Projeto Termo-Hidráulico de Trocadores Casco e Tubo

Documentos relacionados
Projeto Termo-Hidráulico de Trocadores Casco e Tubo

LOQ4086-OPERAÇÕES UNITÁRIAS II. Trocadores de Calor. Profª Lívia Chaguri

PROJETO TÉRMICO. Dimensionamento do Trocador de Calor

Convecção Forçada Interna a Dutos

ESTUDO COMPARATIVO DE MÉTODO DIFERENCIAL TERMOFLUIDODINÂMICO PARA TROCADORES DE CALOR DO TIPO CASCO E TUBOS 1-2 COM CHICANAS FRACIONADAS E HELICOIDAIS

Transferência de Calor

EM34B Transferência de Calor 2

EN 2411 Aula 8 Escoamento externo. Escoamento através de bancos de tubos

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO DIFERENCIAL ESTACIONÁRIO DERIVATIVO DO BELL-DELAWARE PARA DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE TROCADORES DE CASCO E TUBOS 1-2.

Dimensionamento básico de um trocador de calor. 01/15 Prof. Paul Fernand Milcent. DIMENSIONAMENTO BÁSICO DE UM TROCADOR DE CALOR.

Transferência de Calor

SIMULAÇÃO DE RESFRIADORES EM REDES DE ÁGUA DE RESFRIAMENTO ATRAVÉS DE UM MODELO ALGÉBRICO- DIFERENCIAL

Trocador de calor casco e tubos Feixe de tubos

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA

PROJETO DE TROCADORES DE CALOR EM DISCIPLINAS DE CIÊNCIAS TÉRMICAS FASE I: TROCADORES MULTITUBULARES

EN 2411 Aula 13 Trocadores de calor Método MLDT

Transferência de Calor em Geradores de Vapor

Transferência de calor por convecção

4. Redução de dados Modelo matemático

EM34B Transferência de Calor 2

Convecção Forçada Externa

EM34B Transferência de Calor 2

6 Modelo 3D = (6.1) W

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Química 2

TRANSP. BRAS. GAS. BOLÍVIA-BRASIL GERAL SIMULAÇÃO ÍNDICE DE REVISÕES DESCRIÇÃO E / OU FOLHAS ATINGIDAS

TROCADOR DE CALOR BITUBULAR

OTIMIZAÇÃO DO PROJETO DE BATERIAS DE TROCADORES DE CALOR

Diferença Média de Temperatura entre os Fluidos

ENG 3006 TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1 o SEMESTRE DE Capítulo 11 Trocadores de Calor

Transferência de Calor

EN Escoamento interno. Considerações fluidodinâmicas e térmicas

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE UM CONDENSADOR A AR

Graduado em Engenharia Mecânica pela FAE Centro Universitário.

Transferência de Calor

U = 1.5 m/s T m,e = 20 o C T p < 200 o C

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 4: - DIMENSIONAMENTO DE TROCADORES DE CALOR A

Transferência de Calor 1

11S.1 Método da Média Log das Diferenças de Temperatura para Trocadores de Calor com Múltiplos Passes e com Escoamento Cruzado

Condensação

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 4: - DIMENSIONAMENTO DE TROCADORES DE CALOR A

EM34B Transferência de Calor 2

5 Resfriamento de Gás

Aula 20 Convecção Forçada:

Classificaçã. ção o dos trocadores de vaporizaçã. ção. Trocadores de vaporização com circulação forçada. Vaporização na carcaça. Vaporização nos tubos

) (8.20) Equipamentos de Troca Térmica - 221

Utilizado quando se necessita rejeitar calor a baixas temperaturas. O uso do AR como meio de resfriamento tem as seguintes vantagens:

Convecção Térmica. Subdivisões: Convecção forçada no exterior de corpos Convecção forçada no interior de corpos. Convecção natural ou livre

Aula 21 Convecção Natural

EM34B Transferência de Calor 2

MÉTODO DE ANÁLISE DIFERENCIAL ESTACIONÁRIA DE TROCADORES HELIXGANGER

Mecanismos de transferência de calor

Capítulo 7: Escoamento Interno

PG0054 Transferência de Calor B

EM34B Transferência de Calor 2

Capítulo 7: Escoamento Interno

Operações Unitárias II Lista de Exercícios 1 Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL

PG0054 Transferência de Calor B

EN 2411 Aula 4 Escoamento externo. Escoamento cruzado em cilindros e esferas

TM LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO I TURMA B (2010/1) AVISO 1

OTIMIZAÇÃO DO PROJETO DE TROCADORES DE CALOR DO TIPO AIR-COOLER PELO MÉTODO SIMULATED ANNEALING

2 Fundamentos Teóricos

TRANSMISSÃO DE CALOR resumo

Vicente Luiz Scalon. Disciplina: Transmissão de Calor

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2

PME2398 Termodinâmica e suas Aplicações 1 o semestre / 2015 Profs. Bruno Souza Carmo e Antonio Luiz Pacífico. Gabarito da Prova 3

ESTUDO DE CONFIGURAÇÕES PARA TROCADORES DE CALOR A PLACAS

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA SIMULAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE TROCADORES DE CALOR A PLACAS

7.5. Exemplo: Projeto térmico de um condensador

Fenômenos de Transferência FEN/MECAN/UERJ Prof Gustavo Rabello 2 período 2014 lista de exercícios 06/11/2014. Conservação de Quantidade de Movimento

Transferência de Calor Escoamentos Externos

Escoamento completamente desenvolvido

TÍTULO: VERIFICAÇÃO EM UNIDADE EXPERIMENTAL DE EQUAÇÕES DE PROJETO DE TANQUE COM IMPULSOR MECÂNICO E TROCA DE CALOR.

Transferência de Calor

Transferência de Calor

Prof. MSc. David Roza José 1/26

OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

ANÁLISE EXPERIMENTAL DO DESEMPENHO DE UM TROCADOR DE CALOR DO TIPO CASCO E TUBOS

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

Classificação de Trocadores de Calor

Máquinas Térmicas. Transferência de Calor na Caldeira

MODELAGEM HIERÁRQUICA DE TROCADORES DE CALOR CASCO E TUBOS

DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA PARA O PROJETO DE TROCADORES DE CALOR INCLUINDO O CARÁTER DINÂMICO DA DEPOSIÇÃO.

Máquinas Térmicas. Transferência de Calor na Caldeira

Lista de Exercícios para P2

h coeficiente local de transferência de calor por convecção h coeficiente médio de transferência de calor por convecção para toda a superfície

RESUMO 1. INTRODUÇÃO. Figura 1 Primeiro caso de canais axiais. Figura 2 Segundo caso de canais axiais. Figura 3 Terceiro caso de canais axiais.

Transferência de Calor

PROGRAMA DE ENSINO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL/PERÍODO

Desenvolvimento de Bancada Didática para Estudos de Desempenho Térmico de um Trocador de Calor Compacto Aletado

Perda de Carga. Representa a Energia Mecânica convertida em Energia Térmica; Expressa como a perda de pressão

Equations DIMENSIONA COLETOR V2. procedure conv int (F luido1$, ṁ, Dh, Re, k l, T fm : hi) $COMMON patm. P r l = fa = (0.79 ln (Re 1.

Prova do Processo Seletivo do PPGEM - 15 de junho de Código do candidato. Instruções

Artigo Técnico Simulação numérica de trocador de calor casco-tubo: influência das chicanas sobre a dinâmica do fluido

No escoamento sobre uma superfície, os perfis de velocidade e de temperatura têm as formas traduzidas pelas equações:

FENÔMENO DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL

EXAME. SEMESTRE 2 Data: 7 de julho, 9:00 MIEEA. Transferência de Calor e Massa. (Duração máxima permitida: minutos)

Enunciados de Problemas de Permutadores de Calor

Transferência de Calor

Transcrição:

Projeto Termo-Hidráulico de Trocadores Casco e Tubo Marcos Lourenço http://paginapessoal.utfpr.edu.br/mlourenco Transferência de Calor Industrial 7 de novembro de 2016 1/33

Trocadores de Casco e Tubo Projeto Termo-Hidráulico O projeto termo hidráulico de um trocador de calor de casco e tubos consiste na determinação ótima para o processo de transferência de calor entre dois fluidos que escoam no mesmo, chamados de correntes fria e quente; Além da complexidade do escoamento no casco, este tipo de projeto é dificultado também devido ao fato de o coeficiente global variar ao longo do trocador e também às condições operacionais; Existe um número de programas comerciais que realizam o projeto e otimização de um trocador de calor, como o Xist; 2/33

