Organização Assistencial na Dengue Alexandre S. Moura Gerência de Assistência Secretaria Municipal de Saúde - PBH
Pontos principais Estabelecimento de protocolos clínicos. Adequação de protocolos clínicos à realidade local com definição do fluxo assistencial. Disseminação dos protocolos e do fluxo assistencial para os diversos pontos de atenção. Qualificação dos profissionais de saúde. Garantia de material e suporte logístico para o funcionamento do fluxo.
Importância Redução da letalidade Evitar o caos no sistema de saúde
Causas da sobrecarga do sistema Número de casos confirmados de dengue, por semana epidemiológica. Belo Horizonte, 2001-2009 1600 1400 Nº de casos 1200 1000 800 600 400 200 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 Semana epidemiológica 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Causas da sobrecarga do sistema
Estabelecendo o protocolo Pontos principais: 1. Identificar casos suspeitos. 2. Realizar classificação de risco. 3. Solicitar exames quando necessário. 4. Notificar
Adequando à realidade local Definição das atribuições de cada profissional. Estabelecimento da porta de entrada preferencial. Estabelecimento das unidades de referência. Definição do fluxo entre os diversos pontos de atenção.
Definição de atribuições Quem fará a avaliação do paciente? Classificação de risco Diagnóstico diferencial Quem pode solicitar exames? Hematócrito/plaquetas, sorologia Quem prescreve? Sais de reidratação oral Paracetamol Quem fornece atestado? Qual o papel do agente comunitário?
Definição da porta de entrada Porta de entrada preferencial deve ser a atenção primária.
Estabelecimento das referências Unidades de pronto-atendimento Unidades de reposição volêmica Hospital Unidade de terapia intensiva
Definição do fluxo a partir do protocolo Particularidades de acordo com a realidade local: Belo Horizonte subdivide situação B em B1 (UBS) e B2 (UPA/URV). UBS contam com coleta de urgência para hemograma e pode administrar soroterapia. Mecanismos para evitar perda do paciente entre os diversos níveis.
Classificação Manifestações Grupo A Grupo B1 Grupo B2 Grupo C Grupo D Sinais hemorrágicos/ prova do laço + Não Sim Sim Sim Sim Sinais de alerta Não Não Não Sim Choque Plaquetas Hematócrito >100.000 ou não realizada 50.000-100.000 <50.000 Normal ou não realizado Normal ou elevação em até 10% do basal Elevação maior que 10% do basal
Pontos de atenção Manifestações Grupo A Grupo B1 Grupo B2 Grupo C Grupo D Sinais hemorrágicos/ prova do laço + Não Sim Sim Sim Sim Sinais de alerta Não Não Não Sim Choque Plaquetas Hematócrito >100.000 ou não realizada 50.000-100.000 <50.000 Normal ou não realizado Normal ou elevação em até 10% do basal Elevação maior que 10% do basal CENTRO DE SAÚDE/UBS
Pontos de Atenção Manifestações Grupo A Grupo B1 Grupo B2 Grupo C Grupo D Sinais hemorrágicos/ prova do laço + Não Sim Sim Sim Sim Sinais de alerta Não Não Não Sim Choque Plaquetas Hematócrito >100.000 ou não realizada 50.000-100.000 <50.000 Normal ou não realizado Normal ou elevação em até 10% do basal Elevação maior que 10% do basal CS encaminha para UPA
Pontos de Atenção Manifestações Grupo A Grupo B1 Grupo B2 Grupo C Grupo D Sinais hemorrágicos/ prova do laço + Não Sim Sim Sim Sim Sinais de alerta Não Não Não Sim Choque Plaquetas Hematócrito >100.000 ou não realizada 50.000-100.000 <50.000 Normal ou não realizado Normal ou elevação em até 10% do basal Elevação maior que 10% do basal Encaminhar para URV Encaminhar para leito hospitalar Permanecer na UPA
Pontos de Atenção Manifestações Grupo A Grupo B1 Grupo B2 Grupo C Grupo D Sinais hemorrágicos/ prova do laço + Não Sim Sim Sim Sim Sinais de alerta Não Não Não Sim Choque Plaquetas Hematócrito >100.000 ou não realizada 50.000-100.000 <50.000 Normal ou não realizado Normal ou elevação em até 10% do basal Elevação maior que 10% do basal Encaminhar para leito de terapia intensiva
Contra referência Cartão da dengue é um importante instrumento de referência e contra-referência.
Controle clínico Necessária parceria entre Centro de Saúde e Unidade de Pronto-Atendimento para possibilitar acompanhamento diário.
Disseminação da informação Impressão de cartilhas, cartazes. Distribuição para profissionais de saúde tanto dos serviços públicos quanto privados.
Qualificação dos profissionais Metodologia: Uso de material em CD-ROM/on-line Teleconferência Presencial na forma de conferência. Presencial em pequenos grupos. Treinamento em serviço. Conteúdo: Aspectos básicos da doença. Protocolo e fluxos. Discussão de casos.
Qualificação dos profissionais Avaliação Fonte: cube.moh.gov.my/raya/goweb/osceppt1.jpg
Suporte logístico Fornecimento de impressos: classificação de risco cartão da dengue fichas de notificação Transporte de amostras. Realização de exames laboratoriais. Insumos: soroterapia venosa, sais de reidratação oral, paracetamol Atuação integrada com a Epidemiologia.
Conclusão Epidemia de dengue sobrecarrega os serviços de saúde. Planejamento adequado evita mortalidade e reduz sobrecarga dos serviços. Planejamento deve seguir as diretrizes nacionais e estaduais, mas sempre levandose em conta as particularidades locais.