Ficha nº Descrição da estrutura 2.1 Identificação SAT01 UE0564 (B3)

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Transcrição:

Ficha nº 19 1 Zona Arqueológica da Rua Frei Caetano Brandão, 183-185 / Santo António das Travessas, 20-26 1.1 Localização Os vestígios encontrados estão delimitados a oeste pela Rua Frei Caetano Brandão, a norte pela Rua Afonso Henriques e a este pela Rua Santo António das Travessas. As ruínas localizam-se dentro da malha romana de Bracara Augusta, situando-se dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os respetivos sítios arqueológicos contaram com duas campanhas, uma realizada pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, cujo diretor foi o Dr. Armandino Cunha e outra realizada pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho cujos diretores foram o Doutor Francisco Sande Lemos e o Dr. José Manuel Freitas Leite. No edifício nº.183-185 da rua Frei Caetano Brandão realizaram-se duas campanhas, uma entre março de 1998 e maio de 1998 e uma segunda entre fevereiro de 1991 e maio de 2001. 1.3 Identificação das estruturas Nas ruínas identificaram-se elementos de uma domus, que ainda preservavam, nas paredes restos de pinturas e parte do pórtico. Uma canalização com orientação oeste / este que drenaria na cloaca. Foi também identificado um edifício público cuja construção implicou a destruição da domus (Magalhães, 2010: 59). 1.4 Cronologias e fases Identificaram-se quatro fases. Uma primeira poderá ser datada com grande probabilidade entre da época de Augusto ou de Tibério (Leite et al., 2008: 21; Magalhães, 2010: 60). Os elementos detetados desta fase articulam-se com a delimitação da insula onde se insere a habitação, como cunhais, pórticos, pilares, parte da cloaca máxima, pilares de um possível peristilo e vestígios de pavimento. (Magalhães, 2010:60; Ribeiro, 2010: 58). A segunda fase construtiva baliza-se entre o 2º e o 3.º quartel do século I, ou seja, entre Cláudio / Nero a Vespasiano (41/ 79 d.c.) (Leite et al. 2008:22; Magalhães, 2010:60), correspondendo a muros demarcadores de vários compartimentos que se posicionam na área sul do edifício (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A terceira fase construtiva encontra-se datada da segunda metade do século I e caracteriza-se por uma série de alterações nas estruturas da fase anterior, onde se fecharam anteriores aberturas como aconteceu com os muros 5 A (UE537) e o muro 23 A (UE516), que encerrou a passagem que ligava o exterior e o interior da domus (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A quarta remodelação poderá ser atribuída aos meados/finais do século II d.c. Este ciclo é marcado pela destruição da domus para aí ser construído um edifício público. Para a sua construção destruíram-se alguns muros, designadamente o 5 (UE883) e 23 (UE539), tendo outros sido inutilizados, como o 8 (UE624) e o muro 9 (UE630) (Leite et al. 2008: 24; Magalhães, 2010: 61 e Ribeiro, 2010: 58). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação SAT01 UE0564 (B3)

Ficha nº 19 2.2 Tipo Canalização em caixa 2.3 Descrição Canalização em caixa, totalmente feita em material laterício, encontra-se bastante destruída, tendo conservado alguns elementos do lastro, dois da parede Oeste, e um único fragmento de um elemento que poderia ter sido da cobertura. Apresenta uma extensão conservada de cerca de 1 m, com uma largura de 0.40 m e uma altura de cerca de 0.24 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro representa o elemento melhor preservado desta estrutura, apesar de só poderemos contar com um único elemento inteiro preservado, os restantes são apenas fragmentos. O melhor preservado apresenta medidas de 0.45 m de comprimento por 0.30 m de largura, correspondendo a elementos de tipo lydion. 2.4.2 Paredes Das paredes só temos dois elementos em tijolo, alinhados no lado oeste da estrutura, o primeiro, o elemento maior tem 0.40 m de comprimento, uma altura de 0.20 m e uma espessura de 0.06 m. O segundo, o elemento mais pequeno tem 0.30 m de comprimento, uma altura de cerca de 0.20 m e 0.06 de espessura. 2.4.3 Cobertura Não é claro saber se nos chegou algum elemento da cobertura, no entanto, somente pelas cotas da estrutura e devido à falta de uma fotografia, ficamos na dúvida se um elemento da canalização localizado a Norte não poderia ter sido usado como componente da cobertura. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Nesta extensão não é possível determinar com total certeza o seu pendor. 2.6 Orientação SE/NO. 2.7 Funcionalidade Drenagem (?). 2.8 Contexto Parece ter sido usada para a drenagem de água do peristilo da domus (Magalhães, 2010: 64). Relaciona-se com a fase III. 2.9 Cronologia Segunda metade do século I (Leite, 2008:24).

Ficha nº 19 2.10 Bibliografia Leite, J.M., Lemos, F.S. e Cunha, A. (2008). Trabalhos arqueológicos em Bracara Augusta. Logradouro e edifício nº 183-185 da Rua Frei Caetano Brandão 1998/2001 e edifício 20/26 da rua Santo António das Travessas 2001/2002. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado). Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização Figura 102 Localização da UE0564 (UAUM). 3.2 Diagrama estratigráfico 3.3 Os desenhos Plano 563 564 572 Figura 103 Plano da canalização UE0564

Ficha nº 19 Secção Croqui Figura 104 Secção da canalização UE0564. Figura 105 Croqui da canalização UE0564

Ficha nº 20 1 Zona Arqueológica da Rua Frei Caetano Brandão, 183-185 / Santo António das Travessas, 20-26 1.1 Localização Os vestígios encontrados estão delimitados a oeste pela Rua Frei Caetano Brandão, a norte pela Rua Afonso Henriques e a este pela Rua Santo António das Travessas. As ruínas localizam-se dentro da malha romana de Bracara Augusta, situando-se dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os respetivos sítios arqueológicos contaram com duas campanhas, uma realizada pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, cujo diretor foi o Dr. Armandino Cunha e outra realizada pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho cujos diretores foram o Doutor Francisco Sande Lemos e o Dr. José Manuel Freitas Leite. No edifício nº.183-185 da rua Frei Caetano Brandão realizaram-se duas campanhas, uma entre março de 1998 e maio de 1998 e uma segunda entre fevereiro de 1991 e maio de 2001. 1.3 Identificação das estruturas Nas ruínas identificaram-se elementos de uma domus, que ainda preservavam, nas paredes restos de pinturas e parte do pórtico. Uma canalização com orientação oeste / este que drenaria na cloaca. Foi também identificado um edifício público cuja construção implicou a destruição da domus (Magalhães, 2010: 59). 1.4 Cronologias e fases Identificaram-se quatro fases. Uma primeira poderá ser datada com grande probabilidade entre da época de Augusto ou de Tibério (Leite et al., 2008: 21; Magalhães, 2010: 60). Os elementos detetados desta fase articulam-se com a delimitação da insula onde se insere a habitação, como cunhais, pórticos, pilares, parte da cloaca máxima, pilares de um possível peristilo e vestígios de pavimento. (Magalhães, 2010:60; Ribeiro, 2010: 58). A segunda fase construtiva baliza-se entre o 2º e o 3.º quartel do século I, ou seja, entre Cláudio / Nero a Vespasiano (41/ 79 d.c.) (Leite et al. 2008:22; Magalhães, 2010:60), correspondendo a muros demarcadores de vários compartimentos que se posicionam na área sul do edifício (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A terceira fase construtiva encontra-se datada da segunda metade do século I e caracteriza-se por uma série de alterações nas estruturas da fase anterior, onde se fecharam anteriores aberturas como aconteceu com os muros 5 A (UE537) e o muro 23 A (UE516), que encerrou a passagem que ligava o exterior e o interior da domus (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A quarta remodelação poderá ser atribuída aos meados/finais do século II d.c. Este ciclo é marcado pela destruição da domus para aí ser construído um edifício público. Para a sua construção destruíram-se alguns muros, designadamente o 5 (UE883) e 23 (UE539), tendo outros sido inutilizados, como o 8 (UE624) e o muro 9 (UE630) (Leite et al. 2008: 24; Magalhães, 2010: 61 e Ribeiro, 2010: 58). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação SAT01 UE0597 (C3/C2/D2) 2.2 Tipo Canalização em forma de U.

Ficha nº 20 2.3 Descrição Canalização em forma de U, feita em material laterício, razoavelmente conservada, constituída por elementos, unidos uns aos outros. Detém um comprimento máximo de cerca de 4 m, uma largura muito variável, que oscila entre os 0.20 m e os 0.30 m, pois esta construção aproveita material laterício de diferentes tamanhos e formas e uma altura de cerca de 0.26 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura seria realizada com elementos em tijoleira de forma e tamanho variado, alguns colocados no sentido do comprimento e outros da largura. Há elementos da cobertura em material laterício com dimensões de 0.30 m x 0.30 m tipo pedale, de 0.25 m x 0.14 m, e de 0.60 m x 0.20 m. A altura da cobertura era de 0.06 m. 2.4.4 Módulos Conservaram-se 5 módulos. Cada elemento possui cerca de 0.60 m de comprimento, 0.20 m de largura. A espessura da base do módulo tem cerca de 0.04 m, e a largura interna de cerca de 0.12 m. As paredes do módulo têm uma altura determinada de 0.16 m e a espessura é de 0.06 m. 2.5 Pendor Não foi possível identificar o seu pendor. 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Drenagem (?). 2.8 Contexto Provavelmente seria uma canalização de drenagem, destinada a escoar as águas acumuladas na zona aberta do peristilo (Magalhães, 2010: 63; Ribeiro, 2010: 421). Fase III. 2.9 Cronologia Segunda metade do século I (Leite, 2008:23-24). 2.10 Bibliografia Leite, J.M., Lemos, F.S. e Cunha, A. (2008). Trabalhos arqueológicos em Bracara Augusta. Logradouro e edifício nº 183-185 da Rua Frei Caetano Brandão 1998/2001 e edifício 20/26 da rua Santo António das Travessas 2001/2002. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado). Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 20 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização Figura 106 Localização da UE0597 na planta (UAUM). 3.2 Diagrama estratigráfico 3.3 Os desenhos Plano 595 597 599 592 Figura 107 Plano da canalização, com elementos da cobertura (UE0597) (UAUM). Secção Figura 109 Secção da canalização UE0597. Figura 108 Plano da canalização, com elementos do lastro e da parede (UE0597) (UAUM).

Ficha nº 20 Perfil Figura 110 Perfil norte com a canalização UE0597 (UAUM). Figura 111 Perfil oeste da canalização UE0597) (UAUM). Croqui 3.4 Fotografia Figura 112 Croqui da canalização UE0597. Figura 113 Fotografia da canalização (UE0597) (MDDS).

