RelATóRio De SUSTeNTABiliDADe intercalar 2012 13.CoNTAS



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Transcrição:

Relatório DE SUSTENTABILIDADE INTERCALAR 2012 13.CoNTAS

13 CONTAS 13.1 RELATÓRIO DE GESTÃO ANÁLISE MACRO ECONÓMICA Apesar de alguns sinais de estabilização nos finais de 2012, mantém-se a expectativa de um crescimento global muito contido. A conjuntura económica global encontra-se marcada por uma actividade industrial relativamente enfraquecida, reflectindo uma procura moderada nas principais economias e a consequente desaceleração nos fluxos de comércio mundial. Em economias como os Estados Unidos, a Zona Euro ou o Reino Unido, as autoridades monetárias embora adoptassem políticas convencionais mais expansionistas (ex: reduzindo os juros de referência), a menor propensão das famílias e empresas a realizar despesa e a maior relutância dos bancos na concessão de crédito, dissiparam os efeitos desses estímulos não chegando, como pretendido, à economia. De acordo com as previsões do FMI, o crescimento do PIB mundial deverá atingir 2,3% em 2012, inferior aos 3,8% registados em 2011 e aos 2,4% estimados para 2013. O contraste entre as economias avançadas e emergentes continua a ser muito visível, com o conjunto das primeiras a crescer 1,3% em 2012 e 1,5% em 2013, muito abaixo dos registos de 5,3% e 5,6%, respectivamente, previstos para as economias emergentes. Segundo alguns analistas, 2013 não será um ano de grandes mudanças, mas poderá ser considerado o primeiro ano do período pós-crise. Apesar de alguns sinais positivos (EUA, China), a recuperação global em 2013 deverá ser muito moderada e sujeita a riscos. Os Principais bancos centrais deverão manter políticas monetárias fortemente expansionistas, com o crescimento económico a manter-se restringido pelo peso elevado da dívida pública e privada, nos EUA e Europa. Em linha com as restantes previsões, o FMI estima que os EUA apresentem crescimentos ligeiramente acima de 2% em 2012 e 2013. Já a Zona Euro deverá, sofrer uma recessão em 2012 (- 0,6%) e 2013 (-0,2%), contribuindo para este fraco desempenho, a incerteza quanto à evolução da situação financeira na Grécia, quanto à formalização de um pedido de assistência por parte de Espanha e quanto aos avanços na união bancária. As previsões económicas para Espanha, apontam para uma contracção do PIB em 2012 de 1,4%, contra os 0,4% registados em 2011, e para uma taxa de desemprego em níveis recorde, 26%, o equivalente a cerca de 6 Milhões de desempregados. A conjugação de medidas restritivas de política orçamental com o processo de recapitalização dos bancos e o contexto de fraco desempenho da actividade económica na Europa continuam a sustentar para 2013, mais um ano de contracção (-1,5%) para a economia Espanhola. Um pedido de assistência externa por Espanha é, na opinião da maior parte dos especialistas, inevitável, resta saber, quando, como e mediante que contrapartidas, segundo estes, em vários momentos de 2012, o país pareceu estar na iminência de perder o acesso ao mercado, mesmo depois de obter o acordo europeu dos 100 mil milhões Euros para a banca, mas resistiu, comprando tempo com a emissão de obrigações em prazos mais curtos e valendo-se do apoio dos bancos nacionais. O outlook para a economia portuguesa mantém-se condicionado pelas metas do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) e, em particular, pelo processo de consolidação orçamental, com a necessidade de redução do défice e de estabilização da dívida pública. A observação de desvios pela Troika em relação às metas do défice público forçou uma revisão dessas metas para 2012 e 2013. No primeiro caso, de 4,5% para 5% do PIB e, no segundo caso, de 3% para 4,5% do PIB. Nesse sentido, o Governo anunciou um conjunto de medidas orçamentais restritivas que inevitavelmente conduzirão a nova contracção da actividade em 2013, sobretudo através do impacto negativo sobre o rendimento disponível das famílias e, consequentemente, sobre o consumo. O consumo, que deverá também ser penalizado pela quebra de confiança das famílias e empresas, que se traduzem num esforço acrescido de poupança por motivos de precaução e numa retracção do investimento. Após um recuo em torno de 3,2% em 2012, o banco de Portugal estima para o conjunto de 2013, uma contracção do PIB em torno de 1,8%. No último ano e meio, a dívida pública portuguesa foi a segunda que mais cresceu em toda a Europa, subindo a um ritmo três vezes superior à média dos seus parceiros do euro, e próximo de ultrapassar a barreira dos 200 mil milhões de euros. A renegociação da dívida é uma hipótese cada vez mais discutida entre economistas, que colocam como hipótese o não pagamento de metade desta, o que a colocaria nos 60% do PIB, nível exigido por Bruxelas e equivalente ao registado nos anos anteriores à 69 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

