CONTABILIDADE BÁSICA 11ª EDIÇÃO ATUALIZAÇÃO CONFORME A LEI Nº 12.973/2014



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Transcrição:

CONTABILIDADE BÁSICA 11ª EDIÇÃO ATUALIZAÇÃO CONFORME A LEI Nº 12.973/2014 Prezados leitores, Este texto tem por objetivo atualizar o conteúdo da 11ª edição do nosso livro Contabilidade Básica, publicado pela Editora Ferreira. Além disso, aproveitamos a oportunidade para divulgar uma errata sobre incorreções contidas ao longo do livro. Em sua maioria, elas nos foram indicadas por nossos leitores, a quem agradeço encarecidamente pelas mensagens e valiosas contribuições. Entre outras modificações, a Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, resultante da conversão da Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013, altera profundamente a legislação do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, além de revogar o Regime Tributário de Transição (RTT). A rigor, quanto à maioria dos seus artigos, a lei citada entra em vigor somente em 1º de janeiro de 2015. Todavia, o contribuinte pode optar por sua aplicação já no ano-calendário de 2014. É interessante observar que a MP nº 627 foi cobrada na prova para auditor da Receita de 2014. Apesar de ser uma lei essencialmente de natureza tributária, principalmente destinada aos contribuintes do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, essa norma interfere em alguns assuntos que são tratados na Contabilidade, aos quais dedicamos a maior parte da nossa atualização. Além de amplas e complexas, as modificações trazidas pela Lei nº 12.973/2014 ainda dependem de regulamentação, de modo que alguns comentários aqui apresentados podem não traduzir fielmente o entendimento a ser firmado em decretos e resoluções a serem editados. Por isso, conto, mais uma vez, com a valiosa colaboração de todos vocês, meus estimados leitores, no sentido de que me enviem suas opiniões, sugestões e críticas aos comentários aqui contidos às alterações dessa lei. Dica: pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2015, as bancas podem achar interessante explorar a legislação anterior e posterior à Lei nº 12.973/2014. Por isso, de forma comparativa, procure estudar como era e como ficou a legislação depois dessa norma. 1

Página 224 Alterar a seguinte parte do texto do último parágrafo: O FGTS foi criado como um instrumento de proteção ao empregado em caso de demissão por sem justa causa... Página 364 Substituir os dois últimos parágrafos: Conforme o CPC 16 (R1), valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. Já o valor justo reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a venda desse estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) ocorreria, entre seus participantes, na data de mensuração. O primeiro (o valor realizável líquido) é um valor específico para a entidade (considera suas características pessoais, ou seja, quanto ela conseguiria apurar na venda do bem por exemplo, o valor obtido na venda de um automóvel por um comerciante de veículos não será o mesmo que um prestador de serviços conseguirá obter na venda de um veículo igual), ao passo que o valor justo não é um valor específico. Por isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda. Página 511 Eliminar o seguinte texto (o intangível é tratado detalhadamente no capítulo 19): Um ativo é intangível quando: 1 - pode ser destacado do patrimônio da companhia e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado; 2 - resulta de direitos contratuais ou legais; ou 3 - decorre de ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em transação entre partes independentes. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo. Em regra, os intangíveis criados e valorizados por ações da própria entidade não são reconhecidos em seu ativo, principalmente pela falta de um critério confiável para sua mensuração. Página 517 No penúltimo parágrafo, acrescentar o texto em vermelho: Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. No entanto, o conceito de passivo previsto no item 4.4 da Estrutura Conceitual pode incluir provisões, desde que se trate de uma obrigação presente, ainda que seu valor tenha de ser estimado. 2

Página 527 Por exemplo, ainda que algum benefício econômico lhe possa ser atribuído, um bem intangível gerado internamente não deve ser dificilmente pode ser reconhecido nas demonstrações, pois seu custo normalmente não pode ser medido em bases confiáveis. Páginas 624 a 637 Substituir os itens 7, 7.1 e 7.2 pelo seguinte texto: 7 PIS/Pasep e Cofins na aquisição de mercadorias e serviços Considerando a Lei nº 12.973/2014, as contribuições para o PIS/Pasep estão sujeitas a três espécies ou modalidades de incidência: 1 - faturamento/receitas auferidas (contribuição devida pelas pessoas jurídicas de direito privado); 2 - importação; 3 - folha de pagamento (contribuição devida pelas entidades sem finalidades lucrativas). Por sua vez, a Cofins apresenta duas espécies ou modalidades de incidência: 4 - faturamento/receitas auferidas (contribuição devida pelas pessoas jurídicas de direito privado); 5 - importação; A partir da edição das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, o PIS e a Cofins incidentes sobre o faturamento/receitas auferidas estão sujeitos a dois regimes de apuração: 1 - regime de incidência cumulativa (sobre o faturamento ou receita bruta); e 2 - regime de incidência não cumulativa (sobre o total das receitas auferidas). 3 - O regime de apuração do PIS/Pasep e Cofins aplicável não altera a receita bruta, mas afeta a receita líquida. Cumulativa ou não a incidência, esses tributos devem ser deduzidos da receita bruta das vendas e serviços. Na apuração da receita líquida, comparando-se os dois regimes, o que muda são apenas as alíquotas: 0,65% e 3% no regime de incidência cumulativa e 1,65% e 7,6% no de incidência não cumulativa. (Técnico/Cespe) A contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins podem ser classificadas, seja no regime cumulativo, seja no não cumulativo, como deduções das vendas ou como despesas administrativas, tanto do ponto de vista de legislação comercial como da tributação. ( ) certo ( ) errado A contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins sobre as vendas, qualquer que seja o regime de tributação, são deduções da receita bruta. Quando incidentes sobre outras receitas, são despesas operacionais. Gabarito: certo. Apuração e pagamento A apuração e o pagamento do PIS e da Cofins devem ser efetuados mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. Imunidade O PIS e a Cofins não incidem sobre as receitas de exportação. 3

