Curso: DIREITO Disciplina: DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO Professora: ILZA MARIA DA SILVA FACUNDES Turmas: PEC 7º DIN Alunos (as): 1. 2. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ TRADIÇÃO, EXPERIÊNCIA E OUSADIA DE QUEM É PIONEIRO Data: 04/06/2013 ESTUDO DIRIGIDO UNIDADE VI Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração da Legislação Tributária VISTO: Valor: 25 pontos Pontos obtidos... INSTRUÇÕES Considerando o tema VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA, analise e julgue as seguintes afirmativas: Referida atividade é em dupla e deve ser entregue, impreterivelmente, no dia 07/06/2013 (sexta-feira). 1- Em determinado município, uma lei instituiu isenção do IPTU para determinada região. A referida lei dispôs unicamente que o benefício perduraria até 31/12/2003. Em 30/06/2001, publicou-se outra lei revogando tal isenção, sem cláusula de vigência. A referida isenção extingue-se a partir de: a) 15/08/2001; b) 31/12/2003, eis que as isenções condicionais ou concedidas por tempo determinado são irrevogáveis; c) 01/01/2002; d) 30/06/2001; e)14/08/2001 2- Suponhamos que em 01.12.2003 seja publicada lei majoradora de alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados. O texto não faz menção quanto à data de vigência. Pergunta-se: quando entra em vigor? a) 16.12.2003; b) 02.03.2004; 1
c) 01.12.2003; d) 15.01.2004; e) 01.01.2004. 3- Em 10.08.2003, foi publicada uma lei específica sobre o ITBI, concedendo isenção para as transmissões de imóveis cujo valor venal não ultrapassasse determinado montante. A referida lei era omissa quanto à vigência, nesse caso: a) entra em vigor na data da sua publicação; b) entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação; c) entra em vigor 45 dias após sua publicação; d) entra em vigor 30 dias após sua publicação; e) não entra em vigor, eis que não estabeleceu data. 4- A lei tributária aplica-se a ato pretérito: a) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática, tratando-se de ato definitivamente julgado b) em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, podendo haver aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados c) quando deixe de defini-lo como infração, tratando-se de ato definitivamente julgado d) quanto estabelece alíquota do tributo menor do que aquela prevista na lei anterior e) quando deixe de defini-lo como infração, tratando-se de ato em curso de apreciação judicial 5- A Lei n o 01/2007 estabelecia que a alíquota de determinado tributo era de 10% e a multa pela falta de emissão de nota fiscal era de 300% do valor da mercadoria. Durante a vigência desta lei, determinado contribuinte efetuou operação que se constitui em fato gerador desse tributo e também cometeu a referida infração. Algum tempo depois entrou em vigor a Lei n o 08/2008 que modificou os percentuais do tributo para 8% e da multa para 150%. Em 2009, sem nenhum procedimento administrativo ou judicial instaurado previamente pela Fazenda Pública ou pelo sujeito passivo, iniciou-se procedimento de fiscalização para se formalizar o crédito tributário respectivo, já que nenhum valor havia sido pago. Quais os valores, respectivamente, do tributo e multa hão de ser aplicados ao caso: a) 10% e 300%, eis que se aplica a lei vigente à época do fato gerador, segundo o princípio da irretroatividade; b) 8% e 150%, eis que a lei nova é mais benéfica ao contribuinte, segundo o princípio da retroatividade benigna; c) 9% e 175%, eis que são as médias dos respectivos percentuais; 2
d) 10% e 150%, eis que a retroatividade só se refere a penalidades e somente para alcançar atos não definitivamente julgados; e) não se deve efetuar o lançamento eis que já expirado o prazo decadencial de cinco anos. 6 - Sobre interpretação e integração da legislação tributária, podemos afirmar: a) interpretação e integração não se confundem, sendo esta o esforço de se compreender o conteúdo, o sentido e o alcance da norma jurídica; e aquela o trabalho de se suprir as lacunas deixadas pelo legislador; b) o CTN determina quais as modalidades de interpretação a serem utilizadas pelo aplicador da legislação tributária, não cabendo a este o uso de outras modalidades interpretativas; c) há uma parcela de credenciada doutrina que entende que a integração está inserida no processo interpretativo, denominando-a de interpretação da lacuna legal, e é esta a dogmática adotada pelo CTN; d) a integração funda-se no pressuposto de que o texto das leis pode ter lacunas, mas o Direito não as tem; e) dentre as modalidades de integração da legislação tributária, figura o uso dos princípios gerais de direito privado. 