DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: TECNOLOGIA ASSISTIVA E A COMUNICAÇÃO

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Transcrição:

20 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: TECNOLOGIA ASSISTIVA E A COMUNICAÇÃO Eixo: Práticas para Educação Especial AZAMUR, Mirian 1 DAVID, Mônica Cristiane 2 GOES, Celma Tessari de 3 LIMA, Cristiane de Fátima dos Santos de 4 MELO, Daniele Rodrigues de Almeida 5 PERFETTI, Aline Aparecida 6 TORRES, Cibely Adriani 7 RIBAS, Cíntia Cargnin Cavalheiro 8 A Deficiência Mental intelectual - segundo o Decreto Federal nº 5.296, diz respeito ao funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas. Isso significa, que a pessoa com Deficiência Intelectual pode ter comorbidades, ou seja, outras situações que interferem no processo de desenvolvimento, que se caracteriza por outro tipo de deficiência, chamada de Deficiência Múltipla. De acordo com o Decreto Federal nº 5.296 a Deficiência Múltipla é a associação de duas ou mais deficiências. A Política Nacional de Educação Especial (PNEE), também conceitua que a deficiência múltipla é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física) com comprometimento que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa. (MEC,1994). Neste sentido, para auxiliar a pessoa com DI (Deficiência Intelectual) é importante que o professor utilize métodos e recursos adequados. A Tecnologia Assistiva auxilia no processo de desenvolvimento global dos alunos com deficiência pelo fato de contribuir, proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover Vida Independente e Inclusão. Assim, a Tecnologia Assistiva: É uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que 1 Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Opet. 2 Mestre em Educação, Especialista em Organização do Trabalho Pedagógico e em EaD, Professora de Graduação e Pós -Graduação das Faculdades OPET, FAEL e SION, Supervisora de Estágio na Faculdade Opet. 3 Acadêmica do Curso de Pedagogia -OPET 4 5 6 7 8 Doutoranda em Educação. Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em EaD, Coordenadora do Curso de Pedagogia e de Psicopedagogia das Faculdades OPET e Assistente Pedagógico na Secretaria Municipal de Educação de Curitiba.

21 objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (BRASIL, CORDE/SEDH/PR, 2007). A área da Tecnologia Assistiva destinada especificamente à ampliação de habilidades comunicativas é denominada como Comunicação Alternativa, tendo por finalidade apoiar a escola, a família e demais segmentos da sociedade, contribuindo assim no sentido de encontrar soluções para maximizar a comunicação do estudante com Deficiência Intelectual e Múltipla em todos os aspectos de sua vida, tornando-o um cidadão com autonomia para expressar seus desejos e anseios. Em educação especial, a expressão comunicação alternativa e/ ou suplementar vem sendo utilizada para designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala. (MANZINI, 2006, p.4). As pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla, na sua maioria, apresentam grandes dificuldades de comunicação, controle de postura, movimento, locomoção, nas atividades de vida diária, nos aspectos cognitivos, entre outros. Conforme destaca Vygostsky (1987) é sumamente relevante para o desenvolvimento humano o processo de apropriação, por parte do indivíduo, das experiências presentes em sua cultura. O autor enfatiza a importância da ação, da linguagem e dos processos interativos na construção das estruturas mentais superiores. Neste sentido, a Comunicação Alternativa pode ser utilizada por pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e ou escrever. Neste âmbito, Santarosa (1997, p. 67) destaca A importância que assumem essas tecnologias no âmbito da Educação Especial já vem sendo destacada como a parte da educação que mais está e estará sendo afetada pelos avanços e aplicações que vêm ocorrendo nessa área para atender necessidades específicas, face às limitações de pessoas no âmbito mental, físico-sensorial e motoras com repercussão nas dimensões sócio-afetivas. A atenção individual oferecida a cada aprendiz, a sensibilidade e disponibilidade para perceber suas dificuldades se constituem em aspectos fundamentais da Tecnologia Assistiva com enfoque na Comunicação Alternativa. Assim, Valente (2001, p. 30) afirma que: A informática na educação [...] enfatiza o fato de o professor da disciplina curricular ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino aprendizagem e atividades que usam o computador.

