INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MERCADOS FINANCEIROS E A CIÊNCIA ECONÔMICA



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Transcrição:

MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MERCADOS FINANCEIROS E A CIÊNCIA ECONÔMICA 1. MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS O Mercado Financeiro e de Capitais está em constantes mudanças, pois depende da política econômica de um país - e a influencia -, afetando, assim, direta e indiretamente a vida das pessoas. Por esse motivo, o estudo dos conceitos básicos e do entendimento de como acontecem os fluxos de recursos, nesse mercado, é imprescindível para o estudante de graduação, independente da especialização escolhida. É importante que as pessoas, em especial, os profissionais, gestores, empresários e outros, saibam como o sistema financeiro pode maximizar os ganhos de seus investimentos. 1.1 Conceitos básicos do Mercado Financeiro O Mercado Financeiro, também chamado de Sistema Financeiro ou Bancário, forma o conjunto de instituições e operações que promovem o fluxo de recursos entre os agentes financeiros. É o mercado de demandantes e fornecedores de fundos em que os ganhos dos fornecedores são os juros pagos pelos demandantes. Os mercados financeiros básicos são: mercado monetário e de crédito, mercado cambial e mercado de capitais. Agentes financeiros: são as instituições, como bancos de investimentos,comerciais,corretoras de valores, entre outras, que realizam as transações financeiras. Demandantes: são os tomadores de recursos, isto é, aqueles que captam recursos no mercado financeiro. Fornecedores: são os investidores ou poupadores de recursos. 1.1.1 Mercado Monetário e de Crédito Envolve principalmente as transações com instrumentos de dívida ou títulos negociáveis de curto e médio prazos. As transações que promovem o fluxo de recursos de curto prazo acontecem porque algumas pessoas, empresas, governo ou instituições financeiras possuem disponibilidades de recursos para aplicação por curtos períodos de tempo, geralmente um ano. Ao mesmo tempo, existem também pessoas, empresas, governo ou instituições financeiras em situação contrária, ou seja, necessitam de recursos para cobrir alguma necessidade temporária. Dessa forma

acontece o fluxo de recursos, por meio das transações entre as instituições financeiras e seus clientes, que depositam recursos, fazem aplicações financeiras de curto prazo, enquanto outros captam empréstimos também de curto prazo: os conhecidos empréstimos de capital de giro, desconto de duplicatas, entre outros. 1.1.2 Mercado Cambial Inclui as operações de conversão de moeda de um país pela de outro, principalmente em função das transações comerciais entre eles. Ou seja, quando acontecem as importações, o fornecedor deve ser pago com a moeda do país de origem; para tanto, o importador fornece o valor da aquisição em Reais e a instituição financeira, por meio do Banco Central, troca esse valor pela moeda do país que forneceu a mercadoria, processando assim a conversão da moeda. Outro exemplo importante é a troca de moeda quando as pessoas viajam ou enviam recursos para o exterior. Instrumentos de dívida: correspondem aos contratos e transações de empréstimos. Títulos negociáveis: duplicatas, letras de câmbio, notas promissórias, entre outros. 1.1.3 Mercado de Capitais As transações de longo prazo, usualmente, são realizadas pelo Mercado de Capitais, que transaciona títulos de dívidas ou de ações,relativos a empreendimentos. Nesse mercado estão inclusos a emissão de títulos de empresas e órgãos governamentais, os títulos de participação acionária ou propriedade em empresas, e títulos de dívida de longo prazo. Exemplo comum é a emissão de ações por empresas para negociação em Bolsa de Valores, as chamadas empresas de capital aberto. Para estudar o mercado financeiro é necessário o entendimento de alguns aspectos básicos da ciência econômica e a relação existente entre os agregados e os agentes econômicos, em especial, os intermediários financeiros e o fluxo dos ativos financeiros tais como poupança, investimentos, entre outros. 1.2 Noções de Ciência Econômica A Ciência Econômica é a ciência social que estuda como a sociedade age para alcançar seus ideais, utilizando-se de recursos escassos. Está dividida em macroeconomia e microeconomia.

A microeconomia corresponde ao estudo do comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. A macroeconomia estuda o comportamento que determina ações para grandes agregados, consumo nacional, investimento agregado, exportação, nível geral dos preços, entre outras. Seu objetivo é delinear uma política econômica e preocupa-se com a resolução de questões como inflação e desemprego. A Ciência Econômica procura entender como as pessoas utilizam os recursos produtivos escassos: terra, capital e trabalho, para realizar as transações de troca, inclusive de moeda, para atingir seus objetivos. Para tanto, utiliza-se de três elementos básicos: a escassez de recursos, os custos e o conceito marginal. 1.2.1 Escassez Corresponde à falta dos fatores de produção tais como: mão-de-obra, capital, terra, matéria-prima, entre outros. A escassez é gerada em virtude de as necessidades humanas serem ilimitadas e a disponibilidade dos recursos, limitada. Um exemplo amplamente discutido atualmente é a falta de água potável no mundo, pois, com a poluição dos rios e fontes naturais, esse recurso, fundamental para sobrevivência da humanidade, está comprometido. Nesse sentido, a Ciência Econômica estuda os caminhos a serem seguidos para manutenção dos recursos escassos, mantendo-se elevada a satisfação da sociedade. 1.2.2 Custos Usualmente corresponde ao valor pago por algo que adquirimos, produtos, mercadorias, serviços e outros. Para as Ciências Econômica e Financeira, custos correspondem não apenas ao valor pago por um produto ou mercadoria, mas também aos custos de oportunidade, que correspondem, em última instância, ao sacrifício que se faz em deixar de adquirir ou produzir um produto para obter outro. Custo de oportunidade corresponde a tudo aquilo de que se abre mão para obter algo. Por exemplo, quando uma pessoa deixa de comprar café para adquirir pão. No mercado financeiro corresponde principalmente aos ganhos que se deixa de obter em um determinado investimento para poder investir em outra opção. 1.2.3 Conceito Marginal Consiste na produção ou nos ganhos adicionais conseguidos em virtude de uma unidade adicional de produção. Por exemplo, em uma empresa, um funcionário tem capacidade diária de produzir 10 unidades de um

