A INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE UMA INDÚSTRIA MOAGEIRA DE GRÃOS DE TRIGO

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Transcrição:

A INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE UMA INDÚSTRIA MOAGEIRA DE GRÃOS DE TRIGO CLAUDETE FOGLIATO RIBEIRO (UFSM) claufr@terra.com.br MICHELE M. FREITAS (UFSM) freitas.mf@hotmail.com Janis Elisa Ruppenthal (UFSM) janis@ct.ufsm.br Compete ao gerenciamento da cadeia de suprimentos a gestão eficaz das atividades, pois é através desse processo que as informações sobre os integrantes da mesma são utilizadas para desenvolver melhorias no sistema logístico. O referido trabbalho tem como propósito realizar um estudo a respeito do gerenciamento da cadeia de suprimentos, e observar o processo logístico de uma indústria desde o fornecedor até o cliente final. Para a realização desse trabalho desenvolveu-se um estudo exploratório, envolvendo pesquisa bibliográfica, documental e qualitativa com o propósito de aprofundar os conhecimentos sobre o tema proposto, sendo o mesmo direcionado para o estudo de caso. Pesquisou-se na Indústria Moageira que a aquisição de suprimentos é conforme a demanda. Quanto à administração de estoques, a empresa trabalha com estoques mínimos e de segurança de trigo e insumos, sendo esses controlados com o auxílio de planilhas eletrônicas. Também o planejamento da produção é desenvolvido conforme essas planilhas, possibilitando verificar a quantidade em estoque e a quantidade a ser produzida. O ciclo de distribuição dos produtos é realizado de acordo com a demanda. Palavras-chaves: Logística, integração, suprimentos

1 Introdução As empresas vivem em um cenário mundial cada vez mais competitivo, levando a busca constante pela diferenciação para manter-se no mercado. Diante disso, as organizações começaram a dar preferências aos aspectos que envolvem a logística empresarial, sendo essa uma área de fundamental importância dentro das empresas, uma vez que a logística tem a finalidade de otimizar recursos, e dessa forma aumentar a eficiência. As empresas que desejam obter sucesso no mercado competitivo global dependem do relacionamento que mantém com os componentes da cadeia de suprimentos, e dessa forma o objetivo do gerenciamento da cadeia de suprimentos passa a ser de agregar valor a cadeia buscando maior lucratividade ao negócio. Compreender como ocorre o gerenciamento da cadeia de suprimentos é de suma importância, pois é através desse processo que informações sobre clientes, fornecedores, manuseio, movimentação e armazenagem de materiais são utilizadas para melhorias contínuas no sistema logístico. Nesse sentido, o ambiente de negócios exige das empresas três fatores básicos de acordo com Ballou (2006): maior agilidade, melhores performances e a constante procura por redução de custos. Esse artigo teve como propósito realizar um estudo sobre a integração do processo do gerenciamento da cadeia de suprimentos, verificando a integração do processo logístico de uma indústria desde o fornecedor até o cliente final. Como objetivos específicos têm-se respectivamente, verificar como é gerenciada a aquisição de suprimentos utilizados na fabricação do produto acabado; constatar a maneira em que a indústria realiza o planejamento da produção, ou seja, os recursos necessários para cumprir a demanda de produção; averiguar os fluxos de materiais e informações existentes na indústria; e observar como é realizada as estratégias de distribuição, desde a empresa até o cliente final. 2 Cadeia de Suprimentos Segundo Fleury (1999), a cadeia de suprimentos representa o esforço de integração dos diversos participantes do canal de distribuição por meio da administração compartilhada de processos-chave de negócios que interligam as diversas unidades organizacionais e membros do canal, desde o consumidor final até o fornecedor inicial de matéria-prima. A cadeia de suprimentos abrange todos os estágios, seja direta ou indiretamente para o atendimento do pedido de um cliente, sendo que a mesma inclui desde fabricantes, fornecedores, transportadoras, depósitos, varejistas até os clientes finais. Abordando a visão cíclica dos processos da cadeia de suprimentos, é possível analisar os três estágios da cadeia, sendo muito útil ao considerar as decisões operacionais, porque especifica claramente os papéis e as responsabilidades de cada integrante do ciclo (CHOPRA & MEINDL, 2003). Os ciclos de processos da cadeia de suprimentos, descritos a seguir, podem ser observados na Figura 1: a) Ciclo de distribuição: ocorre entre o cliente e o varejista, inclui todos os processos envolvidos no recebimento e atendimento ao pedido do cliente, incluindo a chegada do cliente a fábrica, emissão do pedido do cliente, atendimento ao pedido do cliente e recebimento do pedido pelo cliente. Posteriormente, tem-se o reabastecimento que acontece entre o varejista e 2