Trocadores de Casco e Tubo Projeto Termo-Hidráulico O projeto termo hidráulico de um trocador de calor de casco e tubos consiste na determinação ótima para o processo de transferência de calor entre dois fluidos que escoam no mesmo, chamados de correntes fria e quente; Além da complexidade do escoamento no casco, este tipo de projeto é dificultado também devido ao fato de o coeficiente global variar ao longo do trocador e também às condições operacionais; Existe um número de programas comerciais que realizam o projeto e otimização de um trocador de calor, como o Xist; 2/33

Trocadores de Casco e Tubo Projeto Termo-Hidráulico O projeto termo hidráulico de um trocador de calor de casco e tubos consiste na determinação ótima para o processo de transferência de calor entre dois fluidos que escoam no mesmo, chamados de correntes fria e quente; Além da complexidade do escoamento no casco, este tipo de projeto é dificultado também devido ao fato de o coeficiente global variar ao longo do trocador e também às condições operacionais; Existe um número de programas comerciais que realizam o projeto e otimização de um trocador de calor, como o Xist; 2/33

Fator de correção de forma S= Tt,o Tt,i Ts,i Tt,i R= Ts,i Ts,o Tt,o Tt,i que pode ser utilizada para o caso com 1 passe no casco e 2 passes nos tubos para determinar o fator de forma como: Ft = R2 1 (R 1) 1 S 1 S R 2 S(R+1 R2 +1) ln 2 S(R+1+ R2 +1) ln 3/33

Fator de correção de forma Ainda para um passe no casco, mas agora com 4 passes nos tubos teríamos algo como: 4R2 +1 2(R 1) Ft = ln ln 1 S 1 S R 1+V ( 4R2 +1 2R) 1 V ( 4R2 +1 2R) na qual a temperatura intermediária (2 para o 3 passe) pode ser calculada, iterativamente, como: Tt,i Tt,o 4Ts,i Tt,i + 2Tint + Tt,o 4R2 +1 2 + 1 2R 1 + V 4R Tint Tt,i = Tt,o Tint 1+V 4R2 + 1 + 2R V= 4/33

Coeficiente Global de Troca de Calor Q = U A T U= 1 1 U0 + Dt,e Dt,i ri + ro + 5/33 Dt,e 2Kw ln Dt,e Dt,i

Trocadores de Casco e Tubo 6/33

Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33

Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33

Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33

Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33

Trocadores de Casco e Tubo As principais correntes consideradas no Método de Bell-Delaware são: Corrente A: Corrente dos vazamentos através das folgas entre tubos e chicanas; Corrente B: Corrente principal através do feixe de tubos; Corrente C: Fluxo entre o casco e o feixe de tubos; Corrente E: Fluxo nas folgas entre as chicanas e o diâmetro interno do casco; Corrente F: Formada nas regiões sem tubos, próximas as divisões de passes. 7/33

Trocadores de Casco e Tubo Tubos A área total (não é a área por casco) de transferência de calor pode ser calculada por: Ax = q U Tm Como essa área é também aquela devido à superfície dos Nt tubos: Ax = Nt (π de L1 ) Por outro lado, a área de escoamento será: Ac = Nt πd2i Np 4 8/33 Nt = Ax π de L1

Trocadores de Casco e Tubo Tubos A vazão mássica por unidade de área pode ser determinada a partir de: Gt = m t [kg/s m2 ] Ac e o número de Reynolds baseado no fluxo mássico de: Re = Gt di µ a partir dos quais se determina a velocidade do escoamento: v= Gt [m/s] ρ 9/33

Coeficiente de convecção nos tubos Escoamento Laminar Uma expressão para o coeficiente h, tanto para resfriamento quanto para aquecimento foi desenvolvida por Sieder & Tate como: ht de = 1, 86 (RePr)1/3 Nu = kt na qual Ret = ρ v Dt µt e Prt = de ` 1/3 µt µts,i 0,14 Cpt µt kt. Algumas correlações, específicas para um certo fluido, possuem uma acurácia melhor para o cálculo de h, como aquela para a água, dada no livro do Kern. 10/33

Coeficiente de convecção nos tubos Escoamento Laminar Uma expressão para o coeficiente h, tanto para resfriamento quanto para aquecimento foi desenvolvida por Sieder & Tate como: ht de = 1, 86 (RePr)1/3 Nu = kt na qual Ret = ρ v Dt µt e Prt = de ` 1/3 µt µts,i 0,14 Cpt µt kt. Algumas correlações, específicas para um certo fluido, possuem uma acurácia melhor para o cálculo de h, como aquela para a água, dada no livro do Kern. 10/33