crise. Apesar de ser, fortemente, penalizador para a imagem de um país, nomeadamente, afastando investidores estrangeiros, para este grupo de economistas, este perdão de dívida poderá não ter os efeitos catastróficos e de contágio que muitos preconizam. Crescimento Anual do PIB (%) Valores Reais Projecções 2009 2010 2011 2012 2013 Econ. Global -0,6 5,2 3,8 2,3 2,4 Zona Euro -4,1 1,9 1,5-0,6-0,2 Espanha -3,7-0,3 0,4-1,4-1,5 Portugal -2,9 1,4-1,7-3,2-1,8 o principal fluxo de mercadorias com 64% (contra 30% em Espanha). Deste trânsito internacional, Espanha, França e Alemanha representam 75% do total de toneladas-km de mercadoria transportada. Em Espanha o mercado de transporte rodoviário de mercadorias representou um valor de 13,9 mil milhões de euros em 2012, o que representou uma quebra de 2,8%. O mercado espanhol é o 2º maior mercado da zona euro em termos de mercadorias transportadas, tendo representado 196 mil milhões de toneladas-km em 2011, apenas atrás da Alemanha. O mercado em Espanha, embora maior e portanto mais atractivo à entrada de multinacionais do sector, apresenta uma ainda maior atomização da oferta e um perfil de empresas com uma dimensão média ainda mais reduzida do que a verificada em Portugal. As primeiras 5 empresas do sector concentraram um volume de negócios de apenas 9,0% do total do mercado em 2011, e a dimensão média foi de 2,2 veículos pesados por empresa. ANÁLISE DO SECTOR O sector de Transporte Rodoviário de Mercadorias, apresentou em 2011 um crescimento de 2% no mercado Ibérico atingindo um volume de negócios de 17,2 mil milhões de euros. Este crescimento terá no entanto sido sustentado por um aumento de preços motivado pela subida dos preços do petróleo, já que em termos de toneladas transportadas a actividade terá diminuído em 2011. Também o comércio exterior, essencialmente de exportação, ajudou a equilibrar a queda registada no mercado interno. Em 2012, a tendência de crescimento inverteu-se, como consequência da descida da produção industrial e da continuação da deterioração da actividade de construção, tanto em Espanha como em Portugal. Assim, em 2012 prevê-se que o volume de negócios no mercado ibérico tenha sido de 16.550 milhões de euros, valor que representa menos 3,5% do que no ano anterior. O mercado em Portugal registou em 2011 um valor de 2,85 mil milhões de euros, resultando do transporte de 32,6 mil milhões de toneladas-kilómetros. Em 2012 registou uma queda de 7,0% atingindo-se um volume de negócios de 2,65 mil milhões de euros. Segundo uma associação portuguesa de transportes, em 2012 terão encerrado cerca de 1.500 empresas de um universo de aproximadamente 10.000. O sector apresenta uma grande atomicidade, quando comparado com outros negócios de serviços. O volume de negócios das primeiras 5 empresas em 2011 representou apenas 12,5% do total de mercado. De facto a dimensão média das empresas é relativamente reduzida, tendo apresentando uma média de 5,7 veículos pesados por empresa em 2010. Em Portugal o trânsito internacional, ao contrário do que acontece em Espanha, representa O índice de externalização dos serviços de transporte em Espanha é superior ao registado em Portugal, sendo que em 2010 apenas 5% do volume de mercadorias transportadas tenha sido realizado in-house pelos produtores, comparando com 14% em Portugal. Para 2013 prevê-se que se mantenha a tendência para a diminuição da procura e a intensificação da concorrência entre os operadores, o que, num contexto de preços altos dos combustíveis, não deverá permitir um aumento de margens de rendibilidade. Este efeito poderá ser compensado por um reforço da concentração de operadores, quer através de pequenas empresas que saem do mercado quer através de movimentos de fusões e aquisições. A curto prazo manter-se-á no entanto a tendência descendente do valor total do mercado, prevendo-se para 2013 uma perda adicional de cerca de 1%. O sector da Logística na Península Ibérica, depois de uma década de crescimentos anuais elevados, de 8%-10%, registou uma quebra de actividade em 2009, principalmente em Espanha com uma redução de 8,5%. Em 2010 e 2011 voltou a apresentar crescimentos de 1,6% e 2,8% respectivamente (com destaque para o crescimento de 2011 de 7,4% em Portugal). O mercado em 2012 voltou a decrescer ligeiramente, 0,6%, e representando um valor de 4.005 milhões de euros na Península Ibérica, 3.530 milhões de euros em Espanha e 475 milhões de euros em Portugal. Ao contrário do Transporte Rodoviário de Mercadorias, o sector de Logística apresenta uma maior concentração das empresas. O volume de negócios das primeiras 5 empresas representou aproximadamente 36% e 37% do mercado em Portugal e em Espanha respectivamente. No final de 2012 foram identificadas 80 empresas do sector em Portugal e 180 em Espanha. 70 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

Em termos dos segmentos de actividade, o sector de logística alimentar aparece como o mais representativo com 50% da actividade em Portugal e 36% em Espanha em 2012. A implementação de projectos com vista à colocação de sensores de temperatura e abertura de portas para segmentos de frio e alimentação; À semelhança do negócio de transporte rodoviário de mercadorias, é expectável que o sector de logística sinta alguns efeitos da previsível redução da actividade económica e do consumo em Portugal e em Espanha. No entanto esta redução poderá ser compensada pela tendência dos últimos anos de maior externalização das operações logísticas por parte das empresas e produtores, o que deverá continuar a acontecer. Numa conjuntura económica de abrandamento, os operadores logísticos poderão desempenhar um papel chave na vida das empresas e da sociedade, possibilitando transformar estruturas de custos fixos em variáveis e obtendo sinergias nos fluxos de mercadorias. É ainda expectável que se intensifique a dinâmica de consolidação do tecido empresarial através de fusões e aquisições. Certificação em segurança alimentar (HACCP) e ambiental em curso; A implementação de soluções de controlo online das entregas em clientes (Timetable); A continuidade de projectos Ecodriving com vista à redução de consumo de combustível; Projectos de preparação de novas tecnologias de transporte com veículos de maiores capacidades. O GRUPO LUÍS SIMÕES PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS EM 2012 O desempenho evidenciado pelas empresas do Grupo Luís Simões, reflectem a conjugação de várias acções e projectos desenvolvidos e iniciados em anos anteriores e no próprio exercício económico de 2012. A consolidação dos projectos que vinham sendo desenvolvidos e as estratégias delineadas serão determinantes para que a Luís Simões continue a afirmarse com a solidez e estabilidade que a tem caracterizado ao longo da sua história. Nos Negócios Core do Grupo, que assentam nas actividades de Operador Logístico e do Transporte Rodoviário de Mercadorias consolidaram-se alguns dos projectos que têm vindo a ser desenvolvidos no sentido de aumentar a competitividade da empresa, dos quais destacamos: Reforço da posição da LSLI nos segmentos do mercado em que actua; Reforço da aposta em novos segmentos de Mercado, nomeadamente o segmento Horeca e dispositivos médicos; Segmento de Logística promocional e PLV (Promoção Local de Venda), com o inicio da actividade de implementações em Lojas; Implementação de projectos de reengenharia de processos ao nível operacional utilizando metodologias Lean, permitindo não só uma diferenciação no serviço ao cliente mas ainda a um aumento da eficiência; Nova release do portal LSNet permitindo disponibilizar aos clientes informação útil em tempo real; Os Negócios Complementares do grupo, assentes nas actividades de aluguer, venda e manutenção/reparação de viaturas pesadas, desenvolvida pela RETA, e a actividade de mediação de Seguros desenvolvida pela Lusiseg. Relativamente a estas actividades destacamos o desenvolvimento dos seguintes aspectos: A filosofia de gestão desta área de negócio focaliza-se essencialmente em três vectores: No cliente, ou seja, na procura e oferta de soluções estruturadas que acrescentem valor aos seus clientes e que sejam percebidas por estes; No accionista, isto é, na agregação de valor que permita a rentabilização dos investimentos efectuados e a sustentabilidade futura do negócio; Nas soluções, pois são estas que permitem aproveitar as oportunidades e superar os constrangimentos e adversidades induzidos pelos mercados e pelas conjunturas desfavoráveis. Desenvolvimento e consolidação dos seguintes projectos: O desenvolvimento contínuo de um novo produto Aluguer de Tractores, que teve início em Outubro de 2010; Apostar continuamente nos recursos humanos, quer através de formação, quer através do reforço da estrutura ao nível de quadros intermédios, suporte indispensável ao crescimento perspectivado da organização. Negociação e aquisição, já em 2013, do negócio de seguros da Diagonal Corretores de Seguros, S.A. e da SPM Sociedade Portuguesa de Mediação, S.A. 71 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

