Aplicação de protocolos de crânio e face. Profº Claudio Souza



Documentos relacionados
Aplicação de protocolos de crânio e face. Profº Claudio Souza

Protocolos de hipófise e órbitas

Protocolos coluna. Profº. Claudio Souza

Exames Radiográficos de Crânio e Face: Abordagem, Incidências e Posicionamentos do Usuário

OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO)

FÍSICA DAS RADIAÇÕES. Prof. Emerson Siraqui

Não risque as peças, utilize os estiletes marcadores para apontar as estruturas. ESQUELETO AXIAL

TC Protocolo de Crânio. José Pedro Gonçalves TN Esp. em Radiologia

Protocolo abdome. Profº Cláudio Souza

ANATOMIA DA CABEÇA ÓSSEA

área acadêmica Anatomia Anatomia radiológica do crânio e face

área acadêmica Anatomia Anatomia radiológica do crânio e face

Técnicas radiográficas. Técnicas Radiográficas Intraorais em Odontologia. Técnicas Radiográficas Intraorais. Técnicas Radiográficas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL. Caio Abner Leite

Princípios Tomografia Computadorizada

ANATOMIA HUMANA I. Acidentes Ósseos. Prof. Me. Fabio Milioni. Características Anatômicas de Superfície dos Ossos

TC Protocolo de Mastoide. José Pedro Gonçalves TN Esp. em Radiologia

TÉCNICA EM RADIOLOGIA

Tomografia Computorizada Dental

Protocolo de Tomografia para Membros Superiores

TN, Emerson Siraqui TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO TÓRAX

ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Apostila de Exercícios de Fixação Sistema Esquelético ESQUELETO AXIAL ESQUELETO APENDICULAR

Fraturas do Terço Médio da Face

RECONSTRUÇÃO NA TC MPR MPR 2D coronal, sagital e transaxiais.

PROTOCOLOS INICIAIS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TÓRAX PADI NORMA 1

PLANO DE TRABALHO: DISCIPLINA TECNOLOGIA EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA II

ANATOMIA RADIOLÓGICA DA REGIÃO CERVICAL

Prof. AGUINALDO SILVA

Introdução. Princípios básicos da TAC. .Tomografia deriva da palavra grega Tomos, .Computorizada o processamento. .Designação de TAC/TC.

Controle da Qualidade em Tomografia Computadorizada. Fernando Mecca

TÍTULO: ANÁLISE DA PNEUMATIZAÇÃO DO SEIO ESFENOIDAL EM RELAÇÃO À GLÂNDULA HIPÓFISE

Dr. Jefferson Mazzei Radiologista Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho

Tomografia Computadorizada

InVesalius 3.0a Pré-Manual pelo Usuário

Tomografia dos Seios Paranasais

Aluna: Lucy Shiratori. Dissertação apresentada à Faculdade de. obtenção do título de Mestre, pelo Programa de Pós-

ESTUDO RADIOLÓGICO DA COLUNA LOMBAR

3. FORMAÇÃO DA IMAGEM

Radiografias Extra-Orais

Copyright Imaginologia.com.br - Todos os direitos reservados. Radiologia e Diagnóstico por Imagem para médicos clínicos e cirurgiões.

Última revisão: 08/08/2011 TRACIONADOR DE FÊMUR

29/08/2011. Radiologia Digital. Princípios Físicos da Imagem Digital. Unidade de Aprendizagem Radiológica. Professor Paulo Christakis

Figura A - Linha horizontal de referência no plano oclusal, e perpendicular vertical passando no centro da fossa pterigomaxilar

POSICIONAMENTO RADIOLOGIA CONVENCIONAL II. Prof. Marcio Ap. dos S. Major

Importância do exame radiográfico

4 Experimentos Computacionais

PUPILOMETRO GR-4. w w w. m e l l o i n d u s t r i a l. c o m. b r

Google Drive para escrever propostas de atividades

Tecnologia em encadernações.

Sagômetro Digital. Manual de Instalação e Operação

Manual de Conversão para PDF Envio de Arquivos ao Diário Oficial

Ossos do. crânio e da face. Miguel A. Xavier de Lima

OTIMIZAÇÃO DA DOSE GLANDULAR MÉDIA NA MAMA E DA QUALIDADE DA IMAGEM NOS SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL

Aula 4: TÉCNICA RADIOGRÁFICA INTRA-ORAL

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO HOSPITAL REGIONAL DO LITORAL DE PARANAGUA PROVA PARA TECNOLOGO EM RADIOLOGIA

Website: professorsiraqui.com.br

TNR.ADRIANO LIMA E SILVA

18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio

Mandrilamento. determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril.