7- Assinale a alternativa incorreta, relativamente à interpretação e integração da legislação tributária, à luz do CTN e da doutrina: a) O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. b) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance dos institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, para definir ou limitar competências tributárias. c) A lei que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à autoria, imputabilidade ou punibilidade. d) A equidade é um conceito construído pelo direito positivo que corresponde ao sopesamento dos valores do sistema jurídico e da sociedade de modo a abrandar os rigores da lei, imprimindo-lhes ares de maior suavidade e dimensão humanitária. e) Analogia é o expediente de que serve o aplicador da lei - servidor da fazenda ou órgão judicial - ao colher em norma que incide em caso semelhante a disciplina jurídica que o sistema positivo não mencionou expressamente. 8- O parágrafo 1 o, do artigo 108 do CTN, restringe o uso da analogia, não podendo dele resultar na exigência de tributo não previsto em lei. Tal dispositivo revela o princípio da: a) capacidade contributiva 3
b) tipicidade da lei tributária c) irretroatividade d) interpretação literal e) equidade 9- Analise as proposições abaixo, nos termos do CTN: I- A analogia, utilizada como método de interpretação da legislação tributária, poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. II- O Conselho Estadual de Contribuintes do Estado de Santa Catarina, através do emprego da equidade, poderá dispensar o pagamento do tributo devido. III- A interpretação da legislação que concede isenção do ICMS deverá ser literal. a) todas estão certas; b) apenas I e II estão certas; c) apenas I e III estão certas; d) apenas II está certa; e) apenas III está certa. 10- A quem cabe a interpretação autêntica de uma lei federal? a) aos magistrados singulares federais; b) ao Executivo, através de decreto regulamentador; c) aos tribunais federais d) ao Congresso Nacional e) ao Supremo Tribunal Federal. 11- Nos casos de lei tratando de isenção e na pesquisa da definição da transação, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, respectivamente: a) a interpretação literal e a analogia; b) os princípios gerais de direito público e privado; c) analogia, princípios gerais e equidade, para os dois casos; d) na ausência de disposição legal expressa, a interpretação literal e a analogia; e) o método literal e os princípios gerais de direito privado. 12- Lei tributária que, simultaneamente, (a) disponha sobre suspensão do crédito tributário, (b) sobre dispensa do cumprimento de obrigações acessórias (c) e que defina infrações, esta última em caso de dúvida quanto à graduação da pena a ser aplicada, interpreta-se : 4
a) analogicamente, extensivamente e de maneira mais favorável ao acusado b) literalmente, extensivamente e analogicamente c) extensivamente, literalmente e analogicamente d) literalmente, extensivamente e de maneira mais favorável ao acusado e) literalmente, literalmente e de maneira mais favorável ao acusado 13- Assinale a alternativa errada: a) Se, quando da aplicação de leis tributárias penais que não forem suficientemente claras, restar margem de dúvida à autoridade fiscal ou ao magistrado quanto à capitulação legal do fato ocorrido, deve a lei ser interpretada e se extrair o entendimento sobre ela que seja o mais favorável à Fazenda Pública, eis que existe presunção de que o sujeito passivo sempre está disposto a burlar a legislação tributária. b) Na integração da legislação tributária, tentamos suprir as lacunas deixadas pelo legislador em relação a casos concretos que ficaram desamparados de previsão legal. Nesse esforço, em primeiro lugar, buscamos solucionar o caso com norma aplicável a caso semelhante. c) Se a analogia não for possível, buscamos então solucionar o caso aplicando-se os princípios basilares do direito tributário (legalidade, anterioridade, irretroatividade, capacidade contributiva dos impostos, não-confisco, isonomia, não-limitação ao tráfego, vinculabilidade da tributação, indelegabilidade da competência tributária, non olet, etc.). Tais princípios são regras bastante amplas e tendem a abranger um número maior de casos e situações. d) A terceiro mecanismo a ser utilizado, caso os dois primeiros não tenham resultado em sucesso, é o uso dos princípios gerais do direito público (moralidade administrativa, devido processo legal, forma federativa de Estado, etc.). Eles se destacam por serem primados ainda mais abrangentes, visto que estão presentes no direito tributário e também em outros ramos como o administrativo, o constitucional, o penal, o financeiro e o processual. e) A última modalidade a que devemos recorrer é a equidade, que significa uma reflexão sobre os valores do sistema jurídico e da sociedade, de modo a abrandar os rigores da lei, imprimindo-lhes ares de maior suavidade e dimensão humanitária, solucionando o caso da forma mais sensata. 5