A Actividade Imobiliária na ótica da gestão de património dedicado às actividades core da LS desenvolveu em 2012 várias acções, das quais salientamos: A consolidação das condições para o desenvolvimento das actividades logísticas, aluguer, venda e manutenção/reparação de viaturas pesadas a Norte de Portugal com a assinatura e demais actividades tendentes à instalação da LS em novas instalações no horizonte 2014; A conclusão do processo de auditoria energética com a entrega do respectivo relatório para análise dos serviços públicos competentes e inicio da implementação das medidas tendentes à redução dos consumos energéticos; ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA Apesar da conjuntura económica desfavorável, o volume de vendas Consolidado da Luís Simões, ascendeu a 206 Milhões de Euros, valor em linha com o alcançado em 2011. Este desempenho foi conseguido, num ano em que a economia a nível mundial, e em particular na Europa, tem revelado um cenário de contracção económica em vários mercados, onde os elevados níveis de desemprego em Espanha e Portugal atingiram novos recordes. Este cenário macroeconómico provocou uma redução de fluxos entre Portugal e Espanha, com vários clientes a perderem dinamismo pela redução drástica do consumo das famílias. Graças ao intenso esforço comercial da LS foi possível compensar a redução de actividade desses clientes com novos fluxos e operações tanto nos clientes actuais como em novos clientes. Apesar da quebra de actividade de alguns clientes estruturais do Grupo, e da necessidade crescente destes em reduzir custos, a Luís Simões manteve uma carteira de clientes sólida, em que o domínio dos processos logísticos e de transporte foram claramente determinantes para manter a qualidade do serviço prestado, com os clientes a reconhecerem esse factor como diferenciador. A segmentação das vendas por actividades manteve-se praticamente Evolução de Vendas (Milhares Euros) 173.225 172.601 176.338 2007 206.268 205.962 198.940 2008 2009 2010 2011 2012 idêntica à verificada no ano anterior, com um ligeiro aumento (0,5%) da Unidade de Negócio da Logística. A Unidade de Negócio de Transportes Ibéricos continua a representar a maior fatia, com 56% das vendas do Grupo, seguido da Unidade de Negócio de Logística Ibérica com 40%, representando a Unidade de Negócio de Diversificação, complementar às restantes actividades do Grupo, uma quota de 3,8%. O EBITDA fixou-se nos 16.891 Milhões de Euros, representando 8,2% das vendas consolidadas. Volume Vendas por Área Negócios (Milhões Euros) 83 Algumas rubricas relativas a gastos operacionais apresentaram um crescimento Transportes Logís a Outros superior ao das vendas, destacando-se a subida dos preços de combustível, cujo preço médio subiu mais de 6% face a 2011 sem que se conseguisse repercutir esse aumento nos preços praticados aos clientes. Pela positiva destacamos a redução dos encargos com pessoal que passaram a representar 22% das vendas, enquanto que no ano anterior representavam 24%. O Resultado Antes de Impostos fixou-se em 1.244 Milhares de Euros, representando uma subida de quase 16% face ao ano anterior, explicado em parte pela redução do nível de investimento. A política financeira do Grupo Luís Simões assenta principalmente em três vectores: O autofinanciamento como forma de financiamento do Investimento, a adequação da estrutura temporal de Capitais Alheios à natureza das aplicações e a manutenção de uma estrutura financeira equilibrada. O Grupo continua a proporcionar um bom nível de Cash Flow, que ascendeu a 15.153 Milhões de Euros, o que aliado a uma importante redução do nível de investimento face ao ano anterior, permitiu reduzir significativamente o endividamento bancário do Grupo e aumentar a Autonomia Financeira de 30% para 33%. Os indicadores financeiros do Grupo revelam uma estrutura financeira saudável e sólida, o que em conjunto com a actual performance económica, permitem uma importante base de apoio ao desenvolvimento sustentado dos negócios do Grupo. 8 115 72 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

PERSPECTIVAS PARA O FUTURO O ano de 2013 é encarado pelo Grupo, com um sentimento de incerteza pelo facto das condições económicas serem adversas, de os clientes continuarem a reduzir actividade, dos volumes de transportadores no mercado estarem a diminuir podendo reduzir a base de subcontratação e como não poderia deixar de ser, da total imprevisibilidade face à evolução dos preços do combustível. No Negócio Core: Contudo, acreditamos que as medidas estruturais definidas em 2012 terão efeitos continuados em 2013 e ajudarão a superar as dificuldades. Destacam-se os seguintes factores que com certeza serão decisivos em 2013: Grande orientação para manutenção de elevado domínio e qualidade nos processos logísticos, de forma a assegurar a manutenção de elevados níveis de serviço aos clientes actuais, e capacidade para continuar a integrar novos negócios e actividades; Enfoque no projecto iniciado em 2010 de melhoria da gestão das operações internas (actividades logísticas dentro do armazém), cujo objectivo é assegurar níveis de excelência na qualidade e produtividade do serviço prestado aos clientes; Grande atenção aos clientes e ao mercado, devendo ser dada prioridade ao crescimento de negócio com a conquista de novos clientes, seja nos segmentos actuais ou em novos segmentos de mercado; Aposta no crescimento das vendas, sobretudo nos mercados internacionais e no inter-regional; O sector do papel e das bebidas continuarão a ser os dominantes, muito através da implementação de serviços de gestão integral de fábricas, segmento no qual já conta com cerca de 17 fábricas geridas em exclusivo; Manter o investimento no desenvolvimento de tecnologias de informação que suportem um domínio estruturado de todos os processos logísticos, e permitam ter mais e melhor informação de gestão. Neste contexto estão definidas prioridades para: Conclusão da implementação de uma aplicação para gerir a actividade de CoPacking; Introdução de novos módulos de informação de gestão na ferramenta de Business Inteligence (Produtividade Individual, Gestão Frota, Indicadores RH); Diversos projectos no âmbito da facturação, nomeadamente, Auto-Facturas de Subcontratados e Facturação electrónica a clientes; Implementação da nova release do LS Mobile, consolidando o nível de serviço na frota em regime de outsoursing; A implementação de um software de optimização de rotas a aplicar em alguns negócios. Continuar a racionalizar as estruturas administrativas e a efectuar trabalhos de melhoria de processos internos com visibilidade na redução de custos; Em paralelo será efectuada uma forte aposta na profissionalização da gestão com a contratação de novos gestores para algumas regiões; Grande aposta, no projecto GO Inter com impacto em toda a forma de gerir, quer a actividade inter-regional, quer as restantes actividades, nomeadamente a local; O investimento numa solução de localização de Semi-Reboques via GPS; A implementação do projecto Nível de Serviço, dotando as estruturas comerciais e operativas de novos formatos e tecnologias que permitam o domínio do Nível de Serviço on-line e ainda de KPIS (Key Performance Indicator) para relacionamento comercial com o cliente; Nos Negócios Complementares: Continuar a materializar a estratégia que conduz ao reforço da sua posição nos seus mercados preferenciais, onde é líder ou tem posição relevante; Continuar a formatar produtos e serviços que correspondam às necessidades dos clientes; 73 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

