Sistema Público de Escrituração Digital
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- Raíssa Ávila Madeira
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2 INTRODUÇÃO PIS/PASEP E COFINS SISTEMÁTICA DA NÃO-CUMULATIVIDADE AS DIFICULDADES Não é um regime pleno de não-cumulatividade, como o IPI e o ICMS. O legislador preferiu listar as operações geradoras de crédito (tanto pode e não pode tem gerado uma galáxia de dúvidas). A cada apuração, cabe ao contribuinte analisar quais créditos poderá utilizar para deduzir do montante devido das contribuições.
3 INTRODUÇÃO Um exemplo claro dessa dificuldade é saber o que é insumo, para efeito de geração de crédito. O conceito de insumo têm sido uma briga à parte no regime da não-cumulatividade da COFINS e do PIS/PASEP.
4 INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO ECONÔMICA (AMPLA): Insumo é a combinação de fatores de produção, diretos (matérias-primas, mão-de-obra direta, materiais de embalagem) e indiretos (mão-deobra indireta, energia, tributos, etc.), que entram na elaboração de certa quantidade de bens ou serviços. Simplificando, insumo seria tudo aquilo que entra no processo (input), para gerar um determinado produto (output), que é o que sai.
5 INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DA LEGISLAÇÃO DO IPI (ESTRITA): Insumo são as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem destinados à industrialização.
6 INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DA LEGISLAÇÃO DO PIS E DA COFINS (MAIS ESTRITA AINDA): Entende-se como insumo utilizado na fabricação ou produção de bens destinados à venda: A matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; Os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto.
7 INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DA LEGISLAÇÃO DO PIS E DA COFINS (MAIS ESTRITA AINDA): Entende-se como insumo utilizado na prestação de serviços: Os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e Os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço.
8 INTRODUÇÃO O MOTIVO DA BRIGA: Ao contrário do que ocorre na legislação do IPI, as leis que regulam o regime de do PIS e da COFINS não cumulativos não delimitam o significado de insumo. O conceito restrito foi dado pelas Instruções Normativas 247/2002 e 404/2004. Os que brigam afirmam que a Receita Federal extrapolou a sua competência, normatizando o que a lei não previu. O STJ, mais recentemente, tem aceito que insumo é tudo aquilo que compõe o custo de produção, tal como previsto no art. 290 do RIR/99, exceto os pagamentos efetuados a pessoas físicas.
9 INTRODUÇÃO O controle do crédito é do contribuinte, mas nenhum instrumento foi dado a ele para operacionalizar as mudanças. A legislação obrigou o contribuinte a manter o controle de todas operações que influenciem a apuração dos débitos e dos créditos a serem descontados, deduzidos, compensados ou ressarcidos, mas não disse como fazer isso. A EFD-PIS/COFINS visa exatamente uniformizar esse controle e, no futuro, a sua entrega possibilitará a eliminação da obrigatoriedade de entrega do DACON. Mas, como fazer a EFD-PIS/COFINS? O PVA (Programa Validador Assinador) vai resolver?