7.1 PIS/Pasep e Cofins regime de incidência cumulativa Trata-se de um regime de apuração em que o PIS e a Cofins não são recuperáveis, vale dizer, seus valores integram o custo de aquisição das mercadorias, bens e serviços. Portanto, nesse regime não há direito a crédito do PIS e da Cofins pagos em operações anteriores. O regime de incidência cumulativa está previsto na Lei nº 9.718/1998. As contribuições para o PIS/Pasep e Cofins com incidência cumulativa tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido a receita bruta. Nesse regime, as demais receitas não estão sujeitas a essas contribuições. Para esse efeito, a receita bruta abrange: 1 - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; 2 - o preço da prestação de serviços em geral; 3 - o resultado auferido nas operações de conta alheia (comissões obtidas em operações de terceiros); e 4 - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos itens anteriores (numa instituição financeira, por exemplo, a receita financeira integra a receita bruta, porém, numa empresa comercial, faz parte das demais receitas. Outro exemplo de receita da atividade é a receita de locação de bens, se estiver entre as operações principais da empresa). Incidência Cumulativa do PIS/Pasep e Cofins Receita Bruta Basicamente, estão sujeitas à incidência cumulativa do PIS/Pasep e Cofins as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, que apurem o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado. Base de cálculo No regime de incidência cumulativa, a base de cálculo é o faturamento mensal, que corresponde à receita bruta. Alíquotas No regime de incidência cumulativa, as alíquotas do PIS e da Cofins são, respectivamente, de 0,65% e 3%. Exclusões da base de cálculo No regime de incidência cumulativa, para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os seguintes valores: 1 - receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota zero; 2 - vendas canceladas; 3 - descontos incondicionais concedidos; 4 - IPI, no caso dos contribuintes desse imposto, e ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário (Cuidado! Essa exclusão serve apenas para o ICMS a ser pago como substituto tributário. O ICMS devido pelo próprio contribuinte está embutido na receita bruta e, segundo entendimento fiscal, não pode ser excluído); 5 - reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, resultado positivo da avaliação de investimento pelo valor do patrimônio líquido e lucros e dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta; 4

6 - receitas decorrentes da venda de bens classificados no ativo não circulante que tenha sido computada na receita bruta; 7 - receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos; 8 - receita decorrente da transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação. (Analista/Hemobras/FCC/2013) Em relação à contribuição para o PIS-Pasep e à Cofins na sistemática de incidência cumulativa, é correto afirmar que a) se aplica a alíquota zero sobre as receitas financeiras e sobre os juros sobre o capital próprio, auferidos pelas pessoas jurídicas sujeitas à sistemática cumulativa. b) o conceito de faturamento previsto na Lei nº 9.718/1998 corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. c) a diferença positiva entre o valor da alienação de bens do ativo permanente e o respectivo custo de aquisição não deve ser incluída na base de cálculo das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins. d) para fins de determinação da base de cálculo das contribuições, incluem-se na receita bruta o IPI e o ICMS, desde que cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de sujeito passivo por substituição. e) as sociedades corretoras de seguros que apuram o imposto de renda da pessoa jurídica com base no lucro presumido devem utilizar as alíquotas de 0,65% e 3%, no cálculo das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, respectivamente. No regime de incidência cumulativa do PIS-Pasep e da Cofins, para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores das receitas decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, que a questão chama de ativo permanente, classificados como investimentos, imobilizado ou intangível. Gabarito: C 1º exemplo Certa companhia adquiriu um lote de 1.000 unidades de uma mercadoria para revenda, pagando R$ 500,00 por cada. Posteriormente, vendeu 60% do referido lote por R$ 900,00 cada. A companhia está sujeita à incidência do PIS e da Cofins no regime cumulativo, com alíquotas, respectivamente, de 0,65% e 3%, bem como à incidência do ICMS à alíquota de 18% nas operações de compra e venda. Neste caso, o PIS e a Cofins, por serem tributos não recuperáveis, integram o custo de aquisição do estoque. Apenas o ICMS é recuperável. 1.000 unids. x 500,00 500.000 ICMS já incluído (500.000 x 18%) ( 90.000) Custo de aquisição 410.000 5