Consolidar o aluguer de tractores, processo iniciado no final do ano de 2010; Continuar atenta às oportunidades que surjam, com o objectivo de incrementar negócios e valor à organização; Apostar continuamente nos recursos humanos, quer através de formação, quer através do reforço da estrutura ao nível de quadros intermédios, suporte indispensável ao crescimento perspectivado da organização; Adaptação à actual realidade da actividade de mediação de seguros; Integração dos negócios da Diagonal e da SPM de forma a atingir os objectivos económicos e financeiros definidos. EVENTOS SUBSEQUENTES Não se registaram eventos subsequentes a 31 de Dezembro de 2012 que pela sua relevância e materialidade requeiram ajustamento ou divulgação. APLICAÇÃO DE RESULTADOS A empresa LS - Luís Simões, SGPS, S.A., encerrou o exercício de 2012 com um Resultado Líquido Consolidado positivo no valor de 680.888,12 Euros. Atendendo às disposições legais e estatutárias aplicáveis, é proposta a seguinte aplicação de resultados: Moninhos, 28 de Fevereiro de 2013 Na Actividade Imobiliária: Apoio no que concerne às novas instalações das actividades logísticas, aluguer, venda e manutenção/reparação de viaturas pesadas a Norte do país; Reserva Legal Dividendos 34.044,41 Euros 646.843,71 Euros Investimentos em projectos específicos que traduzam reduções de custos de exploração ou aumento de receitas dos nossos clientes de edifícios, como por exemplo a alteração da iluminação nos centros do Carregado e Gaia entre outros projectos em curso; Gestão corrente do património existente. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS A política de gestão de riscos da Empresa é definida pelo Conselho de Administração, sendo da responsabilidade de cada uma das áreas a sua aplicação prática. A Empresa pretende que as Políticas de Gestão de Riscos, actualmente descentralizadas pelas diversas áreas da sua estrutura, sejam no futuro consolidadas com o objectivo de promover uma actuação integrada das diversas vertentes de gestão de risco. A gestão de riscos de crédito, de taxa de juro, de tesouraria e restantes riscos financeiros é da responsabilidade da Direcção Financeira do Grupo. Leonel Fernando Soares Simões - Vogal José Luís Soares Simões - Presidente Jorge Manuel Soares Simões - Vogal Adicionalmente, a Empresa aplica a gestão de riscos a outras áreas, nomeadamente: de seguros, ambiente, SSHT (saúde, segurança e higiene no trabalho) e tecnologias de informação, cuja responsabilidade está actualmente descentralizada por cada uma dessas áreas. 74 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

13.2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANÇO CONSOLIDADO 31 de Dezembro de 2012 (Euros) Rubricas Notas Datas ACTIVO NÃO CORRENTE Activos fixos tangíveis 8 86.846.269,70 97.536.364,34 Propriedades de investimento 10 400.305,58 378.818,82 Activos intangíveis 7 1.424.809,80 1.327.494,42 Participações financeiras - outros métodos 18 59.859,86 59.859,86 Outros activos financeiros 18 818.675,28 785.975,71 Activos por impostos diferidos 17 2.831.425,09 3.431.278,80 92.381.345,31 103.519.791,95 ACTIVO CORRENTE Inventários 11 2.261.541,83 2.548.789,48 Clientes 18 48.766.417,25 51.583.687,69 Adiantamentos a fornecedores 18 233.468,17 125.248,52 Estado e outros entes públicos 21.5 2.796.600,90 3.313.712,32 Outras contas a receber 18 3.400.724,18 4.833.796,91 Diferimentos 21.1 742.404,95 2.182.314,00 Outros activos financeiros 18 30.149,81 30.149,81 Caixa e depósitos bancários 507.442,56 847.935,39 58.738.749,65 65.465.634,12 Total do activo 151.120.094,96 168.985.426,07 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital realizado 18 29.578.950,00 29.578.950,00 Acções (quotas) próprias 18 (1.360.271,75) (1.360.271,75) Outros instrumentos de capital próprio 18 6.830.400,00 6.830.400,00 Reservas legais 21.2 926.679,63 844.748,90 Outras reservas 21.2 5.451.656,02 5.451.656,02 Resultados transitados 21.2 5.635.748,06 5.161.158,08 Ajustamentos em activos financeiros 21.2 268.414,41 268.414,41 47.331.576,37 46.775.055,66 75 Resultado líquido do período 680.888,12 1.635.152,72 Interesses minoritários 1.373.790,42 1.335.564,36 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

