projeto pedagógico senhor texugo e dona raposa a confusão Uma História em Quadrinhos Senhor Texugo e Dona Raposa 2. A CONFUSÃO Série Premiada Rua Tito, 479 Lapa São Paulo SP CEP 05051-000 divulgação escolar (11) 3874-0884 divulga@melhoramentos.com.br Brigitte LUCIANI Eve THARLET www.editoramelhoramentos.com.br www.facebook.com/melhoramentos 1
Senhor Texugo e Dona Raposa A Confusão A autora Resumo Ficha PROJETO Pedagógico 2 Brigitte Luciani nasceu em 1966 na cidade de Hanover. Após concluir em Munique o mestrado em literatura, viajou pelos Estados Unidos e pela Índia, antes de se instalar em Berlim. Trabalhou nas áreas de educação, relações públicas e documentação. Em 1994 foi viver próximo a Paris e começou a escrever. São de sua autoria dois romances, novelas, livros infantis e roteiros para histórias em quadrinhos. Alcançou sucesso com a série Senhor Texugo e Dona Raposa, traduzida para oito idiomas. Senhor Texugo e Dona Raposa A Confusão é o segundo volume da série (o primeiro é Senhor Texugo O Encontro) e é um livro construído na forma de quadrinhos, inserções de texto verbal adequadas a esse tipo de leitor e rico texto visual, capaz de atrair a atenção até de pré-leitores em seus primeiros contatos com o objeto livro. A obra conta as aventuras de Ruivinha, a filha de uma raposa que mora há um ano com um texugo e seus filhos. O livro mostra como o convívio de pessoas tão diferentes pode ser enriquecedor. Os quadrinhos, gênero bastante conhecido pelas crianças, são capazes de aproximar os pequenos desse universo tão rico que é o da leitura literária. Durante o ano letivo, a inserção deste livro é importante para que as crianças comecem a refletir sobre temas como pluralidade cultural, pois fala das relações com as diferenças e das construções de alteridade que todos temos de elaborar na vida familiar e social. Autora: Brigitte Luciani Título: Senhor Texugo e Dona Raposa A Confusão Tradução: Maria Alice Sampaio Doria Ilustrador: Eve Tharlet Formato: 23 x 29,5 cm Nº de páginas: 32 Elaboração: José Nicolau Gregorin Filho Quadro sinóptico Temas principais: quadrinhos, relação familiar e tolerância Temas transversais: ética e pluralidade cultural Interdisciplinaridade: Língua Portuguesa, Filosofia, Ciências, História, Artes Indicação: Leitor iniciante: a partir de 6 anos ensino fundamental
Palavras Iniciais O livro Senhor Texugo e Dona Raposa A Confusão, de Brigitte Luciani e Eve Tharlet, é uma boa indicação para o leitor iniciante, a partir dos seis anos. Neste Projeto Pedagógico, o professor encontrará sugestões de atividades que buscam explorar essa obra de maneira abrangente. Evidente que ele não pretende esgotar todas as possibilidades de trabalho em sala de aula nem todas as perspectivas de leitura do livro, visto que o leitor, em virtude de sua experiência de vida e relações com outros textos, pode investir a obra de novos e incontáveis significados e interpretações. Há necessidade de o professor refletir sobre a adequação desta obra ao projeto político-pedagógico de sua escola e, desse modo, ampliar as possibilidades de utilização deste Projeto Pedagógico, adequando-o às especificidades de cada grupo de alunos, a fim de que este projeto não se torne um elemento de redução da leitura da obra literária, mas consiga promover a construção de leitores mais plurais. A leitura e suas etapas As atividades aqui enumeradas fazem parte da preparação para a leitura, com o objetivo de despertar o interesse do aluno na história Senhor Texugo e Dona Raposa A Confusão. Interessantes atividades de sensibilização para a leitura da obra podem ser: numa roda descontraída de conversa, o professor convida os alunos para ouvir diferentes relatos da vida familiar de seus amigos e como convivem com seus pais e irmãos; as famílias são todas iguais? O educador pode discutir que as pessoas podem viver com famílias diferentes, pais separados, entre outras configurações atuais de relações familiares, demonstrando a variedade da organização desse núcleo social. Essas são questões que podem contribuir para despertar a curiosidade dos alunos para a leitura do livro. Os alunos perceberão que a literatura trata de problemas da nossa vida cotidiana, dos nossos sentimentos e desejos. Livros que nascem de situações comuns de nossa vida diária, que tratam dos nossos sentimentos, devem ser precedidos de algumas atividades de diálogo na preparação para a leitura, assim as crianças começam a perceber a riqueza da literatura para a vida diária e para a resolução de alguns problemas existenciais. 3