Coeficiente de convecção nos tubos Escoamento Turbulento Por outro lado, dentro dos limites aceitáveis, a correlação de Gnielinski pode ser considerada relativamente precisa: desde que: Nu = ht de = kt f 8 (Re 1000) Prt 1/2 f 1 + 12, 7 8 Pr2/3 1 t 1/2 < Prt < 2000 e 3000 < Ret < 5 106 na qual o fator de atrito pode ser calculado pela correlação de Petukhov como: f = (0, 79 ln (Ret ) 1, 64) 2 Esta possui a mesma restrição para Ret mencionada no quadro da direita. 11/33

Perda de carga nos tubos A perda de carga nos tubos pode ser calculada como: pt = pf + pbocais + pecr na qual as perdas por atrito e na expansão, contração e retorno são dadas respectivamente como: pf = 8f L ρt v 2t Nt D 2 pecr = 1, 6Nt ρt v 2t 2 e as perdas e a velocidade média nos bocais dadas respectivamente por: pbocais = 1, 8 ρt v 2b 2 v b = 12/33 4m t ρπ db,i db,o

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware Neste método, as temperaturas de entrada e saída e a vazão do fluido no lado do casco sejam especificadas, juntamente com ρ, µ e Cp conhecidos. Os seguintes parâmetros geométricos também precisam ser especificados: de : Diâmetro externo dos tubos; θ: Configuração dos tubos; Di : Diâmetro interno do casco; Df : Diâmetro dos feixes; L: Comprimento dos tubos; lcc : Corte das chicanas; lec : Espaçamento entre chicanas; Nss : Número de pares de tiras selantes. 13/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h ; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h Jc Jl Jb Jr Js O valor desse produto é, em geral, 0, 6. 14/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h ; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h Jc Jl Jb Jr Js O valor desse produto é, em geral, 0, 6. 14/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h ; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h Jc Jl Jb Jr Js O valor desse produto é, em geral, 0, 6. 14/33

Transferência de calor no casco Método de Bell-Delaware O coeficiente de convecção do lado do casco é calculado com base no fluxo cruzado sobre um feixe de tubos, como h ; Diversos desvios podem ser contabilizados nessa aproximação, associados às diversas folgas, recirculações entre outros fenômenos, ocorrendo do lado do casco; Nesse método, são contabilizados os efeitos não ideais a partir de cinco fatores de correção, baseados nas correntes de fluxo que se desviam do escoamento ideal, na forma: hs = h Jc Jl Jb Jr Js O valor desse produto é, em geral, 0, 6. 14/33

Método de Bell-Delaware Fator de correção Jc Esse coeficiente é baseado na fração do fluxo sobre os tubos entre as extremidades entre duas chicanas adjacentes; Para chicanas com cortes pequenos ele vale Jc 1, 5; Valendo cerca de Jc 1 se os tubos não cruzam as chicanas e; Chegando a Jc 0, 52 no caso de altos valores para o corte das chicanas. Para cortes de chicanas entre 15% e 45% essa correção tem a forma: Fc = 1 2Fw Jc = 0, 55 + 0, 72Fc na qual Fc represente a fração do escoamento cruzado puro entre as chicanas e Fw representa a fração de tubos em uma janela: α sen α 1 ds 2ls Fw = α = 2 cos 2π df 15/33

Método de Bell-Delaware Fator de correção Jl Jl = 0, 44 (1 rs ) [1 0, 44 (1 rs )] e 2,2rm rs = Asb Asb + Atb Este fator será tão baixo quanto menor for o espaçamento entre chicanas. rs : Razão entre as áreas de vazamento entre as chicanas-casco e total; rm : Razão entre a área de vazamento total e a área de escoamento cruzado entre chicanas adjacentes. e, rm = Asb + Atb Am nas quais, Asb = πdi 2lc 3, 2 + 0, 004Di 1 2 cos 1 1 2 Di e i 1 + Fc π h Atb = Nt (de + 3, 1 + 0, 004Di )2 d2e 2 4 ambas calculadas em [mm2 ]. 16/33