o representante comercial e envolve todos os processos ligados ao reabastecimento dos estoques do varejista. b) O ciclo de fabricação envolve relações entre o representante comercial e o fabricante e inclui os processos de reposição dos estoques. c) O ciclo de suprimentos relaciona o fabricante e o fornecedor e inclui os processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorra sem atrasos. Consumid or Varejo Ciclo de Distribuição Distribuição Indústria Legenda: Fluxo de Informações Fluxo de Materiais Fornecedor Ciclo de Suprimentos Figura 1 Ciclo de processo da cadeia de suprimentos Fonte: adaptado de C. Junior et al (2003) In: Atualidades na cadeia de abastecimento, São Paulo, ano 2003, p.24. De acordo com Figueiredo e Zambom (1998), todos os elementos ou os níveis de uma cadeia executam funções de extrema importância, cujos respectivos desempenhos determinam, de forma interdependente, o desempenho do sistema como um todo. O desempenho da cadeia de suprimentos é influenciado diretamente por decisões de localização e capacidade (flexibilidade) das instalações, sendo que a localização das instalações exerce um papel 3

fundamental no projeto da cadeia, pois a mesma é influenciada por fatores como macroeconômicos e estratégicos, bem como qualidade, custo de funcionários, entre outros. Conforme Chopra & Meindl (2003), existem três fases de decisão na cadeia de suprimentos, ou seja, a primeira fase é a do projeto da cadeia, a qual tem como objetivo estruturar a cadeia, definindo os processos que cada estágio desempenhará, sendo conhecida também como decisões estratégicas e de longo prazo. Já a segunda fase é a do planejamento da cadeia de suprimentos, onde as empresas definem um conjunto de políticas operacionais que lideram as operações de curto prazo, bem como restrições dentro das quais cada planejamento deve ser realizado. Quanto a terceira fase - operação da cadeia, a qual as decisões são tomadas a curto prazo e tem a finalidade de implementar as políticas operacionais da melhor forma possível. Assim, a cadeia de suprimentos tem como objetivo a eficiência de todos os elos da mesma, através da sincronização de todas as atividades de produção, o que possibilita dessa forma a redução de custos, minimização dos ciclos e maximização do valor percebido pelo cliente final, por meio do rompimento das barreiras entre departamentos e áreas. Para o perfeito desenvolvimento do gerenciamento da cadeia de suprimentos, faz-se necessário que os ciclos de processos da cadeia atuem de forma sinérgica, ou seja, cada ciclo exerce uma função específica, onde a falha de um processo compromete o restante do sistema, e consequentemente o principal atingindo é o consumidor final. 2.1 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Partindo do exposto anteriormente, faz-se necessário contextualizar a função da logística dentro do gerenciamento da cadeia de suprimentos, isto é, a logística é responsável pelo fornecimento de dois fluxos fundamentais dentro da empresa, o fluxo de materiais e o fluxo de informações. De acordo com Harrison & Hoek (2003), a tarefa logística de gerenciar esses fluxos é parte fundamental da gestão da cadeia de suprimentos ao passo que, tal gestão está diretamente relacionada à administração de todo o processo de suprimento de matériasprimas, bem como fabricação, embalagem e distribuição do produto acabado ao consumidor final. A logística tem a responsabilidade de sustentar a competitividade da cadeia de suprimentos de uma forma geral, pois atende à demanda do cliente final através dos suprimentos, por um baixo custo, do que é necessário no momento em que é necessário. O gerenciamento da cadeia de suprimentos para Pires (2004), envolve os processos desde o fornecimento de matéria-prima até o ponto de consumo do produto acabado. Através das relações com os fornecedores, a empresa obtém os insumos necessários a produção de bens e serviços, ao menor custo possível. 2.1.1 Ciclo de Suprimentos O ciclo de suprimentos segundo Chopra & Meindl (2003), relaciona o fabricante e o fornecedor, incluindo os processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorra sem atrasos. Consequentemente, esse ciclo refere-se à disponibilidade de sortimento desejado de materiais no momento exato para ser utilizado pelo sistema logístico. É nessa etapa do ciclo da cadeia de suprimentos que se avalia e seleciona as fontes de fornecimento, define-se as quantidades a serem adquiridas, assim como a programação das compras e a forma pela qual o produto é comprado, conforme POZO (2002). 4