Ficha nº 21 1 Zona Arqueológica da Rua Frei Caetano Brandão, 183-185 / Santo António das Travessas, 20-26 1.1 Localização Os vestígios encontrados estão delimitados a oeste pela Rua Frei Caetano Brandão, a norte pela Rua Afonso Henriques e a este pela Rua Santo António das Travessas. As ruínas localizam-se dentro da malha romana de Bracara Augusta, situando-se dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os respetivos sítios arqueológicos contaram com duas campanhas, uma realizada pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, cujo diretor foi o Dr. Armandino Cunha e outra realizada pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho cujos diretores foram o Doutor Francisco Sande Lemos e o Dr. José Manuel Freitas Leite. No edifício nº.183-185 da rua Frei Caetano Brandão realizaram-se duas campanhas, uma entre março de 1998 e maio de 1998 e uma segunda entre fevereiro de 1991 e maio de 2001. 1.3 Identificação das estruturas Nas ruínas identificaram-se elementos de uma domus, que ainda preservavam, nas paredes restos de pinturas e parte do pórtico. Uma canalização com orientação oeste / este que drenaria na cloaca. Foi também identificado um edifício público cuja construção implicou a destruição da domus (Magalhães, 2010: 59). 1.4 Cronologias e fases Identificaram-se quatro fases. Uma primeira poderá ser datada com grande probabilidade entre da época de Augusto ou de Tibério (Leite et al., 2008: 21; Magalhães, 2010: 60). Os elementos detetados desta fase articulam-se com a delimitação da insula onde se insere a habitação, como cunhais, pórticos, pilares, parte da cloaca máxima, pilares de um possível peristilo e vestígios de pavimento. (Magalhães, 2010:60; Ribeiro, 2010: 58). A segunda fase construtiva baliza-se entre o 2º e o 3.º quartel do século I, ou seja, entre Cláudio / Nero a Vespasiano (41/ 79 d.c.) (Leite et al. 2008:22; Magalhães, 2010:60), correspondendo a muros demarcadores de vários compartimentos que se posicionam na área sul do edifício (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A terceira fase construtiva encontra-se datada da segunda metade do século I e caracteriza-se por uma série de alterações nas estruturas da fase anterior, onde se fecharam anteriores aberturas como aconteceu com os muros 5 A (UE537) e o muro 23 A (UE516), que encerrou a passagem que ligava o exterior e o interior da domus (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A quarta remodelação poderá ser atribuída aos meados/finais do século II d.c. Este ciclo é marcado pela destruição da domus para aí ser construído um edifício público. Para a sua construção destruíram-se alguns muros, designadamente o 5 (UE883) e 23 (UE539), tendo outros sido inutilizados, como o 8 (UE624) e o muro 9 (UE630) (Leite et al. 2008: 24; Magalhães, 2010: 61 e Ribeiro, 2010: 58) 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação SAT01 UE0670 (C1/C2/D2) 2.2 Tipo Canalização em caixa.

Ficha nº 21 2.3 Descrição Canalização em caixa, razoavelmente conservada, preservando 14 elementos do lastro em tijoleira e alguns elementos das paredes em alvenaria. Apresenta uma extensão máxima de 6 m, com uma largura de 0.80 m e uma altura de cerca de 0.10 m. O traçado da canalização segue o alinhamento dos muros M10 e M4 fazendo um ângulo de 90º. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é constituído por tijoleiras, com 0.45 m de comprimento por 0.30 m de largura, ou seja, tipo lydion, embora contemple elementos de tamanho menor. Dos 14 elementos do lastro identificamos 10 elementos com marcas estampadas no final do comprimento do elemento e praticamente a meio da largura, sendo todas elas identificadas por Morais, 2005: Estampa XL, 6 das quais pertencem ao Quadro II, marca n.º 114, duas ao Quadro I marca nº 40 e duas ao Quadro Ib marca n.º 18a. 2.4.2 Paredes As paredes são feitas em alvenaria regular, com pedras na sua maioria retangulares e faceadas no lado interno. Cujos elementos têm cerca de 0.40 m de comprimento por 0.20 m de largura e uma altura de cerca de 0.20 m. 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Tem um pendor no sentido este para oeste fazendo um ângulo de 90 º e correndo de norte para sul onde deverá ir em direção à cloaca máxima. 2.6 Orientação NE/SO com ângulo de 90º NO/ SE. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase V (Leite, 2008:25). Provavelmente desaguaria na cloaca máxima. 2.9 Cronologia Finais do século II. 2.10 Bibliografia Leite, J.M., Lemos, F.S. e Cunha, A. (2008). Trabalhos arqueológicos em Bracara Augusta. Logradouro e edifício nº 183-185 da Rua Frei Caetano Brandão 1998/2001 e edifício 20/26 da rua Santo António das Travessas 2001/2002. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado). Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 21 Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Morais, R. (2005). Autarcia e comércio em Bracara Augusta. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização Figura 114 Localização da UE670 na planta (UAUM). 3.3 Os desenhos 3.2 Diagrama estratigráfico Plano 678 670 626 Figura 115 Plano da canalização UE0670.

Ficha nº 21 Perfil Figura 116 Perfil oeste com a canalização UE0670 (UAUM). Secção Croqui Figura 117 Secção com a canalização UE0670 (UAUM). Figura 118 Croqui da canalização UE0670. 3.4 Fotografias Figura 119 Fotografia com a canalização UE0670 (MDDS). Figura 120 Fotografia de pormenor de uma marca da canalização UE0670 (F. Magalhães).

Ficha nº 22 1 Zona Arqueológica da Rua Frei Caetano Brandão, 183-185 / Santo António das Travessas, 20-26 1.1 Localização Os vestígios encontrados estão delimitados a oeste pela Rua Frei Caetano Brandão, a norte pela Rua Afonso Henriques e a este pela Rua Santo António das Travessas. As ruínas localizam-se dentro da malha romana de Bracara Augusta, situando-se dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os respetivos sítios arqueológicos contaram com duas campanhas, uma realizada pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, cujo diretor foi o Dr. Armandino Cunha e outra realizada pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho cujos diretores foram o Doutor Francisco Sande Lemos e o Dr. José Manuel Freitas Leite. No edifício nº.183-185 da rua Frei Caetano Brandão realizaram-se duas campanhas, uma entre março de 1998 e maio de 1998 e uma segunda entre fevereiro de 1991 e maio de 2001. 1.3 Identificação das estruturas Nas ruínas identificaram-se elementos de uma domus, que ainda preservavam, nas paredes restos de pinturas e parte do pórtico. Uma canalização com orientação oeste / este que drenaria na cloaca. Foi também identificado um edifício público cuja construção implicou a destruição da domus (Magalhães, 2010: 59). 1.4 Cronologias e fases Identificaram-se quatro fases. Uma primeira poderá ser datada com grande probabilidade entre da época de Augusto ou de Tibério (Leite et al., 2008: 21; Magalhães, 2010: 60). Os elementos detetados desta fase articulam-se com a delimitação da insula onde se insere a habitação, como cunhais, pórticos, pilares, parte da cloaca máxima, pilares de um possível peristilo e vestígios de pavimento. (Magalhães, 2010:60; Ribeiro, 2010: 58). A segunda fase construtiva baliza-se entre o 2º e o 3.º quartel do século I, ou seja, entre Cláudio / Nero a Vespasiano (41/ 79 d.c.) (Leite et al. 2008:22; Magalhães, 2010:60), correspondendo a muros demarcadores de vários compartimentos que se posicionam na área sul do edifício (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A terceira fase construtiva encontra-se datada da segunda metade do século I e caracteriza-se por uma série de alterações nas estruturas da fase anterior, onde se fecharam anteriores aberturas como aconteceu com os muros 5 A (UE537) e o muro 23 A (UE516), que encerrou a passagem que ligava o exterior e o interior da domus (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A quarta remodelação poderá ser atribuída aos meados/finais do século II d.c. Este ciclo é marcado pela destruição da domus para aí ser construído um edifício público. Para a sua construção destruíram-se alguns muros, designadamente o 5 (UE883) e 23 (UE539), tendo outros sido inutilizados, como o 8 (UE624) e o muro 9 (UE630) (Leite et al. 2008: 24; Magalhães, 2010: 61 e Ribeiro, 2010: 58). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação SAT01 UE0710 (D3/D4) 2.2 Tipo Canalização em caixa.

Ficha nº 22 2.3 Descrição Canalização em caixa, muito destruída, preservando-se apenas os elementos do lastro, em tijoleira. Apresenta uma extensão máxima de 2 m, com uma largura de 0.40 m. Não é possível saber a sua altura porque as paredes não se conservaram. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é composto por elementos em tijoleira com as seguintes dimensões, 0.40 m comprimento e 0.30 m de largura, tipo lydion, dispostas com o lado maior colocado perpendicular às paredes. 2.4.2 Paredes As paredes não se conservaram. 2.4.3 Cobertura A cobertura não se conservou. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Numa extensão de 2 m descai cerca de 0.06 m em direção a Sul, mas não chega para concluir que este seria o seu real pendor. 2.6 Orientação NO/SE. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase V (Leite, 2008:26). 2.9 Cronologia Finais do século II. 2.10 Bibliografia Leite, J.M., Lemos, F.S. e Cunha, A. (2008). Trabalhos arqueológicos em Bracara Augusta. Logradouro e edifício nº 183-185 da Rua Frei Caetano Brandão 1998/2001 e edifício 20/26 da rua Santo António das Travessas 2001/2002. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado). Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Morais, R. (2005). Autarcia e comércio em Bracara Augusta. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 22 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização Figura 121 Localização da UE0710 na planta (UAUM). 3.2 Diagrama estratigráfico 3.3 Os desenhos Plano 713 710 781 769 Figura 122 Plano da canalização UE0710 Secção Croqui Figura 123 Secção da canalização UE0710 Figura 124 Croqui da canalização UE0710.

Ficha nº 23 1 Zona Arqueológica da Rua Frei Caetano Brandão, 183-185 / Santo António das Travessas, 20-26 1.1 Localização Os vestígios encontrados estão delimitados a oeste pela Rua Frei Caetano Brandão, a norte pela Rua Afonso Henriques e a este pela Rua Santo António das Travessas. As ruínas localizam-se dentro da malha romana de Bracara Augusta, situando-se dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os respetivos sítios arqueológicos contaram com duas campanhas, uma realizada pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, cujo diretor foi o Dr. Armandino Cunha e outra realizada pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho cujos diretores foram o Doutor Francisco Sande Lemos e o Dr. José Manuel Freitas Leite. No edifício nº.183-185 da rua Frei Caetano Brandão realizaram-se duas campanhas, uma entre março de 1998 e maio de 1998 e uma segunda entre fevereiro de 1991 e maio de 2001. 1.3 Identificação das estruturas Nas ruínas identificaram-se elementos de uma domus, que ainda preservavam, nas paredes restos de pinturas e parte do pórtico. Uma canalização com orientação oeste / este que drenaria na cloaca. Foi também identificado um edifício público cuja construção implicou a destruição da domus (Magalhães, 2010: 59). 1.4 Cronologias e fases Identificaram-se quatro fases. Uma primeira poderá ser datada com grande probabilidade entre da época de Augusto ou de Tibério (Leite et al., 2008: 21; Magalhães, 2010: 60). Os elementos detetados desta fase articulam-se com a delimitação da insula onde se insere a habitação, como cunhais, pórticos, pilares, parte da cloaca máxima, pilares de um possível peristilo e vestígios de pavimento. (Magalhães, 2010:60; Ribeiro, 2010: 58). A segunda fase construtiva baliza-se entre o 2º e o 3.º quartel do século I, ou seja, entre Cláudio / Nero a Vespasiano (41/ 79 d.c.) (Leite et al. 2008:22; Magalhães, 2010:60), correspondendo a muros demarcadores de vários compartimentos que se posicionam na área sul do edifício (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A terceira fase construtiva encontra-se datada da segunda metade do século I e caracteriza-se por uma série de alterações nas estruturas da fase anterior, onde se fecharam anteriores aberturas como aconteceu com os muros 5 A (UE537) e o muro 23 A (UE516), que encerrou a passagem que ligava o exterior e o interior da domus (Magalhães, 2010: 60; Ribeiro, 2010: 58). A quarta remodelação poderá ser atribuída aos meados/finais do século II d.c. Este ciclo é marcado pela destruição da domus para aí ser construído um edifício público. Para a sua construção destruíram-se alguns muros, designadamente o 5 (UE883) e 23 (UE539), tendo outros sido inutilizados, como o 8 (UE624) e o muro 9 (UE630) (Leite et al. 2008: 24; Magalhães, 2010: 61 e Ribeiro, 2010: 58). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação SAT01 UE0754 (D3 E3 F3) 2.2 Tipo Canalização em caixa.