Total do capital próprio 49.386.254,91 49.745.772,74 PASSIVO PASSIVO NÃO CORRENTE Provisões 13 141.966,22 279.625,49 Financiamentos obtidos 18 31.799.585,34 41.642.719,48 Passivos por impostos diferidos 17 3.571.253,72 3.993.844,32 35.512.805,29 45.916.189,29 PASSIVO CORRENTE Fornecedores 18 28.092.809,83 30.115.242,01 Adiantamentos de clientes 18 7.108,60 28.072,24 Estado e outros entes públicos 21.5 2.537.838,04 2.844.608,58 Financiamentos obtidos 18 22.359.087,94 25.856.818,85 Outras contas a pagar 18 13.042.737,72 14.159.145,05 Diferimentos 21.1 181.452,64 279.577,32 66.221.034,77 73.323.464,05 Total do passivo 101.733.840,05 119.239.653,34 Total do capital próprio e do passivo 151.120.094,96 168.985.426,07 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas Vitor José Caetano Sousa A Administração José Luís Soares Simões - Presidente Leonel Fernando Soares Simões - Vogal Jorge Manuel Soares Simões - Vogal 76 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS Período findo em 31 de Dezembro de 2012 (Euros) Períodos Rubricas Notas Vendas e serviços prestados 12 205.962.437,73 206.267.539,87 Subsídios à exploração 14 32.102,78 34.409,79 Variação nos inventários da produção 11 - (32.875,44) Trabalhos para a própria entidade 21.6 112.831,86 157.402,51 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 11 (14.985.644,99) (15.112.469,95) Fornecimentos e serviços externos 21.7 (141.458.421,23) (135.341.279,59) Gastos com o pessoal 19 (45.688.639,38) (49.467.350,46) Imparidade de inventários (perdas / reversões) 11 (3.956,65) 1.546,80 Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) 18 (1.514.217,72) (1.733.402,69) Provisões (aumentos / reduções) 13 41.479,27 111.703,85 Outros rendimentos e ganhos 21.8 15.923.072,82 14.629.062.10 Outros gastos e perdas 21.9 (1.530.293,50) (1.706.019,74) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 16.890.750,99 17.808.267,05 Gastos / reversões de depreciação e de amortização 21.1 (12.957.287,30) (14.224.992,72) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 3.933.463,69 3.583.274,33 Juros e rendimentos similares obtidos 21.11 1.667,61 1.368,15 Juros e gastos similares suportados 21.12 (2.690.861,08) (2.508.902,41) Resultado antes de impostos 1.244.270,22 1.075.740,07 Imposto sobre o rendimento do período (525.156,04) 588.518.34 Resultado líquido do período 719.114,18 1.664.258,41 Resultado líquido do período atribuível a: Detentores do capital da empresa mãe 680.888,12 1.635.152,72 Interesses minoritários 38.226,06 29.105,69 Resultado por acção básico 0,12 0,28 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas Vitor José Caetano Sousa A Administração José Luís Soares Simões -Presidente Leonel Fernando Soares Simões - Vogal Jorge Manuel Soares Simões - Vogal 77 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA Período findo em 31 de Dezembro de 2012 (Euros) Períodos Rubricas Notas Fluxos de caixa das actividades operacionais - método directo Recebimentos de clientes 264.271.456,11 263.422.067,34 Pagamentos a fornecedores (189.830.562,04) (184.831.096,48) Pagamentos ao pessoal (31.095.827,08) (33.216.510,07) Caixa gerada pelas operações 43.345.066,99 45.374.460,79 Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (477.656,19) (533.685,45) Outros recebimentos/pagamentos (23.505.636,17) (27.082.886,98) Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) 19.361.774,63 17.757.888,36 Fluxos de caixa das actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis (5.501.322,59) (8.605.353,43) Activos intangíveis (370.625,32) (386.626,77) Investimentos financeiros - (65.000,00) Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 6.019.464,02 3.455.402,33 Investimentos financeiros 584,37 15.224,37 Subsídios ao investimento 1.219.503,97 - Juros e rendimentos similares 1.770,17 1.875,41 Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) 1.369.374,62 (5.584.478,09) Fluxos de caixa das actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 27.236.060,00 54.242.227,97 Doações 32.102,78 12.938,22 Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (24.613.201,75) (46.582.444,71) Juros e gastos similares (3.011.568,70) (2.357.275,26) Dividendos (1.078.632,01) (7.500,00) Outras operações de financiamento (11.121.487,48) (11.601.751,84) Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) (12.556.727,16) (6.293.805,62) Variação de caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3) 8.174.422,09 5.879.604,65 Caixa e seus equivalentes no início do período 4 (11.146.047,92) (17.025.652,57) Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 (2.971.625,83) (11.146.047,92) As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas A Administração Vitor José Caetano Sousa José Luís Soares Simões -Presidente Leonel Fernando Soares Simões - Vogal Jorge Manuel Soares Simões - Vogal Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS 78

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO No período de 2011 (Euros) Capital Realizado Acções Próprias Outros instrumentos de Capital Próprio Reservas Legais Outras Reservas Resultados Transitados Ajustamentos em Activos Financeiros Resultado Líquido do Período Total Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Posição no Início do Período 2011 29.578.950,00 (1.360.271,75) 6.830.400,00 614.967,83 1.093.315,70 5.347.074,05 268.414,41 4.362.703,84 46.735.554,08 1.353.460,32 48.089.014,40 Alterações no Período: 29.578.950,00 (1.360.271,75) 6.830.400,00 614.967,83 1.093.315,70 5.347.074,05 268.414,41 4.362.703,84 46.735.554,08 1.353.460,32 48.089.014,40 Resultado Líquido do Período 1.635.152,72 1.635.152,72 29.105,69 1.664.258,41 Resultado Integral 5.997.856,56 48.370.706,80 1.382.566,01 49.753.272,81 Operações com detentores de capital no período Aplicação de resultados - - - 229.781,07 4.358.340,32 (185.915,97) - (4.362.703,84) 39.501,58 (47.001,65) (7.500,07) - - - 229.781,07 4.358.340,32 (185.915,97) - (4.362.703,84) 39.501,58 (47.001,65) (7.500,07) Posição no fim do Período 2011 29.578.950,00 (1.360.271,75) 6.830.400,00 844.748,90 5.451.656,02 5.161.158,08 268.414,41 1.635.152,72 48.410.208,38 1.335.564,36 49.745.772,74 79 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

No período de 2012 (Euros) Capital Realizado Acções Próprias Outros instrumentos de Capital Próprio Reservas Legais Outras Reservas Resultados Transitados Ajustamentos em Activos Financeiros Resultado Líquido do Período Total Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Posição no Início do Período 2012 29.578.950,00 (1.360.271,75) 6.830.400,00 844.748,90 5.451.656,02 5.161.158,08 268.414,41 1.635.152,72 48.410.208,38 1.335.564,36 49.745.772,74 Alterações no Período: 29.578.950,00 (1.360.271,75) 6.830.400,00 844.748,90 5.451.656,02 5.161.158,08 268.414,41 1.635.152,72 48.410.208,38 1.335.564,36 49.745.772,74 Resultado Líquido do Período 680.888,12 680.888,12 38.226,06 719.114,18 Resultado Integral 2.316.040,84 49.091.096,50 1.373.790,42 50.464.886,92 Operações com detentores de capital no período Aplicação de resultados - - - 81.930,73 474.589,98 - (1.635.152,72) (1.078.632,01) (1.078.632,01) - - - 81.930,73-474.589,98 - (1.635.152,72) (1.078.632,01) - (1.078.632,01) Posição no fim do Período 2012 29.578.950,00 (1.360.271,75) 6.830.400,00 926.679,63 5.451.656,02 5.635.748,06 268.414,41 680.888,12 48.012.464,49 1.373.790,42 49.386.254,91 80 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