determinado produto e assim o faz. Se, em algum período, ele conseguir produzir uma unidade sem gerar custos adicionais, dizemos que ele conseguiu uma unidade marginal de produção. Considerando os elementos básicos de estudo da Ciência Econômica e o objetivo de encontrar os caminhos corretos para o bem-estar social, três problemas econômicos fundamentais devem ser resolvidos, em uma economia desenvolvida ou não: a) o que e quanto produzir: consiste em definir o produto e a respectiva quantidade que será produzida em função da disposição das pessoas em adquiri-lo; b) como produzir: refere-se a identificar o processo de produção que proporcionará a melhor produtividade; e c) para quem produzir: diz respeito à distribuição, isto é, determinar onde o produto será distribuído, em função da renda dos consumidores. Das relações de trocas entre os agentes econômicos, por mercadorias ou recursos monetários, nascem as leis da Oferta e da Demanda. Oferta corresponde à quantidade de bens ou serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado, em função da quantidade do bem que as pessoas estão dispostas a adquirir, dos custos de produção e da capacidade de produção deste bem. Demanda é a quantidade de bens e serviços que as pessoas estão dispostas a adquirir, com base na sua renda, gosto, disponibilidade e importância do bem para sua satisfação. A combinação da oferta e da demanda determina os preços e o tamanho do mercado. Os modelos de formação de preços têm como base a análise do equilíbrio parcial ou geral, que dependem também da renda dos consumidores, do investimento que os investidores estão dispostos a realizar e da poupança economizada pelos agentes econômicos. A procura do equilíbrio dos preços em função da demanda e da oferta, aliada à procura da formação de riqueza, promove o fluxo, recurso das sociedades, em todos os níveis e setores, gerando a renda, os investimentos e a poupança. Surgem, assim, os mercados financeiro e de capitais, que envolvem a compra e venda de papéis. 1.3 Conceitos básicos de Renda, Investimento e Poupança 1.3.1 Renda

Corresponde essencialmente à receita em dinheiro auferida pelos agentes que participam do processo produtivo de uma economia e equivale à remuneração dos serviços prestados ou investimentos realizados, como: salários, juros, lucro, entre outros. A soma de todos os salários, juros, lucro, entre outros, pagos em um determinado país, corresponde à renda deste e equivale dizer que corresponde ao total de produtos gerados pelo país. Os tipos de renda de um país são: a renda interna ou produto interno e a renda nacional ou produto nacional. 1.3.1.1 A primeira corresponde ao total de renda gerada ou produto produzido em um país. É o total de salários, juros, aluguéis, lucros, entre outros, pagos pelos agentes econômicos, em um país, em um determinado período de tempo. 1.3.1.2 A segunda, isto é, a renda ou produto nacional além do total de salários, juros, aluguéis, lucros, entre outros, pagos em um país, inclui, também, os valores internalizados em função das transferências realizadas entre pessoas e/ou instituições de um país com as de outro. Em resumo, corresponde a toda renda pertencente ao país e não só a produzida nele. Renda interna = Produto interno = produto gerado no país, a valores de mercado. Renda nacional = Produto nacional = produto gerado no país mais as entradas por transferência. 1.3.2 Investimento A Ciência Econômica conceitua investimento como os recursos destinados para criação de riqueza em função das alternativas que promovem o aumento efetivo da capacidade produtiva de um país, tanto de bens como de serviços. Os investimentos podem ser efetuados em estoques de produtos ou mercadorias ou em bens de capital, que correspondem às máquinas, equipamentos e outros. Os investimentos em estoques de produtos e mercadorias visam às transações comerciais entre os agentes econômicos, com o objetivo de promover lucros aos investidores. Os investimentos em máquinas e equipamentos visam à produção de novos bens e serviços, possibilitando não só a geração de lucro, mas também a de riqueza. 1.3.3 Poupança Poupança = valor não gasto na aquisição de bens e serviços.

A poupança é a parcela da renda não consumida pelos agentes econômicos na aquisição de bens e serviços. Ela realimenta todo o processo produtivo por meio dos diversos instrumentos de intermediação do mercado financeiro, que captam a poupança disponível e a reconduzem ao sistema produtivo por meio das diversas formas de crédito. A avaliação da atividade de uma economia é feita por meio de variáveis macroeconômicas identificadas essencialmente no produto interno que, como já vimos, correspondem aos valores, a preço de mercado, dos bens e serviços finais produzidos e realizados no ambiente interno do país. O produto interno é definido como bruto e denominado Produto Interno Bruto (PIB), quando não for descontada a depreciação dos bens utilizados na produção. Quando se subtrai valor da depreciação, que corresponde ao desgaste dos bens utilizados na produção dos produtos, determina-se o Produto Interno Líquido (PIL). PIB = produto gerado no país a valor de mercado. PIL = produto gerado no país a valor de mercado (-) depreciação. Depreciação = valoração dos desgastes das máquinas e equipamentos utilizados na produção. 1.4 Desenvolvimento econômico e intermediação financeira O desenvolvimento econômico e um conceito amplo e engloba não só as variáveis de crescimento econômico, que envolve a expansão quantitativa da capacidade produtiva, mas também bem-estar social, isto é: elevadas condições de vida da população de um país. Uma economia desenvolvida apresenta, além da elevada produtividade, condições favoráveis de saúde, educação, lazer, renda, entre outras, para a população. Nesse contexto, a intermediação financeira tem papel importante, pois direciona recursos de unidades superavitárias, financiando unidades com carência de capital para investimento, promovendo transferência e circulação de moeda. Conforme já citado no início deste capítulo, as transferências acontecem quando as pessoas, empresas e governo, em função da não-utilização total da renda, promovem a poupança (superavitários) desses recursos, auferindo juros. Por sua vez, as instituições financeiras realimentam o sistema, repassando essas poupanças para os tomadores necessitados de recursos (deficitários), que captam recursos pagando juros.