Ficha nº 23 2.3 Descrição Canalização em caixa, bem preservada, tendo-se conservado apenas os elementos do lastro e das paredes. Revela cerca de 6 m de extensão, 0.80 m de largura e 0.26 m de altura, a largura de caixa é de cerca de 0,30 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é em material laterício, composto por tijoleiras tipo lydion, com cerca de 0.40 m x 0.30 m. As tijoleiras estão dispostas com o lado maior colocado perpendicular às paredes, chegando, por vezes, a própria parede a assentar no próprio lastro. 2.4.2 Paredes As paredes são feitas em granito, faceadas do lado interno, cujos elementos têm 0.30 m de comprimento por 0.20 m de largura e 0.20 m de altura. Por vezes, ainda que raramente, têm alguns fragmentos de material de construção. Assenta, embora pouco, no lastro da canalização. Apenas se conservou uma fiada de pedras em cada alçado. 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Numa extensão de cerca de 6 m detetou-se um pendor de 0.01 m. 2.6 Orientação SO/NE. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase V (Leite, 2008:26). 2.9 Cronologia Finais do século II. 2.10 Bibliografia Leite, J.M., Lemos, F.S. e Cunha, A. (2008). Trabalhos arqueológicos em Bracara Augusta. Logradouro e edifício nº 183-185 da Rua Frei Caetano Brandão 1998/2001 e edifício 20/26 da rua Santo António das Travessas 2001/2002. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado). Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 23 Morais, R. (2005). Autarcia e comércio em Bracara Augusta. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização Figura 125 Localização da UE0754 (UAUM). 3.2 Diagrama estratigráfico 3.3 Os desenhos 754 713 Plano 781 769 Figura 126 Plano da canalização UE0754 (UAUM) Secção Croqui Figura 127 Secção da canalização UE0754 Figura 128 Croqui da canalização UE0754

Ficha nº 23 Perfil Figura 129 Perfil oeste da canalização UE0754. 3.4 Fotografia Figura 130 Fotografia da canalização UE0754.

Ficha nº 24 1 Zona Arqueológica da Escola Velha da Sé. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente numa área circunscrita a oeste pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua Afonso Henriques e a este pela Rua Frei Caetano Brandão. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os trabalhos arqueológicos decorreram ao longo de cinco campanhas, entre 1998 e 2003, todas elas realizadas pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, tendo sido dirigidas pelo Dr. Armandino Cunha. A primeira campanha realizou-se de 17/11/1998 a 16/12/1998, a segunda de 14/07/1999 a 05/08/1999, a terceira de 29/07/1999 a 26/10/1999, a quarta de 02/05/2000 a 07/06/2000, a quinta de 27/08/2001 a 10/07/2003 (Magalhães, 2010: 49 e Ribeiro, 2010: 54). 1.3 Identificação das estruturas Nas escavações arqueológicas da Escola Velha da Sé presenciou-se alguns muros, pavimentos, infraestruturas, como por exemplo, de abastecimento e drenagem de água, elementos decorativos em pavimentos e muros e individualizaram-se alguns elementos arquitetónicos. 1.4 Cronologias e fases No decurso dos trabalhos arqueológicos foi possível detetar três fases construtivas. A primeira fase poderá ser datada do século I (Magalhães, 2010: 49) ou inícios do século II (Ribeiro, 2010:55) tendo associados compartimentos que se relacionam com a parte privada do edifício, como cubicula, vestígios de um espaço que poderá ser interpretado como um peristylum, bem como elementos exteriores à casa associados ao pórtico Este (Magalhães, 2010:50 e Ribeiro, 2010:55). A segunda fase construtiva poderá sugerir uma transformação expressiva da residência, que poderá ser datada entre os finais do século III e os inícios do século IV, como parecem sugerir alguns materiais encontrados, como a moeda (Número de inventário 1999/1741) de Gallienvs Aug, datada de 253-268, encontrada no enchimento da vala de fundação dos muros relativos às UEs038 e 105 e os fragmentos de vidro reconhecidos na sapata do muro UE023, datado do século III a IV (Cruz, 2009:161). Nessa transformação da domus temos a edificação de um balneário, na área sudoeste do edifício, onde se conservaram vestígios de salas tépidas (tepidaria), de um caldarium e de salas frias (frigidaria). Uma parte do possível peristylum da fase anterior foi sacrificada para esta remodelação que veio criar mais espaços, aparecendo assim mais duas divisões. A terceira fase surge-nos representada pela edificação de alguns muros que correspondem à subdivisão de compartimentos como o muro UE001 e pela construção de alguns pavimentos e reparação de outros (Magalhães, 2010: 51; Ribeiro, 2010: 55). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação EVS99 UE0282 e UE0121 (102;103) 2.2 Tipo Canalização em caixa.

Ficha nº 24 2.3 Descrição A presente canalização faz um ângulo de 90º estando bastante destruída no sentido noroeste/sudeste (UE282), conservando apenas os elementos do lastro e uma parede do lado sudoeste. Do lado nordeste existe uma vala de saque (UE075) que pilhou todos os elementos da parede. A canalização apresenta cerca de 1.20 m de extensão, com uma largura máxima conservada de 0.70 m. No sentido este/oeste está melhor conservada, possuindo lastro (UE121), as paredes (parede sudeste UE088 e o muro UE036 que faz de parede à própria canalização). Apresenta cerca de 3 m de comprimento e 0.60 m de largura. Um troço de canalização (UE225), com 1.72 m de comprimento e 0.35 m de largura, poderá ligar as canalizações tratadas anteriormente à UE121 e à UE282, juntando-as num percurso aparentemente quadrangular. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro Feito em tijolo, foi parcialmente destruído por uma vala de saque, não existindo nenhum elemento inteiro, estando na sua grande parte deslocado em relação ao alinhamento da parede oeste. Mesmo o melhor elemento preservado não permite reconstituir o comprimento dos elementos, que teriam uma largura de cerca de 0.20 m. A parte da canalização que segue a orientação sudoeste/nordeste apresenta elementos em tijolo com dimensões de 0.38 m por 0.38 m de comprimento e largura respetivamente, embora surjam elementos com medidas inferiores. A largura de caixa é de cerca de 0.40 m. O lastro do pequeno troço de canalização UE225 encontra-se muito fragmentado e o elemento melhor conservado tem uma dimensão de cerca de 0.36 m por 0.22 m de comprimento e largura respetivamente. 2.4.2 Paredes No sentido sudeste/noroeste só nos chegou a parede sudoeste, tendo sido totalmente saqueada a nordeste, preservando-se 7 elementos em pedra com dimensões bastante variadas, tendo o maior 0.30 m de comprimento por 0.20 m de largura. As restantes pedras são quadradas e têm cerca de 0.20 m de lado. Para além destes existe um outro elemento em pedra de maiores dimensões. No sentido nordeste/ sudoeste esta canalização tem uma parede sudeste que assenta diretamente no lastro enquanto a parede noroeste encosta no lastro. A parede sudeste apresenta elementos mais regulares (0.40 m por 0.20 m de comprimento e largura respetivamente) do que a parede noroeste que é um muro da fase anterior, à qual a estrutura encostava (Ribeiro, 2010:422). Apresenta uma altura de cerca de 0.20 m. O pequeno troço de canalização UE225 aproveita o muro (UE224) como parede da canalização. Já a parede do lado sudeste foi realizada com o único objetivo de suportar a água, possuindo elementos com 0.22 m por 0,15 de comprimento e largura e uma altura conservada de cerca de 0.14 m. 2.4.3 Cobertura A cobertura deveria ser em tijoleira, mas não se conservou. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor No sentido noroeste/ sudeste não nos é possível saber o seu pendor devido à forte destruição, mas nota-se um pendor no sentido sudoeste / nordeste de cerca de 0.14 m.

Ficha nº 24 2.6 Orientação A canalização faz um percurso quadrangular, com dois troços, um SO/ NE (UE121) e outro N/ S (UE282). 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Esta estrutura poderá estar relacionada com um espaço aberto da casa (Magalhães, 2010:56), situava-se a uma cota inferior ao pavimento (UE0089). Provavelmente seria da segunda fase construtiva. 2.9 Cronologia Séculos III/ inícios do IV. 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 005 282 121 052 051 769 Figura 131 Localização das UEs0282 e UE0121 na planta (UAUM).

Ficha nº 24 3.3 Os desenhos Plano Figura 132 Canalizações UE0224, UE0121 e UE0282 (GACMB). Secção Figura 133 Plano das canalizações UE0121 e UE0282 (GACMB) Croqui Figura 134 Secção da canalização UE0121 e UE0282 (GACMB). Figura 135 Croqui das canalizações UEs0121, 0282 e 0225

Ficha nº 25 1 Zona Arqueológica da Escola Velha da Sé. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente numa área circunscrita a Oeste pelo Campo das Carvalheiras, a Sul pela Rua Afonso Henriques e a Este pela Rua Frei Caetano Brandão. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os trabalhos arqueológicos decorreram ao longo de cinco campanhas entre 1998 e 2003, todas elas realizadas pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, tendo sido dirigidas pelo Dr. Armandino Cunha. A primeira campanha realizou-se de 17/11/1998 a 16/12/1998, a segunda de 14/07/1999 a 05/08/1999, a terceira de 29/07/1999 a 26/10/1999, a quarta de 02/05/2000 a 07/06/2000, a quinta de 27/08/2001 a 10/07/2003 (Magalhães, 2010: 49 e Ribeiro, 2010: 54). 1.3 Identificação das estruturas Nas escavações arqueológicas da Escola Velha da Sé presenciou-se alguns muros, pavimentos, algumas infraestruturas, como por exemplo, de abastecimento e drenagem de água, alguns elementos decorativos em pavimentos e muros e individualizaram-se alguns elementos arquitetónicos. 1.4 Cronologias e fases No decurso dos trabalhos arqueológicos foi possível detetar três fases construtivas. A primeira fase poderá ser datada do século I (Magalhães, 2010: 49) ou inícios do século II (Ribeiro, 2010:55) tendo associados compartimentos que se relacionam com a parte privada do edifício, como cubicula, vestígios de um espaço que poderá ser interpretado como um peristylum, bem como elementos exteriores à casa associados ao pórtico Este (Magalhães, 2010:50 e Ribeiro, 2010:55). A segunda fase construtiva poderá sugerir uma transformação expressiva da residência, que poderá ser datada entre os finais do século III e os inícios do século IV, como parecem sugerir alguns materiais encontrados, como a moeda (Número de inventário 1999/1741) de Gallienvs Aug, datada de 253-268, encontrada no enchimento da vala de fundação dos muros relativos às UEs038 e 105 e os fragmentos de vidro reconhecidos na sapata do muro UE023, datado do século III a IV (Cruz, 2009:161). Nessa transformação da domus temos a edificação de um balneário, na área sudoeste do edifício, onde se conservaram vestígios de salas tépidas (tepidaria), de um caldarium e de salas frias (frigidaria). Uma parte do possível peristylum da fase anterior foi sacrificada para esta remodelação que veio criar mais espaços, aparecendo assim mais duas divisões. A terceira fase surge-nos representada pela edificação de alguns muros que correspondem à subdivisão de compartimentos como o muro UE001 e pela construção de alguns pavimentos e reparação de outros (Magalhães, 2010: 51; Ribeiro, 2010: 55). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação EVS99 UE0057 UE0026 (Q201 Q300) 2.2 Tipo Canalização em forma de U.

