COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 1

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Transcrição:

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 1

Índice 1. O Que é Comunicação?...3 1.1. Características... 3 1.2. Formas e Componentes da Comunicação... 3 1.3. Conceitos Básicos... 4 1.3.1. Conceito etimológico... 4 1.3.2. Conceito biológico... 5 1.3.3. Conceito histórico... 5 1.3.4. Conceito sociológico... 5 1.3.5. Conceito antropológico... 6 1.4. Um Pouco da História da Comunicação... 6 2. O Objeto da Comunicação...7 2.1. Tipos de Comunicação... 7 2.1.1. Comunicação um x um... 7 2.1.2. Comunicação um para todos: comunicação de massa... 7 2.1.3. Comunicação todos para todos... 8 2

1. O QUE É COMUNICAÇÃO? A comunicação humana envolve a troca de informações, utilizando sistemas simbólicos 1 como ferramentas para esse fim. 1.1 CARACTERÍSTICAS A comunicação é uma via de mão dupla: ela vai e vem. A linguagem é dependente da interação social; ela é sistêmica, significando que influi e é influenciada. Uma mesma palavra ou expressão pode significar muitas coisas, dependendo do ambiente. Como acontece? Acontece quando duas ou mais pessoas conseguem enviar, receber e entender as mensagens utilizando códigos similares. Maneiras de se comunicar, de interagir com as pessoas, realizando algum tipo de troca de informação: verbal (a fala); não verbal (duas pessoas gesticulando; escrita); comunicação mediada (mensagens via meios de comunicação - mídia). Na semiótica 2, o ato de comunicar é a materialização do pensamento ou de sentimentos em signos 3 conhecidos pelas partes envolvidas. Esses símbolos são, então, transmitidos e, depois, reinterpretados pelo receptor. 1.2 FORMAS E COMPONENTES DA COMUNICAÇÃO 1 Um exemplo de sistema simbólico é a linguagem, seja ela verbal ou não verbal. 2 Ciência que estuda os signos. 3 Algo que representa alguma coisa para alguém. 3

A comunicação também pode ocorrer no sentido inverso: o receptor envia um feedback 4 para o emissor. Os componentes da comunicação são: emissor: emite uma mensagem para um receptor ou destinatário; receptor: é quem recebe a mensagem. Deve receber e compreender a ideia que se quer passar; mensagem: é o pensamento ou a ideia que o emissor pretende passar para o receptor; código: é o conjunto de signos convencionais e sua sintaxe (por exemplo, a língua) utilizados na representação da mensagem, que devem ser total ou parcialmente comuns ao emissor e ao receptor; meio de comunicação: é o canal pelo qual o emissor transmite a sua mensagem ao receptor; Meios ou veículos de comunicação existentes atualmente Sonoro: telefone e rádio. Escrita: jornais, diários e revistas. Audiovisual: televisão e cinema. Multimídia: diversos meios simultaneamente, como a escrita e o audiovisual. Hipermídia: NTICs 5, CD-ROM, TV digital e Internet, que aplica a multimídia em conjunto com a hipertextualidade (caminhos não lineares de leitura do texto). resposta (feedback); ambiente em que o processo de comunicação se realiza. Com relação ao ambiente, o processo de comunicação pode sofrer a interferência do ruído. A interpretação e a compreensão da mensagem estão diretamente ligadas ao repertório. Quando o repertório utilizado pelo emissor em uma determinada mensagem está em um nível acima do repertório do receptor, existe incompatibilidade de níveis de repertório, e é menos provável que ocorra a apreensão da mensagem em sua totalidade pelo receptor. 1.3 CONCEITOS BÁSICOS 1.3.1 Conceito etimológico Comunicação vem do latim communis, comum, dando a ideia de comunidade. 4 Resposta. 5 Novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Exemplos: computadores pessoais, celular, TV por assinatura, webcams, world wide web (www) etc. 4

A comunicação acontece quando duas pessoas são comuns, ou seja, conseguem trocar, enviar, receber e entender as mensagens utilizando códigos e signos similares. Comunicar significa: dar conhecimento sobre algo; troca de informações; tomar conhecimento; participar; transmitir. 1.3.2 Conceito biológico Nesse conceito, a comunicação é relacionada à atividade sensorial e nervosa do ser humano. É pela linguagem que é expressado o que se passa em seu sistema nervoso. Segundo Wilbur Schramm 6, a comunicação segue a seguinte ordem: coleta de informações pela atividade nervosa; armazenagem; disposição da informação; circulação das mesmas para os centros da ação; preparo de ordens que resultam no envio de mensagens. Precisamos ressaltar que esse conceito é parcial. A comunicação humana não se resume apenas a impulsos nervosos. Existe, por exemplo, o lado emocional, que contribui para a formulação das ideias; por serem parte biológica do ser humano, sentimentos como alegria ou ira interferem nos batimentos cardíacos, alterando o significado das informações. 1.3.3 Conceito histórico A comunicação no conceito histórico é baseada na cooperação, funcionando como instrumento de equilíbrio entre a humanidade. Não fossem os meios de comunicação ampliando as possibilidades de coexistência mais pacífica entre os homens, estes já estariam extintos em meio às disputas por poder. 1.3.4 Conceito sociológico O papel da comunicação é de transmissão de significados entre pessoas para a sua integração na organização social. O ser humano precisa ter constante relação com o mundo e, para isso, usa a comunicação na interação social. 6 Um dos pais dos estudos sobre a comunicação (1907-1987). 5

