANHOL INIC. Ano Letivo 2013/2014 INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA. 11º Ano de Escolaridade

Estudo sobre a dependência espacial da dengue em Salvador no ano de 2002: Uma aplicação do Índice de Moran

ICI AMPLIA INCLUSÃO DIGITAL E PROMOVE AVANÇOS NA ROTINA DOS ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA COM APLICAÇÃO DE WI-FI NAS ESCOLAS

Gestão da Qualidade. Aula 5. Prof. Pablo

Plano de Manejo Parque Natural Municipal Doutor Tancredo de Almeida Neves. Encarte 6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO. IVB-2012 Página 1

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DA AMAZÔNIA

ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

PROJETO BRINCANDO SE APRENDE

ES T Á G I O. Definição

Os Registros na Pesquisa. Christiane Zubler

Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE)

Leitura e interpretação de publicações científicas

A CONFLUÊNCIA ENTRE A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E O CURRÍCULO: A INCLUSÃO EDUCACIONAL DO ALUNO SURDO.

a) No Projeto d) Em sua residência b) No Escritório da UNESCO e) Outros c) No Escritório Antena

UNIVERSIDADE PAULISTA CURSOS

Tipologia dos Escritórios de Projeto

GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO PÚBLICA SUPERINTENDÊNCIA DA ESCOLA DE GOVERNO REGULAMENTO DO CONCURSO DE AÇÕES INOVADORAS

O POTENCIAL DE INOVAÇÃO E A QUESTÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL NAS INDÚSTRIAS DA REGIÃO NOROESTE DO RS 1

Transcrição:

PESQUISA NA WEB POR DISCENTES DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR: UMA ANÁLISE SOBRE AS FONTES DE INFORMAÇÃO ON-LINE UTILIZADAS Marouva Fallgatter Faqueti MSc 1 ; Sandro Bertelli 2 1 Bibliotecária Orientadora do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú, marouva@ifccamboriu.edu.br 2 Aluno do curso Técnico em Informática do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú, sndrbertelli@gmail.com 1 INTRODUÇÃO O ser humano em sua natureza é sedento por conhecimento. Todo o conhecimento ao ser transmitido se torna informação. Para Le Coadic (1996, p.5) informação [...] é um conhecimento inscrito (gravado) sob forma escrita (impressa ou numérica), oral ou audiovisual. A informação comporta um elemento de sentido. É um significado transmitido a ser consciente por meio de uma mensagem [...]. Toda informação possui uma origem, uma procedência denominada fonte de informação. Para Pereira (2006, p.36-37) [...] o termo fonte de informação pode ser definido como origem ou procedência de uma informação com vistas a explicar algo, ou a dar informação sobre uma coisa, fato ou alguém. Ou seja, fonte de informação é tudo aquilo de onde possa ser extraído algum dado ou explicação sobre algo. Na atualidade, o ambiente Web é considerado um valoroso meio de acesso a fontes de informação registradas que pode subsidiar pesquisas, desde as mais simples até as consideradas de alta complexidade. Tomaél (2008) aponta que a Internet tornou-se uma extensão das bibliotecas assim como de outros serviços de informação. Diante desse paradigma, ela é uma das ferramentas de pesquisa mais utilizada por estudantes/pesquisadores, pois se destaca em dois aspectos: praticidade de uso e rapidez nos resultados das buscas. Todos os dias aumenta a quantidade dos mais variados conteúdos acessíveis via Web. Entretanto, a quantidade de informação não é necessariamente sinônimo de qualidade, visto que o mesmo facilitou a divulgação de conteúdos por qualquer pessoa, mesmo que esta não tenha credibilidade para dissertar sobre os mesmos. Tendo em vista o volume de informações (advindas por meio de textos, especialmente aqueles provindos dos meios de comunicação de massa, inclusive do ciberespaço) a que a sociedade contemporânea tem acesso nos dias atuais, importa discutir, no contexto educacional, o modo como o leitor em formação seleciona e recepciona tais textos. (CAVÉQUIA, MACIEL, REZENDE, 2010, p.301). Portanto, no processo de desenvolvimento de uma pesquisa cabe ao pesquisador a tarefa de filtrar as fontes de informação on-line que utilizará para bem fundamentar a mesma. Mas como estabelecer que uma fonte de informação on-line é de qualidade perante a diversidade de formatos em que a informação se apresenta na Web? Para que as informações disponíveis na Internet tenham credibilidade, será necessário criar formas de determinar a precisão e a confiabilidade dos resultados. (TOMAÉL et al, 2001, p.6). Neste contexto, surgiu a indagação: qual o nível de qualidade das fontes de informação on-line utilizadas por alunos do ensino médio/técnico em suas pesquisas? 1 Bibliotecária Orientadora do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú, marouva@ifc-camboriu.edu.br 2 Aluno do curso Técnico em Informática do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú, sndrbertelli@gmail.com