Ficha nº 25 2.3 Descrição Canalização em forma de U, construída em material laterício, apenas com o lastro. Deveria possuir uma extensão de cerca de 4.90 m, muito embora só tenham sido escavados um troço de 1.30 m de comprimento (UE057) e um outro de 0.80 m de comprimento, a este do quadrado 301 (UE026). Possui 0.30 m de largura e 0.12 m de altura. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos A canalização é composta por 5 módulos, com cerca de 0.50 m de comprimento, 0.30 de largura e 0.12 de altura, embora haja elementos que não foram integralmente escavados. As paredes do módulo têm 0.08 m de espessura. A largura da caixa interna é de cerca de 0.18 m. 2.5 Pendor A canalização corre paralela ao pórtico nascente da domus drenando, provavelmente, as águas em direção ao norte, possuindo um pendor de cerca de 0.16 m nesse sentido. 2.6 Orientação SE/NO. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. Estrutura de drenagem de águas das chuvas da cobertura do pórtico da domus, pois segue paralela ao seu limite exterior, muito embora pudesse recolher outras águas do interior da casa. 2.9 Cronologia Finais do século I inícios do Século II. 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 25 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 039 026 057 R Figura 136 Localização das UEs 057 e UE0026 na planta da Escola Velha da Sé (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Figura 137 Plano da canalização UE0026 (GACMB) Figura 138 Representação, a azul, da canalização UE0057 (GACMB).

Ficha nº 25 Secção Figura 140 Secção da canalização UE0057; UE0026 Perfil Figura 141 Corte Este, com a representação da canalização UE0057 (GACMB) Croqui Figura 139 Pormenor, com a representação da canalização UE0057 e UE0026 (GACMB). Figura 142 Canalização, Escola Velha da Sé, UEs57 e UE26. 3.4 Fotografias Figura 143 No lado esquerdo da fotografia temos a canalização, UE0057 (GACMB). Figura 144 No lado direito da fotografia temos a canalização após o seu restauro, UE0057. (GACMB).

Ficha nº 26 1 Zona Arqueológica da Escola Velha da Sé. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente numa área circunscrita a Oeste pelo Campo das Carvalheiras, a Sul pela Rua Afonso Henriques e a Este pela Rua Frei Caetano Brandão. 1.2 Diretores de escavação e campanhas Os trabalhos arqueológicos decorreram ao longo de cinco campanhas entre 1998 e 2003, todas elas realizadas pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, tendo sido dirigidas pelo Dr. Armandino Cunha. A primeira campanha realizou-se de 17/11/1998 a 16/12/1998, a segunda de 14/07/1999 a 05/08/1999, a terceira de 29/07/1999 a 26/10/1999, a quarta de 02/05/2000 a 07/06/2000, a quinta de 27/08/2001 a 10/07/2003 (Magalhães, 2010: 49 e Ribeiro, 2010: 54). 1.3 Identificação das estruturas Nas escavações arqueológicas da Escola Velha da Sé presenciou-se alguns muros, pavimentos, algumas infraestruturas, como por exemplo, de abastecimento e drenagem de água, alguns elementos decorativos em pavimentos e muros e individualizaram-se alguns elementos arquitetónicos. 1.4 Cronologias e fases No decurso dos trabalhos arqueológicos foi possível detetar três fases construtivas. A primeira fase poderá ser datada do século I (Magalhães, 2010: 49) ou inícios do século II (Ribeiro, 2010:55) tendo associados compartimentos que se relacionam com a parte privada do edifício, como cubicula, vestígios de um espaço que poderá ser interpretado como um peristylum, bem como elementos exteriores à casa associados ao pórtico Este (Magalhães, 2010:50 e Ribeiro, 2010:55). A segunda fase construtiva poderá sugerir uma transformação expressiva da residência, que poderá ser datada entre os finais do século III e os inícios do século IV, como parecem sugerir alguns materiais encontrados, como a moeda (Número de inventário 1999/1741) de Gallienvs Aug, datada de 253-268, encontrada no enchimento da vala de fundação dos muros relativos às UEs038 e 105 e os fragmentos de vidro reconhecidos na sapata do muro UE023, datado do século III a IV (Cruz, 2009:161). Nessa transformação da domus temos a edificação de um balneário, na área sudoeste do edifício, onde se conservaram vestígios de salas tépidas (tepidaria), de um caldarium e de salas frias (frigidaria). Uma parte do possível peristylum da fase anterior foi sacrificada para esta remodelação que veio criar mais espaços, aparecendo assim mais duas divisões. A terceira fase surge-nos representada pela edificação de alguns muros que correspondem à subdivisão de compartimentos como o muro UE001 e pela construção de alguns pavimentos e reparação de outros (Magalhães, 2010: 51; Ribeiro, 2010: 55). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação EVS UE0243 e UE0251 (009;109) 2.2 Tipo Canalização em caixa.

Ficha nº 26 2.3 Descrição Canalização em caixa, muito mutilada, conservando-se cerca de uma dúzia de pedras das paredes e quatro elementos em tijoleira do lastro, da qual foram detetados dois troços. Um primeiro, possui com cerca de 1.37 m de comprimento por 0.68 m de largura (UE0251). O segundo possui menor dimensão, com cerca de 0.56 m de comprimento, por 0.58 m de largura (UE0243). 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro proporciona-nos 4 elementos em tijoleira, tendo os dois melhores elementos 0.56 m de comprimento por 0.30 m de largura. Os restantes encontravam-se muito fragmentados. 2.4.2 Paredes As paredes são de pedra granítica, com formas quadrangulares e bem aprumadas no lado interno. Os elementos têm 0.35 m por 0.25 m de comprimento e largura, respetivamente, e uma altura de cerca de 0.20 m. 2.4.3 Cobertura 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor A canalização circula em direção a sudeste. Entre o troço UE251 até à UE243 existe um pendor de cerca de 0.17 m. 2.6 Orientação N/S. 2.7 Funcionalidade Inconclusiva. 2.8 Contexto Fase I 2.9 Cronologia Finais do século I /inícios do II. 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 26 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 253 251 243 262 Figura 145 Localização da canalização na planta da Escola Velha da Sé (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Secção Croqui Figura 147 Secção da canalização UE0243 e UE0251 Figura 148 Canalização UEs0243 e UE0251. Figura 146 Representação em plano da canalização UE0251 e UE0243.

Ficha nº 27 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 27 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV93 UE0370 [X168 Y140 (sondagem 106) X168 Y 144 (sondagem 96)] 2.2 Tipo Canalização em caixa. 2.3 Descrição Canalização em caixa, bastante destruída, formada por um lastro em tijolo, paredes em pedra e tijolo e cobertura em tijolo. Apresenta uma extensão de 3.92 m e uma largura máxima de 0.60 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O elemento usado no lastro foi o tijolo, cujo comprimento é de cerca de 0.20 m e a largura de cerca de 0.10 m. 2.4.2 Paredes Os elementos das paredes são mistos. Na parede norte optou-se por fabricar um muro em alvenaria regular, com pedras de forma retangular, mas com dimensões variadas, entre os 0.30 m por 0.20 m de comprimento e largura, respetivamente, e os 0.20 m por 0.16 m de comprimento e largura respetivamente. Para além das pedras há por vezes alguns pequenos elementos em material laterício. Na parede sul optou-se por reaproveitar uma canalização mais antiga (UE1093). 2.4.3 Cobertura Para a cobertura usaram-se tijolos. Detetamos dois elementos, um inteiro, tipo lydion (0.45 m por 0.30 m de comprimento e largura respetivamente) e outro muito fragmentado. A espessura dos elementos é de cerca de 0.05 m. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Só é possível dizer que há um pendor de cerca de 0.12 m numa extensão de 1, 90 m num total conservado de 3.92 m. 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Drenagem (?). 2.8 Contexto Reporta-se à fase I. É possível que a canalização fosse de drenagem de água do peristilo para o pórtico oeste. Poderia, provavelmente ligar-se a outra canalização UE0371.

Ficha nº 27 2.9 Cronologia Século I. 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord.) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Martins, M., Ribeiro, J., Magalhães, F., Braga, C. (2012). Urbanismo e Arquitetura de Bracara Augusta. Sociedade, economia e laser, in Ribeiro, M e Melo, Arnaldo (coord.), Evolução da paisagem urbana sociedade e economia, Ed. Citcem, Braga, pp: 29-68. Ribeiro, J. (2010). Arquitetura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 654 659 370 654 144 Figura 149 Localização da UE0370 na planta das Carvalheiras (UAUM).

Ficha nº 27 3.3 Os desenhos Plano Figura 150 Plano da canalização UE0370 (UAUM). Secção Perfil Figura 151 Secção da canalização UE0370 (UAUM). Figura 152 Perfil da canalização UE0370 (UAUM). Croqui 3.4 Fotografia Figura 153 Croqui da canalização UE0370, representada à direita. Figura 154 Fotografia da canalização UE0370, representada à direita (MDDS).

Ficha nº 28 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 28 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV91 UE0355 (Sond 12; 18;19). 2.2 Tipo Canalização em caixa. 2.3 Descrição Canalização em caixa, bastante destruída, tendo-se conservado elementos do lastro em tijoleira, paredes em granito e quatro elementos da cobertura em granito. Apresenta uma extensão máxima de 3. 20 m, possuindo uma largura de 0.70 m e uma altura de cerca de 0.35 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro Os elementos do lastro são em tijolo de tipo lydion, com 0.45 m por 0.30 m de comprimento e largura, respetivamente e uma altura de cerca de 0.08 m. 2.4.2 Paredes As paredes são edificadas em alvenaria regular, ora colocadas por cima dos elementos do lastro, ora encostando aos elementos do lastro. As pedras da parede são retangulares tendo medidas médias de 0.30 m por 0.20 m de comprimento e largura, respetivamente. A sua altura é de 0.24 m. Os elementos da parede são muito bem faceados no lado interno. 2.4.3 Cobertura Preservaram-se 4 elementos da cobertura, feitos em pedra, que assentam diretamente nas paredes da canalização. As tampas da canalização têm formas retangulares, com cerca de 0.40 m por 0.30 m de comprimento e largura respetivamente e uma altura de cerca de 0.12 m. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Numa extensão de 3.20 m oferece um pendor de cerca de 0.02 m em direção a sudoeste. 2.6 Orientação NO/SE. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. Drenagem de águas do interior de uma taberna para o pórtico sul.