Como incluir artigos:

Departamento de Electrónica Industrial. Manual prático TC

O melhor da tecnologia em prol da saúde da mulher. Graph Mammo DR Equipamento para mamografia digital. Catálogo Comercial

Protocolos para tórax. Profº Claudio Souza

UMC Cotas em desenho técnico (Módulo 2) Componentes gráficos de uma cota: Linha de cota Linha de chamada Setas de cota

APOSTILA BÁSICA DE ANATOMIA. TERMINOLOGIA ANATÔMICA ATUALIZADA Revisada em: MARÇO/2011 CRÂNIO NOME: CURSO:

!"#$%&'#()(%*+%(%&),*(-*./0* Lista de Exercícios Figura 1: Ex. 1

Realizado por: Nuno Barros nº27283 Filipe Gonçalves nº27285 Ângelo Sousa nº28158 André Martins nº28531

Notas de aula: Incidências radiológicas do esqueleto axial e órgãos

Atendimento ao Poli Traumatizado no Serviço de Imagem (T.C.)

MANUAL DE PROTOCOLOS TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS TRANSMISSAO E TELEMETRIA

LINK CATÁLOGO DE EXAMES

Introdução. elementos de apoio

Manual do Publicador. Wordpress FATEA Sistema de Gerenciamento de Conteúdo Web

Imagem do Tórax Pediátrico

O USO DO PROTETOR DE OLHOS PARA REDUÇÃO DA DOSE VARREDURAS DE TC DE CRÂNIO

Sistema Estereotáxico. FirstFrame FF - 01B

2. CARACTERÍSTICAS 1. INTRODUÇÃO

NATUREZA DO TRABALHO : PERÍCIA DE ENGENHARIA O USO DE ORTOIMAGENS EM PERÍCIAS DE ENGENHARIA

Menus Personalizados

Data Cempro Informática Ltda. Integração WinLivros X ContabMilenium

As vantagens da imagiologia volumétrica de feixe cónico em exames ortopédicos das extremidades

Identificando as partes do equipamento

INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES EM MAMOGRAGIA PROFESSORA KAROLINE RIZZON

RELÓGIOS COMPARADORES

Úmero Proximal. Sistema de Placa Úmero Proximal

BREVE TUTORIAL DO PAINT PARTE I Prof. Reginaldo Brito - Informática

APOSTILA 3D (notas de aula)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO CONE BEAM HIGH DEFINITION PARA AVALIAÇÃO PERIODONTAL

Programação de Robótica: Modo Circuitos Programados - Avançado -

Introdução à Neuroimagem

Olimpíada Brasileira de Física a Fase. Prova Experimental para alunos de 1 o ano. Experimento Vetores

Corte e dobra. Nesta aula, você vai ter uma visão geral. Nossa aula. Princípios do corte e da dobra

VARIAÇÃO DE DOSE NO PACIENTE EM VARREDURAS DE TC DE CRÂNIO USANDO UM FANTOMA FEMININO

Analisador de Arquivo-texto Editor de Arquivo-texto

Adquirindo prática para manipular o Mouse e o Teclado

Como Efetuar o Corte de Contorno pelo Corel Draw Corte de Contorno de Imagens vetorizadas pelo Corel Draw

A n a t o m i a. Cabeça

COLUNA VERTEBRAL RAUL KRAEMER

Transcrição:

Aplicação de protocolos de crânio e face Profº Claudio Souza

Introdução Quando falamos em crânio e face não se tratam apenas de duas peças ou regiões anatômicas temos glândulas, cavidades e uma imensa variedade de acidentes anatômicos, para a realização e programação de uma tomografia computadorizada é imprescindível que o operador tenha o conhecimento anatômico da região a ser estudada como um todo para que a programação seja realizada sem erros, evitando assim exposições desnecessárias do cliente.

Aquisição Aquisição de imagem É o modo como as imagens tomográficas podem ser adquiridas, com a evolução dos tomógrafos essas passaram a ser 90% no plano axial devido a possibilidade de fazermos reformatações nos diversos planos, temos dois principais tipos de aquisição: Convencional - também conhecido como corte a corte onde a mesa se move a cada giro de 360º do tubo para a aquisição de uma imagem. Helicoidal Também conhecida como volumétrica, o tubo gira continuamente enquanto a mesa se desloca para dentro de gantry, com essa aquisição temos um grande volume de imagens o que nos possibilita o trabalho das imagens pós aquisição.