Quanto mais complicada se torna a convivência humana, mais se faz necessário o uso adequado e pleno das possibilidades de comunicação. 1.3.5 Conceito antropológico A comunicação é um veículo de transmissão de cultura e é formadora da bagagem cultural de cada indivíduo. Sem o desenvolvimento dos meios de comunicação e dos médiuns linguísticos (letras ou desenhos que formam a escrita), seria muito mais difícil estudarmos os homens e suas origens. 1.4 UM POUCO DA HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO A comunicação sempre existiu, desde os primeiros agrupamentos humanos. Portanto, a Modernidade não descobriu a comunicação; ela problematizou esse processo e criou novas formas e meios de se comunicar. Existem inúmeras escolas sobre as teorias da comunicação, desde o início do século XX até os dias de hoje, porém, não é o objetivo desta disciplina aprofundar-se nas diversas teorias, e sim relatar as principais transformações ocorridas nos conceitos de cultura e comunicação, influenciados pelas revoluções tecnológicas. Décadas de 1950 e 1960: foco: preocupação com o conhecimento e com tudo o que rodeia o homem; conquistas e preocupação com o ambiente físico; planejamento econômico; urbanismo; racionalização do trânsito; sistemas de comercialização em grande escala; visão funcionalista: o homem deve servir à sociedade, para o desenvolvimento da mesma. Anos 1970/ o homem social : estudos culturais e teoria culturológica; importância concreta ao fato de o homem ser, ao mesmo tempo, o produto e o criador de sua sociedade e de sua cultura; mudança no conceito de cultura: a cultura é vista como prática, ação social, e não só como reguladora de normas numa sociedade; valorização do ambiente social (e não só do ambiente físico); estudo das relações de interdependência no ambiente social, composto pelo homem e por outras pessoas com as quais ele mantém uma relação. Anos 1980 e 1990/crise do petróleo/era do cliente: consciência ecológica (o homem percebe que a natureza precisa de um tempo para se recuperar da alta exploração de seus materiais); 6

crítica ao consumo; marketing verde e responsabilidade social; teoria das mediações (Jesus Martin Barbero) e teoria da complexidade (Edgar Morin); valorização do cliente (estudos do pós-compra ); valorização da natureza e da ecologia. Anos 2000: democratização da informação; expansão da Internet; cibercultura. 2. O OBJETO DA COMUNICAÇÃO Podemos afirmar que os meios de comunicação criaram uma nova realidade social de causas e efeitos no comportamento humano. Explicando... Quando estudamos o rádio, a televisão, o computador, ou qualquer meio de comunicação em massa, não iremos estudar o objeto em si, suas tecnologias e seus mecanismos; iremos estudar a nova realidade social criada por esse meio de comunicação, seus reflexos e suas consequências no nosso dia a dia, na sociedade e nas diversas dimensões do real. 2.1 TIPOS DE COMUNICAÇÃO Segundo Pierre Levy 7, há três tipos de comunicação: 2.1.1 Comunicação um x um Quando falamos pessoalmente com alguém ou estamos no telefone, existe uma resposta imediata e direta; chamamos essa comunicação de um para um. Exemplos: cartas, telefone, diálogos presenciais. 2.1.2 Comunicação um para todos: comunicação de massa Apenas recebemos a informação. Não existe uma troca, a informação tem um único sentido, do emissor para o receptor. Exemplos: meios de comunicação de massa: TV, rádio, revistas, jornais e Internet. 7 Teórico da comunicação especializado na revolução informacional tecnológica, Internet e cibercultura. 7

2.1.3 Comunicação todos para todos Nessa, há uma rede e todos trocam informações com todo mundo; é um meio híbrido. Exemplo: Internet. Visa alcançar a democratização da informação. Democratização da comunicação (alcance) Largo alcance: debate sobre a ampliação às massas do acesso tanto à recepção quanto à emissão de informações. Problema do largo alcance: a Internet, que, ao mesmo tempo, propicia a democratização da informação, possibilita a propagação de ações de xenofobia, racismo, homofobia, pedofilia e outras. Os meios de comunicação impressos, radiofônicos e televisivos começam a convergir entre si (convergência digital), e o temor de que instrumentos tão poderosos concentrem-se nas mãos de uns poucos torna-se cada vez mais real. Portanto, existem duas vertentes das escolas da comunicação, segundo Umberto Eco: os apocalípticos e os integrados. Os apocalípticos têm muita influência da Escola de Frankfurt, que criou a teoria crítica sobre a manipulação pelos meios massivos e o conceito de indústria cultural. Podemos citar alguns teóricos atuais que seguem essa linha: Jean Baudrillard e Paul Virílio; eles veem a comunicação de massa de uma forma realista e crítica e acham que as correntes integralistas são muito ingênuas. Ou seja, eles analisam a parte negativa da comunicação de massa e a grande influência que ela exerce sobre a construção da identidade do sujeito pós-moderno, direcionada para o consumo, seja ele de ideias ou de produtos. Já as correntes integralistas analisam a parte positiva da comunicação em massa, pois esta possibilita o alcance e a divulgação de informações para todas as pessoas, democratizando e descentralizando a informação. Um dos autores que faz parte dessa corrente é Pierre Levy. 8

Porém, numa realidade como a que temos no Brasil, é realmente ingênuo pensar que o acesso às informações ocorre para toda a população. Isso sugere o seguinte pensamento: as transmissões de informações não incluem o entendimento e a significação das mensagens; no mundo atual, encontramo-nos perdidos em meio a tantas informações que, muitas vezes, não são assimiladas. 9