Custo unitário = 410.000/1.000 unids = 410 D - Estoque de Mercadorias 410.000 D - ICMS a Recuperar 90.000 C - Caixa 500.000 2º exemplo Consideremos as seguintes informações na apuração do PIS cumulativo: Receita bruta da venda de bens e serviços e demais receitas tributáveis 1.000 Devoluções de vendas 200 Descontos concedidos incondicionalmente 100 Resultado positivo na equivalência patrimonial 200 ICMS sobre vendas 150 ICMS retido na fonte de terceiros 50 Alíquota do PIS cumulativo 1,65% Cálculo do PIS: Receita bruta da venda de bens e serviços e demais receitas tributáveis 1.000 Devoluções de vendas ( 200) Descontos concedidos incondicionalmente ( 100) Base de cálculo do PIS 700 Alíquota do PIS x 1,65% PIS sobre o faturamento 11,55 Como o ICMS de terceiros retido na fonte não faz parte da receita bruta da companhia, ele não deve ser computado na base de cálculo do PIS. O ICMS sobre vendas já está incluído na receita bruta da companhia (é calculado por dentro, quer dizer, faz parte de sua própria base de cálculo). Lançamento contábil: D - PIS sobre o Faturamento C - PIS sobre o Faturamento a Recolher 11,55 Na demonstração do resultado do exercício, o PIS incidente sobre a receita bruta é apresentado como dedução desta. Já o PIS incidente sobre as demais receitas é classificado como despesa operacional. (Analista/TRE-SP/FCC/2012/Adaptada) Instruções: utilize as informações a seguir para responder às questões seguintes. A Cia. Mamoré, que adota o inventário permanente de estoques, vendeu 180.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço unitário de R$ 10,00. Na operação, houve a incidência dos seguintes impostos: ICMS à alíquota de 18%; PIS (incidência cumulativa) à alíquota de 0,65%; e Cofins (incidência cumulativa) à alíquota de 3%. O preço de custo das mercadorias vendidas correspondeu a 60% do preço unitário de venda. O lucro bruto auferido pela companhia nessa operação foi, em reais, de a) 384.300,00. 6

b) 396.000,00. c) 720.000,00. d) 330.300,00. e) 108.000,00. Vendas brutas = 180.000 x 10,00 1.800.000 ICMS + PIS + Cofins = 21,65% ( 389.700) Vendas líquidas 1.410.300 CMV = 1.800.000 x 60% (1.080.000) Lucro bruto 330.300 Gabarito oficial: D (Analista/TRE-SP/FCC/2012) Caso o cliente tivesse devolvido 1.800 unidades da venda acima por estarem com pequenas avarias, o lucro bruto da companhia na operação, em reais, seria reduzido em a) 7.200,00. b) 3.303,00. c) 3.960,00. d) 3.846,00. e) 1.080,00. Lucro bruto unitário = R$ 330.300,00/180.000 unidades = R$ 1,835. Redução do lucro bruto pela devolução = 1.800 unidades x R$ 1,835 = R$ 3.303,00. Gabarito: B 7.2 PIS/Cofins regime de incidência não cumulativa O regime de incidência não cumulativa foi instituído pela Lei nº 10.637/2002 (PIS/Pasep) e 10.833/2003 (Cofins). De forma idêntica ao ICMS, o regime de incidência não cumulativa admite o direito a crédito relativo à entrada de mercadorias, bens e serviços no estabelecimento do contribuinte, além de permitir o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. Estão sujeitas à incidência não cumulativa as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, que apurem o IRPJ com base no lucro real, exceto instituições financeiras, cooperativas de crédito, pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros, operadoras de planos de assistência à saúde, empresas particulares que explorem serviços de vigilância e de transporte de valores de que trata a Lei nº 7.102/83, e sociedades cooperativas (exceto sociedades cooperativas de produção agropecuária e sociedades cooperativas de consumo). Incidência As contribuições para o PIS/Pasep e Cofins não cumulativas incidem sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independente de sua denominação ou classificação contábil. O total das receitas compreende a receita bruta e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica, com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente. Para esse efeito, a receita bruta abrange: 7