Suprimentos pode ser definido como a aquisição, bem como arranjo da movimentação de recebimento de materiais, produtos acabados e peças desde os fornecedores de matéria-prima até a produção, armazéns ou lojas de varejo. De acordo com Bowersox, Closs & Cooper (2006), essa atividade exige desempenho quanto a planejamento de recursos, fontes fornecedoras, negociação, colocação de pedidos, transporte interno, recebimento e inspeção, armazenamento, manuseio e garantia de qualidade. 2.1.2 Ciclo de Apoio à Manufatura De acordo com Bowersox & Closs (2001), o ciclo de atividades de apoio à manufatura está diretamente relacionado à logística interna, isto é, ao planejamento e controle da produção. Dessa forma, o apoio logístico à produção objetiva principalmente estabelecer e manter um fluxo econômico e ordenado de materiais, bem como de estoques em processo com a finalidade de cumprir as programações do setor de produção. A logística de apoio à produção tem como responsabilidade operacional as seguintes: movimentação e armazenagem dos produtos, materiais, componentes e peças semi-acabadas. O Planejamento e Controle da Produção ( PCP), segundo Russomano (1995) pode ser definido como uma função de apoio e coordenação das atividades de produção, e consequentemente possibilita que a empresa satisfaça de forma eficiente a demanda de seus produtos. O PCP exerce papel fundamental nas organizações, pois é através do mesmo que é possível controlar a produção com a finalidade de alcançar as vendas. Integra todos os setores da empresa, desde a organização dos suprimentos, movimentação dos recursos, utilização das máquinas, entre outros, de modo que a empresa alcance seus objetivos de produção. 2.1.3 Ciclo de distribuição O processo de distribuição é uma atividade que engloba serviços, bem como custo e qualidade, além da satisfação dos clientes, podendo ser definido como o conjunto de atividades entre o produto pronto para o despacho e sua chegada ao consumidor final. Segundo Martins & Alt (2005), a distribuição começa na fábrica do fornecedor de matériasprimas e termina quando o produto é adquirido pelo cliente final. A distribuição dimensiona o fornecimento de serviço ao cliente, incluindo recebimento e processamento de pedidos, posicionamento de estoques, armazenagem, manuseio e transporte dentro de um canal de distribuição O ciclo de distribuição segundo Chopra & Meindl (2003), inicia-se com o processamento de pedidos, que tem como finalidade realizar o contato inicial com o cliente na procura dos produtos, bem como a quantidade disponível do mesmo, até o prazo estimado de entrega. A segunda etapa do ciclo refere-se à armazenagem do produto nas docas, sendo esses identificados por códigos e quantidade. Concluída essa etapa, decompõem-se os pedidos em grupos de itens, dos quais exigem diferentes tipos de processamento e separação, e os mesmos são agrupados de acordo com a localização dos pontos de estocagem. Já na terceira e última etapa, os pedidos dos clientes de uma mesma localidade são agrupados simultaneamente, assim como as estimativas de cubagem e peso dos pedidos, dos quais são realizados levantamentos para verificar o tipo de transporte a ser escolhido, como caminhão, contêiner ou vagão ferroviário. Após esse trabalho, realiza-se a codificação das mercadorias das diferentes áreas do armazém, o que auxilia na reunião dos produtos comuns a um pedido e no seqüenciamento rumo ao veículo de entrega para uma roteirização mais eficiente. Com 5