Quando a interação entre poupadores e tomadores de recursos for eficiente, as intermediações financeiras ajudarão a promover o crescimento econômico. A ECONOMIA E OS MERCADOS FINANCEIROS Para entender os mercados financeiros é necessário conhecer como a economia influencia e é influenciada por esses mercados. Alguns conceitos devem ser estudados para melhor entendimento, tais como: 1. O que é moeda, como acontece a circulação da moeda, como a moeda é colocada no mercado; 2. As políticas econômicas de governo, os objetivos de cada política, como o mercado financeiro reage em função das políticas, entre outras; 3. Como os resultados das transações nacionais e internacionais de mercadorias, serviços e produtos financeiros influenciam a economia, os mercados financeiros e os diversos agentes econômicos. 2. MOEDA: CONCEITOS E FUNÇÕES Moeda corresponde ao meio de pagamento legal utilizado para facilitar as trocas de bens e serviços, isto é, para realizar transações e quitar obrigações contratuais. Tudo aquilo que é geralmente aceito pelo público, em pagamento de bens, serviços, investimentos e dívidas, é convencionalmente conhecido como moeda e exerce um papel decisivo no desenvolvimento da atividade econômica. Apresenta-se das seguintes formas: papel-moeda, moeda metálica e moeda escritural. Superação de escambo = eliminação do sistema de troca de mercadoria. Sistema utilizado no início da Idade Média quando a moeda ainda não era utilizada nas transações de compra e venda de mercadorias. 2.1 Funções da Moeda Além de ser o instrumento básico para intermediação de trocas, a moeda exerce funções relevantes no sistema econômico de um país. A tabela abaixo relaciona as principais funções da moeda:

Fonte: CNB, Mercado de Capitais, pág. 7 A moeda é emitida mediante autorização legal das autoridades monetárias, conforme necessidades identificadas por estas. Nem toda moeda emitida encontra-se em circulação, uma parte pode permanecer retida no Banco Central, aguardando liberação futura. O montante de moeda emitida numa economia, menos o saldo retido no caixa das autoridades monetárias, é definido por moeda em circulação ou meio circulante, representada pelo papel-moeda e pela moeda metálica. A moeda escritural representa o total de depósitos à vista (valores em conta-corrente bancária) efetuados pelo público nos bancos comerciais. Meio Circulante = Moeda emitida (-) Moeda retida Moeda escritural = valores em conta corrente bancária

A soma desses meios de pagamento é denominada M1. Dessa forma, temos: Fonte: Assaf Neto, Alexandre, Mercado financeiro pág.36 Fonte: Assaf Neto, Alexandre, Mercado financeiro, pág.36 2.2 Meios de pagamento Meios de pagamento (M1) representa o volume de recursos disponíveis para pagamento de bens e serviços que poderão ser efetuados em papelmoeda, moeda metálica ou cheque, pois, conforme quadro acima, toda moeda em poder do público mais os depósitos à vista dos bancos comerciais formam os meios de pagamento. Além do conceito de moeda M1, os meios de pagamento podem ainda ser avaliados por outros conceitos mais amplos denominados M2, M3 e M4, que incluem diversos tipos de títulos (ativos) em circulação no mercado financeiro, denominados quase-moeda ou não monetários, conforme quadro a seguir:

Fonte: Assaf Neto, Alexandre, Mercado financeiro, pág.37 3. POLÍTICAS ECONÔMICAS DE GOVERNO O conjunto de ações de governo, com objetivos bem definidos, é chamado de Políticas de Governo. As Políticas, cujos objetivos são promover o desenvolvimento econômico, atender às necessidades da sociedade, garantir o pleno emprego e a estabilidade de preços, são chamadas de Políticas Econômicas. Para aplicação dessas políticas, o Estado utiliza-se de instrumentos envolvendo uma série de variáveis econômica, como taxa de juros, impostos, emissão de moeda, entre outras. As principais políticas econômicas são: política monetária, política fiscal, política cambial e política de rendas. 3.1 Política Monetária Consiste na gestão e controle da moeda e do crédito, isto é, são as decisões da autoridade monetária sobre os meios de pagamento, os títulos públicos e as taxas de juros. Essas decisões visam controlar a liquidez, isto é, controlar a quantidade de moeda em circulação e a velocidade com que circula na sociedade. A gestão e controle da moeda e do crédito permitem ao governo: a) controlar a emissão da moeda para manter a atividade econômica em expansão; b) reduzir a oferta de moeda quando ocorrerem tendências de desvalorização desta; c) avaliar a moeda nacional em relação a outras, como instrumento de política de comércio exterior.

O controle monetário, isto é, o controle da oferta e da demanda da moeda, visa promover o crescimento econômico por meio da estabilidade do padrão monetário, sem ocorrência de processos inflacionários. Para tanto, algumas premissas formam a base política monetária, tais como: A moeda é o centro da macroeconomia; A oferta de moeda determina a demanda agregada no setor real da economia; A demanda de moeda é função estável da renda; A velocidade da moeda é praticamente constante a curto prazo; A política monetária é mais eficaz do que a política fiscal para promover o crescimento econômico estável; A moeda afeta, a curto prazo, a demanda agregada, e pode fazer variar os níveis de produção e emprego; A longo prazo, a moeda determina apenas o nível geral de preços. Os objetivos da política monetária são: promover o desenvolvimento econômico, manter o pleno emprego, a estabilidade do padrão monetário, sem ocorrência de processos inflacionários, e promover distribuição da riqueza e das rendas. Para atingir esses objetivos, o governo utiliza instrumentos especiais de política monetária, tais como: 3.1.1 Emissão de moeda Forma primária de política monetária pela qual a autoridade intervém diretamente no mercado monetário, contraindo ou expandindo o volume de moeda na economia. A ação básica da autoridade dá-se tanto em termos de moeda física como escritural. Moeda física = dinheiro, isto é, papel moeda; Os bancos têm como característica essencial a geração de moeda escritural, decorrente do fato de os depósitos bancários não coincidirem, necessariamente, com as retiradas, permanecendo por algum tempo o dinheiro à disposição do banco para empréstimos. Em resumo, a moeda injetada na economia pela autoridade monetária transforma-se em moeda escritural devido ao poder multiplicador dos bancos. Multiplicador bancário (k) = conseqüência dos recursos depositados em banco que estarão disponíveis para serem emprestados e de quanto o banco deve manter em caixa.

