Modelos Motivacionais. Helena Martins

Documentos relacionados
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

DAR E RECEBER NAS EMPRESAS: OU PORQUE É QUE VALE A PENA INVESTIR NAS PESSOAS

Matéria Gestão de Remuneração e Sistemas de Recompensas

Motivação Página 1. Motivação

Motivação Conceito e Aplicações

O que leva as pessoas a agirem em prol do alcance dos objetivos pessoais e organizacionais. Motivo que sustenta e dirige a conduta.

Motivação: teoria e prática

Motivação. Prof. Carlos Xavier Prof. Carlos Xavier facebook.com/professorcarlosxavier

MOTIVAÇÃO. O FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES E DE ATIVIDADES DE FORMA GERAL TEM COMO BASE O COMPROMISSO, A DEDICAÇÃO E O ESFORÇO DE SEUS INTEGRANTES.

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Motivação. Prof. Carlos Xavier Prof. Carlos Xavier facebook.com/professorcarlosxavier

Gamificação e Motivação. Aluno: Armando Toda Orientador: Seiji Isotani

Analista de Negócio 3.0

Gestão de pessoas: desenvolvimento de liderança e organização de equipe (GP)

O poder do ENGAJAMENTO

PSICOLOGIA. Profª Tassiany Maressa Santos Aguiar

Ficha de Unidade Curricular (FUC) Unidade Curricular: Comportamento Organizacional

Teorias Motivacionais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO ORGANIZACIONAL Ano Lectivo 2011/2012

COMUNICAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES MULTICULTURAIS: QUE BARREIRAS E COMO ULTRAPASSÁ-LAS?

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Liderança e Avaliação do Desempenho

de tecnologia P A R A EM 2016

TBL Gestão de Pessoas

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL Ano Lectivo 2018/2019

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PSICÓLOGO / ÁREA ORGANIZACIONAL

SLA Aplicado ao Negócio

Liderança Transpessoal para o Século XXI - Liderando Além do Ego -

Teorias Motivacionais: Motivação. Teoria das Necessidades. Hierarquia de Necessidades

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

Qualidade de Vida no Trabalho e a Saúde do Trabalhador de Enfermagem

BRUNO GOUVEIA GESTÃO DE PESSOAS

Avaliação de Desempenho Organizacional

17/04/2017 ANDREA RIBAS GESTÃO DE PESSOAS TÉCNICO JUDICIÁRIO AREA ADMINISTRATIVA

17 MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Introdução. Pesquisas profundas nos mostram que quanto melhor uma organização fornece feedback contínuo, mais ela se destaca da concorrência.

Administração. Motivação. Professor Rafael Ravazolo.

Profa. Daciane de Oliveira Silva

NOVAS COMPETÊNCIAS PARA GESTORES E RH DIANTE DA NOVA LEI

Gestão de Pessoas. Curso de Pós-Graduação em Gestão Escolar Prof. Joelma Kremer, Dra.

Consultoria Treinamento Seleção de Executivos Coaching & Carreira

GESTÃO TECNOLÓGICA E INOVAÇÃO TEORIA COMPORTAMENTAL

MOTIVAÇÃO HUMANA. Compreendendo as forças que movem o Comportamento Humano

Gestão de Recursos 2

A Evolução do Profissional de Auditoria Interna diante do Cenário Regulatório Brasileiro

Ficha de Unidade Curricular (FUC) Plano de Negócios e Avaliação da Performance. Unidade Curricular:

1 Introdução ao Comportamento Organizacional, 3

A Comunicação no Acolhimento e Integração de Novos Colaboradores numa Organização

_ Maio de 2014 Canto dos Diretores:

TEORIAS MOTIVACIONAIS Preceitos para Liderança

* Expectativa e Instrumentalidade.

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Comportamental Teoria Comportamental / Teoria do Desenvolvimento Organizacional DO Parte 2. Prof.

Organização da Aula. Auditoria em Recursos Humanos. Aula 5. Contextualização. Definições de Padrão. Instrumentalização

Ms. Simone A. de Souza Dreher

APRESENTAÇÃO SMARTLEADER 2018

EU GOSTO DE ME MEXER!

Administração da Força de Vendas. Motivação plano de compensação, reconhecimento e prêmios

Guia do Candidato 2016/2017

Guia do Candidato 2017/2018

Consultoria de Recursos Humanos Cenário Atual. Profª Angela Paula Zão Bastos

INSTRUÇÕES PARA O CÁLCULO DOS ESCORES DO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO (VERSÃO COMPLETA)

BSC. deve contar a história da estratégia, começando. relacionando-se depois à seqüência de ações que precisam ser tomadas em relação aos

A moderna Gestão de Pessoas

19/07/2016. Aula 9. Gestão do Desempenho. Prof. Lucia B. Oliveira. Prof. Lucia B. Oliveira. Agenda. Seminário. Prof. Lucia B.

