GUIA DA BASE COMO ENTENDER E INTERPRETAR O DOCUMENTO QUE VAI SER REFERÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO DO BRASIL

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Transcrição:

GUIA DA BASE COMO ENTENDER E INTERPRETAR O DOCUMENTO QUE VAI SER REFERÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO DO BRASIL

Introdução Introdução O QUE É A BASE? QUAIS AS DIFERENÇAS? A BASE TRAZ DIREITOS DE APRENDIZAGENS DOS ALUNOS E IRÁ NORTEAR 0 CURRÍCULO DE TODAS AS REDES DO PAÍS P rofessores da rede estadual do Acre, da rede municipal de São Paulo ou de escolas particulares do Paraná, todos iniciando o planejamento pedagógico para Educação Infantil (EI), Ensino Fundamental (EF) ou Ensino Médio (EM) partindo do mesmo ponto. Esse é o objetivo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que determina o conjunto de habilidades e conhecimentos essenciais que todos os alunos devem desenvolver a cada ano e etapa da Educação Básica, independentemente de onde moram ou estudam. São esses objetivos de aprendizagem que irão pautar o currículo de todas as redes públicas e particulares do país. Com isso, a Base procura garantir a equidade do ensino, ou seja, reduzir as desigualdades ao oferecer a todos as mesmas oportunidades de aprender. Ela será obrigatória, mas isso não significa ignorar a variedade cultural do país. O objetivo é que cada rede acrescente ao currículo elementos relacionados à realidade local. É a chamada parte diversificada, com conteúdos que abrangem as características regionais da sociedade, da cultura, da economia e dos próprios alunos. As redes podem, portanto, fazer mais, mas não menos do que o proposto pela Base como direito de aprendizagem. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL O debate sobre a necessidade de fixar conteúdos mínimos para o ensino é antigo. Isso já estava previsto em alguns marcos legais, como a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996. O Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014, aponta a BNCC como uma das estratégias necessárias para se atingir as metas de qualidade para a Educação no decênio 2014-2024. Em 2015, a discussão começou a sair do papel, quando o MEC formou um grupo responsável pela elaboração do texto, com participação de educadores, técnicos das secretarias municipais e estaduais e pesquisadores de universidades. Essa pluralidade de vozes, que incluiu consultas e debates públicos sobre o documento, tornou o processo de construção da BNCC colaborativo e democrático. Com base nas milhares de contribuições e em pareceres de especialistas, o MEC finalizou a última versão, que seguiu para o Conselho Nacional de Educação (CNE). Após o parecer do conselho, ela, então, passará a valer em todo país. ENTENDA O QUE ENSINAR PARA MELHOR COMPREENSÃO, A ESTRUTURA DAS HABILIDADES NA BNCC PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DEVE CONTER TRÊS ELEMENTOS: DIFERENCIAR ESCRAVIDÃO, SERVIDÃO E TRABALHO LIVRE NO MUNDO ANTIGO. BASE NÃO É CURRÍCULO VERBO Indica a ação (aprendizagem efetiva) que define o processo cognitivo. OBJETO São os conteúdos, conceitos e processos a ser aprendidos. MODIFICADOR Informações sobre o contexto da aprendizagem esperada. Como o próprio nome diz, base é o que sustenta. A BNCC é, portanto, o ponto de partida para a construção de um currículo, ao organizar e articular as habilidades a ser ensinadas ao longo da Educação Básica. Seu foco está em o que ensinar. A parte do como ensinar, que também compõe um currículo, não entra no documento. Isso fica a cargo de redes, escolas e professores. Ela também é diferente da Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN) e do Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). As diretrizes são genéricas, pois definem as áreas de conhecimento, mas não o que deve ser aprendido em cada uma. Os PCN tratam de metodologia de ensino e sugestões didáticas, por exemplo. Esses documentos foram referências para a construção da BNCC, mas ela é mais específica e traz detalhamentos que os outros não têm. ATENÇÃO À IMPLANTAÇÃO Depois de homologada pelo MEC, o desafio será analisar a BNCC e compará-la com os currículos já existentes nas redes e escolas. Isso servirá para definir o que manter e, assim, preservar as características específicas da realidade local e o que modificar para atender às novas exigências. A responsabilidade por esse processo é dos estados e municípios, com apoio técnico do MEC. Nas escolas, gestores e professores deverão refletir em conjunto sobre como transformar as propostas que vierem das redes em um currículo. Mas, para que ocorram as mudanças esperadas, o suporte dos governos é fundamental. A implantação da Base abrange apoio às revisões curriculares, à formação dos professores e à adequação de materiais didáticos e avaliações externas. Somente oferecendo condições de aprendizagem, trabalho e infraestrutura, a equidade será uma realidade nas salas de aula. VOCABULÁRIO DA BASE VEJA O SIGNIFICADO DOS PRINCIPAIS TERMOS DA BNCC CAMPO DE EXPERIÊNCIA É um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências da vida cotidiana das crianças e seus saberes. COMPETÊNCIA É a mobilização e aplicação dos conhecimentos escolares (conceitos, procedimentos, valores e atitudes). Ser competente é ser capaz de, ao se defrontar com um problema, utilizar o conhecimento construído. 2/ GUIA DA BASE 3/ GUIA DA BASE