2 Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para ampliar a reflexão sobre a importância de se fortalecer processos educativos na área da competência informacional integrando professores, bibliotecários e alunos. 2 OBJETIVO GERAL Avaliar qualitativamente as fontes de informação on-line utilizadas por estudantes de nível médio profissionalizante em artigos publicados em anais de evento. 2.1 Objetivos específicos Identificar as fontes de informação on-line/impressa utilizadas pelos estudantes pesquisadores de nível médio que possuem artigos publicados em anais de evento de Iniciação Científica; Avaliar qualitativamente as fontes de informação on-line, conforme critérios estabelecidos; Identificar quais as edições da Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar MICTI que obtiveram maior nível de qualidade das fontes de informação on-line utilizadas pelos pesquisadores em suas publicações. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva. A pesquisa descritiva para Gil (2010, p.27) [...] tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. O universo da pesquisa foi composto de artigos publicados nas quatro edições da Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar MICTI. A seleção dos artigos para a pesquisa foi feita por amostragem estratificada não proporcional (GIL, 2011, p.93), pois foram selecionados artigos de cada subgrupo temático (grandes áreas do conhecimento do CNPQ) e dentro dos subgrupos temáticos, foram selecionados 3 artigos. Para avaliar qualitativamente as referências on-line atribuiu-se pontuações de 0 a 10 para cada item da matriz de avaliação (Quadro 01), elaborada a partir de critérios apontados por Tomaél et al (2001) e pelo colégio francês COLLÈGE ÉDOUARD-MONTPETIT (2006), obedecendo aos seguintes parâmetros: a) Pontuação 10: a fonte de informação apresentou adequadamente todo o quesito; b) Pontuação 8: a fonte de informação apresentou adequadamente a maior parte do quesito; c) Pontuação 6: a fonte de informação apresentou adequadamente a menor parte do quesito; d) Pontuação 4: a fonte de informação apresentou de forma inadequada o quesito; e) Pontuação 0: a fonte de informação não apresentou o quesito;

3 Quadro 01 - Critérios para avaliação de fontes de informação on-line. Fonte: dos autores. Então, uma média aritmética (soma das pontuações dividido pelo número de itens em cada categoria) foi gerada para cada grande categoria da matriz. Ao critério Endereço Eletrônico do Sítio não foi atribuído pontuação, pois não é viável dizer que uma fonte de informação virtual.edu é qualitativamente melhor que uma.gov. Esse é um critério bastante relativo e que consta na matriz avaliativa apenas para que o discente de Iniciação Científica Júnior se lembre, no momento que esteja efetuando a busca por fontes de informação na Web, de que sítios.edu (reservados à instituições de ensino superior) tendem a ser mais fidedignos do que sítios.com (para atividades comerciais), mas isso não é regra geral. A seguir, com as médias de cada grande categoria da matriz de avaliação confeccionouse a Média Final das referências, utilizando-se a fórmula apresentada no Quadro 02, onde o título de cada grande categoria representa sua média aritmética obtida na etapa anterior: Quadro 02 Fórmula para cálculo da média final do processo de avaliação das referências