propósito de finalizar o ciclo de distribuição tem-se o transporte, que é o setor que posiciona geograficamente o estoque. Os sistemas logísticos devem ser projetados para utilizar o transporte de maneira que minimize o custo total do sistema. Bertaglia (2003), enfatiza que a sincronização significa perfeita coordenação entre os diferentes processos e operações da organização, portanto é preciso haver mudanças significativas nos processos empresariais, nas estruturas organizacionais, assim como na aplicação da tecnologia. Partindo do pressuposto que os extremos da cadeia de suprimento devem apresentar-se em perfeita sincronia, é preciso então, a integração do processo logístico como um todo, conforme mostra a Figura 2. Interna Finanças/Contabilidade, Marketing, Logística, Produção e Compras Externa Clientes, Vendedores, Transportadores, Sócios na cadeia de suprimento Gerenciamento de Pedidos Gerenciamento de Armazéns Gerenciamento de Transportes Disponibilidade de estoque Gerenciamento dos níveis de estoque Consolidação dos embarques Verificação de Expedição dos pedidos Roteamento dos crédito veículos Faturamento Roteamento da expedição Seleção do transporte Alocação do produto aos Clientes Local do Preenchimento Atribuições e carga de trabalho do encarregado da expedição. Reclamações Pagamento de contas Auditoria das contas dos fretes Figura 2 Visão geral do sistema de informação logística Fonte: adaptado de Ballou (2006) In: Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ logística empresarial, Porto Alegre, ano 2006, p.134. 6

Assim, o gerenciamento da cadeia de suprimentos exige a existência de uma logística integrada denominada de Sistema de Informação Logística, que compreende os setores interno e externo à empresa. 3 Metodologia O estudo sobre o gerenciamento da cadeia de suprimentos foi realizado em uma indústria moageira de grãos de trigo, localizada na cidade de Santa Maria-RS, com a finalidade de obter informações necessárias de acordo com os objetivos propostos, caracterizando uma pesquisa de campo. O nome da empresa não será mencionado. Para a realização desse trabalho desenvolveu-se um estudo exploratório, envolvendo pesquisa bibliográfica, documental e qualitativa com o propósito de aprofundar os conhecimentos sobre o tema proposto (FACHIN, 2003; LAKATOS & MARCONI, 2003). Como material de apoio para fundamentar as informações obtidas utilizou-se livros e revistas, caracterizando a pesquisa bibliográfica e documental. Realizou-se a coleta de dados por meio de visitas a empresa, e entrevistas semi-estruturadas e conversas informais o que possibilitou, a partir das informações obtidas, a realização da análise e interpretação dos dados. 4 A Cadeia de Suprimentos da Indústria Moageira A indústria pesquisada atua no mercado há 58 anos, comprovando dessa forma que possui uma imagem forte e sólida no seu setor. Com a finalidade de atingir os objetivos pré estabelecidos destaca-se a importância de fazer a descrição da cadeia de suprimentos, apresentada na Figura 3. A compra do trigo, nacional ou importado, é realizada por um dos proprietários diretamente de produtores rurais, corretoras ou leilões. É realizado o acompanhamento do preço de commodities, pelos de pregões eletrônicos para então, efetuar a aquisição da matéria-prima. Já a aquisição dos aditivos, tais como, ácido ascórbico, peróxido de benzoina, ferro e enzimas, que são substâncias utilizadas na composição do produto proporcionando maior maciez, crescimento e força na panificação, é realizada pelo técnico do departamento de qualidade, que é responsável por controlar o estoque de aditivos. Quanto às embalagens, as mesmas são compradas pelo auxiliar do Gerente Industrial, pois esse é responsável pelo controle diário das planilhas eletrônicas de toda a produção, possuindo o controle de entrada e saída de embalagens. Já os representantes comerciais têm a função de vender o produto em indústrias, padarias e supermercados, considerados como os principais clientes do Moinho. A maior parte dos mesmos localiza-se nas áreas das Missões, Noroeste, Central e Fronteira Oeste do Estado, possuindo clientes em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo constituídos por indústrias de massas e biscoitos. A cadeia de suprimentos do Moinho apresenta-se de maneira estruturada e de acordo com as atividades desenvolvidas pelo mesmo, uma vez que demonstra um perfeito fluxo, tanto de informações quanto de materiais. Com a finalidade de controlar a gestão de compras, bem como a gestão de estoques de materiais, a empresa trabalha com planilhas eletrônicas, que atuam como indicadores do processo produtivo. As planilhas referentes ao estoque de trigo, tanto do nacional quanto do importado, são controladas diariamente, e a cada mês faz-se o fechamento dessas planilhas, e posteriormente através dos resultados obtidos realiza-se então, a compra do trigo. Verificou-se que o ciclo de suprimentos ocorre de maneira simples, ao passo que o Moinho produz de acordo com a demanda, conseqüentemente efetua as compras 7