1 - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; 2 - o preço da prestação de serviços em geral; 3 - o resultado auferido nas operações de conta alheia (comissões obtidas em operações de terceiros); e 4 - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos itens anteriores (numa instituição financeira, por exemplo, a receita financeira integra a receita bruta, porém, numa empresa comercial, faz parte das demais receitas. Outro exemplo de receita bruta não incluída nos itens anteriores é a receita de locação de bens, se estiver entre as atividades principais da empresa). Incidência Não Cumulativa do PIS/Pasep e Cofins Receita Bruta + Demais Receitas Em atendimento à Lei nº 12.973/2014, quanto ao ajuste a valor presente, o registro contábil da receita de vendas deve ser feito pelo valor bruto: D - Contas a Receber C - Receitas de Vendas 12.000 Em seguida, o valor do ajuste é debitado em conta redutora da receita bruta: D - Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente C - Ajuste a Valor Presente (receita a apropriar) 2.000 Na DRE: Receita bruta 12.000 ( ) Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente (2.000) Receita líquida 10.000 Alíquotas Em regra, as alíquotas do PIS e da Cofins, com a incidência não cumulativa, são, respectivamente, de 1,65% e 7,6%. Por determinação do Decreto nº 5.442/2005, foram reduzidas a zero as alíquotas do PIS e da Cofins incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não cumulativo dessas contribuições. Todavia, essa regra não se aplica aos juros sobre o capital próprio, que estão sujeitos à cobrança do PIS e da Cofins. Receitas que não integram a base de cálculo Na incidência não cumulativa, não fazem parte da base de cálculo as receitas: 1 - decorrentes de saídas isentas, não alcançadas pela incidência ou sujeitas à alíquota zero; 2 - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária; 3 - referentes a: a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos; b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e lucros e dividendos derivados de participações societárias, desde que tenham sido computados como receita; 4 - decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível; 8

5 - decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação; 6 - financeiras decorrentes do ajuste a valor presente, referentes a receitas excluídas da base de cálculo das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins; 7 - relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de ativo e passivo com base no valor justo; 8 - de subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e de doações feitas pelo poder público; 9 - reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos; 10 - relativas ao prêmio na emissão de debêntures. (Analista/TRE-RN/FCC/2011) É uma receita tributável pelo Programa de Integração Social (PIS) no regime de incidência não cumulativo: a) reversão da provisão para créditos de liquidação duvidosa e da provisão para ajuste de bens ao valor de mercado. b) receita de dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição. c) resultado positivo de investimentos avaliados pelo patrimônio líquido. d) receita de aluguel de imóveis não utilizados pela companhia nas suas atividades operacionais. e) receita de vendas de bens do ativo imobilizado ou de participações societárias classificadas como investimentos permanentes. A receita de aluguel não consta da lista de exclusões da base de cálculo. Gabarito: D (Analista/Metrô/FCC/2012) A contribuição para o programa de integração social, na sistemática não cumulativa, NÃO incide sobre a) a folha de salários de uma entidade com fins lucrativos. b) as receitas auferidas pela entidade pelo aluguel de seus imóveis de renda. c) as receitas de dividendos. d) as receitas sobre a venda de mercadorias a prazo, cujo pagamento não foi efetuado pelo cliente. e) a receita de juros sobre o capital próprio. Não integram a base de cálculo do PIS os dividendos derivados de participações societárias que tenham sido computados como receita. Gabarito: C Na demonstração do resultado do exercício, a Cofins incidente sobre a receita bruta é apresentada como dedução da receita bruta. Já a Cofins incidente sobre as demais receitas classifica-se como despesa operacional. Desconto de créditos Dos valores do PIS e Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência não cumulativa pode descontar créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas 1,65% (PIS) e de 7,6% (Cofins) sobre os valores relativos a: 1 - bens adquiridos para revenda; 9

2 - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes; 3 - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa; 4 - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional; 5 - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços (excluídos, no arrendatário, os bens arrendados em arrendamento mercantil); 6 - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa (excluídos, no arrendatário, os bens arrendados em arrendamento mercantil); 7 - bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e seja tributada; 8 - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; 9 - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção; 10 - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços. Quando vinculados aos itens 1 e 2, também podem ser descontados créditos sobre os gastos incorridos no mês com armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, desde que o ônus seja suportado pelo vendedor. O crédito é apurado mediante a aplicação da alíquota de 1.65%, no caso do PIS/Pasep, ou 7,6%, no caso da Cofins, sobre o valor: 1 - dos bens adquiridos para revenda e dos bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda; 2 - dos seguintes itens, incorridos no mês: a) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa; b) valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional; c) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica. 3 - dos encargos de depreciação e amortização dos bens mencionados nos seguintes itens, incorridos no mês: a) máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; b) edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros; 10

c) bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados à venda ou à prestação de serviços. 4 - bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e seja tributada. Consideremos as seguintes informações relativas a determinado mês de apuração da Cofins não cumulativa: Receita bruta das vendas de mercadorias e serviços 12.000 Devoluções de vendas realizadas no mês 1.500 Descontos incondicionais sobre as vendas 500 Receita da alienação de imobilizado 3.000 Depreciação de edificações utilizadas nas atividades da empresa 1.000 Bens adquiridos para revenda 5.000 Alíquota da Cofins não cumulativa 7,6% Cálculo da Cofins: Receita bruta das vendas de mercadorias e serviços 12.000 Devoluções de vendas realizadas no mês (1.500) Descontos incondicionais sobre as vendas ( 500) Base de cálculo da Cofins 10.000 Alíquota da Cofins x 7,6% Cofins sobre o faturamento 760 O lucro na alienação de imobilizado não integra a base de cálculo da Cofins. Lançamento contábil: D - Cofins sobre o Faturamento C - Cofins sobre o Faturamento a Recolher 760 Neste caso, a empresa pode descontar, como crédito: Depreciação de edificações utilizadas nas atividades da empresa 1.000 Bens adquiridos para revenda 5.000 6.000 x 7,6% Créditos da Cofins no mês 456 Valor efetivo a pagar: 760 456 = 304. (Técnico/Cespe) A Cofins não cumulativa é o tributo em que os contribuintes não podem descontar nenhum tipo de crédito anterior. ( ) certo ( ) errado A legislação permite desconto de créditos, desde que o regime seja o não cumulativo. Gabarito: errado. 11