Convencional

Helicoidal

Estudando crânio e face Em tomografia computadorizada do crânio e face teremos os seguintes estudos. Crânio TCE, AVE ou AVC (Acidente vascular encefálico ou cerebral), estudo dos ossos temporais e hipófise. Face Protocolos para estudo dos seios da face, trauma e órbitas.

Crânio e face Crânio Face

Revisão anatômica Waters Seio frontal Nasal Seio maxilar ou Paranasal D Zigomático E Septo nasal

Revisão anatômica Sutura coronal Clinóide posterior Sela Túrcica ou turca É um acidente anatômico localizado no osso esfenóide, onde esta alojada se não a principal, uma das principais glândula do sistema endócrino, a hipófise. Clinóide anterior Dorso da sela Clivo Seio esfenoidal Sela turca

Introdução a protocolos de crânio Os protocolos para crânio são divididos e aplicados de acordo com a patologia a ser estudada, onde irá haver ou não a administração do meio de contraste, e algoritmos de reconstrução adequados.

Acessórios para crânio e face

Acessórios para crânio e face Suporte da Cabeça Padrão Usado durante o estudo normal da cabeça, com o paciente em supino. Use a cinta da cabeça, a correia do queixo. Almofada do Apoio da Cabeça Coloque esta almofada sobre o apoio da cabeça padrão. Use-a para amortecer a cabeça e para fixá-la em posição durante o estudo. Cinta da Cabeça Coloque a área larga da cinta da cabeça entre o apoio da cabeça e a almofada, com a correia presa nos dois lados do apoio da cabeça antes de deitar o paciente sobre a mesa. Cinta do Queixo Centralize o buraco da cinta sobre o queixo do paciente e fixe os "grampos" do vélcro aos "ganchos" localizados sobre a parte traseira do apoio da cabeça. Use a cinta do queixo para posicionar e estabilizar a cabeça durante o estudo.

Iniciando o exame 1. No monitor do exame, clique em [New Patient] (Novo paciente). 2. Digitar dados do paciente. 3. Selecionar o protocolo

Iniciando o exame Pontos de referência principais para exame de TC GB: Glabela OM: Orbital Meatal line (Linha do Meatal Orbital) EM: External Auditory Meatus (Meato Auditivo Externo) SN: Sternal Notch (Incisura Esternal) XY: Xyphoid (Xifóide) CM: Costal Margin (Margem costal) IC: Iliac Crest (Crista Ilíaca) UB: Umbilicus (Umbigo) SP: Symphysis Pubis (Sínfise Pubiana)

Programação de crânio sequêncial (corte a corte) Posicionamento Suporte para crânio Orientação do paciente em head first (cabeça primeiro em relação ao gantry), em supino. Posicionar as linhas de referencias alinhada a LIOM (Linha inferior orbito meatal) e a nível do CAE (conduto auditivo externo). E zerar no ponto de referencia anatômica pré configurado no protocolo do aparelho para crânio temos a OM (orbito meatal) como referencia. Dar início ao exame com a aquisição do meu scout ou escanograma.

Crânio sequencial 1º Passo Scout ou escanograma È a primeira imagem dentro do exame que se trata de um RX digital, que pode ser em perfil 90º ou em AP 0º, por ele se dará inicio a programação dos cortes tomográficos. 2º Programar as linhas de corte O crânio corte a corte ou sequêncial, temos dois blocos de programação, uma na base do crânio ou fossa posterior e um em região supratentorial.

Crânio sequencial 3º Ajustar a técnica Os cortes serão sempre realizados de inferior para superior, com angulação do gantry ajustada de base do crânio a glabela, com as seguinte técnica: Scout lateral 90º Inicio dos cortes: forame magno Fim dos cortes: vértice Espessura de corte: Base ou fossa posterior: 2 a 5mm Supra tentorial: 7 a 10mm F.O.V: de 22 a 25cm kv: 130 ma: 170 Numero de cortes: 24 Algoritmo de reconstrução: Standard Para parênquima e Bone para óssea.