É importante lembrar que os bancos não repassam o total de depósitos, pois necessitam deixar valores em caixa para atender às retiradas diárias, valor chamado de encaixe. 3.1.2 Reservas compulsórias Correspondem ao recolhimento feito pelos bancos à autoridade monetária, relativo a um percentual sobre seus depósitos à vista e/ou a prazo. Esse recolhimento, também é chamado de encaixe legal, por ser obrigatório; pode ser feito em moeda ou em títulos federais da dívida pública. Trata-se de instrumento restritivo e pode ser utilizado, pela autoridade monetária, para situações específicas, como, por exemplo: facilitar operações de crédito rural, formar estoques reguladores e outras aplicações. 3.1.3 Redesconto bancário Instrumento utilizado pelas autoridades monetárias para assistência às instituições do Sistema Financeiro Nacional. Corresponde à concessão de empréstimos destinados a auxiliar eventuais problemas de liquidez das instituições financeiras. Nessa assistência, o Banco Central funciona como banco dos bancos. O redesconto também pode ser efetuado no mercado interbancário 1 para suprir as operações normais, por meio de CDI Certificado de Depósito Interbancário. Dessa forma, a utilização do redesconto via autoridade monetária restringe-se aos casos mais graves, ou a valores que o sistema não pode autofinanciar. Por meio do redesconto, o Banco Central controla o nível de liquidez e os meios de pagamento, promovendo alterações na taxa de juros, nos prazos de crédito, nos limites de crédito e na carteira de títulos descontáveis. 3.1.4 Operações no mercado aberto No open market, é regulada a liquidez do sistema pela da compra e venda de títulos públicos. Nesse mercado, compra-se e vende-se dinheiro e mercadoria do sistema financeiro. A concorrência no setor financeiro faz com que as diferenças entre os preços de compra e venda desses títulos se aproximem muito, gerando spreads pequenos. Estes correspondem à diferença percentual entre o preço de compra e de venda dos títulos. Os negociadores de títulos federais são chamados de dealers. Semanalmente o Tesouro Nacional ou o próprio Banco Central emite títulos que são leiloados aos dealers. Os tipos de operação no open market são: Spreads = diferença percentual entre os preços de compra e venda dos títulos. Dealers = são os negociadores de títulos federais.

Compra/venda final: quando o investidor fica com o título até a data de resgate final; Em aberto: operação onde o prazo e/ou a taxa são definidos quando do resgate; Prazo fixo: operações de recompra fixada; Taxa fixa: operações cuja taxa é fixada até a data de recompra; Operações compromissadas: venda competitiva de títulos com compromisso de revenda assumido pelo comprador. O open market tem importante papel nas políticas de governo, pois, além da função básica de liquidez bancária, exerce funções específicas, considerando o ponto de vista do Banco Central, das Instituições Financeiras e das Empresas, conforme abaixo: Do Banco Central Adequar continuamente o volume dos meios de pagamento às necessidades da economia, atuando no curto prazo, com títulos cujo efeito é de quase-moeda; Regular a taxa de juros; Antecipar ações para controle da liquidez. Das Instituições Financeiras Corresponde à reserva secundária da alta liquidez; Ajusta instantaneamente sua própria liquidez; Remunera disponibilidades de curtíssimo prazo. Das empresas Induz à aplicação de recursos ociosos de curtíssimo prazo; Otimiza a administração do caixa. As operações no mercado aberto são processadas inicialmente por meio da colocação ou resgate de títulos públicos. Quando essa colocação ocorre pela primeira vez dizemos que estamos atuando no mercado primário. O mercado primário é aquele em que a negociação ocorre diretamente entre o emitente dos títulos, o governo e seus adquirentes, instituições financeiras. Já a transferência dos referidos títulos a terceiros, isto é, a

revenda deles, realizada entre as instituições financeiras e os poupadores, chama-se mercado secundário. Mercado primário = aquele em que são efetuadas as primeiras negociações dos títulos. É a única vez que o emitente dos títulos faz a negociação direta com os adquirentes. Mercado secundário = aquele em que ocorre a revenda dos títulos entre as instituições financeiras e os poupadores. 3.1.5 Formação do preço do dinheiro (taxa de juros) A determinação da taxa de juros básica da economia faz parte da política monetária e corresponde ao preço do dinheiro, isto é, quanto irá custar a captação de recursos no mercado financeiro. A taxa de juros básica é determinada pelo Banco Central por meio das decisões do Comitê de Política Monetária COPOM. A taxa de juros é definida como a meta para a Taxa Selic, que corresponde à taxa média ajustada dos financiamentos diários, com lastro em títulos públicos, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). O período de vigência dessa taxa ocorre entre as reuniões do COPOM. O Banco Central pode operar como comprador ou vendedor, por meio de leilões eletrônicos ou formais com objetivo de injetar recursos no mercado ou enxugar recursos, respectiva mente. Todas as operações do Selic são líquidas em dinheiro. A taxa Selic serve como base para fixar o custo do dinheiro para as demais operações do setor privado como, a taxa CDI Certificados de Depósito Interbancários, taxa de juros para transações na BMF Bolsa Mercantil e de futuros para prazos longos, fixação da taxa de juros dos CDBs Certificados de Depósitos Bancários, acréscimos de custos dos impostos, margem de lucro das instituições financeiras, entre outros. Em resumo, é a partir da taxa de juros básica, definida na reunião periódica do Comitê de Política Monetária do Banco Central COPOM, que é formada toda estrutura de juros da economia. Taxa Selic = corresponde à taxa média ajustada dos financiamentos diários, com lastro em títulos públicos apurados nos Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Lastro em títulos públicos = cuja base são os títulos públicos Pesquise mais sobre a palavra lastro. 3.2 Política Fiscal A Política Fiscal preocupa-se com os gastos do setor público e os tributos cobrados da sociedade, visando ao equilíbrio entre a arrecadação tributá ria e as despesas governamentais.