(Técnico/Cespe) O registro do valor relativo à contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) sobre aquisição de mercadorias à vista, advindas do exterior, proporciona um débito na conta de Cofins a recuperar, do ativo circulante, e um crédito no disponível. C ( ) certo ( ) errado Mesmo na importação, o regime não cumulativo admite o desconto de créditos. Gabarito: certo. (Analista/TRE-RN/FCC/2011) Dados do mês de outubro de 2010, referentes à Cia. Comercial Campinas, em R$: Aquisição de Mercadorias para Revenda 460.000,00 Gastos com Energia Elétrica do Escritório de Vendas 25.000,00 Gastos com Energia Elétrica da Fábrica 45.000,00 Receita da Venda de Mercadorias 990.000,00 Despesas com Arrendamento Mercantil Operacional 100.000,00 Despesas de vendas, relativas a Frete e Armazenamento de mercadorias, cujo ônus foi da Companhia 60.000,00 Receitas Financeiras (exceto juros sobre o capital próprio) 40.000,00 Sabendo-se que a Cia. é contribuinte da Cofins na sistemática não cumulativa, o valor devido dessa contribuição, referente ao mês de outubro de 2010, é, em R$, a) 18.240,00. b) 20.900,00. c) 25.840,00. d) 23.940,00. e) 22.800,00. Por determinação do Decreto nº 5.422/2005, foram reduzidas a zero as alíquotas do PIS e da Cofins incidentes sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não cumulativo dessas contribuições. Todavia, essa regra não se aplica aos juros sobre o capital próprio, que estão sujeitos à cobrança do PIS e da Cofins. Receita da Venda de Mercadorias = 990.000,00 x 7,6% 75.240,00 Receitas Financeiras = 40.000,00 x 0% (alíquota zero) Deduções de créditos = (460.000 + 25.000 + 45.000 + 100.000 + 60.000) 7,5% (52.440,00) Cofins devida 22.800,00 Gabarito: E Não dá direito a crédito o valor: 1 - de mão de obra paga a pessoa física; e 2 - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela contribuição. 12

O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação: 1 - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no país; 2 - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no país. O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subsequentes. (Contador/Infraero/FCC/2011) São dadas as seguintes informações, em R$, relativas ao mês de maio de 2011, retiradas da escrituração contábil da Cia. Monte Azul, que é tributada pelo imposto de renda das pessoas jurídicas com base no lucro real: Receita da venda de mercadorias 800.000,00 Devolução de vendas 50.000,00 Receitas financeiras 100.000,00 Aquisição de mercadorias para revenda 350.000,00 Despesas de energia elétrica 80.000,00 Fretes sobre vendas, cujo ônus coube à companhia 40.000,00 Receita da venda de bem do Ativo Imobilizado 20.000,00 Despesas de aluguel de imóvel, pago a uma pessoa física 30.000,00 Com base nesses dados, o valor da Cofins não cumulativa, a ser recolhida pela Companhia no mês de junho de 2011, corresponde a, em R$, a) 19.000,00 b) 22.800,00 c) 28.880,00 d) 21.800,00 e) 21.280,00 Receita da venda de mercadorias 800.000,00 Devolução de vendas ( 50.000,00) 750.000,00 Alíquota da Cofins x 7,6% 57.000,00 Receitas financeiras = 100.000,00 x 0% Aquisição de mercadorias para revenda = 350.000,00 x 7,6% (26.600,00) Despesas de energia elétrica = 80.000,00 x 7,6% ( 6.080,00) Fretes sobre vendas, cujo ônus coube à companhia =.40.000,00 x 7,6% ( 3.040,00) Cofins a pagar 21.280,00 A receita da venda de bem do ativo imobilizado é exclusão da base de cálculo. A despesas de aluguel de imóvel pago a pessoa física não dá direito a crédito. Gabarito: E Conceito de insumo Entende-se como insumos: 1 - utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: a) as matérias-primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de 13

propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no país, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto; 2 - utilizados na prestação de serviços: a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no país, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. (Analista/Metrô/FCC/2012) Os seguintes dados, em R$, foram obtidos da escrituração comercial da Cia. Topázio, referentes ao mês de dezembro de 2011: Receita bruta da venda de produtos industrializados 460.000,00 Insumos adquiridos para produção dos referidos bens 210.000,00 Aluguel do imóvel da fábrica pago à pessoa física 40.000,00 Energia térmica utilizada na produção 20.000,00 Fretes pagos pela companhia para entrega dos produtos aos clientes 30.000,00 A Cia. Topázio é contribuinte da Cofins no regime não cumulativo. O valor, em R$, da Cofins a ser recolhida ao Tesouro Nacional, relativa aos fatos geradores ocorridos no mês de dezembro, corresponde a a) 16.720,00. b) 6.000,00. c) 12.160,00. d) 19.000,00. e) 15.200,00. Receita bruta da venda 460.000 Alíquota x 7,6% Débito da Cofins 34.960 Crédito de insumos = 210.000 x 7,6 (15.960) Crédito de energia térmica = 20.000 x 7,6% ( 1.520) Crédito sobre frete = 30.000 x 7,6% ( 2.280) Cofins a ser recolhida 15.200 Cálculo simplificado: (460.000 210.000 20.000 30.000) 7,6% = 15.200. Aluguel do imóvel da fábrica pago à pessoa física não dá direito a crédito. Gabarito: E Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não cumulativa das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins em relação apenas a parte de suas receitas, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas. No caso de custos, despesas e encargos vinculados e essas receitas e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa dessa contribuição, o crédito será determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de: 14

1 - apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou 2 - rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada mês. O método eleito pela pessoa jurídica será aplicado consistentemente por todo o ano-calendário, observadas as normas editadas pela Secretaria da Receita Federal. (Analista/Hemobras/FCC/2013) É correto afirmar que a pessoa jurídica sujeita à apuração do imposto de renda com base no lucro real que auferir receitas decorrentes da prestação de serviços de diálise e da venda de equipamentos médico-hospitalares poderá descontar créditos de PIS-Pasep e Cofins calculados em relação a a) bens e serviços, que forem utilizados como insumo na prestação dos serviços de diálise, com base no método de apropriação direta. b) energia térmica consumida no estabelecimento da pessoa jurídica, com base no método de apropriação direta ou de rateio proporcional. c) aluguéis de máquinas e equipamentos utilizados na prestação dos serviços de diálise, pagos à pessoa física, com base no método de rateio proporcional. d) vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados, com base no método de apropriação direta ou de rateio proporcional. e) valores das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica optante pelo regime tributário do Simples Nacional, com base no método de rateio proporcional. A pessoa sujeita ao lucro real deve apurar PIS-Pasep e Cofins com incidência não cumulativa. Na apuração desses tributos, pode descontar créditos calculados em relação a energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas em seus estabelecimentos. Gabarito: B Não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para incorporação ao ativo imobilizado os seguintes custos: 1 - de mão de obra paga a pessoa física; e 2 - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela contribuição. No cálculo do crédito, podem ser considerados os valores decorrentes do ajuste a valor presente. Contribuinte O contribuinte das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins é a pessoa jurídica que aufere as receitas sujeitas ao tributo. Não incidência As contribuições para o PIS/Pasep e Cofins não incidem sobre as receitas decorrentes das operações de: 1 - exportação de mercadorias para o exterior; 2 - prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas; 3 - vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. 15

Nas hipóteses de não incidência, a pessoa jurídica vendedora pode utilizar o crédito apurado para fins de: 1 - dedução do valor da contribuição a recolher, decorrente das demais operações no mercado interno; 2 - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar os créditos das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro. Exemplo Certa companhia adquiriu um lote de 1.000 unidades de determinada mercadoria para revenda, pagando R$ 500,00 por cada. Posteriormente, vendeu 60% do referido lote por R$ 900,00 a unidade. A companhia está sujeita à incidência do PIS e da Cofins no regime não cumulativo, com alíquotas, respectivamente, de 1,65% e 7,6%, bem como à incidência do ICMS à alíquota de 18% nas operações de compra e venda. Neste caso, ICMS, PIS e Cofins, por serem tributos recuperáveis, não integram o custo de aquisição do estoque. 1.000 unids. x 500,00 = 500.000 ICMS já incluído = 500.000 x 18% = ( 90.000) PIS já incluído = 500.000 x 1,65% = ( 8.250) Cofins já incluída = 500.000 x 7,6% = ( 38.000) Custo de aquisição 363.750 Como os três tributos incidem da mesma forma, ou seja, por dentro (integram suas próprias bases de cálculo), o cálculo pode ser simplificado pela soma das alíquotas: 1.000 unids. x 500,00 = 500.000 ICMS + PIS + Cofins = 500.000 x 27,25% = (136.250) Custo de aquisição 363.750 Custo unitário = 363.750/1.000 unids. = 363,75 D - Estoque de Mercadorias 363.750 D - Tributos a Recuperar ICMS, PIS e Cofins 136.250 C - Caixa 500.000 Página 660 Substituir o item 10: 10 Regime Tributário de Transição (RTT) Conforme a Lei nº 12.973/2014 (Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013), o Regime Tributário de Transição será extinto até 31 de dezembro de 2014. Em princípio, os efeitos dessa lei sobre o RTT ocorrerão a partir de janeiro de 2015. Todavia, a pessoa jurídica pode optar pela aplicação desses efeitos já a partir de janeiro de 2014. A opção será irretratável e acarretará a observância, a partir de 1º de janeiro de 2014, de quase todas as alterações trazidas pela lei citada, que modifica a legislação do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, entre outras mudanças. 16