Crânio sequencial 3º Ajustar a técnica Os cortes serão sempre realizados de inferior para superior, com angulação do gantry ajustada de base do crânio a glabela, com as seguinte técnica: Scout lateral 90º Inicio dos cortes: forame magno Fim dos cortes: vértice Espessura de corte: Base ou fossa posterior: 2 a 5mm Supra tentorial: 7 a 10mm F.O.V: de 22 a 25cm kv: 130 ma: 170 Numero de cortes: 24 Algoritmo de reconstrução: Standard Para parênquima e Bone para óssea.

Observações Existem algumas variações de protocolo de acordo com o HD (Hipótese Diagnóstica), havendo a necessidade de administração de meio de contraste, e adição de mais de um algoritmo de reconstrução e planos de corte. Exemplos: Quando administrar meio de contraste? Sempre que observado formações de massas numa fase pré, para avaliação de aneurismas de circuito arterial (Polígono de Willis), hemangioma e algumas patologia como meningite, necessitam da administração do MC para que haja um estudo mais fidedigno. Cuidado: nunca administrar o MC se observado algum sangramento intracraniano. Algoritmo de reconstrução Para o protocolo de crânio rotina deve-se habilitar a reconstrução com o algoritmo de reconstrução Standard, mais sempre que houver o histórico de trauma devemos habilitar juntamente com o Standard um Bone para que possa ser feito a avaliação de toda a parte óssea. Plano de corte Sempre em axial

Observações Standard Bone

Crânio Helicoidal ou volumétrico Tomografia helicoidal Na tomografia helicoidal, o paciente é movido ao longo do eixo horizontal enquanto o tubo de raios-x gira em torno dele.

Crânio Helicoidal x Sequencial Vantagens helicoidal * Menor tempo de exposição do cliente. *Espessuras de cortes de < 1mm que possibilitam uma interpolação mais precisa das imagens. * Com aparelhos Multi-cortes em modo helicoidal podemos fazer analises tridimensionais e MPRs. Vantagens Sequencial *Maior resolução espacial. *Cortes precisos, não há a necessidade de reformatações. Desvantagens Helicoidal- qualidade de imagem inferior, necessita de manipulação pós aquisição devido a sua baixa resolução de imagem seu grande volume de imagens. Sequêncial- maior tempo de exposição do paciente e não é possível fazer analises tridimensionais nem MPRs, devido as espessuras cortes que impossibilitam uma boa interpolação das imagens.

Aquisição Volumétrica -helicoidal Scout lateral 90º Inicio dos cortes: forame magno Fim dos cortes: vértice Espessura de corte: De 1 a 2mm com o mesmo incremento em bloco único. F.O.V: de 22 a 25mm kv: 130 ma: 170 Numero de cortes: 130 Algoritmo de reconstrução: Standard Para parênquima e Bone para óssea. Técnica Os cortes serão sempre realizados de inferior para superior, sem angulação do gantry, com as seguinte técnica:

Face volumétrico - helicoidal Indicações Os protocolos para face dentro de tomografia computadorizada tem como principais indicações os estudos dos seios da face, estudo de celulite facial e traumas. Posicionamento A orientação do cliente em relação gantry e as linhas de referencia são as mesmas do posicionamento de crânio.

Técnica Avaliação de seios da face Scout lateral 90º Inicio dos cortes: Palato duro Fim dos cortes: fim do seio frontal Espessura de corte: De 1 a 2mm com o mesmo incremento em bloco único sem angulação de gantry F.O.V: de 22 a 25cm kv: 140 ma: 260 Rotação de: 0,8 segundo Numero de cortes: 100 Reformatar: Coronal partes mole e óssea 20 imagens +- 4mm espessura e axial 40 imagens +-2mm. Algoritmo de reconstrução: Standard Para partes moles e Bone para óssea.

Técnica

Técnica

Imagens reformatadas Bone Mole

Imagens pós reformatação Bone Mole

Face trauma Aplicar os mesmos fatores técnicos e de posicionamento evidenciando a região a ser estudada, ajustar o F.O.V de acordo com a região traumatizada, evitando exposição desnecessária, se possível criar imagens tridimensionais para melhor avaliação de fraturas. OBS: para reconstruções 3D existem algoritmos certos para que obtenha uma imagem 3D de qualidade, nunca utilizar imagens com algoritmos Bone, Lung e Edge para 3D de visualização óssea.

Imagens

Imagens

Imagens

Imagens

Imagens

Imagens

Atividade Elabore 10 perguntas com resposta.