Estrutura da base EDUCAÇÃO BÁSICA Estrutura da base EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO INFANTIL HABILIDADE Expressa as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares. Elas devem ser consideradas sob as perspectivas da continuidade das aprendizagens ao longo da escolarização. VEJA QUAIS ELEMENTOS COMPÕEM O DOCUMENTO E COMO ELES SE ORGANIZAM NAS DIVERSAS ETAPAS DE ESCOLARIZAÇÃO DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se ÁREAS DO CONHECIMENTO CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS - O eu, o outro e o nós - Corpo, gestos e movimentos - Traços, sons, cores e formas - Oralidade e escrita - Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações ENSINO FUNDAMENTAL COMPONENTES CURRICULARES OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA: - Até 1 ano e 6 meses - De 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses - De 4 anos a 5 anos e 11 meses UNIDADES TEMÁTICAS No Ensino Fundamental, é a maneira de organizar os objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos) adequados às especificidades dos componentes. Cada unidade contempla uma gama de objetos de conhecimento, que, por sua vez, se relacionam a um número variável de habilidades. EDUCAÇÃO BÁSICA COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC Ao longo da Educação Básica, os alunos devem desenvolver dez competências gerais que pretendem assegurar, como resultado do seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, uma formação humana integral. Leia sobre essas competências em: NOVAESCOLA.ORG.BR/BASE LINGUAGENS MATEMÁTICA CIÊNCIAS DA NATUREZA CIÊNCIAS HUMANAS Competências específicas de área No Ensino Fundamental são definidas competências específicas a ser promovidas nessa etapa da escolarização para as quatro áreas do conhecimento. Elas explicitam como as dez competências gerais da Educação Básica se expressam em cada uma dessas áreas. Veja exemplos em novaescola.org.br/base Língua Portuguesa Língua Inglesa Arte Educação Física Matemática Ciências da Natureza Geografia História Competências específicas de componentes Nas áreas que abrigam mais de um componente curricular (Linguagens e Ciências Humanas) também são estabelecidas competências específicas do componente a ser desenvolvidas pelos alunos ao longo do Ensino Fundamental. Verifique quais são essas competências em novaescola.org.br/base ANOS INICIAIS E ANOS FINAIS - Unidades temáticas - Objetos de conhecimento - Habilidades Organização do componente Para o desenvolvimento das competências específicas, cada componente curricular apresenta um conjunto de habilidades, que estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). Eles são organizados em unidades temáticas. 4/ GUIA DA BASE 5/ GUIA DA BASE