O RTT foi instituído com o objetivo de que as mudanças contábeis destinadas à convergência da contabilidade brasileira ao padrão internacional não produzam efeitos tributários (neutralidade tributária). Passou a ser obrigatório a partir do ano-calendário de 2010, inclusive para a apuração do IR com base no lucro presumido ou arbitrado, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. Assim, a Lei nº 12.973/2014 acaba, a partir de janeiro de 2015, com a neutralidade tributária no processo de convergência das normas contábeis brasileiras ao padrão IFRS, previsto na Lei nº 11.638/2007. Pela ótica do governo, muitas empresas aproveitaram a convergência ao padrão internacional para deixar de pagar imposto, por isso, com o fim da neutralidade tributária, haverá isenção apenas para as hipóteses previstas na legislação tributária. (Auditor/Receita Federal/Esaf/2014) Com a extinção do chamado Regime Tributário de Transição (RTT), foram efetuadas importantes alterações na legislação vigente sobre o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), e sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Entre as opções abaixo, assinale aquela que não constitui uma dessas alterações. a) Tratamento dos efeitos provocados em razão da alteração significativa na forma de contabilização do arrendamento mercantil (leasing) na Lei das SA, com o reconhecimento no ativo imobilizado do bem arrendado, desde a formalização do contrato. b) Disciplinamento de ajustes decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos em razão da convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais. c) Estabelecimento de multa específica pela falta de apresentação da escrituração do livro de apuração do lucro real em meio digital, ou pela sua apresentação com informações incorretas ou omissas, com base na capacidade contributiva da empresa. d) Extinção da sistemática de ajustes em Livro Fiscal para os ajustes do lucro líquido decorrentes do RTT. e) Avaliação dos investimentos pela equivalência patrimonial. A MP dispõe sobre o registro separado do valor decorrente da avaliação ao valor justo dos ativos líquidos da investida (mais-valia) e a diferença decorrente de rentabilidade futura (goodwill). Esta questão foi aplicada no prova de Direito Tributário. Após a extinção do RTT, os ajustes do lucro líquido em livro fiscal permanecem obrigatórios. (Auditor/Receita Federal/Esaf/2014) Leia o texto abaixo: Brasília, 12 de novembro de 2013 - Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013, que revoga o Regime Tributário de Transição (RTT), instituído pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, e que dispõe sobre a tributação dos lucros auferidos no exterior por pessoa jurídica e física residente ou domiciliada no Brasil. A MP tem como objetivo a adequação da legislação tributária à legislação societária e, assim, estabelecer os ajustes que devem ser efetuados em livro fiscal para a apuração da base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e, consequentemente, extinguindo o RTT. Assinale a opção não prevista pela Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013. a) Não incidência de Imposto de Renda sobre dividendos efetivamente pagos até 11/11/2013, 17

com base em resultados apurados pela pessoa jurídica entre 01/01/2008 e 31/12/2013, em valor superior ao lucro apurado com base nos critérios contábeis vigentes em 31/12/2007. b) Variação do momento do pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica controladora domiciliada no Brasil, incidente sobre a parcela do ajuste do valor do investimento equivalente aos lucros auferidos por controlada no exterior, de acordo com a localização, ou não, da controlada em país com tributação favorecida. c) Faculdade de extinção do Regime Tributário de Transição a partir de janeiro de 2014 e obrigatoriedade de extinção do Regime Tributário de Transição a partir de janeiro de 2015, vedada utilização simultânea dos dois regimes por uma mesma pessoa jurídica. d) Proibição de utilização do ágio por rentabilidade futura (goodwill) relativo à participação societária extinta em decorrência de fusão, incorporação ou cisão, quando apurado em operação de substituição de ações ou de quotas de participação societária, para fins de determinação do lucro real da pessoa jurídica. e) Garantia do direito à utilização do ágio interno como despesa dedutível para fins de apuração do lucro real da pessoa jurídica. Esta questão foi aplicada na prova de Legislação Tributária. A alternativa A foi baseada no art. 67 da MP nº 627 (convertida na Lei nº 12.973/2014): Art. 67. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013, pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, efetivamente pagos até a data de publicação desta Medida Provisória, em valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido do beneficiário, pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliado no País ou no exterior. Como a MP foi publicada no DOU de 12/11/2013, houve erro também nessa alternativa, o que gerou a anulação da questão. A matéria está assim prevista na Lei nº 12.973/2014, em seu art. 67, agora sem mencionar data de pagamento dos dividendos: Art. 72. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013 pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, em valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do beneficiário, pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliado no País ou no exterior. A Lei citada não admite a dedução de ágio por rentabilidade futura gerado internamente, o que torna a alternativa E também incorreta. Gabarito preliminar: E. Gabarito final: Nula. Página 690 O item 7 passe a ter nova redação, e os itens 7 e 8 anteriores devem ser renumerados para 8 e 9: 7 - informações comparativas com o período anterior; 8 - balanço patrimonial do início do período mais antigo comparativamente apresentado quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis. 18

