Reunião Clínica Relação entre Disfagia e Apneia Obstrutiva do Sono relato de caso Apresentação: Isabela A. de Quadros (4º ano) Orientação: MSc. Camila Corrêa Discussão do caso clínico: MSc. Camila Corrêa Dr. Hardynn Saunders (ORL) Profa. Dra. Giédre Berretin-Felix Data: 04/09/2014, às 13h Local: Anfiteatro da Odontologia Contamos com a sua presença!
REUNIÃO CLÍNICA A P N E I A O B S T R U T I V A D O S O N O E D I S F A G I A
APNEIA DO SONO Fundamental Não deixamos de respirar REM NÃO REM Sono Kronbauer et al, 2013
APNEIA DO SONO Apneia do sono: Desorganiza o sono Um dos principais distúrbios do sono Obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono Apneia ou hipopneia Prevalência: 32,8% Kronbauer et al, 2013 TUFIK et al., 2010
APNEIA DO SONO Sinais e sintomas Sonolência diurna Ronco Sensação de sufocamento Refluxo esofágico Boca seca Fadiga irritabilidade Depressão Impotência sexual Cefaleia pela manhã Kronbauer et al, 2013
APNEIA DO SONO Noites mal dormidas Insônia Inconveniências com os parceiros de quarto Infarto do miocárdio, AVE e arritmias cardíacas HAS Refluxo gastroesofágico Enurese diurna Queda no rendimento Alterações de personalidade Kronbauer et al, 2013
APNEIA DO SONO Hipertrofia de tonsilas palatinas e tonsila faríngea Hipotonia dos músculos Obesidade Fatores predisponentes Deformidades craniofaciais Ex: classe II Guimarães et al, 2009
APNEIA DO SONO Polissonografia - Potenciais elétricos da atividade cerebral - Batimentos cardíacos Diagnóstico - Movimentos dos olhos - Atividade muscular - Esforço respiratório - IAH (gravidade) - Saturação de oxigênio no sangue Guimarães et al, 2009
Fonte: google imagens
APNEIA DO SONO Avaliação do Estado Físico Classificação de Mallampati Medidas dos terços da face Medida da circunferência cervical Kronbauer et al, 2013
APNEIA DO SONO Tratamento Perda de peso e evitar dormir de barriga para cima. Higiene do Sono CPAP: máscara conectada a um compressor de ar que provoca pressão positiva para forçar sua passagem através das vias aéreas durante a noite. Cirurgias: remoção de obstáculos e correção de distúrbios anatômicos que dificultem a passagem de ar Aparelho intraoral de avanço mandibular Terapia Fonoaudiológica Guimarães et al, 2009 Kronbauer et al, 2013
APNEIA DO SONO Terapia Fonoaudiológica Adequação/melhora de tônus da região orofacial, principalmente os músculos da língua, palato mole e assoalho da boca. Alterações miofuncionais Espessamento da base da língua Das paredes laterais Do palato mole Durante o sono: mais espessas e diminuiçao do calibre das vias aéreas superiores Guimarães et al, 2009
Determinar o impacto da terapia com exercícios orofaríngeos em pacientes com SAOS 31 participantes com SAOS moderada. 15 grupo controle e 16 submetidos a terapia Terapia intensiva envolvendo exercícios lingua, palato mole, paredes laterais da faringe. Grupo controle: treino respiratório. Terapia: diminuiu a severidade e sintomas.
- Diminuição no índice de apnéia / hipopnéia, melhora da qualidade subjetiva do sono, melhora ronco. -Poucos estudos.