Ficha nº 28 2.9 Cronologia Século I. 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicas. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 494 355 228 R Figura 155 Localização da UE0355 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Figura 156 Desenho do plano da canalização UE0355 (UAUM).

Ficha nº 28 Secção Perfil Figura 157 Secção da canalização UE0355. Figura 158 Desenho do perfil da canalização UE0355 (UAUM) Croqui 3.4 Fotografias Figura 159 Croqui da canalização UE0355. Figura 160 Fotografia da canalização UE0355 (Fernanda Magalhães).

Ficha nº 29 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 29 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV93 UE0477 [X168 Y160 (sondagem 104)] 2.2 Tipo Canalização em caixa 2.3 Descrição Canalização em caixa, bastante incompleta. Apresenta um lastro em tijolo, paredes em tijolo e cobertura mista (tijolo e granito). Tem cerca de 0.70 m de comprimento e 0.50 m de largura 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é realizado em tijolo e nele assentam as paredes da canalização. Não conseguimos saber o comprimento dos elementos porque a canalização não foi totalmente escavada. Mas apresenta-nos uma largura de cerca de 0.45 m. 2.4.2 Paredes As paredes assentam diretamente no lastro da canalização, apresentando-nos três fiadas de tijolos. Não conseguimos saber o comprimento dos tijolos porque a canalização não foi totalmente escavada. A altura geral das paredes é de cerca de 0.24 m. Cada tijolo tem cerca de 0.08 m de altura. 2.4.3 Cobertura A cobertura foi realizada em tegulae e granito. Só se conservou um fragmento de tegula. O elemento de tegula já não possui o seu comprimento original, medindo 0.40 m de comprimento. No que diz respeito à largura esta está preservada, sendo de cerca de 0.45 m. A espessura da cobertura é de cerca de 0. 11 m. Outro elemento de cobertura é uma laje em granito cujas dimensões situam-se entre os 0.45 por 0.45 m de comprimento e largura, respetivamente. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Não foi possível determinar o pendor. 2.6 Orientação S/N. 2.7 Funcionalidade Drenagem (?).

Ficha nº 29 2.8 Contexto Fase II. Drenava águas provenientes Da piscina norte do frigidarium, ligando possivelmente com a canalização UE475 (Ribeiro, 2010: 422). 2.9 Cronologia Século II. 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord.) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Martins, M e Ribeiro, Mª (2012). Gestão e uso da água em Bracara Augusta. Uma abordagem preliminar, In Martins, M., Freitas, I e Valivieso, I. (coord.), Caminhos da água, Ed. CITCEM, Braga, pp. 9-52. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 1003 473 477 1002 Figura 161 Localização da UE0477 na planta das Carvalheiras (UAUM).

Ficha nº 29 3.3 Os desenhos Secção Plano Figura 163 Secção da canalização UE477 (UAUM). Figura 162 Plano da canalização UE477 (UAUM). Croqui 3.4 Fotografias Figura 164 Croqui da canalização UE0477. Figura 165 Fotografia da canalização UE0477 (MDDS).

Ficha nº 30 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 30 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV84 UE0612 2.2 Tipo Canalização em forma de U. 2.3 Descrição Canalização em forma de U, de material laterício, bastante destruída, tendo-se conservado apenas dois módulos. Apresenta uma extensão máxima de cerca de 1 m, 0.16 m de largura. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos Preservaram-se dois módulos, um deles mais destruído que o outro, tendo o melhor conservado cerca de 0.53 m de comprimento e 0.16 m de largura. A sua largura interna é de 0.08 m. As paredes apresentam 0.04 m de espessura. 2.5 Pendor Devido à sua reduzida dimensão da parte conservada não nos é possível determinar o seu pendor. 2.6 Orientação SE/NO. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Estava associada ao escoamento das águas do tanque que se localizava sobre a rua oeste. Fase III 2.9 Cronologia Século IV.

Ficha nº 30 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, M.C. (2008). Braga entre a época romana e a Idade Moderna. Uma metodologia de análise para a leitura da evolução da paisagem urbana, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 556 611 612 614 609 Figura 166 Localização da UE0612 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Croqui Plano Figura 169 Croqui da canalização UE0612. Figura 167 Plano com a canalização UE0612 (UAUM).

Ficha nº 30 Secção 3.4 Fotografia Figura 168 Secção da canalização UE0612. Figura 170 Fotografia da canalização UE0612 (UAUM).

Ficha nº 31 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 31 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV84 UE0562 (X 124 Y60) 2.2 Tipo Canalização em forma de U. 2.3 Descrição Canalização em forma de U, de material laterício, bastante destruída, tendo-se conservado apenas um módulo. Apresenta uma extensão máxima de cerca de 0.50 m, 0.22 m de largura. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos Preservou-se um único módulo, tendo um comprimento de cerca de 0.50 m e 0.22 m de largura. Apresenta 0.08 m de largura interna. As paredes da canalização têm uma espessura de 0.08 m. 2.5 Pendor Devido à sua reduzida dimensão não nos é possível determinar o seu pendor. 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase III. Deveria estar associada a um pequeno tanque em opus signinum (UE0308) localizado na insula situada a oeste da domus das Carvalheiras, drenando águas provenientes do mesmo para a rua oeste (Ribeiro, 2010:422). 2.9 Cronologia Século IV.

Ficha nº 31 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, M.C. (2008). Braga entre a época romana e a Idade Moderna. Uma metodologia de análise para a leitura da evolução da paisagem urbana, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 308 555 562 R Figura 171 Localização da UE0562 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Secção Figura 173 Secção da canalização UE0562. Figura 172 Plano da canalização UE0562 (UAUM). Croqui Figura 174 Croqui da canalização UE0562.

Ficha nº 32 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 32 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV91 UE0371 [X168 Y136 e X160/164 Y140 (Sondagem 14)] 2.2 Tipo Canalização em forma de U. 2.3 Descrição Canalizações em forma de U, fabricada em material laterício, conservam-se alguns módulos e nenhum elemento da cobertura. Apresenta uma extensão conservada de cerca de 6 m, uma largura de cerca de 0.28 m e uma altura de cerca de 0.26 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos Preservaram-se cerca de meia dúzia de módulos, com cerca de 0.70 m de comprimento, 0.28 m de largura e 0.26 m de altura. Os módulos apresentam na base uma largura interna de cerca de 0.10 m e uma espessura de cerca de 0.08 m. As paredes do módulo têm uma altura de cerca de 0.18 m e uma largura de 0.08 m. 2.5 Pendor Tem um pendor de cerca de 1.27 m. 2.6 Orientação SE/NO. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I e seria provavelmente de drenagem de água que vinha do impluvium localizado no atrium da casa das carvalheiras em direção à rua oeste (Magalhães, 2010: 46; Ribeiro, 2010: 421). 2.9 Cronologia Século I

Ficha nº 32 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, M.C. (2008). Braga entre a época romana e a Idade Moderna. Uma metodologia de análise para a leitura da evolução da paisagem urbana, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 650 009 371 010 Figura 175 Localização da canalização na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Croqui Secção Figura178 Secção da canalização UE0371 Figura176 Plano da canalização UE0371 (UAUM). Figura 177 Croqui da canalização UE0371

Ficha nº 32 Perfil 3.4 Fotografia Figura 179 Perfil da canalização UE0371 (UAUM). Figura 180 Fotografia da canalização UE0371 (MDDS).

Ficha nº 33 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 33 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV94 UE0360 [X192 Y140 (Sondagem 112) e X188 Y144 (Sondagem 58)] 2.2 Tipo Canalização em caixa 2.3 Descrição Canalização em forma de U, bastante destruída, tendo-se preservado alguns módulos e dois elementos da cobertura em cerâmica de construção. Apresenta uma extensão de cerca de 1.70 m, uma largura de 0.22 m e uma altura de 0.16 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura O elemento melhor preservado da cobertura tem cerca de 0.44 m de comprimento e 0.22 m de largura. 2.4.4 Módulos Preservaram-se dois módulos inteiros e três fragmentos de outros. Os elementos têm pelo menos 0.36 m de comprimento e 0.22 m de largura. Os módulos têm uma largura interna de 0.12 m e, na sua base, têm uma espessura de cerca de 0.04 m. As paredes têm cerca de 0.08 m de altura e 0.04 m de espessura. 2.5 Pendor Tem um pendor de cerca de 2.60 m. 2.6 Orientação S/N. 2.7 Funcionalidade Abastecimento. 2.8 Contexto Fase I. Trata-se de uma canalização de abastecimento de água à área da culina da habitação, podendo até ligar com a canalização UE0406. 2.9 Cronologia Século I.

Ficha nº 33 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, M.C. (2008). Braga entre a época romana e a Idade Moderna. Uma metodologia de análise para a leitura da evolução da paisagem urbana, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 730 722 360 728 R Figura 181 Localização da UE0360 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Croqui Plano Figura 182 Plano da canalização UE0360 (UAUM). Figura 183 Croqui da canalização UE0360.

Ficha nº 33 Secção 3.4 Fotografia Figura 184 Desenho da secção da canalização UE0360 (UAUM). Figura 185 Fotografia da canalização UE0360 (UAUM).

Ficha nº 34 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 34 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV92 UE0406 [X188 Y144 (Sondagem 58), X188 Y148 (Sondagem 70) e X192 Y148]. 2.2 Tipo Canalização em forma de canal. 2.3 Descrição Canalização em forma de canal, composta por diversos imbrices a fazer de caleira e cobertura elaborada com tijoleiras retangulares. Encontra-se bastante destruída, tendo-se preservado cerca de 0.80 m de comprimento. Possui 0.18 m de largura. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura é realizada em tijoleira com um comprimento que provavelmente seria idêntico ao comprimento dos imbrices, ou seja, cerca de 0.50 m, com uma largura de 0.20 m. 2.4.4 Módulos Os melhores elementos do módulo têm cerca de 0.50 m de comprimento, por 0.20 m de largura. Os imbreces estão virados do lado oposto, funcionando como um caleiro. A sua espessura é de 0.04 m. 2.5 Pendor Não é possível saber o seu pendor. 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Abastecimento. 2.8 Contexto Reporta-se à fase I, devendo estar associada ao abastecimento de água à cozinha, podendo até ligar com a canalização UE0360. 2.9 Cronologia Século I.

Ficha nº 34 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 869 406 870 R Figura 186 Localização da UE0406 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Perfil Figura 187 Plano da canalização UE0406 Figura 188 Desenho do perfil da canalização UE0406.

Ficha nº 34 Croqui 3.4 Fotografia Secção Figura 189 Secção da canalização UE0406 Figura 190 Croqui da canalização UE0406 Figura 191 Fotografia da canalização UE0406.