dos insumos necessários a fabricação do produto conforme os estoques mínimos possuindo uma quantidade distinta de cada insumo. Produtores de Trigo Corretoras Moinho Representante Comercial Cliente Leilões Legenda: Fluxo de Informações Fluxo de Materiais Fornecedore s de Aditivos Fornecedores de Embalagens Figura 3 Cadeia de suprimentos do Moinho No ciclo de manufatura, observou-se que o sistema de produção utilizado pelo mesmo é o contínuo, pois apresenta uma seqüência linear para a produção de farinha, sendo esse um produto padronizado. Um fator importante observado no sistema produtivo refere-se ao período de fluxo uma vez que, o tempo de descanso do trigo nacional e do importado, isto é, o período necessário para absorver a água são distintos. Foi possível verificar que a capacidade produtiva do Moinho subdivide-se em moer o trigo e produzir a farinha, sendo moído diariamente 144 toneladas de grãos de trigo, ao passo que somente 76 % desse valor é transformado em farinha, chamado capacidade de extração. Quanto à capacidade de recepção de grãos de trigo, a empresa é capaz de receber 1200 toneladas por dia, e a capacidade de envase varia de acordo com o peso do produto, ao passo que são envasadas 720 pacotes por hora da farinha doméstica de 5 Kg e 4200 pacotes por hora da doméstica de 1 Kg, já a farinha destinada à panificação é envasada por hora, 180 sacos de farinha com pré-mistura de 25 Kg, 250 sacos por hora. A previsão de demanda é realizada pelos volumes totais de produção de cada produto do mês anterior, bem como avalia-se fatores como variações no preço, abertura do mercado para trigo importado, entre outros fatores. Sendo essas informações precisas, pois de acordo com o Gerente Industrial todo o planejamento da produção almejado é cumprido, não havendo dessa forma reprogramação, seja para mais ou para menos. Segundo o Gerente Industrial existe pouca variação na demanda, com exceção do mês de Fevereiro em que há um período de sazonalidade devido às férias, o que acarreta uma diminuição da mesma. O planejamento da produção é elaborado com base na previsão de demanda da seguinte forma: A partir das planilhas eletrônicas que indicam o objetivo a ser cumprido no mês, estoque final, previsão de produção, produção real, produção faltante, tempo disponível para produção até o fechamento 8