4 MF = ((QUALIDADE DA AUTORIA x 2) + (QUALIDADE DA INFORMAÇÃO x 4) + (ATUALIDADE DA INFORMAÇÃO x 1) + (RELEVÂNCIA DA CONTEÚDO x 2) + (MECANISMOS DE AJUDA E APROFUNDAMENTO x 1)) / 10 Fonte: dos autores As categorias receberam pesos diferentes devido à importância que possuem para identificar a qualidade da fonte de informação on-line. Por exemplo, é muito mais importante o autor da fonte ser credenciado a escrever sobre o assunto abordado na mesma do que a fonte ser do ano mais recente. A Média Final é a qualidade da fonte de pesquisa virtual segundo os critérios contidos no Quadro anteriormente apresentado. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Para a coleta das referências foram selecionados 134 artigos de todas as quatro edições da MICTI, o que corresponde a 32,6% de todos os 411 artigos presentes nos anais. As referências coletadas contidas nesses artigos totalizaram 890 (on-line e impressa). Das 349 referências que se caracterizaram como on-line; 56,1% foram descartadas do processo de avaliação, por não estarem disponíveis no ato da consulta ou porque não puderam ser recuperadas, ou seja, o endereço eletrônico presente na referência direcionava para portais gerais onde não era possível identificar qual conteúdo em específico havia sido utilizado pelos pesquisadores. Portanto, foram 153 referências on-line avaliadas segundo os critérios estabelecidos. Dessas 153 referências on-line, no total, 12,6% obtiveram pontuação entre 1,0 e 3,0; 52,4% entre 3,1 e 5,0; 16,8% entre 5,1 e 7,0; 7,7% entre 7,1 e 10; e 11,2% não puderam ser avaliadas, pois eram relativas a sítios de organizações que disponibilizam softwares que em algum ponto da pesquisa dos autores dos artigos precisou ser utilizado. Portanto, neles não há conteúdos específicos disponíveis à avaliação, mas apenas o software em si. Os números coligidos a partir da pesquisa mostram que apesar de poucas referências terem alcançado pontuação entre 7,1 e 10 na I MICTI (1,9%), na IV este número já é bem mais elevado (21,4%), o que nos permite identificar que da I até IV edição da MICTI houve uma melhora significativa quanto à qualidade das fontes de informação on-line utilizadas pelos discentes de Iniciação Científica Júnior (autores dos artigos) para fundamentar suas pesquisas. 5 CONCLUSÃO O estudo apontou que a maioria dos discentes de Iniciação Científica Júnior possuem poucas competências/habilidades informacionais requeridas para identificar e utilizar fontes de informação on-line de qualidade para suas pesquisas. Este fato reflete diretamente em suas publicações, pois um estudo baseado em fontes de baixa qualidade demonstra baixo rigor científico. O investimento educacional para ampliar o apoderamento dos educandos sobre as melhores ferramentas de busca de informações técnico-científicas na Web, sobre critérios de seleção das melhores fontes e sobre como utilizá-las de forma correta (como citar e fazer a referência) certamente contribuirá diretamente para a formação de jovens pesquisadores. Acredita-se também que ações educativas no sentido de promover esse apoderamento citado acima devam ser desenvolvidas de forma integrada entre os atores/segmentos que atuam de forma direta e indireta no processo. Os professores das disciplinas relacionadas, os professores orientadores e os bibliotecários fazem parte desta rede que deve trabalhar de

5 forma articulada e dinâmica rumo ao fortalecimento e dinamização da Iniciação Científica Júnior. 6 REFERÊNCIAS CAVÉQUIA, M. A. P; MACIEL, A. G; REZENDE, L. A. de. Formação do leitor: criticidade e autonomia. Contrapontos, Londrina, v. 10, n. 3, p.299-306. 2010. Disponível em: <http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/2027/1718>. Acesso em: 07 ago. 2012. COLLÈGE ÉDOUARD-MONTPETIT. Grille d évaluation des sources documentaires: version 1. 2006. Disponível em: < http://ww2.collegeem.qc.ca/infosphere/fichiers_communs/feuilles_travail/feuille5.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2011. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 184 p.. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2011. 200p. LE COADIC, Y. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996. 115 p. MARCONI, M. de A; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010. MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA INTERDISCIPLINAR, 1, 2006, Camboriú. Anais... Camboriú, Colégio Agrícola de Camboriú, 2006. 1 CD-ROM. MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA INTERDISCIPLINAR, 2, 2007, Camboriú. Anais... Camboriú, Colégio Agrícola de Camboriú, 2007. 1 CD-ROM. MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA INTERDISCIPLINAR, 3, 2009, Camboriú. Anais... Camboriú, Colégio Agrícola de Camboriú, 2009. 1 CD-ROM. MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA INTERDISCIPLINAR, 4, 2010, Concórdia. Anais... Concórdia, Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia, 2010. 1 CD-ROM. PEREIRA, F. C. M. Uso de fontes de informação: um estudo em micro e pequenas empresas de consultoria de Belo Horizonte. Belo Horizonte, 2006. (Dissertação) Curso de Mestrado em Ciência da Informação da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: < ttp://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/earm- 6Z9PVJ/1/mestrado frederico_cesar_mafra_pereira.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2012. TOMAÉL, M. I. et al. Avaliação de fontes de informação na Internet: critérios de qualidade. Informação & Sociedade, João Pessoa, v. 11, n. 2, p. 13-35, 2001. TOMAÉL, M. I. (org). Fontes de informação na Internet. Londrina: EDUEL, 2008.