Ficha nº 35 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 35 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV94 UE0405 [X184 Y148 (Sondagem 64), X188 Y148 (Sondagem 70) e X192 Y148 (Sondagem 87)] 2.2 Tipo Canalização em caixa. 2.3 Descrição Canalização em caixa, muito destruída, tendo-se preservado elementos da parede e alguns elementos do lastro feito em tijolo. A cobertura não chegou até nós. Tem uma extensão de cerca de 10 m e uma largura de 0.50 m. Dentro dela corriam tubos de chumbo (fistulae), dos quais foi encontrado um in situ. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é composto por tijolo muito fragmentado, não nos sendo possível saber as suas medidas exatas. Em cerca de 10 m de extensão só se conservaram cerca de 1.60 m de elementos do lastro, de forma sub arredondada e arredondada com dimensões inferiores a 0.12 m 2.4.2 Paredes As paredes são realizadas em granito e os seus elementos têm uma forma retangular com a face melhor faceada voltada para ao interior da canalização. Os elementos têm 0.30 m por 0.20 m de comprimento e uma altura de cerca de 0.13 m. 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Numa extensão conservada de 10 m tem um pendor de 0.08 m. 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Abastecimento. 2.8 Contexto Fase II. Abastecimento das termas a partir da rua nascente.

Ficha nº 35 2.9 Cronologia Século II. 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 862 405 860 R Figura 192 Localização da UE0405 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Secção Figura 194 Secção da canalização UE0405. Figura 193 Plano da canalização UE0405.

Ficha nº 35 Croqui 3.4 Fotografia Figura 195 Croqui da canalização UE0405. Figura 196 Fotografia da canalização UE0405 (MDDS).

Ficha nº 36 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 36 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV94 UE0405 N.I.2000/0269 2.2 Tipo Canalização em chumbo. 2.3 Descrição Canalização em tubo de chumbo (fistula), bem conservada, com cerca de 1.50 m de extensão, 0.12 m de largura. Este tubo encaixava na canalização identificada como UE0405, levando a água até ao balneário (Martins e Ribeiro, 2010:16; Magalhães, 2010: 46; Ribeiro, 2010:409). 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura 2.4.4 Módulos O único módulo encontrado tem 1.50 m de comprimento, 0.12 m de largura, e uma espessura de 0.009 m, com uma largura variável, apresentando um diâmetro vertical de 0.146 m (Ribeiro, 2010: 409). O módulo apresenta uma marca de Titus Flavius Graptus, nome do proprietário ou fabricante de uma oficina. (Morais, 2010:42; Martins e Ribeiro, 2010: 17; Ribeiro, 2010: 410). O tubo das Carvalheiras insere-se no tipo quinquagenaria (Adam, 1995: 275; Ribeiro, 2010:410). 2.5 Pendor Numa extensão conservada de 1.50 m tem um pendor de 0.04 m. 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Abastecimento. 2.8 Contexto Fase II. O tubo de chumbo conduzia água limpa ao balneário construído no século II (Martins e Ribeiro, 2010:16; Magalhães, 2010: 46; Ribeiro, 2010:409). 2.9 Cronologia Século II.

Ficha nº 36 2.10 Bibliografia Amaral, L. (2007). As moedas das Carvalheiras. Contributo para o estudo da circulação monetária em Bracara Augusta. In Martins, M. (coord) Bracara Augusta Escavações arqueológicas, 3, Ed. UAUM/NARQ. Braga. Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Martins, M e Ribeiro, Mª (2012). Gestão e uso da água em Bracara Augusta. Uma abordagem preliminar, In Martins, M., Freitas, I e Valivieso, I. (coord.), Caminhos da água, Ed. CITCEM, Braga, pp. 9-52. Morais, R. (2010). Bracara Augusta. Câmara Municipal de Braga, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicas. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 862 405 860 R Figura 197 Localização da UE0405 na planta das Carvalheiras (UAUM).

Ficha nº 36 3.3 Os desenhos Plano Secção Figura 198 Plano da canalização com o tubo de chumbo (NI 2000/0269). Perfil Figura 199 Desenho em secção da canalização com o tubo de chumbo (NI 2000/0269). Croqui Figura 200 Perfil da canalização com o tubo de chumbo (NI 2000/0269) Figura 201 Croqui da canalização com o tubo de chumbo (NI 2000/0269) 3.4 Fotografia Figura 202 Fotografia da canalização com o tubo de chumbo (NI 2000/0269)

Ficha nº 37 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 37 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV92 UE0392 [X176 Y144; X176 Y148 (Sondagens 51 e 71) 2.2 Tipo Canalização em forma de U. 2.3 Descrição Canalização em forma de U, de material laterício, medianamente conservada. Apresenta uma extensão total de cerca de 2.50 m e uma largura conservada de 0.30 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura O método usado na cobertura é o tijolo, tipo lydion, cujas medidas são de 0.45 m por 0.30 m de comprimento e largura, respetivamente. 2.4.4 Módulos Conservaram-se dois módulos. O melhor preservado tem 0.50 m de comprimento e 0.22 de largura. A largura interna dos elementos é de cerca de 0.10 m. As paredes apresentam 0.06 m de altura e 0.06 m de espessura. 2.5 Pendor Não foi possível identificar. 2.6 Orientação NE/SO. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. Relaciona-se com a drenagem das águas do tanque do peristilo da domus. 2.9 Cronologia Século I. 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 37 Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3. Parte gráfica 3.1 Localização das canalizações 3.2 Diagrama estratigráfico 853 392 854 R Figura 203 Localização da UE0392 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Figura 204 Cobertura da canalização UE0392 (UAUM). Figura 205 Canalização UE0392 (UAUM).

Ficha nº 37 Secção Figura 206 Secção da canalização UE0392 Croqui Figura 207 Croqui da canalização. 3.4 Fotografia Figura 208 Fotografia da canalização.

Ficha nº 38 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 38 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV92 UE0410 [X184 Y148 (Sondagem 64)] 2.2 Tipo Canalização em caixa 2.3 Descrição Canalização em caixa, bastante destruída, tendo-se conservado pequeníssimos fragmentos do lastro, em tijoleira e alguns elementos da parede, em granito. Apresenta uma extensão máxima de cerca de 2 m, largura de 0.8 m e altura de 0.23 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro foi executado em tijolo, tendo-se conservado apenas três pequeníssimos fragmentos do mesmo. Não é possível saber ao certo as medidas de cada elemento, mas é provável que o lastro se justapusesse às paredes que distam entre si cerca de 0.30 m. 2.4.2 Paredes As paredes são feitas com pedras sub-retangulares, com acabamento interno alisado. 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Numa extensão de cerca de 2 m há um pendor de 0.02 m. 2.6 Orientação S/N. 2.7 Funcionalidade Abastecimento. 2.8 Contexto Fase II. Deve estar associada ao abastecimento de água ao balneário (Magalhães, 2010:45). Fase I. 2.9 Cronologia Século II.

Ficha nº 38 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 795 410 872 R Figura 209 Localização da UE0410 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Secção Plano Figura 211 Secção da canalização UE0410 Croqui Figura 210 Plano da canalização UE0410 (UAUM). Figura 212 Croqui da canalização UE0410.

Figura 213 Fotografia da canalização UE0410 (UAUM). Ficha nº 38

Ficha nº 39 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 39 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV92 UE0450 [X176 Y156 (sondagem 69)]. 2.2 Tipo Canalização em forma de U. 2.3 Descrição Canalização em forma de U, realizada em material laterício, em razoável estado de conservação, composta por módulos com cobertura em tijolo. Apresenta cerca de 4 m de extensão por 0.2 m de largura. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura é realizada em tijolos de diferentes tamanhos, tipo bessale (0.20 m por 0.20 m de comprimento e largura, respetivamente) e tipo pedale (0.30 m por 0.30 m de comprimento e largura, respetivamente). 2.4.4 Módulos Só se escavou metade da canalização que corresponde precisamente a quatro módulos (dois metros de extensão). Os restantes módulos estão ocultos e encontram-se cobertos com tijolos. Cada elemento tem cerca de 0.50 m de comprimento e 0.10 m de largura interna. As paredes têm cerca de 0.06 m de espessura e 0.08 m de altura. 2.5 Pendor Nos quatro módulos identificados há um pendor de 0.08 m. O primeiro módulo a contar de sul para norte, tem uma cota absoluta 178,90 m, o segundo, de 178,88, o terceiro, de 178, 87 m e o quarto, de 178,82 m. 2.6 Orientação S/N. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. A canalização seria de drenagem de água do alveus (UE0434) do frigidarium das termas, uma vez que as cotas do piso seriam de 178.96 e o lastro do primeiro elemento da canalização seria de 178.90.

Ficha nº 39 2.9 Cronologia Século II. 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 973 975 450 978 982 Figura 214 Localização da UE450 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Perfil Plano Figura 217 Desenho do Perfil sul da canalização UE0450 (UAUM). Figura 215 Plano da canalização UE0450 (UAUM). Figura 218 Desenho do perfil norte, com a canalização UE0450 (UAUM).

Ficha nº 39 Secção Croqui Figura 219 Croqui da canalização UE0450. Figura 216 Secção da canalização UE0450 3.4 Fotografia Figura 220 Fotografia da canalização UE0450 (MDDS).

Ficha nº 40 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 40 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV93 UE1093 [X164 Y144 (sondagem 106) X168 Y 144 (sondagem 96)] 2.2 Tipo Canalização em forma de U. 2.3 Descrição Canalização composta por módulos em forma de U, bastante destruída. Apresenta uma extensão de 3.70 m, uma largura máxima de 0.20 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura Para a cobertura usou-se tijolos. Detetamos dois elementos, embora nenhum se encontre totalmente preservado. O elemento melhor preservado tem cerca de 0.50 m de comprimento, 0.20 m de largura e uma altura de 0.06 m. 2.4.4 Módulos Conservaram-se sete módulos, com cerca de 0.54 m de comprimento, 0.20 m de largura e 0.16 m de altura. A base do módulo tem cerca de 0.06 m de espessura e uma largura interna de cerca de 0.14 m. A parede interna do módulo é de cerca de 0.12 m de altura e a sua espessura é de cerca de 0.03 m. 2.5 Pendor Não é possível determinar o seu pendor 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. Possivelmente escoava as águas do tanque do peristilo. Esta estrutura foi inutilizada pela canalização UE370 (Magalhães, 2010:46). 2.9 Cronologia Século I.

Ficha nº 40 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 973 656 1093 R Figura 221 Localização da UE1093 na planta das Carvalheiras (UAUM). Secção Perfil Figura 222 Secção da canalização UE1093 (UAUM). Croqui Figura 223 Perfil da canalização UE1093 (UAUM). 3.4 Fotografia Figura 224 Croqui da canalização UE1093. Figura 225 Fotografia da canalização UE1093 (MDDS).

Ficha nº 41 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 41 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV93 UE0475 [X172 Y160 (sondagem 95) X176 Y 164 (sondagem 90)] 2.2 Tipo Canalização em caixa. 2.3 Descrição Canalização em caixa, bastante destruída. Possui o lastro em tijoleira e paredes em pedra. Apresenta um comprimento de 6. 40 m e uma largura de 0.90 m. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro Os elementos do lastro são compostos por tijoleiras demasiado fracturadas, não sendo possível recuperar o seu tamanho. 2.4.2 Paredes As paredes são em alvenaria irregular, compostas por duas fiadas de pedras. As suas dimensões variam, possuindo umas 0.40 m x 0.20 m de comprimento e largura e outras 0.20 m de comprimento, por 0.30 m de largura. A sua altura é de cerca de 0.32 m. 2.4.3 Cobertura A cobertura não se conservou. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Há um pendor de cerca de 0.23 m numa extensão de 6.40 m. 2.6 Orientação E/O. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. Esta conduta corre ao longo da fachada norte sendo possível que fosse responsável pelo escoamento das águas dos telhados da zona norte da habitação, drenando em direção a oeste. 2.9 Cronologia Século I.