Linha do tempo DA ELABORAÇÃO À OBRIGATORIEDADE O que gestores podem fazer PROJETO INSTITUCIONAL O CAMINHO DA BASE LEVE O DEBATE À ESCOLA 1) 6/2014 - APROVAÇÃO DO PNE Aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidência, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece a implantação da BNCC até junho de 2016. 3) 16/9/2015-13/3/2016 - CONSULTA PÚBLICA Apresentada a primeira versão do texto. O MEC abre consulta pública no portal da Base. Em seis meses, foram mais de 12 milhões de sugestões de melhorias, enviadas por 310 mil usuários. 5) 28/5/2016 - ADIAMENTO DA BASE DO EM Representantes do MEC anunciam o adiamento da elaboração da Base para o Ensino Médio (EM) até que seja aprovada a reforma dessa etapa de ensino. 7) 15/9/2016 - SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS SEMINÁRIOS Um relatório com os principais apontamentos que surgiram nos encontros é entregue ao MEC. O levantamento norteia os ajustes para a versão final do documento. 9) 6/4/2017 - TEXTO FINAL Apresentada a última versão do texto da Base da EI e do EF, o documento segue para aprovação do CNE, que irá realizar audiências públicas em todas as regiões. O CNE irá emitir um parecer sobre o documento. 2) 6/2015 - INÍCIO DA CONFECÇÃO DA BNCC Um grupo de 116 pessoas, composto de educadores, técnicos de secretarias e pesquisadores de 38 universidades, fica responsável pela elaboração do texto. No mês seguinte, o Ministério da Educação (MEC) lança o portal da Base, com informações sobre os avanços do documento e possibilidade de participação popular. 4) 3/5/2016 - SEGUNDA VERSÃO DO TEXTO Após analisar e mapear os principais problemas identificados pelas contribuições enviadas ao site e pelas leituras críticas feitas por universidades, secretarias e instituições científicas, é elaborado novo texto. 6) 23/6/2016-10/8/2016 - DEBATES PÚBLICOS Segunda versão da BNCC é discutida em seminários organizados em todos os estados. Mais de 9 mil professores, gestores e técnicos das secretarias participam. 8) 3/2017 BASE DO EM É RETOMADA Reinício das discussões sobre a Base do EM. O processo seguirá os mesmos trâmites daqueles realizados para a Educação Infantil (EI) e Ensino Fundamental (EF). 10) 2018 - ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO Após o parecer, a BNCC será homologada pelo MEC e se tornará obrigatória. A partir daí, ela orientará a revisão dos currículos estaduais e municipais, a formação dos professores e a adequação de materiais didáticos e avaliações externas. O ministério estima que esse processo dure dois anos. N ão é necessário esperar que a Base se torne obrigatória para iniciar as discussões dentro das escolas. É importante que todos se familiarizem com o documento e Conhecer e analisar a BNCC à luz das necessidades educacionais da escola e da rede DOCUMENTO JÁ PODE SER APRESENTADO E DISCUTIDO COM PROFESSORES E FAMILIARES reflitam sobre o impacto dele no cotidiano escolar. Cabe aos gestores conduzir esse processo e registrar quais as sugestões de mudanças e adaptações para que o currículo se Quatro meses, considerando encontros quinzenais ajuste à Base. Essas informações devem ser encaminhadas à secretária de Educação para munir o debate com as demais instituições de ensino da região. OBJETIVO TEMPO ESTIMADO MATERIAL NECESSÁRIO 1ª ETAPA - Preparação da equipe gestora Organize, com os gestores, como será o estudo da BNCC. Identifique os textos e vídeos que melhor atendam às demandas de cada etapa, defina cronograma e responsabilidades de cada um para que de fato os debates ocorram e todos possam compartilhar ideias e proposições. 2ª ETAPA - Debates com professores Com todos os docentes, discuta os textos de introdução da Base, em especial as competências gerais e as específicas. Em outro momento, organize os professores por segmento de atuação para que aprofundem o debate. Durante o processo, peça que registrem as reflexões, os temas que precisam de aprofundamento e as demandas de formação necessárias para se adequar às exigências da Base. DESENVOLVIMENTO Currículo da escola, documento da BNCC, diretrizes curriculares, reportagens sobre a Base e indicadores educacionais 3ª ETAPA - Apresentação aos pais Realize encontros com as famílias para explicar o que é a Base e quais mudanças ela trará. Apresente o que foi debatido com os professores. Registre as contribuições dos pais. Enfatize que as divergências são produtivas e que a busca não é pelo consenso total, mas por um acordo sobre os princípios básicos para a Educação desejada. Esse envolvimento é essencial para que todos se corresponsabilizem pela aprendizagem dos alunos. 4ª ETAPA - Elaboração de plano de ação Ao finalizar os estudos e debates, organize e analise as anotações de gestores, professores e pais para elaborar um plano de revisão do currículo e do projeto político- -pedagógico (PPP) da escola. 7/ GUIA DA BASE

O que secretarias e governos podem fazer ARTIGO: TEREZA PEREZ PROFESSOR DEVE SER PRIORIDADE PARA ESPECIALISTA, FORMAÇÃO CONTINUADA É ESSENCIAL NA EFETIVAÇÃO DA BNCC A BNCC deixa claro as habilidades e as competências que os alunos devem aprender ao longo da escolaridade. Comparar, argumentar, analisar, ler, planejar e construir. Essas e muitas outras habilidades expressas no documento demandam um ensino que promova oportunidades para a criança ou o jovem desenvolver integralmente seu potencial. No entanto, para isso ocorrer, é essencial que os professores tenham acesso, nos espaços de formação, a práticas análogas às indicadas para os estudantes. Por isso, o investimento para aprimorar o trabalho dos docentes é prioridade no enfrentamento dos problemas educacionais atuais e na incorporação da Base no espaço escolar. Os professores necessitam ter oportunidades para refletir sobre a prática, fundamentá-la e buscar alternativas para que os alunos aprendam o que é esperado. Para tanto, é "A BNCC MARCA UM COMPROMISSO ÉTICO COM A APRENDIZAGEM DE TODOS, SEM EXCEÇÃO." preciso investimento no acesso a conhecimentos sobre crianças e adolescentes, campos de experiências e didáticas específicas das áreas, de maneira que eles tenham condições teóricas para obter o domínio profissional almejado. Somente vivenciando situações formativas que estimulem a cooperação e sejam instigantes, os docentes poderão oferecer aos estudantes experiências semelhantes. A definição das aprendizagens a ser conquistadas na Educação Básica possibilitará ao professor realizar um planejamento mais assertivo das aulas e das demandas para sua formação. Mas, como os alunos, os docentes também necessitam ser atendidos de modo personalizado. A BNCC marca um compromisso ético com a aprendizagem para todos, sem exceção. É uma grande oportunidade para a efetivação de um currículo potente, que faça sentido para alunos e também professores. TEREZA PEREZ é diretora executiva da Comunidade Educativa Cedac ACESSE NOVAESCOLA.ORG.BR/BASE, TESTE SEUS CONHECIMENTOS E TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE O ASSUNTO. COLABORARAM NESTA EDIÇÃO SUPERVISÃO Gustavo Heidrich TEXTO E EDIÇÃO Rosi Rico CONSULTORIA Movimento pela Base Nacional Comum e Tereza Perez (Comunidade Educativa Cedac) PROJETO GRÁFICO Rita Mayumi 8/ GUIA DA BASE