Cenários e Perspectivas da Saúde O desafio das Instituições Filantrópicas Luiz Henrique Mota
Modelo 190,7 milhões de pessoas com acesso universal gratuito ao serviço público de saúde (IBGE - Agosto/2010) 211,3 milhões de pessoas terão em 2019 acesso universal gratuito ao serviço público de saúde, considerando estimativa de projeção populacional. (IBGE - Agosto/2010) 47 milhões de pessoas, 24,7% da população, utilizam serviços médicos através de 804 operadoras (Março/2017) 67,4 % - Doenças crônicas e degenerativas são as principais causas de morbidade: Doenças do aparelho circulatório (29,5%) Neoplasias (15,6%) Causas externas (12,5%) Doenças respiratórias (9,8%)
Avaliação 61% da população brasileira consideram o serviço público de saúde do País péssimo ou ruim 54% da população brasileira consideram o serviço público de saúde de sua cidade péssimo ou ruim 85% dos entrevistados não perceberam avanços no sistema público de saúde do País nos últimos três anos 63% dos brasileiros concordam, total ou parcialmente, que a transferência da gestão dos hospitais públicos para o setor privado melhoraria o atendimento aos pacientes 68% dos brasileiros têm a rede pública como único ou principal fornecedor de serviços de saúde
Despesa por Esfera de Governo Recursos destinados a saúde no Brasil, percentual de gastos públicos: 4,1% em 2000 9,9% em 2010 8,2% em 2011 7,0% em 2013 6,8% em 2014
Despesa por Esfera de Governo Cenário Atual: 12 anos sem reajustes significativos na Tabela de Procedimentos do SUS 20 anos de congelamento do orçamento da saúde com o advento da MP que estabelece teto para os gastos públicos.
Gastos
Saúde Suplementar 30% do mercado é detido pelas 10 maiores operadoras. Número de usuários é decrescente, desde 2014. Aumento do percentual da população dependente do SUS. Crescimento da tendência de verticalização.
Saúde Suplementar Mudança da legislação possibilitou a entrada de Capital Internacional na área da Saúde, e crescimento de grupos de hospitais privados controlados por fundos de investimentos. III Aquisição da Amil pela United Health; Fundos de Investimentos controlados por capital internacional adquirindo operadoras que atuam no segmento de planos destinados a população de menor poder aquisitivo HAPVIDA; Aquisição do Hospital Samaritano pela Amil; Consolidação da Rede D or como a maior rede de hospitais privados do país;
Saúde Suplementar Situação do mercado de Saúde Suplementar, relação entre Operadoras x Prestadores Relação Conflituosa dos prestadores e operadoras Pressão por menor custo assistencial e previsibilidade por parte das Operadoras vs. alto custo dos insumos médico-hospitalares Profissionais médicos mal remuneradas e incentivos desalinhados. Relação de desconfiança e comunicação ineficaz Modelos de Remuneração financeiros Predominância do modelo Fee for Service e papel mediador da ANS nas discussões de modelos de remuneração que garantam a sustentabilidade do setor Pouco estímulo para promoção de saúde, prevenção de doenças e modelos de remuneração que valorizam os resultados Mercado estimulado pela frequência, desperdício e alta sinistralidade dos planos, gerando negativas de procedimentos, remuneração desestimulante e insuficiente para os prestadores.
Estabelecer o equilíbrio entre o cumprimento das obrigações definidas pela Lei 12.101/09 e a necessidade de competir no mercado da saúde, mantendo qualidade assistencial para atrair o cliente vinculado a saúde suplementar, permitindo sobreviver sem ferir a missão e os valores institucionais.
Modelo de Contrato de Gestão, como possibilidade de maior aproximação com os gestores públicos do SUS Modelo de organizações sociais com legalidade e experiência consolidada; Alternativa para desafios das gestões públicas ao cumprimento da lei de responsabilidade fiscal; Possibilidade de aumento de oferta de leitos e melhoria da qualidade de gestão;
Dispõe sobre a certificação das entidades beneficentes de assistência social; regula os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social; altera a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993;... POSSIBILIDADES OFERECIDAS PELA LEI 12.101/2009 Art. 4o... a entidade de saúde deverá: (...) II - ofertar a prestação de seus serviços ao SUS no percentual mínimo de 60% (sessenta por cento); Portaria 1970/2013, oferece incentivos para as instituições que aderem aos programas prioritários do MS, diminuindo a necessidade de cumprimento do percentual mínimo de 60% com possibilidade de chegar a 44% de comprovação... Art. 11. A entidade de saúde de reconhecida excelência poderá, alternativamente, para dar cumprimento ao requisito previsto no art. 4o, realizar projetos de apoio ao desenvolvimento institucional do SUS, celebrando ajuste com a União, por intermédio do Ministério da Saúde, nas seguintes áreas de atuação:
Áreas de Atuação (Art. 11 Lei 12.101) PROADI-SUS
PROJETOS ASSISTENCIAIS PROADI-SUS Até 30% da isenção poderá ser destinada a prestação de serviços ambulatoriais e hospitalares. Os HE devem apresentar ao Comitê de Avaliação as cartas consultas relativas aos projetos assistenciais, analisadas e aprovadas pelo Gestor Local, para a devida deliberação do Comitê Gestor do PROADI-SUS Os projetos assistenciais, após aprovação da respectiva carta consulta pelo Comitê Gestor, devem ser anuídos pelo Gestor Local Aplicam-se aos projetos assistenciais, naquilo que couber, o regramento previsto para os projetos de apoio do PROADI-SUS
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As entidades de saúde beneficentes de assistência social, portadoras do CEBAS-Saúde, apresentam a documentação comprobatória dos critérios e requisitos exigidos pela Portaria nº 112/2012. Após análise e deferimento, da documentação, pelo Ministério da Saúde, publica-se no D.O.U. a Portaria certificando a instituição como de Reconhecida Excelência. Art. 4º A entidade de saúde interessada em apresentar projetos no âmbito do PROADI-SUS deverá ser previamente certificada como entidade de reconhecida excelência pelo Ministério da Saúde, nos termos previstos no art. 11 "caput" da Lei nº 12.101/2009. Parágrafo único. Os critérios e requisitos a serem estabelecidos para o reconhecimento de excelência de que trata o "caput" serão previstos em ato específico publicado pelo Ministério da Saúde Após a obtenção do Certificado, os Hospitais de Excelência estarão habilitados a apresentarem projetos de apoio PROADI-SUS.
Triênio de Isenções e valores gastos em Projetos PROADI-SUS
Quantitativo de Projetos PROADI-SUS por Área de Atuação
Distribuição Temática dos Projetos Total do Programa PROADI-SUS (2009-17*)