Ficha nº 41 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 1052 472 475 1053 Figura 225 Localização da UE0475 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Figura 226 Plano da canalização UE0475 (UAUM). Secção 3.4 Fotografia Figura 227 Secção da canalização UE0475 (UAUM). Croqui Figura 228 Croqui da canalização UE0475. Figura 229 Fotografia canalização UE0475.

Ficha nº 42 1 Zona Arqueológica das Carvalheiras. 1.1 Localização Os vestígios arqueológicos encontram-se presentemente num quarteirão delimitado a norte pela Rua Visconde Pindela, a este pelo Campo das Carvalheiras, a sul pela Rua S. Sebastião e a oeste pela Rua Cruz de Pedra. As ruínas localizam-se no setor noroeste de Bracara Augusta, o qual se encontra delimitado, a este, pelo cardo máximo e, a sul pelo decumano máximo (Martins, 1997-98:25, Ribeiro, 2010: 52). 1.2 Diretores de escavação e campanhas O conjunto arqueológico foi reconhecido em 1982 no decurso de uma intervenção de salvamento realizada no sentido de calcular o potencial arqueológico da área em questão. As escavações decorreram em 4 fases, entre 1983 e 2002. A primeira fase, dirigida pela Dra. Manuela Delgado e pelo Dr. Francisco Sande Lemos, teve três campanhas, uma primeira entre fevereiro e maio de 1983, seguindo-se outra de fevereiro a outubro de 1984 e uma terceira e última entre março e agosto de 1985. Na segunda fase, dirigida pela Doutora Manuela Martins, pretendeu-se alargar a área aberta entre 1983 e 1985, tendo sido realizadas 3 campanhas: uma primeira entre julho de 1991 e dezembro de 1992; uma outra entre janeiro de 1994 e dezembro de 1994 e uma última em janeiro de 1995 (Martins, 1997-98:24; Magalhães, 2010: 36). A terceira fase, de escavações foi igualmente dirigida pela Doutora Manuela Martins, tendo sido realizada uma única campanha que decorreu entre fevereiro e setembro de 2000. Finalmente, a quarta fase, dirigida pela mesma investigadora, teve lugar entre fevereiro e agosto de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Entre os vestígios detetados nesta zona arqueológica encontrados foi possível reconhecer uma unidade habitacional, limitada por quatro ruas, que ocupa a totalidade de um quarteirão residencial de Bracara Augusta (Martins, 1997-98; Magalhães, 2010:37). Esta unidade habitacional foi implementada em dois patamares, separados por um muro com cerca de 3 metros de altura. Trata-se da única domus totalmente escavada em Bracara Augusta (Martins, 2000:2; Magalhães, 2010:37; Ribeiro, 2010:52), possuindo átrio e peristilo e pórticos em todas as fachadas. 1.4 Cronologias e fases As ruínas das Carvalheiras apresentam cinco fases distintas. A primeira fase associa-se à construção de uma casa de átrio e peristilo, com muita qualidade e uma hábil adaptação às condicionantes do terreno, em que se constrói um muro com cerca de 3 metros de altura para superar o pendor natural do terreno, criando dois núcleos distintos da habitação (Martins, 1997/98:28). A segunda fase corresponderá a meados do século II, estando representada por uma importante remodelação da construção anterior que é alterada com a instalação de um balneário no quadrante noroeste da casa (Martins, 1997/98:32). A terceira fase construtiva baliza-se entre os finais do século III e os inícios do século IV e corresponde a uma reestruturação da zona envolvente da palestra das termas que ocupou a área do anterior peristilo da casa. A quarta fase datada do século IV relaciona-se com a desafetação gradual de alguns espaços, bem como com várias reparações, destacando-se o enchimento da vala de fundação do muro UE415 (Amaral, 2007:68; Magalhães, 2010:39; Ribeiro, 2010:53). Uma última remodelação deverá ocorrer entre finais do século IV a inícios do VI, parecendo articularse com a desafetação progressiva dos espaços até ao seu definitivo abandono (Martins, 1997/98: 35). Segundo Luís Amaral os numismas do século IV registam grandes concentrações

Ficha nº 42 em áreas particulares, designadamente, na rua oeste, nalguns compartimentos que sofreram remodelações do século IV e mesmo V e em derrubes significativos (Amaral, 2007: 73). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação CARV93 UE0476 [X172 Y160 (sondagem 95)]. 2.2 Tipo Canalização em forma de U. 2.3 Descrição Canalização em forma de U, bastante destruída, tendo-se encontrado um único fragmento de módulo com cerca de 0.60 m de comprimento, 0.20 m de largura e uma altura de cerca de 0.16 m. A cobertura era em material laterício. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura era realizada em tijoleira com cerca de 0.30 x 0.18 m de comprimento e largura, respetivamente. Só se conservaram duas tijoleiras. 2.4.4 Módulos Conservou-se um único módulo, com cerca de 0.50 m de comprimento, 0.20 m de largura. A espessura da base é de 0.06 m e tem uma largura interna de cerca de 0.10 m. As paredes têm 0.10 m de altura e uma espessura de 0.06 m. 2.5 Pendor Não foi possível determinar o pendor, pois só se conservou um único molde. 2.6 Orientação NE/SO 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase II. Não estamos seguros da funcionalidade desta canalização. No entanto, sabemos que esta estrutura corre a cotas superiores à canalização identificada com a UE475, implantada paralelamente a esta, mas posterior. Ela poderia eventualmente ligar-se às canalizações UE0475 e UE477 e escoar as águas para a zona norte. 2.9 Cronologia Século II.

Ficha nº 42 2.10 Bibliografia Magalhães, F. E. P. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 1007 476 1001 Figura 230 Localização da canalização UE0476 na planta das Carvalheiras (UAUM). 3.3 Os desenhos 3.4 Fotografia Plano Secção Figura 231 Plano da canalização UE0476. Figura 233 Secção da canalização UE0476 (UAUM). Figura 235 Fotografia canalização UE0476 (MDDS).

Ficha nº 42 Croqui Perfil Figura 232 Croqui da canalização UE0476 (UAUM). Figura 234 Perfil da canalização UE0476 (UAUM).

Ficha nº 43 1 Zona Arqueológica das termas do Alto da Cividade 1.1 Localização As termas do Alto da Cividade encontram-se presentemente na freguesia de Maximinos, estando delimitadas a norte pela Rua de S. Sebastião, a oeste pela Rua Damião de Góis e a este pela Rua Dr. Rocha Peixoto. As termas do Alto da Cividade localizam-se no espaço mais nobre da cidade estando a oeste do forum. (Ribeiro, 2010:47). 1.2 Diretores de escavação e campanhas As intervenções arqueológicas realizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho desenvolveram-se ao longo de onze campanhas, entre 1977 e 1999, totalizando cerca de 66 meses de trabalhos arqueológicos (Martins, 2005:3). A primeira fase teve lugar entre 1977 e 1980, tendo as escavações sido dirigidas pelo Dr. Francisco Alves. A segunda fase decorreu entre 1981 e 1987 tendo tido como diretores de escavação a Dra. Manuela Delgado e o Doutor Francisco Sande Lemos. A terceira fase desenvolveu-se entre 1990 e 1999, tendo tido algumas interrupções pelo meio devido à falta de financiamento (campanhas de 1990, 1991, 1992, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999). A direção foi da responsabilidade da Doutora Manuela Martins. 1.3 Identificação das estruturas As escavações permitiram exumar umas termas públicas que tiveram sucessivas remodelações ao longo de três séculos de uso. Nelas foi possível identificar vários hipocaustos de diferentes épocas e várias salas pertencentes à mesma que sofreram várias alterações. 1.4 Cronologias e fases A construção das termas foi precedida por um edifício, designado de pré-termal, de funcionalidade controversa, mas seguramente o edifício romano mais antigo até agora identificado em Braga (Martins, 2005:11), datado do período de Augusto ou de Tibério (Martins, 2005:12). Nas termas do Alto da Cividade identificaram-se quatro fases (Martins, 2005: 76-85). A primeira fase, datada dos inícios do século II, época de Trajano, corresponde ao modelo de estabelecimentos de banho difundidos nas províncias ocidentais e setentrionais, a partir de Itália, que oferece uma disposição axial e alinhada das salas (Martins, 2005:77). A segunda fase, presume-se que seja dos finais do século II ou inícios do III, nela se verificando uma ampliação da parte central do edifício para poente, avançando cerca de 3m sobre a palestra, criando deste modo uma área de banhos de maior amplitude (Martins, 2005:38). A terceira fase, datada entre finais do século III e inícios do século IV, corresponde a uma profunda transformação da área de banhos, com as anteriores áreas quentes 11 e 12 a serem transformadas em zonas frias (Martins, 2005:48; Ribeiro, 2010:48) ao mesmo tempo que se construíam novos hipocaustos e se alterava a circulação no interior das termas. A quarta fase, datada da 2ª metade do século IV, reordenou parte dos anteriores espaços aquecidos, alterando a fisionomia do edifício, pelo abandono da grande palestra e a construção de uma mais pequena no setor norte da área de banhos (Martins, 2005:60; Ribeiro, 2010:48). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação T79 Canalização A [P20 ; PB16 ; T38 TG3 ; T56 ; T53 ; T52]. 2.2 Tipo Canalização em caixa

Ficha nº 43 2.3 Descrição Canalização em caixa, em razoável estado de conservação, conserva 14 m de comprimento, uma largura de cerca de 0.80 m e uma altura geral de cerca de 0.22 m. Revela um lastro de tegula e as paredes são formadas de pedra e tijoleiras. A cobertura é feita em tijoleiras. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é realizado em tegulae invertidas (Martins, 2005:118; Ribeiro, 2010:416). 2.4.2 Paredes As paredes são formadas por pedra e tijoleiras (Martins, 2005:118; Ribeiro, 2010:416). Os elementos pétreos têm maioritariamente 0.30 m de comprimento por 0.20 m de largura e uma altura de cerca de 0.30 m e os elementos em tijoleira têm 0.60 m por 0.40 m de comprimento e largura, respetivamente, com uma altura de cerca de 0.30 m 2.4.3 Cobertura A cobertura foi realizada com tijoleiras retangulares de diferentes dimensões. Os elementos (tipo lydion) variam entre os 0.40 m por 0.20 m e os 0.45 m por 0.30 m. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Tem um pendor no sentido noroeste/sudeste. 2.6 Orientação NO/SE. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase II. Esta canalização atravessava toda a área de serviços 17, passando sob o solo da área 29 e sob a parte da área 9 (frigidarium), onde foi possível observar a articulação desta canalização com a canalização B construída na fase anterior (Martins, 2005: 118). A mesma transportaria a água limpa oriunda da cisterna que se localizava na área de serviços norte, drenando, provavelmente, o excesso de água da mesma (Martins, 2005: 118). 2.9 Cronologia Finais do século II e inícios do século III. 2.10 Bibliografia Martins, M (2005). As termas romanas do Alto da Cividade Um exemplo de arquitectura pública de Bracara Augusta. Bracara Augusta. Escavações arqueológicas, 1. UAUM/NARQ, Braga.