Sugestões de atividades O processo de leitura da obra deve ser composto de atividades que contemplem o seu universo textual. Assim, deve conduzir à exploração desse universo, partir dele e a ele retornar. a) Vamos descobrir como são organizadas as famílias dos colegas de classe? O professor deve coordenar essa roda de conversas, para que as crianças descubram as diferenças entre as composições de famílias e, ao mesmo tempo, dar liberdade para aqueles que não quiserem expor o seu ambiente familiar. Essa atividade é importante para que se desperte a curiosidade de conhecer a história de Senhor Texugo e Dona Raposa. b) O professor deve instigar questionamentos sobre as diferenças na organização social e por que elas acontecem. Todas as mães trabalham fora? Os filhos ajudam em pequenas atividades domésticas? Quais os papéis dos membros da família? Esses questionamentos têm como objetivo a preparação dos alunos para o entendimento do texto. c) Quando os alunos tomarem contato com o livro, além da investigação do tipo de narrador, da linguagem utilizada e da forma do texto (quadrinhos), o professor deve promover a curiosidade sobre o seu projeto gráfico. A leitura das ilustrações também faz parte da construção do sentido do texto! O professor deve promover essas leituras do texto não verbal. d) Após a leitura, a classe pode discutir as experiências dessa atividade e relacioná-las com as suas próprias. Com questionamentos desse tipo, a criança consegue começar a perceber a riqueza da expressão em linguagem verbal, muito importante para a literatura e a apreciação da obra literária. Trabalhos interdisciplinares Além das atividades sugeridas para a área de língua portuguesa, o livro Senhor Texugo e Dona Raposa A Confusão pode proporcionar o início de uma discussão bastante interessante sobre pluralidade cultural, pois trata da diversidade de situações e relações humanas, de sua maneira de ser e de diferenças, além de outros temas. Dessa maneira, é possível a integração das seguintes áreas: Filosofia: atentar para o significado de algumas palavras usadas no dia a dia e sua importância conceitual, como família, lar, casa, moradia, entre outras, para que o aluno possa iniciar as suas reflexões sobre as relações humanas e a ética que deve envolver essas relações. Ciências: promover a curiosidade sobre a vida dos animais, seu habitat, sua capacidade de interação com os seres humanos, entre outras atividades. História: refletir sobre diferentes organizações sociais e familiares num mundo tão diversificado como o nosso. Por exemplo, o cuidado com as crianças e os papéis de pai e mãe, que variam de uma cultura para outra. Artes: contribuir para a confecção de máscaras ou bonecos tendo como tema os animais da história. As máscaras e os bonecos são importantes para a continuidade em jogos de dramatização, pois as crianças podem fazer uma sinfonia com os sons dos animais. 4
Proposta de avaliação A avaliação do processo de leitura de uma obra não deve se pautar apenas em provas ou trabalhos escritos. O próprio ato de ler deve ser valorizado, tornando-se critério para a elaboração de instrumentos de avaliação. Desse modo, a obra pode comportar uma avaliação contínua e formativa, considerando os resultados das atividades das diversas disciplinas envolvidas no Projeto Pedagógico, com o objetivo de levar o aluno, desde o início, a perceber a gama de relações interdisciplinares que envolvem a leitura literária. Assim, são sugeridas avaliações de todas as atividades propostas nas diferentes fases de leitura do texto, valorizando as impressões de leitura e a contextualização da obra. Para essa obra, podem ser bons instrumentos de avaliação as discussões sobre o livro, a montagem das máscaras e possíveis narrativas para a dramatização, entre outros. 5