do mês, bem como a porcentagem atingida na produção, então verificam-se esses dados para efetuar o planejamento da produção. O estoque mínimo de matéria-prima gira em torno de 1000 toneladas, e o estoque de segurança 2000 toneladas. De produto acabado, a empresa possui em média 900 toneladas em estoque. Da mesma forma, acontece com as embalagens, sendo que cada marca possui um número mínimo em estoque. A maior quantidade de estoque de embalagens é da farinha especial de uso doméstico, sendo de 80.000 unidades para 1Kg e 5 Kg, pois a demanda desse produto é consideravelmente maior que as demais. Já os aditivos são adquiridos a cada trinta dias, ao passo que varia a quantidade de aquisição cada um, pois o consumo dos mesmos é de acordo com o tipo de farinha produzida. Na Figura 4 é demonstrado o fluxo das informações e materiais entre as áreas de vendas, suprimentos e produção da empresa. O fluxo de informações acontece da seguinte forma: os clientes efetuam os pedidos dos produtos através dos representantes comerciais de cada área, posteriormente esses pedidos são cadastrados no sistema e repassados a produção. E a partir do PCP são obtidas informações relevantes como: suprimentos necessários a fabricação dos pedidos, bem como na falta desses contactar com os fornecedores de insumos para aquisição e controlar os estoques. Feito isso, inicia-se o processo de fabricação. 9

Cliente Final Repres. Comercial Moinho Cadastro dos Pedidos PCP Suprimentos Fornecedores Produção Estoque Produto Acabado Legenda: Fluxo de Informações Fluxo de Materiais Figura 4 - Gerenciamento do fluxo de informações e materiais do Moinho Já o fluxo de materiais tem início quando os fornecedores efetuam as entregas da matériaprima e dos insumos, permanecendo armazenados no estoque aguardando a solicitação da produção. Quando solicitados transformam-se em produtos acabados e são entregues aos clientes ou permanecem no estoque por um período máximo de quinze dias. Quanto ao processo de armazenagem do produto final, o mesmo é armazenado em silos até 48 horas, então é repassada ao setor de empacotamento. Após é empacotado em pacotes de papel de 1Kg e 5 Kg, e em sacos de 25 Kg e 50 Kg. Após essa etapa permanece no estoque de produtos acabados por no máximo 15 dias, e posteriormente o produto é encaminhado para o setor de expedição, sendo carregado nos caminhões os pedidos de cada região uma vez que, cada região possui uma rota. Essas regiões possuem dias específicos na semana para realizar a entrega. Nessa indústria moageira o gerenciamento do fluxo de informações e de materiais acontece de forma integrada, onde os processos envolvidos desde o fornecimento de matéria-prima até a fabricação do produto acabado encontram-se inter-relacionados, possibilitando que a empresa reduza os custos e atenda as necessidades de seus clientes. 10