Ficha nº 43 Martins, M e Ribeiro, Mª (2012). Gestão e uso da água em Bracara Augusta. Uma abordagem preliminar, In Martins, M., Freitas, I e Valivieso, I. (coord.), Caminhos da água, Ed. CITCEM, Braga, pp. 9-52. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga. 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 307 Can A R Figura 236 Localização da canalização A na planta das Termas do Alto da Cividade (UAUM).

Ficha nº 43 3.3 Os desenhos Perfil Croqui Plano Figura 237 Plano da canalização A (UAUM). Figura 239 Perfil da canalização A (UAUM). 3.4 Fotografia Figura 240 Croqui da canalização A. Secção Figura 238 Secção da canalização A. Figura 241 Fotografia da canalização A (MDDS).

Ficha nº 44 1 Zona Arqueológica das termas do Alto da Cividade 1.1 Localização As termas do Alto da Cividade encontram-se presentemente na freguesia de Maximinos, estando delimitadas a norte pela Rua de S. Sebastião, a oeste pela Rua Damião de Góis e a este pela Rua Dr. Rocha Peixoto. As termas do Alto da Cividade localizam-se no espaço mais nobre da cidade estando a oeste do forum. (Ribeiro, 2010:47). 1.2 Diretores de escavação e campanhas As intervenções arqueológicas realizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho desenvolveram-se ao longo de onze campanhas, entre 1977 e 1999, totalizando cerca de 66 meses de trabalhos arqueológicos (Martins, 2005:3). A primeira fase teve lugar entre 1977 e 1980, tendo as escavações sido dirigidas pelo Dr. Francisco Alves. A segunda fase decorreu entre 1981 e 1987 tendo tido como diretores de escavação a Dra. Manuela Delgado e o Doutor Francisco Sande Lemos. A terceira fase desenvolveu-se entre 1990 e 1999, tendo tido algumas interrupções pelo meio devido à falta de financiamento (campanhas de 1990, 1991, 1992, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999). A direção foi da responsabilidade da Doutora Manuela Martins. 1.3 Identificação das estruturas As escavações permitiram exumar umas termas públicas que tiveram sucessivas remodelações ao longo de três séculos de uso. Nelas foi possível identificar vários hipocaustos de diferentes épocas e várias salas pertencentes à mesma que sofreram várias alterações. 1.4 Cronologias e fases A construção das termas foi precedida por um edifício, designado de pré-termal, de funcionalidade controversa, mas seguramente o edifício romano mais antigo até agora identificado em Braga (Martins, 2005:11), datado do período de Augusto ou de Tibério (Martins, 2005:12). Nas termas do Alto da Cividade identificaram-se quatro fases (Martins, 2005: 76-85). A primeira fase, datada dos inícios do século II, época de Trajano, corresponde ao modelo de estabelecimentos de banho difundidos nas províncias ocidentais e setentrionais, a partir de Itália, que oferece uma disposição axial e alinhada das salas (Martins, 2005:77). A segunda fase, presume-se que seja dos finais do século II ou inícios do III, nela se verificando uma ampliação da parte central do edifício para poente, avançando cerca de 3m sobre a palestra, criando deste modo uma área de banhos de maior amplitude (Martins, 2005:38). A terceira fase, datada entre finais do século III e inícios do século IV, corresponde a uma profunda transformação da área de banhos, com as anteriores áreas quentes 11 e 12 a serem transformadas em zonas frias (Martins, 2005:48; Ribeiro, 2010:48) ao mesmo tempo que se construíam novos hipocaustos e se alterava a circulação no interior das termas. A quarta fase, datada da 2ª metade do século IV, reordenou parte dos anteriores espaços aquecidos, alterando a fisionomia do edifício, pelo abandono da grande palestra e a construção de uma mais pequena no setor norte da área de banhos (Martins, 2005:60; Ribeiro, 2010:48). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação T99 Canalização B [sector T43; T44; T45 e T46] 2.2 Tipo Canalização em caixa

Ficha nº 44 2.3 Descrição Canalização em caixa, em razoável estado de conservação, descoberta numa extensão de 20 m de comprimento. Possui 0.48 m de largura e uma altura de cerca de 0.60 m. Apresenta um lastro em tijolo, possuindo paredes em pedra e em tijolo. A cobertura é em tijoleira de diferentes tamanhos. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é feito de tijolos de forma retangular, parcialmente recobertos pelas paredes. Os elementos do lastro têm 0.40 m de comprimento e 0.30 m de largura. 2.4.2 Paredes A canalização possui paredes construídas com tijolo e com pedra. Cada elemento pétreo tem uma largura que oscila entre os 0.40 m aos 0.20 m, sendo a espessura de cerca de 0.20 m. 2.4.3 Cobertura A cobertura foi realizada em tijolo e cada elemento tem cerca de 0.40 m por 0.40 m de comprimento e largura, respetivamente, e uma espessura de cerca de 0.08 m. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Tem um pendor no sentido noroeste/sudeste. 2.6 Orientação NO/SE. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. Segundo Manuela Martins a canalização passa sob o solo da área 2, sob o hipocausto do apodyterium (área 6), sob o corredor (área 8), sob o frigidarium (área 9), sob parte do hipocausto da área 11, infletindo para oeste e passando sob o solo da piscina fria Pi2 (área 10) (Martins, 2005:118). 2.9 Cronologia Inícios do século II. Drenava as águas sujas do interior do edifício correspondente ao primeiro projeto das termas (Martins, 2005:118; Ribeiro, 2010:417). 2.10 Bibliografia Martins, M (2005). As termas romanas do Alto da Cividade Um exemplo de arquitectura pública de Bracara Augusta. Bracara Augusta. Escavações arqueológicas, 1. UAUM/NARQ, Braga. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 44 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 244 283 Can B 259 Figura 242 Localização da canalização B na planta das Termas do Alto da Cividade (UAUM). 3.3 Os desenhos Plano Croqui Figura 243 Plano da canalização B (UAUM). Figura 245 Croqui da canalização B. 3.4 Fotografia Secção Figura 244 Secção da canalização B Figura 246 Fotografia da canalização B (MDDS)

Ficha nº 45 1 Zona Arqueológica das termas do Alto da Cividade 1.1 Localização As termas do Alto da Cividade encontram-se presentemente na freguesia de Maximinos, estando delimitadas a norte pela Rua de S. Sebastião, a oeste pela Rua Damião de Góis e a este pela Rua Dr. Rocha Peixoto. As termas do Alto da Cividade localizam-se no espaço mais nobre da cidade estando a oeste do forum. (Ribeiro, 2010:47). 1.2 Diretores de escavação e campanhas As intervenções arqueológicas realizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho desenvolveram-se ao longo de onze campanhas, entre 1977 e 1999, totalizando cerca de 66 meses de trabalhos arqueológicos (Martins, 2005:3). A primeira fase teve lugar entre 1977 e 1980, tendo as escavações sido dirigidas pelo Dr. Francisco Alves. A segunda fase decorreu entre 1981 e 1987 tendo tido como diretores de escavação a Dra. Manuela Delgado e o Doutor Francisco Sande Lemos. A terceira fase desenvolveu-se entre 1990 e 1999, tendo tido algumas interrupções pelo meio devido à falta de financiamento (campanhas de 1990, 1991, 1992, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999). A direção foi da responsabilidade da Doutora Manuela Martins. 1.3 Identificação das estruturas As escavações permitiram exumar umas termas públicas que tiveram sucessivas remodelações ao longo de três séculos de uso. Nelas foi possível identificar vários hipocaustos de diferentes épocas e várias salas pertencentes à mesma que sofreram várias alterações. 1.4 Cronologias e fases A construção das termas foi precedida por um edifício, designado de pré-termal, de funcionalidade controversa, mas seguramente o edifício romano mais antigo até agora identificado em Braga (Martins, 2005:11), datado do período de Augusto ou de Tibério (Martins, 2005:12). Nas termas do Alto da Cividade identificaram-se quatro fases (Martins, 2005: 76-85). A primeira fase, datada dos inícios do século II, época de Trajano, corresponde ao modelo de estabelecimentos de banho difundidos nas províncias ocidentais e setentrionais, a partir de Itália, que oferece uma disposição axial e alinhada das salas (Martins, 2005:77). A segunda fase, presume-se que seja dos finais do século II ou inícios do III, nela se verificando uma ampliação da parte central do edifício para poente, avançando cerca de 3m sobre a palestra, criando deste modo uma área de banhos de maior amplitude (Martins, 2005:38). A terceira fase, datada entre finais do século III e inícios do século IV, corresponde a uma profunda transformação da área de banhos, com as anteriores áreas quentes 11 e 12 a serem transformadas em zonas frias (Martins, 2005:48; Ribeiro, 2010:48) ao mesmo tempo que se construíam novos hipocaustos e se alterava a circulação no interior das termas. A quarta fase, datada da 2ª metade do século IV, reordenou parte dos anteriores espaços aquecidos, alterando a fisionomia do edifício, pelo abandono da grande palestra e a construção de uma mais pequena no setor norte da área de banhos (Martins, 2005:60; Ribeiro, 2010:48). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação T99 Canalização B1 [I68; T173; PJ1] 2.2 Tipo Canalização em caixa.

Ficha nº 45 2.3 Descrição Canalização em caixa, composta por paredes em tijolos e cobertura em tijolo. Apresenta uma extensão de cerca de cerca de 13.30 m, possuindo 0.48 m de largura e 0.30 m de altura. 2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro Os elementos do lastro são realizados em tijoleiras. 2.4.2 Paredes As paredes são realizadas em tijolos, fazendo cinco fiadas de tijolos, cujos elementos têm 0.42 m de comprimento e 0,05 m de espessura. 2.4.3 Cobertura A cobertura foi realizada em tijolos com cerca de 0.44 m de comprimento, 0.30 m de largura e uma espessura de cerca de 0.05 m. 2.4.4 Módulos 2.5 Pendor Não é possível determinar o seu pendor 2.6 Orientação SO/NE. 2.7 Funcionalidade Drenagem. 2.8 Contexto Fase I. Segundo Manuela Martins a presente canalização circula sob parte da área 8, entre o apodyterium (área 6) e o frigidarium (área 9) (Martins, 2005:118). 2.9 Cronologia Século II. 2.10 Bibliografia Martins, M (2005). As termas romanas do Alto da Cividade Um exemplo de arquitectura pública de Bracara Augusta. Bracara Augusta. Escavações arqueológicas, 1. UAUM/NARQ, Braga. Martins, M. e Ribeiro, Mª (2012). Gestão e uso da água em Bracara Augusta. Uma abordagem preliminar, In Martins, M., Freitas, I e Valivieso, I. (coord.), Caminhos da água, Ed. CITCEM, Braga, pp. 9-52. Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 45 3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização 3.2 Diagrama estratigráfico 244 283 B1 259 Figura 247 Localização da canalização B1 na planta das Termas do Alto da Cividade (UAUM). 3.3 Os desenhos 3.4 Fotografia Plano Secção Figura 250 Secção da canalização B1. Figura 248 Plano da canalização B1 (UAUM). Perfil Croqui Figura 252 Fotografia da canalização B1. Figura 249 Perfil da canalização B1. Figura 251 Croqui da canalização B1.