13.3 ANEXO CONSOLIDADO (valores em euros) Accionistas Nº Acções Detidas % Direito de Voto % Participação 1 - IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE 1.1 - Designação da entidade: O Grupo Luis Simões ( Grupo ) é constituído pela LS Luis Simões, SGPS, S.A., e pelas suas subsidiárias. A LS Luis Simões, SGPS, S.A. ( Empresa ), sociedade anónima, com sede em Moninhos, Loures, foi constituída em 5 de Agosto de 1996 e tem como objecto social a gestão de participações sociais de outras sociedades, como forma indirecta de exercício de actividades económicas. 1.2 - Sede: A entidade tem a sua sede social na Rua Fernando Namora em Moninhos, concelho de Loures. 1.3 - Natureza da actividade: O Grupo opera nas seguintes áreas de negócio: 1- A actividade do transporte rodoviário de mercadorias que representa cerca de 56% do volume de negócios do Grupo lidera o mercado do transporte nacional e o mercado dos fluxos rodoviários na Península Ibérica. 2- A actividade logística que representa cerca de 40% do volume de negócios do Grupo, lidera na Logística e Distribuição de produtos de grande consumo, em Portugal, prestando serviços integrados de transporte, armazenagem, preparação de encomendas, controle de inventários e distribuição, para além de outros serviços de valor acrescentado. Em Espanha, esta actividade é também especializada em Logística e Distribuição de produtos de grande consumo. 3- As outras actividades que representam cerca de 4% da facturação global do Grupo, cumprem dois objectivos fundamentais: apoiar as actividades principais do Grupo e desenvolver negócios autónomos nos seus mercados específicos. Leonel Simões & Filhas, SGPS, S.A. 1.646.910 29,19% 27,84% Varanda do Vale, SGPS, S.A. 1.646.910 29,19% 27,84% Mira Serra SGPS, S.A. 1.646.910 29,19% 27,84% José Luís Simões 234.000 4,15% 3,96% Leonel Fernando Simões 234.000 4,15% 3,96% Jorge Manuel Simões 234.000 4,15% 3,96% Acções Próprias 273.060-4,62% 5.915.790 100,00% 100,00% Administração, na reunião de 28 de Fevereiro de 2013. É opinião do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações do Grupo, bem como a sua posição e performance financeira e fluxos de caixa. Estas demonstrações financeiras consolidadas serão aprovadas pela Assembleia Geral de accionistas. 2 - REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.1. Base de Preparação Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) em vigor, na presente data. A preparação de demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com o Sistema de Normalização Contabilística requer o uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adoptar pela Empresa, com impacto significativo no valor contabilístico dos activos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte. 1.4 - Designação da empresa-mãe: A Empresa-mãe denomina-se LS Luís Simões, SGPS, S.A. 1.5 - Designação dos detentores de capital: A empresa é detida pelas entidades descritas no quadro seguinte: Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência do Conselho de Administração e nas suas melhores expectativas em relação aos eventos e acções correntes e futuras, os resultados actuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras são apresentadas na Nota 3.22. 81 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

2.2. Derrogação das disposições do SNC Não existiram, no decorrer do exercício a que respeitam estas Demonstrações Financeiras, quaisquer casos excepcionais que implicassem directamente a derrogação das disposições prevista pelo SNC. 2.3. Comparabilidade das demonstrações financeiras Os elementos constantes nas presentes Demonstrações Financeiras são, na sua totalidade, comparáveis com os do exercício anterior. 3 - PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados, salvo indicação contrária. 3.1 Bases de Consolidação O universo empresarial do Grupo é composto pelas Subsidiárias descritas na Nota 6. Em obediência ao disposto no artº 6 do Decreto-lei nº 158/2009, de 15 de Julho, que aprovou o SNC, a entidade apresenta contas consolidadas do Grupo constituído por ela própria e por todas as Subsidiárias nas quais: Independentemente da titularidade do capital, se verifique que, em alternativa: - Pode exercer, ou exerce efectivamente, influência dominante ou controlo; - Exerce a gestão como se as duas constituíssem uma única entidade; Sendo titular de capital: - Tem a maioria dos direitos de voto, excepto se se demonstrar que esses direitos não conferem o controlo; - Tem o direito de designar ou de destituir a maioria dos titulares do órgão de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais dessa entidade; - Exerce uma influência dominante sobre uma entidade, por força de um contrato celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato social desta; - Detém pelo menos 20 % dos direitos de voto e a maioria dos titulares do órgão de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais dessa entidade, que tenham estado em funções durante o exercício a que se reportam as demonstrações financeiras consolidadas, bem como, no exercício precedente e até ao momento em que estas sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente designados como consequência do exercício dos seus direitos de voto; - Dispõe, por si só ou por força de um acordo com outros titulares do capital desta entidade, da maioria dos direitos de voto dos titulares do capital da mesma. A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados quando se avalia se existe ou não controlo. As Subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da consolidação a partir da data em que o controlo cessa. É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição das Subsidiárias. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, dos Instrumentos de Capital emitidos e dos Passivos incorridos, ou assumidos na data de aquisição, adicionados dos custos directamente atribuíveis à aquisição. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos Activos e Passivos identificáveis adquiridos é reconhecido como Goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida a diferença é reconhecida directamente na demonstração dos resultados consolidados no exercício em que é apurada. No processo de consolidação, as transacções, saldos e ganhos não realizados em transacções intragrupo e dividendos distribuídos entre empresas do grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência da existência de imparidade nos activos transferidos e ainda não alienados. As políticas contabilísticas utilizadas pelas Subsidiárias na preparação das suas demonstrações financeiras individuais foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Às diferenças temporárias que surgiram da eliminação dos resultados provenientes de transacções intragrupo foi aplicado o disposto na NCRF 25 Impostos sobre o Rendimento. O Capital Próprio e o Resultado Líquido das Subsidiárias que são detidos por terceiros alheios ao Grupo, são apresentados nas rubricas de Interesses Minoritários no Balanço consolidado (de forma autónoma dentro do Capital Próprio) e na Demonstração Consolidada dos Resultados, respectivamente. 3.2- Conversão cambial 3.2.1 - Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras do Grupo e respectivas notas deste anexo são apresentadas em euros, salvo indicação explícita em contrário. 82 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