9 - demonstração do valor adicionado do período (CPC 09), se exigida legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente; 1 Página 723 A alínea (b) do segundo parágrafo passa a ter seguinte redação:... (b) dois investidores empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture);... Página 752 Acrescentar o item 4..6: 4.6 Ajuste a valor presente como dedução da receita bruta Conforme a Lei nº 12.973/2014, Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente. A mesma lei também estabelece que a receita líquida é a receita bruta deduzida, entre outros, dos valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. Como o ajuste a valor presente deve ocorrer no reconhecimento inicial dos ativos e passivos (nesse caso, no ato da venda), eis a forma de indicar como dedução da receita bruta esse valor decorrente de ajuste a valor presente: O registro contábil da receita de vendas é feito pelo valor bruto: D - Contas a Receber C - Receitas de Vendas 12.000 Em seguida, o valor do ajuste é debitado em conta redutora da receita bruta: D - Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente 2.000 C - Ajuste a Valor Presente (receita a apropriar) Na DRE: Receita bruta de vendas 12.000 ( ) Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente (2.000) Receita líquida de vendas 10.000 Página 784 No item 13, substituir o seguinte texto: Além dos dividendos, as companhias têm a opção de oferecer aos acionistas remuneração a título de juros sobre o capital próprio (ou juros sobre as contas de patrimônio líquido). Em geral, esses juros pagos ou creditados são lançados contabilmente como despesas financeiras. 1 A Lei das S/A só exige a demonstração do valor adicionado se a companhia for aberta. 19

Conforme o IR, a pessoa jurídica pode deduzir, para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP. Segundo a Lei nº 12.973/2014, para fins de cálculo da remuneração sobre o capital próprio, serão consideradas exclusivamente as seguintes contas do patrimônio líquido: 1 - capital social; 2 - reservas de capital; 3 - reservas de lucros; 4 - ações em tesouraria; e 5 - prejuízos acumulados. Para fins de cálculo dessa remuneração, a conta capital social inclui todas as espécies de ações previstas no art. 15 da Lei das S/A, ainda que classificadas em contas de passivo na escrituração comercial. Exemplo Capital próprio antes do resultado: Capital Social 1.100 Reservas de Capital 500 Ajustes de Avaliação Patrimonial 200 Reservas de Lucros 1.200 3.000... Página 864 Antes da questão 69, acrescentar o seguinte: Ajuste a valor presente como dedução da receita bruta Enquanto o CPC 12 prevê o reconhecimento contábil com base na receita líquida, a Lei nº 12.973/2014 estabelece que o registro seja feito pelo valor da receita bruta. Portanto, é preciso identificar qual desses dois critérios é exigido pela banca examinadora. Conforme a Lei nº 12.973/2014, Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente. A mesma lei também estabelece que a receita líquida é a receita bruta deduzida, entre outros, dos valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. Como o ajuste a valor presente deve ocorrer no reconhecimento inicial dos ativos e passivos (nesse caso, no ato da venda), eis a forma de indicar como dedução da receita bruta esse valor decorrente de ajuste a valor presente: O registro contábil da receita de vendas é feito pelo valor bruto: D - Contas a Receber C - Receitas de Vendas 12.000 20

Em seguida, o valor do ajuste é debitado em conta redutora da receita bruta: D - Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente 2.000 C - Ajuste a Valor Presente (receita a apropriar) Na DRE: Receita bruta de vendas 12.000 ( ) Deduções da Receita Bruta por Ajuste a Valor Presente (2.000) Receita líquida de vendas 10.000 Página 965 Questão 58 No comentário, em vez de vida útil definida, o correto é vida útil indefinida. Página 1002 No final da página: Em 30/12/x0, eis os registros contábeis no arrendador arrendatário:... Página 1010 Acrescentar o item 1.7: 1.7 Não dedutibilidade da despesa de depreciação e amortização A Lei nº 12.973/2014 veda a dedução, para fins do imposto de renda, da despesa de depreciação e amortização de bem objeto de arrendamento mercantil, que deve ser ajustada como uma adição do lucro real. Todavia, a prestação do arrendamento é despesa dedutível. Por isso, com essa adição, a legislação evita a duplicidade da dedução. Páginas 1056 a 1062 Substituir os itens 3.2 a 3.7 pelos itens 3.2 a 3.2.6 a seguir: 3.2 Desdobramento do custo de aquisição na equivalência patrimonial Conforme a Lei nº 12.973/2014, o contribuinte que avaliar investimento pelo método da equivalência patrimonial deverá, por ocasião da aquisição da participação, desdobrar o custo de aquisição em: 1 - valor de patrimônio líquido na época da aquisição; 2 - mais ou menos-valia; 3 - ágio por rentabilidade futura (goodwill); Mais ou menos-valia é a diferença positiva ou negativa, respectivamente, entre o valor justo dos ativos líquidos da investida e o valor de patrimônio líquido na época da aquisição. Para esses efeitos, o valor justo dos ativos da investida deve ser apurado conforme o percentual da participação adquirida, ou seja, proporcionalmente. 21