É com base na política fiscal que o governo define e aplica os impostos, taxas e contribuições sobre os agentes econômicos, promovendo a Receita Fiscal. Define os gastos do Governo e influi na política monetária, em especial, no fluxo de caixa e na concessão de crédito dos agentes econômicos. As decisões de política fiscal afetam a vida dos agentes econômicos. Por exemplo, uma alteração da carga tributária dos consumidores afeta sua renda disponível, atingindo o nível de poupança. Já um acréscimo na carga tributária das empresas acarretará uma redução dos resultados, o que torna o capital investido menos atraente, e também menor capacidade de investimento, por acumular menores fluxos de caixa, podendo tornar a empresa mais dependente de empréstimos para financiar sua atividade. Dessa forma, uma alteração na política fiscal afeta a economia para consumo, investimento e o equilíbrio da renda nacional. Por outro lado, um acréscimo de gastos do governo, geralmente, promove um incremento na demanda agregada, alterando de forma positiva a renda nacional. Quando ocorre uma alteração na política fiscal por meio de impostos e gastos, essa afeta o orçamento do Governo. É no orçamento fiscal que estão inclusas as receitas tributárias relativas às cobranças dos diversos im postos e taxas e as despesas de consumo e investimento do Governo. Quando as receitas com impostos são menores que o volume de gastos ocorre um déficit no orçamento que deve ser coberto por meio de novas emissões monetárias e títulos públicos, que por sua vez alteram os meios de pagamento e o nível das taxas de juros em função de uma elevação na dívida pública. 3.2.1 Dívida Pública O governo financia suas necessidades financeiras mediante aumento de impostos, emissões monetárias, inclusive aquelas determinadas por empréstimos internacionais e colocação de títulos no mercado. Essas medidas, com exceção do aumento dos impostos, criam dívidas ao Tesouro Nacional. A receita líquida de impostos é que financia os gastos do governo. Quando a receita é maior que o gasto de consumo ocorrerá a formação da poupança em conta-corrente. O superávit/déficit público é encontrado deduzindo-se os investimentos públicos, conforme demonstrado abaixo:

Fonte: Assaf Neto, Alexandre, Mercados financeiros, pág. 52 Outra medida que determina a eficiência do orçamento público é o superávit/déficit primário, determinado conforme segue: Superávit = resultado positivo das receitas descontados os gastos e investimento ou o excesso da receita sobre a despesa. Déficit = resultado negativo das receitas descontados os gastos e investimentos ou o excesso da despesa sobre a receita. 3.3 Política Cambial Corresponde à administração da taxa de câmbio, promovendo alterações das cotações cambiais. A política cambial procura controlar as transações internacionais executadas por um país e é fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da economia e promover seu desenvolvimento econômico. A política cambial pode afetar o nível das exportações, que, pela conversão de divisas em moeda nacional, pode promover um processo inflacionário na economia, afetando assim o controle dos juros. A taxa de câmbio corresponde ao valor com que a autoridade monetária compra e vende moeda estrangeira - deve adquirir moeda estrangeira e pagar com moeda nacional os exportadores de bens e serviços e os devedores que tenham obtido empréstimos no exterior. As moedas

estrangeiras são utilizadas no pagamento de transações internacionais, como importações, pagamento de dívidas internacionais, entre outras. O câmbio segue diversos padrões monetários, destacando-se, na atualidade, três padrões: taxa de câmbio fixa, as taxas de câmbio flutuantes e o currency board. 3.3.1 Taxa de câmbio fixa O valor da moeda está atrelado a um referencial fixo, como ouro, dólar ou até mesmo uma cesta de moedas de diversas economias. Isso permite maior nível de certeza ao comércio internacional, pois o valor futuro da moeda é conhecido previamente. Para o governo esse padrão proporciona maior risco, pois em épocas de desequilíbrio é obrigado a gastar elevadas somas de suas reservas cambiais para manter a cotação da sua moeda. 3.3.2 Taxa de câmbio flutuante As taxas de câmbio acompanham livremente as oscilações da economia, ajustando-se mediante alterações de seus valores; permitem maior liberdade às economias na execução de suas políticas monetárias, além de maior agilidade em eventuais desequilíbrios. 3.3.3 Padrão currency board É um sistema em que a autoridade monetária assume o compromisso legal de efetuar o câmbio de moeda nacional por moeda estrangeira forte, a moeda âncora, a uma cotação fixa. Nesse caso a autoridade monetária corresponde a uma caixa de conversão que mantém reserva em moeda forte, equivalendo a pelo menos 100% da moeda nacional em circulação, o que limita a emissão de moeda até o limite das reservas internacionais no país. 3.4 Política de Rendas Corresponde basicamente ao controle dos fatores que influenciam a produção e o consumo da sociedade. É por meio da política de renda que o governo controla os níveis de salários, por meio do salário mínimo; dos encargos, por meio da determinação de alíquotas de recolhimento do INSS, FGTS, entre outros; o sistema de preços por meio dos preços públicos e prática dos preços de setores considerados estratégicos, além da distribuição de resultados da atividade econômica. Essa política ajuda no controle da inflação por meio dos níveis desejados de consumo e investimento, complementando as demais políticas de governo. 4. BALANÇO DE PAGAMENTOS