DISFAGIA Desordem na deglutição Dificuldades em qualquer fase da deglutição Distúrbio da deglutição decorrente de causas neurológicas e/ou estruturais Padovani et al, 2007
DISFAGIA FASES: 1. Oral 2. Faríngea 3. Esofágica
DISFAGIA Induzida por drogas Mecânica Psicogênica Neurogênica Etiologia Presbifagia
DISFAGIA (2004) Aspiração e penetração Dificuldade em iniciar a deglutição Regurgitação nasal Tosse Engasgamento Disartria e diplopia Halitose Dismotilidade esofágica Obstrução mecânica da luz esofágica World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines, 2004
DISFAGIA Anamnese detalhada e precisa Videofluroscopia Nasoendoscopia Avaliação Clínica (direta e indireta) Diagnóstico World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines, 2004
DISFAGIA Reabilitação Deglutição sem riscos e complicações Estabilizar aspectos nutricionais e eliminar riscos Silva, 2007
DISFAGIA Nutrição e dieta Reeducação da deglutição Terapia fonoaudiológica Tratamento Cirurgia Dilatação esofágica World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines, 2004
DISFAGIA Terapia fonoaudiológica Exercícios de fortalecimento dos músculos fase oral Exercícios vocais (proteção da laringe) fase faríngea Exercícios respiratórios Estimulação do biofeedback (eletromiografia) Estimulação térmica e gustativa Manobras (protetoras e facilitadoras) World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines, 2004
DIAFAGIA E SAOS Afeta o processo de deglutição Deglutição depende SAOS Respiração SAOS Anatomia, funcionamento e sensibilidade adequadas Deglutição Valbuza et al, 2011
Objetivo: o objetivo deste trabalho foi mostrar a função da deglutição em pacientes (11) com SAOS, por meio da fibronasolaringoscopia. 64% dos pacientes com SAOS apresentaram vazamento por via Sessenta e quatro por cento dos pacientes com AOS oral apresentaram precoce vazamento por via oral precoce, 55% apresentaram estase faríngea da o bolus após a deglutição, e não observamos do bolo alimentar após a deglutição penetração laríngea ou aspiração traqueal. 55% apresentaram estase faríngea Não foi observado penetração laríngea ou aspiração traqueal.
Objetivo: o objetivo deste trabalho foi mostrar a função da deglutição em pacientes com SAOS, por meio da fibronasolaringoscopia. Conclusão: manifestações subclínicas de deglutição anormal, quando 64% dos pacientes com SAOS Sessenta analisados e quatro utilizando por cento nasal dos pacientes com AOS oral apresentaram precoce vazamento fibroendoscopia, por via oral possivelmente precoce, 55% apresentaram estase faríngea da associada a uma o bolus lesão após neuromuscular a deglutição, e não observamos do bolo alimentar após a causado deglutição penetração pelo ronco. laríngea ou aspiração traqueal. apresentaram vazamento por via 55% apresentaram estase faríngea Não foi observado penetração laríngea ou aspiração traqueal.
IDENTIFICAÇÃO M. S. M. F. DN: 27/06/1945 69 anos Casada Bauru
CLÍNICA DE FONOAUDIOLOGIA 2007: ORL+SS+AUDIO 2010: AUDIO 2011: AASI 2013: DISFAGIA E PSICO
POLISSONOGRAFIA IAH: 16,4 eventos por hora Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono de grau moderado Conduta do especialista em Medicina do Sono: CPAP
TRIAGEM Queixa Engasgos, principalmente com sólidos Alimentação: Quantidade atrapalha a deglutição Lenta Sem dor Pouca saliva Muitos engasgos Saúde: Pressão alta Alergia dermatológica Sinusite Depressão e tristeza