3.2.2 - Transacções e saldos As transacções em moedas diferentes do euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transacções. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/recebimento das transacções bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do balanço, dos activos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica de gastos de financiamento, se relacionadas com empréstimos ou em outros rendimentos ou gastos operacionais, para todos os outros saldos/transacções. 3.3 - Activos fixos tangíveis Os activos tangíveis encontram-se valorizados ao custo deduzido das depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. Este custo inclui o custo estimado à data de transição para NCRF, e os custos de aquisição para activos obtidos após essa data. O custo de aquisição inclui o preço de compra do activo, as despesas directamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do activo para que se encontre na sua condição de utilização. Os custos com substituições e grandes reparações são capitalizados sempre que aumentem a vida útil do imobilizado a que respeitem e são amortizadas no período remanescente da vida útil desse imobilizado ou no seu próprio período de vida útil, se inferior. As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas como gastos no período em que são incorridas. Os custos a suportar com o desmantelamento ou remoção de activos instalados em propriedade de terceiros serão considerados como parte do custo inicial dos respectivos activos quando se traduzam em montantes significativos. As taxas de depreciação resultantes da determinação das vidas úteis estimadas para os activos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue: Bem Edificios e Outras Construções 2,00-33,33 2,00-33,33 Equipamento Básico 5,00-33,33 5,00-33,33 Equipamento de Transporte 10,00-33,33 10,00-33,33 Equipamento Administrativo 8,33-33,33 8,33-33,33 Outros Activos Fixos Tangíveis 10,00-33,33 10,00-33,33 As depreciações são calculadas numa base duodecimal, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. O gasto com amortizações é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização. Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos fixos tangíveis, são efectuados testes de imparidade, de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado de entre o preço de venda líquido e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no fim da sua vida útil. As vidas úteis dos activos são revistas em cada período de relato financeiro, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo esperados dos activos. Alterações às vidas úteis são tratadas como uma alteração de estimativa contabilística e são aplicadas prospectivamente, afetando os resultados do período. O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado como a diferença entre o montante recebido na transacção e a quantia escriturada do activo sendo o ganho (ou a perda) reconhecido em resultados no período em que ocorre a alienação. Os Activos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente depreciados quando se encontram disponíveis para uso. 3.4 - Locações As locações financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor entre o justo valor do activo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação, cada um determinado à data de início do contrato. A dívida resultante de um contrato de locação financeira é registada líquida de encargos financeiros, na rubrica de Financiamentos obtidos. Os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos activos locados, são reconhecidos na Demonstração dos resultados, no período a que dizem respeito, na rúbrica de juros e gastos similares suportados. Os activos fixos tangíveis adquiridos através de locações financeiras são depreciados pelo menor entre o período de vida útil do activo e o período da locação, ou quando o Grupo não tem opção de compra no final do contrato, ou pelo período de vida útil estimado quando o Grupo tem a intenção de adquirir os activos no final do contrato. 83 Nas locações consideradas operacionais, as rendas a pagar são reconhecidas como custo na Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

demonstração dos resultados numa base linear, durante o período da locação. 3.5 Propriedades de Investimento As propriedades de investimento são imóveis (terrenos, edifícios ou partes de edifícios) detidos com o objectivo de valorização do capital, obtenção de rendas, ou ambas. As propriedades de investimento foram valorizadas ao justo valor na data de transição para o SNC, sendo valorizadas subsequentemente de acordo com o modelo do custo depreciado, o qual é aplicado a todos os activos classificados como propriedades de investimento. Justo Valor De acordo com os normativos contabilísticos adoptados, e no particular do critério de valorização de acordo com o modelo do custo depreciado, é requerida a divulgação do justo valor das propriedades de investimento nas demonstrações financeiras completas. O justo valor dos outros terrenos e exercícios são determinados com base em avaliações efectuadas por avaliadores externos tendo em conta as condições da sua utilização ou o melhor uso, consoante se arrendado ou não. 3.6 Intangíveis Reconhecimento inicial O custo dos activos intangíveis adquiridos separadamente reflecte, em geral, os benefícios económicos futuros esperados e compreende: O preço de compra, incluindo custos com direitos intelectuais e os impostos sobre as compras não reembolsáveis, após dedução dos descontos comerciais e abatimentos; e Qualquer custo directamente atribuível à preparação do activo, para o seu uso pretendido. Reconhecimento subsequente O Grupo valoriza os seus activos intangíveis, após o reconhecimento inicial, pelo Modelo do Custo, conforme definido pela NCRF 6 Activos Intangíveis, que define que um activo intangível deve ser escriturado pelo seu custo deduzido da amortização acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas. Amortização O Grupo determina a vida útil e o método de amortização dos activos intangíveis com base na estimativa de consumo dos benefícios económicos futuros associados ao activo. Activos intangíveis com vida útil finita Os activos intangíveis com vida útil definida são amortizados numa base sistemática a partir da data em que se encontram disponíveis para uso, durante a vida útil estimada. O Grupo não tem activos intangíveis com vida útil indefinida. O gasto com amortizações é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização. As vidas úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. As taxas de amortização resultantes da determinação das vidas úteis estimadas para os activos intangíveis mais significativos são conforme segue: Tipo de Bem Programas de Computador 16,66-33,33 16,66-33,33 3.7 - Imparidade de activos Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica de Perdas por imparidade, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo de revalorização. Nos casos em que a perda não é considerada permanente e definitiva, a perda de imparidade não é reconhecida, sendo feita a divulgação das razões que fundamentam essa conclusão. O valor recuperável é o maior de entre o justo valor do activo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Para a determinação da existência de imparidade, os activos são alocados ao nível mais baixo para o qual existem fluxos de caixa separados identificáveis (unidades geradoras de caixa). Os Activos não financeiros, que não o goodwill, para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade são avaliados, a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade. 84 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica de Reversões de perdas por imparidade. A reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada. Quando há lugar ao registo ou reversão de imparidade, a amortização e depreciação dos activos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável. 3.8 Participações Financeiras outros métodos O Grupo utiliza o modelo do custo para o reconhecimento inicial das participações financeiras em entidades em que não seja obrigatório a utilização do método da equivalência patrimonial e nas quais não existam condições para a utilização do justo valor, designadamente participações financeiras em empresas não cotadas. De acordo com o modelo do custo as participações financeiras são reconhecidas inicialmente pelo seu custo de aquisição, que inclui custos de transacção, sendo subsequentemente o seu valor diminuído por perdas por imparidade, sempre que ocorram. 3.9 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados directamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do exercício das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos custos e proveitos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro tributável exclui ainda custos e proveitos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato. Os impostos diferidos activos são reconhecidos na medida em que seja provável que existam lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização da diferença temporária. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que possam ser utilizados. 3.10 Inventários Os inventários são registados ao custo de aquisição, sendo adoptado como método de custeio das saídas dos inventários o custo médio ponderado. Sempre que o valor realizável líquido é inferior ao custo de aquisição ou de produção, procede-se à redução de valor dos inventários, mediante o reconhecimento de uma perda por imparidade, a qual é revertida quando deixam de existir os motivos que a originaram. Para este efeito, o valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decurso ordinário da actividade empresarial menos os custos estimados de acabamento e os custos necessários para efectuar a venda. As estimativas tomam em consideração as variações relacionadas com acontecimentos ocorridos após o final do período na medida em que tais acontecimentos confirmem condições existentes no fim do período. 3.11 Activos e Passivos financeiros O Conselho de Administração determina a classificação dos activos e passivos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com a NCRF 27 Instrumentos financeiros. Os activos e passivos financeiros podem ser classificados/mensurados como: (a) Ao custo ou custo amortizado menos qualquer perda por imparidade; ou (b) Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na demonstração dos resultados. O Grupo classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado, os activos e passivos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cujo retorno seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar a perda do valor nominal e do juro acumulado (no caso dos activos) ou alteração à responsabilidade pelo reembolso do valor nominal e do juro acumulado a pagar (no caso dos passivos). Para os activos e passivos registados ao custo amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada período são determinados de acordo com o método da taxa de juro efectiva, 85 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS

que corresponde à taxa que desconta exactamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro. São registados ao custo ou custo amortizado: i) os activos financeiros que constituem empréstimos concedidos, contas a receber (clientes, outros devedores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado activo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável e ii) os passivos financeiros que constituem financiamentos obtidos, contas a pagar (fornecedores, outros credores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado activo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável. O Grupo classifica e mensura ao justo valor os activos financeiros que não cumpram com as condições para ser mensurados ao custo ou custo amortizado, conforme descrito acima. São registados ao justo valor os activos financeiros que constituem instrumentos de capital próprio cotados em mercado activo, contratos derivados e activos financeiros detidos para negociação. As variações de justo valor são registadas nos resultados de exercício, excepto no que se refere aos instrumentos financeiros derivados que qualifiquem como relação de cobertura de fluxos de caixa. O Grupo avalia a cada data de relato financeiro a existência de indicadores de perda de valor para os activos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objectiva de imparidade, o Grupo reconhece uma perda por imparidade na demonstração de resultados. Os activos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse. Uma entidade deve desreconhecer um passivo financeiro (ou parte de um passivo financeiro) apenas quando este se extinguir, isto é, quando a obrigação estabelecida no contrato seja liquidada, cancelada ou expire. 3.12- Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica de caixa e depósitos bancários correspondem aos valores de depósitos bancários vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Estes activos estão valorizados ao custo. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de Caixa e equivalentes de caixa compreende, além da caixa e depósitos bancários, também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Financiamentos obtidos correntes do Balanço. Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS 3.13- Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transacção e montagem incorridos. Os financiamentos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado sendo a diferença entre o valor nominal e o justo valor inicial reconhecida na demonstração dos resultados consolidados ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa de juro efectiva. Os financiamentos obtidos são classificados no passivo corrente, excepto se o Grupo possuir um direito incondicional de diferir o pagamento do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço, sendo neste caso classificados no passivo não corrente. Os créditos sobre clientes cedidos sem recurso i.e. em que no caso de não pagamento por parte dos Clientes a perda é assumida pela empresa de factoring são desreconhecidos do Balanço aquando do recebimento das quantias provenientes da empresa de factoring. Os gastos com juros relativos a financiamentos obtidos são registados na rubrica de gastos e perdas de financiamento em resultados do exercício. 3.14- Subsídios do Governo Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos quando uma certeza razoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos. Os subsídios do Governo associados à aquisição ou produção de activos não correntes (Subsídios ao Investimento) são inicialmente reconhecidos no capital próprio, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos activos subjacentes) como rendimentos do exercício durante as vidas úteis dos activos com os quais se relacionam. Outros subsídios do Governo (Subsídios à Exploração) são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis. Os apoios do Governo sob a forma de atribuição de financiamentos reembolsáveis a taxa bonificada, devem ser descontados na data do reconhecimento inicial, constituindo o valor do desconto o valor do subsídio a amortizar pelo período do financiamento. 3.15- Provisões São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum acontecimento passado, é mais provável do que não, que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. 86

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato, dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação conhecidos e avaliados pela Gestão à data de relato. 3.16- Gastos e rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidos como activos ou passivos, se se qualificarem como tal, nas rubricas de Balanço Outras contas a receber e a pagar e Diferimentos. 3.17- Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; O Grupo não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para o Grupo; Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para o Grupo; Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade; A fase de acabamento da transacção à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade. 3.18 - Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos na rubrica Juros e gastos similares suportados da Demonstração de resultados. 3.19 Activos e Passivos Contingentes Um Activo Contingente é um possível activo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade. Os Activos Contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de rendimentos que podem nunca ser realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um influxo futuro. Um Passivo Contingente é: ou Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade, Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação, A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os Passivos Contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de gastos que podem nunca se tornar efectivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de exfluxos futuros que não seja remota. 3.20 Capitais Próprios a) Capital Social As acções ordinárias são classificadas no capital próprio. Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou opções são apresentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao montante emitido. As acções próprias adquiridas através de contrato são reconhecidas no capital próprio, em rubrica própria. De acordo com o Código das Sociedades Comerciais, a Empresa tem de garantir a cada momento a existência de reservas no Capital Próprio para cobertura do valor das acções próprias, limitando o valor das reservas disponíveis para distribuição. As acções próprias são registadas ao custo de aquisição, se a compra for efectuada à vista, 87 Contas Consolidado 2012 PORTUGUÊS