O resultado do fluxo de recursos de uma economia é demonstrado, pelas autoridades monetárias, mediante o Balanço de Pagamentos. No Balanço de Pagamentos são registrados os valores de todas as transações internacionais efetuadas por um país, inclusive as operações realizadas entre residentes e não-residentes, em determinado período. Uma importação resulta em uma exportação de moeda estrangeira para seu pagamento. A estrutura do Balanço de Pagamentos segue a forma abaixo: O saldo em conta-corrente mostra que o país está exportando ou importando poupança; se o saldo for negativo, mostra que o país está financiando seus investimentos internos com poupança externa, pois estará captando recursos no exterior mediante empréstimos, financiamentos e investimentos diretos para poder equilibrar seu balanço de pagamentos. Caso não consiga recursos externos, deverá abrir mão de suas reservas monetárias internacionais. Quando isso acontece algumas medidas podem ser tomadas: renegociação da dívida, negociação de

novos empréstimos, medidas para conter as saídas de divisas e desvalorização cambial para estimular a exportação e desestimular a importação. Balança comercial = resultado das transações de mercadorias entre os países. Balançadeserviços=resultadodos serviços prestados entre os países. 5. TAXA DE JUROS E RETORNO EXIGIDO Como observado anteriormente, as intermediações financeiras criam mecanismos de transferência de valores entre os poupadores e investidores, resultando uma interação entre os fatores econômicos como: oferta de moeda, saldo da balança comercial e políticas econômicas que influenciam o custo do dinheiro, representado pela taxa de juros. O juro identifica o preço do crédito, isto é, o preço de troca de ativos disponíveis em diferentes momentos do tempo. Corresponde à compensação que um demandante de fundos deve pagar a seu fornecedor. Quando ocorre empréstimo de recursos, o custo de sua captação é a taxa de juros. Quando os recursos são obtidos mediante uma transação de compra e venda de direito de propriedade, como, por exemplo, a compra de ações de uma empresa, o custo para o demandante (vendedor das ações) dos recursos é chamado de retorno exigido e representa o nível de ganho esperado pelo fornecedor (comprador das ações). O custo dos recursos, não considerando os fatores de risco e a inflação, é representado pela taxa real de juros. Como o risco está presente em qualquer decisão de investimento, assim como a possibilidade de aumento de preços (inflação), a taxa de juros praticada é aquele que inclui esses fatores e é chamada de taxa nominal ou efetiva de juros. As taxas nominal e efetiva de juros são, também, conseqüência da taxa de juros básica determinada pelo governo, pois como vimos no item específico, todas as transações de investimento e financiamento de uma economia estão direta ou indiretamente relacionadas com as políticas de governo. 6. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O Sistema Financeiro Nacional é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros que possibilita a transferência de recursos dos ofertantes

(fornecedores) para os demandantes (tomadores), e cria condições para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado. Como já vimos anteriormente, ofertantes de recursos são aqueles que apresentam disponibilidade temporária de recursos para consumo ou investimento, isto é, apresentam superávit financeiro. Os demandantes sã o a q u eles que estã o temporariamente com déficit financeiro, seus gastos foram maiores que suas rendas. Dessa forma, necessitam de recursos para saldar compromissos e fazer novos investimentos. O quadro abaixo descreve os órgãos, entidades e operadoras que compõem o Sistema Financeiro Nacional: Fonte: site do Banco Central do Brasil Sistema Financeiro Nacional 6.1 Estrutura Institucional A estrutura do sistema financeiro nacional é formada por dois grandes subsistemas, o operacional e o normativo. O primeiro é formado pelas instituições financeiras públicas ou privadas que atuam no mercado financeiro. O segundo, normativo, regulamenta e controla as atividades do subsistema operacional com base em normas legais, expedidas pela autoridade monetária, é composto pelos órgãos normativos e pelas entidades supervisoras. 6.1.1 Instituições financeiras Atuam como intermediárias, promovendo a canalização das poupanças de indivíduos, empresas e órgãos de governo, para empréstimos ou

aplicações. Muitas dessas instituições direta ou indiretamente cobram pelos serviços prestados mediante tarifas ou juros. As instituições financeiras podem ser classificadas como bancárias e não-bancárias. As principais são: bancos comerciais, bancos financeiros, cooperativas de crédito, caixas econômicas, factoring, companhias de seguro, fundos de pensão e fundos de investimento. De acordo com a lei de reforma bancária, as instituições financeiras têm, como atividade principal ou acessória, a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros, próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. As funções creditícias e/ou patrimoniais exercidas pelo subsistema operacional do Sistema Financeiro Nacional do Brasil e, formado pelas instituições financeiras, estão descritas no quadro abaixo: 6.1.2 Bolsa de Valores Associações civis, sem fins lucrativos, cujo patrimônio é representado por títulos patrimoniais pertencentes às corretoras, têm como objetivo básico manter local adequado para realização da compra e venda de títulos e valores mobiliários em mercados livre e aberto. As transações são fiscalizadas pelos membros e autoridades que as compõem e pela Comissão de Valores Mobiliários. Outros objetivos podem ser relacionados: Organizar o pregão e os sistemas de negociação, além do registro das operações realizadas e sua rápida divulgação; Fiscalizar os seus membros e sociedades emissoras de valores mobiliários no cumprimento do seu regulamento e demais dispositivos legais; Assegurar aos investidores total garantia pelos títulos e valores nela