Com relação às atividades de distribuição, a empresa mantém um relacionamento muito próximo com os clientes, buscando sempre atendê-los de forma séria e responsável. Para tanto, a indústria possui um sistema que possibilita informar ao cliente por telefone, a qualquer momento sobre a posição de seus pedidos. A partir da identificação do cliente podese pesquisar a posição da fatura, o prazo de entrega do pedido e inclusive identificar o caminhão que está realizando a entrega. Os pedidos dos clientes de fora de Santa Maria são atendidos no máximo em 7 dias, já os pedidos dos cientes de Santa Maria são atendidos em até 24 horas, possuindo 2 caminhões específicos para atender os mesmos. A empresa possui um ciclo de distribuição enxuto, pois atende várias áreas do Estado do Rio Grande do Sul, com agilidade e eficiência, proporcionando aos seus clientes segurança e rapidez na entrega do produto. Portanto, efetua um serviço de qualidade desde o processamento dos pedidos dos clientes até a entrega do produto aos mesmos. 5 Conclusão Com o propósito de verificar a integração do processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos de uma indústria moageira de grãos de trigo, pode-se observar que, quanto à questão de aquisição de suprimentos, devido a ausência de um setor específico para a realização de compras, as mesmas acontecem de forma fragmentada entre três pessoas, o proprietário, o técnico do setor de qualidade e o auxiliar do gerente industrial. Consequentemente, as informações não são compartilhadas, acarretando falhas no processo, pois algumas vezes o proprietário realiza aquisições da matéria-prima sem ter a informação sobre a disponibilidade de espaço de armazenagem. Com relação à administração de estoques de matéria-prima, o controle é feito através de planilhas, respeitando o estoque mínimo e de segurança de grãos de trigo e de cada insumo, sendo que essas apresentam informações de todo o processo produtivo. Os insumos necessários à fabricação do produto acabado, aditivos e embalagens, são controlados visualmente pelo técnico do controle de qualidade e pelo auxiliar do gerente industrial. Observou-se que as atividades de produção acontecem de forma planejada com o auxílio de planilhas. A indústria moageira de grãos de trigo possui os fluxos de materiais e de informações inter-relacionados e bem distintos, facilitando o processo produtivo como um todo. Dessa forma, a empresa apresenta um ciclo de distribuição integrado com os demais setores, proporcionando dessa forma maior eficiência na entrega dos produtos. Também foi possível verificar que a empresa necessita de investimento em tecnologia em todos os setores que precisam trabalhar de maneira conjunta, principalmente o setor de venda e produção, compartilhando informações mutuamente, o que muitas vezes não acontece. Partindo desse pressuposto, sugere-se um sistema de gestão integrado que possibilite maior ligação entre todos os departamentos, para compartilhar informações tanto internas, quanto externas à empresa, como é o caso de clientes e fornecedores, com a finalidade de integrar os processos logísticos. Outro fator importante observado é a necessidade de monitorar os pedidos dos clientes, visto que é fundamental para a empresa saber exatamente se os mesmos estão sendo entregues na data estabelecida. Sugere-se para a empresa o desenvolvimento de indicadores para medir internamente e externamente as atividades que envolvem o processo logístico, uma vez que o serviço logístico representa um equilíbrio entre prioridade de serviços e custos. Para tal, precisa medir esse serviço em termos de disponibilidade de material para suprir a produção, bem como o desempenho, que por sua vez envolve questões como velocidade, consistência de entrega e 11

recuperação de falhas; e não menos importante a confiabilidade de serviços, sendo responsável pela qualidade da logística como um todo. Conclui-se que a empresa apresenta um certo sincronismo em sua cadeia de suprimentos, pois a matéria-prima e os insumos são adquiridos pela empresa no momento adequado a sua necessidade, e isso só é possível através dos fornecedores que trabalham com a empresa há muitos anos. Esse estudo procurou ressaltar a importância do gerenciamento da cadeia de suprimentos, sendo a integração dos processos logísticos um fator crítico, uma vez que possibilita à empresa satisfazer as necessidades dos clientes, bem como proporcionar a lucratividade. E para isso cada componente da mesma precisa estar integrado e com os objetivos alinhados, a fim de obter o sucesso desejado. Referências Bibliográficas BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BERTAGLIA, P. R. Logística de gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de gerenciamento integrado na cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão logística de cadeias de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003. FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. FIGUEIREDO, R. S; ZAMBOM, A. C. A empresa vista como um elo da cadeia de produção e distribuição. Revista de Administração da USP. São Paulo, v. 33, n. 3, p. 29-39, jul.-set. 1998. FLEURY, P. F. Supply chain: conceitos, oportunidades e desafios da implementação. Revista Tecnologística. São Paulo. n. 39, p. 24-32, fev., 1999. HARRISON, A; HOEK, R. V. Estratégia e gerenciamento de logística. São Paulo: Futura, 2003. JUNIOR, E. C; REZENDE, A. C. et al. Atualidades na cadeia de abastecimento. 1. ed. São Paulo: Imam, 2003. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTINS, P.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2005. PIRES, S.R.I. Gestão estratégica da produção. São Paulo: Unimep, 2004. POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. RUSSOMANO, V.H. Planejamento e controle da produção. São Paulo: Pioneira, 1995. 12

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