TRIAGEM Medicamentos Atenolol, losartan, sinvascor Antidepressivos Homeopatia Outras informações Hidroginástica e Pilates Usa CPAP para dormir (há 5 anos) ronco e apnéia Avaliação da voz Rouca e crepitante de grau leve Avaliação da deglutição Elevação da laringe reduzida Ausculta cervical alterada (sólido) Alteração de voz Deglutições múltiplas
CONCLUSÃO DA TRIAGEM Possível caso de disfagia de grau leve Relacionado ao envelhecimento
VIDEOFLUOROSCOPIA Nível 6 Limitações funcionais e modificações independentes Motilidade esofágica, com lentidão no tempo de trânsito esofágico e com estase do alimento no trato vocal CONDUTA: Encaminhamento ao gastroenterologista e terapia fonoaudiológica
Vídeo
AVALIAÇÃO PRÉ TERAPIA EAT-10 Pontuação: 04 Problemas de deglutição e segurança RCD/TDM: Ausência de DTM Questionário Berlin: Doente de alto risco para SAOS Tempo máximo de fonação alterado /a/ = 4 60 4 22 4 87 /s/ = 7 86 6 76 5 74 /z/ = 3 09 3 49 3 81 /u/ = 4 07 5 04 3 58
AVALIAÇÃO PRÉ TERAPIA Mobilidade de lábios: Incoordenação do músculo orbicular da boca Lateralização dos lábios com movimento de mandíbula Mobilidade de língua: Tremor e movimento da mandíbula em protrusão Esforço do orbicular nos pontos cardeais Não acopla língua no palato Hipotonicidade de língua, lábio e bucinador Fala Interposição [t], [d], [s], [z] e [r] Hiperfuncionamento da porção direita do lábio inferior
TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA Treino do tipo respiratório Deitada, sentada e em pé Treino do tempo máximo de fonação Fonema /s/ Fala automática Fala espontânea Exercícios para mobilidade e tônus de língua, lábios e bucinador - Exercícios para casa - Treino da função de fala Treino de deglutição para dissociar o movimento de protrusão da mandíbula Saliva, alimento pastoso e liquido Orientações quanto a deglutição (ponta da língua na papila e sem apertamento dentário) Exercícios vocais
AVALIAÇÃO PÓS TERAPIA EAT-10 Pontuação: 01 Sem problemas de deglutição e segurança Questionário Berlin: Doente de baixo risco para SAOS Escala de sonolência de Epworth Não indicativo de hipersonolência diurna
AVALIAÇÃO PÓS TERAPIA Tempo máximo de fonação /a/ = 9 60 13 10 11 58 /s/ = 11 44 9 33 10 60 /z/ = 8 30 9 09 9 06 /u/ = 12 34 10 48 8 44 Deglutição Elevação da laringe reduzida (liquido, pastoso e sólido) Número de deglutições: 2 3 vezes (apenas liquido) Melhora da tonicidade e mobilidade Lábios, língua e bucinador
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CONCLUSÃO PÓS TERAPIA Alta! 6 meses de terapia
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KRONBAUER, KF et al. Propostas fonoaudiológicas ao paciente roncador. Distúrb Comun, São Paulo, 25(1): 119-127, abril, 2013 VALBUZA, JS. et al. Methods for increasing upper airway muscle tonus in treating obstructive sleep apnea: systematic review. Sleep Breath,14:299 305, 2010 TUFIK, S. et al. Obstructive Sleep Apnea Syndrome in the Sao Paulo Epidemiologic Sleep Study. Sleep Breath, 14:299 305, 2010 GUIMARÃES, KC. et al. Effects of Oropharyngeal Exercises on Patients withmoderate Obstructive Sleep Apnea Syndrome. Vol 179. pp 962 966, 2009 PADOVANI, Aline Rodrigues et al. Protocolo fonoaudiológico de avaliação do risco para disfagia (PARD). Rev. soc. bras. fonoaudiol., São Paulo, v. 12, n. 3, Sept. 2007. SILVA, Roberta Gonçalves da. A eficácia da reabilitação em disfagia orofaríngea. Pró- Fono R. Atual. Cient., Barueri, v. 19, n. 1, Apr. 2007.
Perguntas? Obrigada presença! Em geral, nove décimos da nossa felicidade baseiam-se exclusivamente na saúde. Com ela, tudo se transforma em fonte de prazer Arthur Schopenhauer