22 O uso da Comunicação Alternativa recupera, maximiza e complementa a comunicação do sujeito, por meio dela o sujeito demonstra sua intenção, pensamentos e anseios, contribuindo desta maneira para a formação de um sujeito pronto para uma vida social. 1 JUSTIFICATIVA A Tecnologia Assistiva tem como propósito ser usada no contexto de Educação Especial e Inclusivo por ser uma ferramenta mediadora de atividade ocupacional e comunicativa, melhorando e auxiliando no desenvolvimento cognitivo, comportamental e convívio familiar, enriquecendo a qualidade de vida dos alunos que apresentam Deficiência Intelectual e Múltipla. Para tanto, conhecer e compreender esta tecnologia faz diferença substancial no processo de desenvolvimento global do aluno. Neste sentido, é importante que o professor se aperfeiçoe, constantemente, para trabalhar de forma significativa com seus alunos, aprimorando cada vez mais seu processo de ensino. 2 OBJETIVO GERAL Proporcionar o uso da tecnologia como meio alternativo de atividade ocupacional, a fim de auxiliar o deficiente intelectual em relação a comunicação e qualidade de vida. 3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estimular o desenvolvimento cognitivo do DI. Instigar a comunicação do DI; Auxiliar no comportamento do DI para minimizar os impactos da ansiedade; Oferecer atividade ocupacional lúdica. 4 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO A proposta de atividade tem início com o professor apresentando o computador ao aluno. Em seguida, o professor deverá apresentar jogos simples aos alunos, em software, que trabalhe a atenção e concentração do aluno, a fim de estimular as áreas visual e auditiva. Na sequência, o professor direcionará e auxiliará cada aluno de maneira individualizada, estimulando e incentivando este a desenvolver a atividade. Esta

23 atividade deverá ser repetida diariamente sempre no mesmo local e horário a fim de melhorar a rotina do aluno DI. Durante as atividades, o professor deverá observar se o aluno se afeiçoou à atividade ou não para diariamente realizar as adaptações e mediações necessárias individual e coletivamente. Assim que o aluno for apresentando mais interesse pela atividade encaminhar para a família fazer uso em casa. 5 RECURSOS UTILIZADOS Computador de mesa e Software de jogos pedagógicos 6 AVALIAÇÃO A avaliação se dará de forma processual durante a atividade, resultante da observação individual e coletiva. 7 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/Seesp, 1994. BRASIL. Ministério da Educação Tecnologia Assistiva nas Escolas: Recursos básicos de acessibilidade sócio-digital para pessoas com deficiência. Acessado no site: Portal de ajudas técnicas - MEC - Ministério da Educação. Em 21/05/2016 GALVÃO Filho, Teófilo. A Tecnologia Assistiva: de que se trata? In: MACHADO, G. J. C.; SOBRAL, M. N. (Orgs.). Conexões: educação, comunicação, inclusão e interculturalidade. 1 ed. Porto Alegre: Redes Editora, p. 207-235, 2009b. Disponível em: www.galvaofilho.net/assistiva.pdf). MANZINI, Eduardo José. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos para comunicação alternativa. 2. Ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006. 52 p. Acessado no site: Portal de ajudas técnicas - MEC - Ministério da Educação. SANTAROSA, Lucila M.C. "Escola Virtual" para a Educação Especial: ambientes de aprendizagem telemáticos cooperativos como alternativa de desenvolvimento. Revista de Informática Educativa, Bogotá/Colômbia, UNIANDES, 10(1): 115-138, 1997. VALENTE, J. A. Aprendendo para a vida: o uso da informática na educação especial. In. FREIRE, F.M.P.;VALENTE, J.A. (Orgs.). Aprendendo para a vida: os computadores na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2001. p.29-42.

24 VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.