A administração das Bolsas de Valores é feita pelo Conselho de Administração, que escolhe o Superintendente Geral. O Conselho é constituído por seis representantes e respectivos suplentes de sociedades corretoras, membros da Bolsa, eleitos por três anos; um representante das companhias abertas, um representante dos investidores, pessoa física e um representante dos investidores institucionais. Quanto ao sistema de negociação, títulos transacionados e demais detalhes sobre as Bolsas de Valores serão discutidos em item específico. Ainda com relação à estrutura do Sistema Financeiro Nacional, os órgãos reguladores e fiscalizadores estão subordinados ao Conselho Monetário Nacional e controlam as atividades das Instituições Operativas. As Instituições Normativas são: 6.1.3 Conselho Monetário Nacional CMN Órgão deliberativo de cúpula do Sistema Financeiro Nacional, é formado pelos Ministros da Fazenda e do Planejamento e o Presidente do Banco Central. O Conselho Monetário Nacional deve estabelecer diretrizes gerais de políticas econômicas; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de políticas monetária e cambial. Juntamente com o CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC) e está previsto o funcionamento de comissões consultivas, de Normas e Organização de: Sistema Financeiro; Mercado de Valores Mobiliários e de Futuro; Crédito Rural, Crédito Industrial, Crédito Habitacional, Saneamento Infra-Estrutura Urbana; Endividamento Público; e Políticas Monetária e Cambial. 6.1.4 Banco Central do Brasil BACEN Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, é órgão executivo que deve fazer cumprir a legislação vigente e as normas emanadas pelo CMN. Suas atribuições privativas são: emitir dinheiro; executar os serviços de circulação de dinheiro; efetuar os recolhimentos dos compulsórios, encaixes obrigatórios e depósitos voluntários das instituições financeiras; realizar operações de redesconto e empréstimos às instituições

financeiras; controlar e fiscalizar o crédito e o capital estrangeiro; ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira no país; fiscalizar as instituições financeiras; e administrar a dívida interna. Por essas atribuições, o BACEN é: a) O banco dos bancos compulsório, redesconto; b) Gestor do sistema financeiro normatiza, autoriza, fiscaliza e intervém; c) Agente da autoridade monetária controla o fluxo e liquidez monetários; d) Banco de emissão emite e controla o fluxo de moeda; e) Agente financeiro do governo financia o Tesouro Nacional, administra a dívida pública, depositário das reservas internacionais. 6.1.5 Comissão de Valores Mobiliários CVM Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, administrada por um presidente e quatro diretores nomeados pelo Presidente da República, a CVM funciona como um órgão de deliberação colegiada, e é sua atribuição: assegurar o funcionamento eficiente das bolsas e balcão; proteger os titulares de valores mobiliários contra irregularidades cometidas por companhias ou administradores de valores mobiliários; evitar fraudes ou manipulação que afetem o preço ou a oferta de valores mobiliários; e promover o funcionamento adequado e a expansão do mercado de ações. Tem poderes para fiscalizar documentos e informações divulgadas pelas companhias de capital aberto, nas demonstrações financeiras, apurar atos e práticas inadequadas pelas companhias abertas, suspender negociações de títulos, prestar informações aos participantes do mercado mobiliário e suspender registros de companhias. 6.1.6 Banco do Brasil BB Exerce funções de agente financeiro do Governo Federal, como, executar políticas de crédito rural e industrial e de banco comercial. Além das atividades de banco comercial, presta serviços de compensação de cheques, realiza operações cambiais, entre outras. 6.1.7 Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social BNDES Empresa pública vinculada ao Ministério do Planejamento, órgão de execução da política de investimentos do Governo Federal. Apóia investimentos estratégicos visando ao desenvolvimento do país por meio

de financiamentos. Os recursos repassados às empresas mediante financiamento são oriundos dos recursos próprios do BNDES, empréstimos e doações de entidades nacionais e estrangeiras, bem como aqueles originados de organismos internacionais. O BNDES repassa os recursos aos agentes financeiros que por sua vez se responsabilizam pelas operações de financiamento às empresas. As empresas filiadas ao BNDES são: FINAME Agência Especial de Financiamento Industrial e BNDESPAR - BNDES Participações S.A. A primeira tem como finalidade financiar a compra e venda de equipamentos industriais e agrícolas; a segunda tem como objetivo financiar a capitalização de empresas nacionais. 6.2 Sistema de Pagamentos Brasileiro Corresponde ao grupo de regras,instrumentos,procedimentos e sistemas operacionais que trabalham de forma conjunta na transferência de fundos entre o pagador e o recebedor. Qualquer problema operacional pode provocar uma falta de liquidez do banco, afetando o equilíbrio do processo. A estrutura do sistema de pagamentos brasileiro permite inclusive a quitação de obrigações on line. Como exemplo, temos a TED que é efetuada on line para valores acima de R$ 5.000,00 (nesta data). 7. MERCADOS FINANCEIROS Os mercados financeiros constituem-se em fóruns onde os fornecedores e demandantes de recursos podem transacionar os títulos. Conforme citado no início desta, os mercados financeiros estão divididos em quatro subgrupos de mercados: o mercado monetário, o mercado de crédito, o mercado cambial e o mercado de capitais. Inicialmente os títulos são emitidos e negociados no mercado primário, no qual o emissor transaciona diretamente com o comprador dos títulos. As demais transações, ou renegociações, realizadas entre os poupadores e investidores acontecem no mercado secundário, que pode ser visto como um mercado de negociação de títulos anteriormente possuído por alguém. 7.1 Mercado Monetário Caracteriza-se pelas transações de curtíssimo e curto prazos visando ao controle da liquidez monetária da economia. Os papéis que lastreiam as operações do mercado monetário concentram-se em papéis emitidos pelo Banco Central do Brasil com o objetivo de execução da política monetária e pelo Tesouro Nacional com o objetivo de financiar o orçamento público, BBC - Bônus do Banco Central e NTN - Notas do Tesouro Nacional ou LTN Letras do Tesouro Nacional. Outros títulos emitidos pelos Estados ou Municípios também fazem parte deste. Os Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI), Certificado de Depósito Bancários (CDB) e debêntures também são negociados neste mercado.