Método de Bell-Delaware Fator de correção Jb Todo o erro devido ao desvio da corrente principal para a folga entre o feixe de tubos e o casco é contabilizada nesse coeficiente. Geralmente possui o valor de: 0, 9: trocador de espelho fixo no qual tal folga é pequena; 0, 7: em trocadores com cabeçote flutuante. Jb = e q Cb Fsbp 1 3 2 NNssc Ab = Di Df l1 na qual a constante Cb vale: Nc = Di [1 2 (lcc /Di )] pparal nas quais Ab é a área do fluxo desviado e p é o passo do arranjo (pitch) e Nc é o número de tubos nesse escoamento cruzado. 1, 35: escoamento laminar; 1, 25: transição e turbulência. e Fsbp = Ab /Am é a fração de área na qual ocorre o desvio de fluxo no feixe tubular. 17/33

Método de Bell-Delaware Fator de correção Jr Como ocorre na convecção laminar no interior de um duto, para baixos valores de Res, nota-se uma queda no coeficiente de convecção devido a um gradiente adverso de temperatura na camada limite. Aplicado geralmente se Res < 20, sendo que para Re > 100 tem-se Jr 1. Jr = jr = 1, 51Nc 0.18 se Res 20 Caso contrário, Jr = jr + 18/33 Res 20 80 ( 1 jr )

Método de Bell-Delaware Fator de correção Js Se a distância entre os espelhos e os bocais do lado do casco for maior que o espaçamento das chicanas, lc, os espaços entre as primeira e última chicanas e os espelhos, lc,i e lc,o serão: lc,i = li + dbocal,i lc,o = lo + dbocal,o nas quais dbocal,i e dbocal,o são os diâmetros dos bocais de entrada e de saída do lado do casco e li e lo dados por: Classe de pressão [psi] 150 600 Di [in] 10 30 60 10 30 60 19/33 li [in] 6 1 2 7 1 2 9 1 4 9 10 1 2 14 1 4 lo [in] 11 12 1 2 16 1 2 14 1 2 16 1 2 23

Método de Bell-Delaware Fator de correção Js Js pode ser calculado por: Js = n = 0, 6 se Nb 1 + (lc,i /lc )1 n + (lc,o /lc )1 n Nb 1 + (lc,i /lc ) + (lc,o /lc ) Re > 100 e, n = 1/3 O número de chicanas é determinado por: Nb = L lc,i lc,o +1 lc na qual L é o comprimento dos tubos. 20/33 se Re 6 100

Método de Bell-Delaware Fator de correção Js Na falta de informações sobre os diâmetros dos bocais, pode-se recorrer em último caso à tabela abaixo: Di [in] < 12 12 171 4 121 4 211 4 231 4 29 31 37 > 39 21/33 dbocal [in] 2 3 4 6 8 10

Método de Bell-Delaware O coeficiente ideal de transferência de calor do lado do casco é dado por: m s h = ji Cp Alc k µcp 2/3 µ µw 0,14 na qual: Alc : área na qual ocorre o escoamento cruzado próximo à linha de centro; µw : viscosidade do fluido avaliada na temperatura da parede e; ji = a1 1, 33 p/de a (Res )a2, Res = 22/33 m s de, µalc a= a3 1 + 0, 14 (Res )a4

Constantes ai 23/33

Método de Bell-Delaware Áreas do escoamento cruzado As áreas de escoamento cruzado dependem do arranjo dos tubos: Df de Alc = lc Di Df + ( p de ) p na qual p = pn para um arranjo quadrado e p = p no caso de um arranjo triangular (30 e 60 ). Inicialmente, considera-se (µ/µw )0,14 = 1. Após calculada a temperatura na parede se atualiza esse valor e recalcula-se as variáveis. 24/33

Método de Bell-Delaware Áreas do escoamento cruzado As áreas de escoamento cruzado dependem do arranjo dos tubos: Df de Alc = lc Di Df + ( p de ) p na qual p = pn para um arranjo quadrado e p = p no caso de um arranjo triangular (30 e 60 ). Inicialmente, considera-se (µ/µw )0,14 = 1. Após calculada a temperatura na parede se atualiza esse valor e recalcula-se as variáveis. 24/33

Método de Bell-Delaware Áreas do escoamento cruzado As áreas de escoamento cruzado dependem do arranjo dos tubos: Df de Alc = lc Di Df + ( p de ) p na qual p = pn para um arranjo quadrado e p = p no caso de um arranjo triangular (30 e 60 ). Inicialmente, considera-se (µ/µw )0,14 = 1. Após calculada a temperatura na parede se atualiza esse valor e recalcula-se as variáveis. 24/33