10 EFD-PIS/Cofins O que faz o PVA Sistema Público de Escrituração Digital
11 EFD PIS/COFINS Visão Geral de Funcionamento EMPRESA Registros Registros Registros Registros CNPJ 0001 CNPJ 0002 CNPJ 0005 CNPJ 0009 Registros Registros Registros Registros CNPJ 0010 CNPJ 0011 CNPJ 0015 CNPJ 0021 Arquivo Digital Único PVA (EFD PIS/COFINS)
12 EFD-PIS/Cofins O PVA Importa Arquivo da Escrituração Verifica Inconsistências Gera Arquivo para Transmissão Edita Registros da Escrituração Efetua Assinatura Digital do Arquivo Transmite o Arquivo Emite Recibo de Transmissão
13 EFD-PIS/COFINS: Funcionamento O QUE FAZ A EMPRESA ESCRITURAÇÃO DIGITAL PIS/COFINS Escritura todas as operações: 1. Documentos de Receitas 2. Documentos de Despesas 3. Documentos de Aquisição de Bens e Serviços 4. Transfere as informações para o PVA VALIDAÇÃO TRANSMISSÃO O QUE FAZ O PVA/SPED 1. Demonstra todas as operações praticadas no mês 2. Valida e/ou apura os créditos 3. Valida e/ou apura as contribuições 4. Faz o desconto automático dos créditos 5. Demonstra a contribuição devida 6. Demonstra o saldo de créditos para aproveitamento futuro (desconto / ressarcimento) Sistema Público de Escrituração Digital
14 EFD-PIS/Cofins Visão Simplificada INPUT (Visão Usuário) Escrituração (Aplicativo Próprio) PROCESSAMENTO (PVA) OUTPUT (Visão RFB) Arquivo Validado
15 CONTEÚDO GERAL DA EFD-PIS/COFINS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CRÉDITOS NÃO-CUMULATIVIDADE CONTROLE DOS CRÉDITOS Operações Geradoras Apuração Registro e Operações Geradoras Apuração Registro e Saldos de PA Anteriores Nota Fiscal de Saídas Não-Cumulativa Nota Fiscal de Entradas Créditos Básicos Desconto Cupom Fiscal Cumulativa Aluguéis Créditos Ressarcimento Presumidos Contratos Monofásica Depreciação Compensação Créditos na Outras Receitas Subs. Tributária Fretes Importação Suspensão Armazenagem Créditos Agro-industria Alíquota Zero Demais Custos
16 DOCUMENTOS DA ESCRITURACAO NOTA FISCAL (ICMS) BLOCOS C e D NOTA FISCAL (ISS) BLOCO A OUTRAS RECEITAS BLOCO F ALUGUEL BLOCO F ARRENDAMENTO MERCANTIL BLOCO F DEPRECIAÇÃO BLOCO F BENS INCORP. AO IMOBILIZADO BLOCO F INCORPORAÇÃO CISÃO E FUSÃO BLOCO F
17 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário Utilização de aplicativo próprio Cuidados na escrituração dos documentos Documentos de vendas Correta classificação da operação e do produto (CFOP / NCM). Há incidência? Que tipo de incidência? Documentos de outras receitas Há incidência? Que tipo de incidência?
18 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário Documentos de compras Correta classificação da operação (CFOP). Gera crédito? Que tipo de crédito? Documentos de demais custos, encargos e despesas São geradores de crédito? Que tipo de crédito?
19 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário A seguir, um resumo do que gera e do que não gera crédito:
20 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário COMPRAS sujeitas à contribuição e VENDAS NO MERCADO INTERNO sujeitas à contribuição DESCONTO DE CRÉDITO SIM RESSARCIMENTO NÃO COMPRAS NO MERCADO INTERNO sujeitas à contribuição e VENDAS PARA O EXTERIOR OU À COMERCIAL EXPORTADORA DESCONTO DE CRÉDITO SIM RESSARCIMENTO SIM COMPRAS NO MERCADO EXTERNO sujeitas à contribuição e VENDAS AO MERCADO EXTERNO OU À COMERCIAL EXPORTADORA DESCONTO DE CRÉDITO SIM RESSARCIMENTO NÃO (até 08/08/2004); SIM (a partir de 09/08/2004) Sistema Público de Escrituração Digital
21 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário COMPRAS sujeitas à contribuição e VENDAS com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência DESCONTO DE CRÉDITO SIM RESSARCIMENTO NÃO (até 08/08/2004); SIM (a partir de 09/08/2004) COMPRAS não sujeitas à contribuição (exceto caso de isenção) e VENDAS com suspensão, isenção, alíquota zero ou nãoincidência DESCONTO DE CRÉDITO NÃO RESSARCIMENTO NÃO COMPRAS não sujeitas à contribuição (exceto caso de isenção) e VENDAS sujeitas à contribuição DESCONTO DE CRÉDITO SIM (até 30/04/2004); NÃO (a partir de 1º/05/2004) RESSARCIMENTO SIM (até 30/04/2004); NÃO (a partir de 1º/05/2004)