Empreendedorismo no Feminino Mo.vações Obstáculos Desafios. 29 Março de 2017

07/04/2017 ANDRÉIA RIBAS GESTÃO DE PESSOAS

5 dicas de Recursos Humanos para você aplicar agora

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL Ano Lectivo 2010/2011

MODELO DE NEGÓCIOS PESSOAL. Seja o designer do seu sucesso profissional

Treinamento e Desenvolvimento

Desafio: Administração Geral - Parte I

11/04/2017. Aula 9. Gestão de Recursos Humanos. Agenda. Seminário 7. Gestão de RH

Comportamento Organizacional: O Comportamento Humano no Trabalho (Portuguese Edition)

Técnica do PDCA e 5W2H

Pra quem tem pensamento forte, o impossível só é questão de opinião!

POR QUE O ENGAJAMENTO É TÃO IMpORTANTE?

PALESTRANTE ADRIANO SIMÕES

Empreendedorismo. Profa. Ellen Francine Barbosa. (slides originalmente elaborados pelo Prof. Dr. José Dornelas) Copyright 2008

2015 se foi, mas a ressaca... 12,00%

MAPA DA FRANQUIA IDEAL

Avaliação numa escola inclusiva

Organização da Disciplina. Fundamentos da Administração. Aula 5. Organização da Aula. Contextualização. Instrumentalização. Prof.

Sumário. Prefácio, xv

Definições. Tarefa: atividades individualizadas e executadas por um ocupante de cargo. Cargos simples e repetitivos.

TEAM LEADERS 1. P. 3 P. 4 P. 5 P. 5 P. 6 P. 6 P. 7

Capítulo 1. Introdução à administração e às organizações. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro 2008 Pearson Prentice Hall

Insight Motives, Values, Preferences Inventory (MVPI)

ABORDAGENS BÁSICAS SOBRE MOTIVAÇÃO

Evolução do Pensamento

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO À GESTÃO Ano Lectivo 2017/2018

CELEBRE SEU SONHO. Aula baseada no Discurso de Barbara Sunden Diretora Nacional executiva Elite de Vendas independentes

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular TÓPICOS AVANÇADOS DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Ano Lectivo 2011/2012

DESENVOLVIMENTO DA SESSÃO TAREFA PARA A VIDA: RECAPITULAÇÃO FINAL + TAREFAS + DESCONEXÃO Diário de Bordo

Mire na Lua! Sonhe GRANDE e conquiste TUDO! Camila Matos Diretora de Vendas Independente

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E TEORIAS MOTIVACIONAIS

PSICOLOGIA E GERENCIAMENTO DE PESSOAS. DISCIPLINA: RELACIONAMENTO INTERPESSOAL Prof. Dr. Márcio Magalhães Fontoura

PALESTRANTE

Processo de Recompensar Pessoas

Gestão de Cultura e Clima Organizacional

Transcrição:

Modelos Motivacionais Helena Martins helenagmartins@gmail.com

Algumas ideias de mo-vação na pop culture Misty Copeland Nike Find your greatness O que é que vos mo;va? Escrevam num papel Eu espero

Podem par-lhar?

Mo-vação É altamente idiossincrá;ca É variável ao longo do tempo, da vida, etc. É contextual É como tomar banho: temos de renovar todos os dias Senão bastava ouvirmos uma única vez o quanto o tabaco faz mal à saúde, o quão importante é estudar todos os dias, a importância do exercício diário.

Uma definição (Deci (1992, pp.9)) O termo mo;vação está relacionado com três questões fundamentais rela;vas à regulação do comportamento: o que energiza a ação; como ela é direcionada; em que medida ela é voluntariamente controlada

Há muitas formas de pensarmos sobre mo-vação Os modelos servem apenas para nos ajudar a pensar sobre a mo;vação!