Tabela de passos para o arranjo 25/33

Cálcula da Temperatura de Parede Tw Sejam Tm,c e Tm,h as temperaturas médias dos fluidos frio e quente, respectivamente, e hio = ht di /de o coeficiente de transmissão de calor do lado do tubo tomando por base a área externa do tubo. Assim, Tw = Tm,c + h (Tm,h Tm,c ) hio + hs na qual h = hio se o fluido quente escoar nos tubos e, caso contrário, h = hs. Esta temperatura é utilizada no cálculo de µw. 26/33

O método de Bell-Delaware Perda de carga no casco Esta é calculada respectivamente com base nas três seções apresentadas como: ps = pe + pw + pc 27/33

O método de Bell-Delaware Perda de carga no casco Esta é calculada respectivamente com base nas três seções apresentadas como: ps = pe + pw + pc 27/33

Perda de carga no casco Regiões de entrada e saída pe Nas regiões de entrada e de saída do casco, tem-se a relação para a perda de carga: Ncw pe = 2 pbi 1 + Rb Rs Nc na qual o fator de correção em razão do espaçamento desigual das chicanas é: Rs = onde, n = 0, 2 se i 1h (lc,i /lc )n 2 + (lc,o /lc )n 2 2 Re > 100 e, 28/33 n=1 se Re 6 100

Perda de carga no casco Regiões das janelas pw É a perda de carga no escoamento nas janelas do casco: pw = Nb pw, Rl a qual é baseada em uma perda de carga ideal na janela, sem fugas ou desvios, pw,. Res < 100 - Laminar pw, = 26µs m s ρs Alc Aw Ncw lc + 2 p de Dw + m 2s ρs Alc Aw na qual Dw é o diâmetro equivalente da janela e θ o ângulo de corte da chicana, dados como: 4Aw 2lc Dw =, θb = 2 cos 1 1 Di (π/2) Nt (1 Fc ) de + Di θb 29/33

Perda de carga no casco Regiões das janelas pw É a perda de carga no escoamento nas janelas do casco: pw = Nb pw, Rl a qual é baseada em uma perda de carga ideal na janela, sem fugas ou desvios, pw,. Res > 100 - Turbulento m 2s (2 + 0, 6Ncw ) com Aw = Awg Awt e 2ρs Alc Aw h i D2 lcc Área total dos tubos Awg = 4i cos 1 (σ ) σ 1 σ2 com σ = 1 2 D pw, = i Área ocupada pelos tubos Awt = (1 Fc ) πd2e Nt /8 Número de fileiras de tubos Ncw = 0, 8lc /pp 29/33

Perda de carga no casco Seção de escoamento cruzado pc Esta perda é dada por: pc = pb (Nb 1) Rb Rl na qual a perda ideal em um banco de tubos é calculada por: 4f m s Nc pbi = i 2 2ρs Alc µ µw 0,14 na qual o fator de atrito ideal para o feixe é dado em função dos bi0 s : fi = b1 1, 33 p/de b (Res )b2 com, 30/33 b= b3 1 + 0, 14 (Res )b4

Constantes bi 31/33

Perda de carga no casco Seção de escoamento cruzado pc O fator de correção para efeito de vazamento na chicana é dado por: h i 0,15 1+ A A+sbA +0,8 tb sb Atb + Asb Asb Rl = exp 1, 33 1 + Atb + Asb Alc Já o fator para corrigir o contorno do feixe de tubos é: ( " #) Nss 1/3 Rb = exp Cbp Fbp 1 2 Nc Cbp = 3, 7 se Re > 100 e, 32/33 Cbp = 4, 5 se Re 6 100

Referências Incropera, F. M. Transferência de Calor e de Massa, 7a ed. São Paulo: LTC, 2014. Araújo, E. C., Trocadores de Calor, 1a ed., UFSCAR, 2012. Bejan, Heat Transfer, Limited, ed. McGraw-Hill Education, 2014. Kern, D. Q., Procesos de transferencia de calor, Compañía Editorial Continental, 1997. Donatello Annaratone, Handbook for Heat Exchangers and Tube Banks Design, Springer, 2010. Sadik Kakaç, Hongtan Liu, Anchasa Pramuanjaroenkij, Heat Exchangers: Selection, Rating, and Thermal Design, Third Edition, CRC Press, 2012. 33/33