22 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário COMPRAS isentas da contribuição e VENDAS sujeitas à contribuição DESCONTO DE CRÉDITO SIM RESSARCIMENTO SIM COMPRAS isentas da contribuição e VENDAS com isenção, alíquota zero ou não-incidência DESCONTO DE CRÉDITO NÃO RESSARCIMENTO NÃO Sistema Público de Escrituração Digital
23 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário ALÉM DAS OBSERVAÇÕES ANTERIORES, VERIFICAR: No caso de bens para revenda, se os bens adquiridos estão sujeitos à substituição tributária (contribuição antecipada pela empresa vendedora, na qualidade de substituta). SIM sem direito ao crédito. NÃO com direito ao crédito No caso de bens para revenda, se os bens adquiridos estão sujeitos à incidência monofásica. SIM sem direito ao crédito NÃO com direito ao crédito Sistema Público de Escrituração Digital
24 EFD-PIS/Cofins Visão do Usuário No caso de bens para revenda, se os bens adquiridos estão integralmente vinculados às receitas não-cumulativas. SIM crédito em relação ao total das aquisições. NÃO crédito apenas em relação ao valor das receitas nãocumulativas (aplicar o percentual de composição da receita). No caso de bens utilizados como insumos, se os bens adquiridos estão integralmente vinculados às receitas nãocumulativas. SIM crédito em relação ao total das aquisições. NÃO crédito apenas em relação ao valor das receitas nãocumulativas (aplicar o percentual de composição da receita). No caso de bens utilizados como insumos, se os bens adquiridos enquadram-se no conceito de insumo. SIM com direito ao crédito NÃO sem direito ao crédito Sistema Público de Escrituração Digital
25 EFD-PIS/Cofins Cronograma de Entrega Data Fatos geradores ocorridos a partir de 1º Fatos geradores ocorridos a partir de 1º Fatos geradores ocorridos a partir de 1º Pessoas jurídicas obrigadas PJ sujeita a acompanhamento econômico-tributário diferenciado (Portaria RFB nº de 2009), e sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real (ENTREGA EM 07/02/2012) Demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real (ENTREGA EM 07/02/2012) PJ sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado (ENTREGA EM 07/03/2012) - Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de crédito; - Empresas de seguros privados; - Entidades de previdência privada, abertas e fechadas; - Empresas de capitalização; - Pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários, financeiros, agrícolas; - Operadoras de planos de assistência à saúde; - Empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores. (ENTREGA EM 07/03/2012)
26 EFD-PIS/Cofins Importante O fato da entrega dos arquivos ter ficado para o ano que vem não significa que há tempo de sobra para concluir a implantação ou para arrumar os erros e problemas existentes. Na verdade, as dificuldades apresentadas na implantação dessa obrigação demonstram que o tempo ainda é curto para aqueles que querem entregar arquivos corretos. Isso se deve, pela profundidade das informações exigidas, bem assim, pelo detalhamento presente em cada registro da EFD-PIS/COFINS. Os ajustes a serem promovidos não são tarefa unicamente do Analista de Sistemas e/ou do Programador. O Contador é quem deverá prover o setor de informática de todas as informações necessárias para a correta concretização dos ajustes nos sistemas da empresa, devido ao alto grau de complexidade que envolve esses ajustes, especialmente no que tange à correta aplicação da legislação.
27 EFD-PIS/Cofins Importante Além da questão relativa aos sistemas, é importante lembrar que, com a transparência inerente à EFD- PIS/COFINS, as regras de apuração de PIS e de COFINS (especialmente no que se referem aos créditos da nãocumulatividade), devem estar todas sendo cumpridas, evitando assim o risco de autuação fiscal.
28 OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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