A grande maioria dos títulos públicos e privados do mercado monetário são escriturais. O controle das negociações, liquidação e transferência desses valores são efetuados por dois sistemas especiais chamados de Selic e Cetip. O Selic Sistema Especial de Liquidação e Custódia - corresponde ao sistema que controla, liquida financeiramente, custodia física e escrituralmente os títulos públicos transacionados no mercado monetário. As transações com esses títulos são efetuadas diretamente entre os operadores das instituições financeiras autorizadas a operar no mercado monetário e as informações são repassadas por sistema informatizado (terminal), em dinheiro. A Cetip Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados - exerce a mesma função do Selic, mas direcionada aos títulos privados como CDB, RDB, Debêntures, CDI, entre outros. As operações dessa central são processadas por transferência bancária e liquidadas após compensação dos cheques ou equivalentes. O volume de transações realizadas entre os dois sistemas é elevado e, por esse motivo, divulgam periodica mente duas taxas de juros utilizadas pelos agentes econômicos, a taxa Selic e a taxa Cetip. Com base na primeira, as instituições financeiras adquirem e vendem títulos diariamente, o que originou a conhecida taxa overnight, que corresponde à taxa de um dia útil de transação. Ainda com relação à Selic, por concentrar títulos de grande liquidez e teoricamente de risco mínimo - trata-se de títulos públicos -, diz-se que é uma taxa livre de risco e de grande relevância para a formação dos juros de mercado. A taxa Cetip, também chamada D1 ou ADM, em função do tempo de compensação da transação, efetuado geralmente após um dia da transação, é ligeiramente mais elevada que a taxa Selic, por embutir maior risco decorrente desse tempo de liquidação. Os títulos públicos negociados no mercado monetário são: a) Títulos do Tesouro Nacional a. LTN Letras do Tesouro Nacional b. LFT Letras Financeiras do Tesouro c. NTN Notas do Tesouro Nacional d. CTN Certificado do Tesouro Nacional

e. CFT Certificado Financeiro do Tesouro b) Títulos do Banco Central a. BBC Bônus do Banco Central b. LBC Letras do Banco Central c. NBC Notas do Banco Central Primeiramente, os títulos são emitidos e transacionados no mercado primário entre o Banco Central e as instituições financeiras por meio dos dealers, instituições representantes do BACEN no mercado. As instituições financeiras, após aquisição dos títulos no leilão primário, renegociam os ativos no mercado secundário mediante instrumento de operação chamado open market (mercado aberto). Neste, as instituições financeiras vendem o título com o compromisso de recom prá-lo em uma data futura, financiando sua posição e obtendo, pelo diferencial acima citado, sua receita financeira (spread). A diferença de ganhos entre as transações de compra do título e a venda deste, denomina-se de spread da instituição, ou seja, sua receita financeira. 7.2 Mercado de Crédito Corresponde às transações de em préstimos e financiamentos realizadas pelas instituições financeiras bancárias, às pessoas físicas ou jurídicas, por períodos curtos ou médios. Os financiamentos de bens de consumo duráveis, pelas sociedades financeiras não bancárias, de médio prazo, também fazem parte deste mercado. As operações de empréstimo de curto e longo prazos realizadas no mercado de crédito são: a) Desconto de títulos = operação de crédito do sistema bancário envolvendo duplicatas, notas promissórias, descontos de cheques, entre outros O responsável pela liquidação final do título negociado é o tomador de recursos. Se na data do vencimento do título o sacado não pagar, o cedente(tomador dos recursos)deverá pagar.nesta operação os encargos financeiros são pagos antecipadamente, já descontados do valor nominal da operação; b) Contas garantidas = contas com limite de crédito garantido pela instituição bancária utilizadas para saldar compromissos imediatos. Os encargos são debitados na conta, no final do mês;

c)crédito rotativo=empréstimos de curto prazo para financiar necessidade de capital de giro das empresas. Operação semelhante a conta garantida, só que neste caso, a operação é garantida com duplicatas (duplicatas caucionadas). O limite de crédito corresponde a um percentual do valor caucionado. À medida que as duplicatas vencem e são resgatadas, o tomador de recursos deve substituí-las; d) Operações de hot-money = empréstimos que variam de 1 a 7 dias. O custo dessas operações tem como base o CDI; e) Empréstimo para capital de giro = contrato por tempo e condições determinadas, como, prazo, ser duplicatas, aval, notas promissórias, entre outras. Operações de vendor = a instituição bancária paga à vista os direitos da empresa relativos às duplicatas de vendas. Nesse caso o responsável pelo pagamento do título ao banco é o comprador. O valor do crédito é liberado à empresa que vendeu o título pelo valor líquido, já descontados os encargos da operação; f) Resolução 63 repasse de recursos externos = operações de empréstimos com base no repasse de recursos captados em moeda estrangeira pelos bancos às empresas nacionais. Os encargos nesta operação são: comissão de repasse, variação cambial e o LIBOR que corresponde à taxa de juros interbancária do mercado de Londres; g) Crédito direto ao consumidor = financiamento para aquisição de bens e serviços, diretamente ao consumidor, cuja garantia geralmente é a alienação fiduciária do próprio bem adquirido. Como o risco é mais elevado, geralmente os juros também o são; h) Adiantamento de contrato de câmbio ACC = corresponde à antecipação de valores a serem recebidos pela empresa relativos à exportação futura, geralmente na fase de produção dos produtos a serem exportados. É liberado mediante comprovação da exportação, confirmação do pedido por parte do importador. O custo corresponde ao LIBOR, mais a margem de risco do país, mais o lucro do banco. 7.3 Mercado de Câmbio Mercado no qual são realizadas as trocas de moedas nacional e estrangeira, ou vice-versa, para realização de transações internacionais, é utilizado pelo Banco Central para controle das reservas cambiais e manter o valor da moeda nacional em relação às moedas internacionais. No Brasil, somente as autoridades monetárias podem realizar as operações de compra e venda de moedas estrangeiras. 7.4 Mercado de Capitais