Hierarquia das necessidades de Maslow

Teoria dos mo-vos de McClelland Mo;vação para a Realização/Sucesso Mo;vação para a Afiliação Mo;vação para o Poder

Teoria bifatorial de Herzberg

Teoria bifatorial de Herzberg Fatores Mo*vadores Sen;mento de realização Reconhecimento Traalho Variado e desafiante Desenvolvimento pessoal Fatores Higiénicos Relação com o chefe Relação com os colegas Supervisão técnica Condições de trabalho

Teoria da equidade de Adams Tendemos a comparar-nos com os outros e dessa comparação resulta um acréscimo ou decréscimo da nossa mo;vação

Agora que já pensamos concetualmente Sonhar é preciso Concetualizar é preciso O que é que acontece na prá;ca? Como é que mo;vamos os outros? Como é que as empresas em geral mo;vam os seus colaboradores?

Alguns dados da inves-gação Em tarefas que requerem cria;vidade e inovação (tarefas não mecânicas) as recompensas monetárias em função do desempenho atuam como um distrator da tarefa (Pink, 2011) Não só não contribuem para uma melhoria da tarefa, como contribuem para que a tarefa não seja tão bem feita! O dinheiro é importante, mas deve ser pago como uma base segura no contexto das tarefas cria;vas e de inovação (knowledge workers): o trabalho em si deve ser o incen;vo (Pink, 2011).

Algumas reflexões Há um desencontro entre o que a ciência sabe e a prá;ca faz: estamos presos a velhos modelos de quem paga para trabalhar e não para pensar Mas hoje em dia trabalhar é pensar e vice versa! Precisamos de garan;r condições de trabalho (condições de higiene que previnam a insa;sfação) dos nossos colaboradores mas depois precisamos de alimentar o sonho, o que os faz mexer Cada vez mais a gestão de carreiras é feita pelos próprios indivíduos. Não há emprego para a vida A automo;vação é fundamental! Como podemos fazer isto??

Automo-vação elementos chave Compreender os valores, razões e filosofias Porque é que eu estou a fazer X? Quero fazer X? O que é que faz o vosso coração bater mais depressa? Os vossos olhos brilhar? Estabelecer os seus próprios obje;vos Compreender quais são as tarefas/partes do projeto que requerem disciplina (quais são os sapos ) Compreender quais são os momentos em que precisamos de facto de autodisicplina muito menos vezes do que pensamos! Quais são os momentos-chave? (Bregman, 2010) Lidar com a adversidade como uma parte natural da vida! Avaliar a sua própria performance e pedir feedback Expandir a sua rede de contactos Networking, sff! Aprender sempre, sempre, sempre!

Automo-vação elementos chave Sim! Perceber ose próprios mo;vadores pessoais e profissionais Pedir feedback a colegas Criar um sistema de suporte dentro e for a da organização Não! Estabelecer metas irrelealistas os obje;vos devem ser possíveis e cada vitória deve ser celebrada! Subes;mar o valor da autoavaliação analize cri;camente o seu trabalho Ficar a mar;rizar-se por erros come;dos é mais importante aprender com os erros e seguir em frente.

Conclusão O dinheiro é muito importante mas não é tudo A mo;vação é altamente idiossincrá;ca e variável Precisamos de nos mo;var regulrmente e muito da nossa mo;vação é automo;vação! Vale a pena refle;r sobre os desafios da mo;vação enquanto estudantes, trabalhadores e enquanto líderes, porque os verdadeiros líderes são aqueles que ajudam os outros a liderarem-se a si mesmos

Referências Bregman, P. (2010). How (and When) to mo;vate yourself. Harvard Business Review. Acedido em 4-11-2016, em hrps://hbr.org/2010/05/how-and-when-to-mo;vate-yours.html Cunha, M., Rego, A., Cunha, R. & Cabral-Cardoso, C. (2007). Mo;vação: a conjugação de energias/forças internas e externas. In M. Cunha, A. Rego, R. Cunha & C. Cabral-Cardoso (Eds.). Manual de Comportamento Organizacional e Gestão. Manual de Comportamento Organizacional e Gestão (pp. 153-175). Lisboa: RH Editora. Ferreira, J. M., Neves, J. & Caetano, A. (2001). Manual de Psicossociologia das Organizações. Alfragide: McGraw-Hill Leyens, J. P. & Yzerbyt, V. (1999). Psicologia Social. Lisboa: Edições 70 Mosow, J. (2014). How to mo;vate yourself when your boss doesn t, Hervard business review. Acedido em 4/11/2016, em hrps://hbr.org/2014/11/how-to-mo;vate-yourself-when-your-boss-doesnt Newstrom, J. W. (2008). Comportamento Organizacional O comportamento Humano no Trabalho. 12.ª Ed. S. Paulo: McGraw Hill Pink, D. (2011). Drive: The surprising truth about what mo;vates us. New York: Riverhead Books.