Prof. M.Sc. Paulo Alves da Silva Coordenador Nacional do PEIF Coordenador-Geral Substituto do Ensino Fundamental Assistente Técnico escoladefronteira@mec.gov.br
SOBRE O PROGRAMA Iniciou-se em 2004, entre Brasil e Argentina, tornando-se posteriormente uma ação do MERCOSUL. O objetivo principal é promover a integração regional por meio da educação intercultural que garanta formação integral às crianças e aos jovens nas regiões de fronteira do Brasil com outros países. As instituições brasileiras envolvidas no Programa são: Ministério da Educação; Secretaria de Estado da Educação; Secretaria Municipal de Educação; Universidade; Escola.
Direta BASE LEGAL Plano de Ações do Setor Educacional do MERCOSUL 2011-2015. Documento Marco Referencial de Desenvolvimento Curricular, criado e aprovado no âmbito do MERCOSUL Portaria MEC nº 798, de 19 de junho de 2012, que institui o Programa em nosso País.
Contextual: Decreto nº 7496, de 8 de junho de 2011 (ENAFRON) Decreto nº 6.861, de 27 de maio de 2009 (Territórios Etnoeducacionais) Portaria nº 125, de 21 de março de 2014 (Conceito de cidades-gêmeas) Acordos bilaterais
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO INTEGRAL EM TEMPO INTEGRAL O Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF) é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Educação (PME) Possibilita a integração de todos os processos educativos da escola, com vistas à construção de um projeto-político pedagógico que tenha como ponto de partida a interculturalidade. Essas escolas desenvolvem um projeto intercultural com outra escola no país vizinho, a partir de um planejamento feito entre ambas, sob a orientação dos professores das Secretarias de Educação e das Universidades Federais, além dos acordos feitos com o país vizinho.
EIXOS FORMATIVOS Interculturalidade (re)conhecimento das culturas dos países e da cultura singular de cada fronteira, desnaturalizando práticas discriminatórias e (re)construindo relações sociais, políticas, econômicas e educacionais. Língua vivência da língua e não apenas o ensino de línguas. É realizado um diagnóstico sociolinguístico. Projetos de aprendizagem - escolha dos projetos a serem desenvolvidos localmente, por grupo ou por escola, de acordo com o que se considere mais oportuno e de acordo com as diferentes realidades dos locais em questão.
O PROGRAMA ESCOLAS INTERCULTURAIS DE FRONTEIRA POSSIBILITA: usos das línguas oficiais e maternas, na medida em que essa língua passe estar cada vez mais presente no quotidiano da escola, de forma oral e escrita, por meio de uma relação com um falante nativo da língua objeto do ensino-aprendizagem; relação pessoal/profissional com falantes nativos cujo contato permite conhecer e vivenciar o sistema escolar do país vizinho; ampliação da base informacional dos conteúdos escolares, deixando de focar unicamente o nível nacional e ocupando-se também com a Região como unidade de trabalho.
Uma política educacional para a região não é apenas vetor para a integração regional e, sim, um fator de desenvolvimento da Faixa de Fronteira.
DADOS EDUCACIONAIS NA FAIXA DE FRONTEIRA 588 municípios 13.640 escolas de educação básica, incluindo instituições públicas e privadas. 2.627.797 estudantes matriculados na educação básica, conforme Censo Escolar de 2013, sendo: Educação Infantil: 401.948 crianças Ensino Fundamental: 1.748.401 estudantes Ensino Médio: 477.448 jovens EJA: Nenhuma matrícula informada no Censo Escolar 2013
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (IDEB)
RECURSOS ENVOLVIDOS Formação continuada e acompanhamento pedagógico: R$ 6.797.643,66 Programa Dinheiro Direto na Escola: R$ 8.175.000,00 Totalizando: R$14.972.643,66
PARCERIAS Até 2013: 11 Municípios, 5 Estados, 5 Países, 17 escolas. Em 2011 foi realizada uma reunião em Brasília, onde os representantes das 28 cidades-gêmeas e outros 8 municípios da faixa de fronteira assinaram um termo em que intencionavam aderir ao PEIF. Desde o ano de 2012, o MEC tem procurado estabelecer contato com as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação para efetivar a parceria.
No ano de 2014, o PEIF está em processo de expansão para 36 municípios e 320 escolas que participam do Programa Mais Educação há, pelo menos, 1 ano. Possibilidade de parceria com 10 países, acolhendo, portanto, as seguintes línguas oficiais: espanhol, português, guarani, inglês e francês, além das línguas maternas de cada comunidade fronteiriça.
MUNICÍPIOS ATENDIDOS OU A SEREM ATENDIDOS PELO PROGRAMA ESCOLAS INTERCULTURAIS DE FRONTEIRA (PEIF), A PARTIR DO ANO DE 2014: UF Município Classificação Países fronteiriços Universidade formadora Assis Brasil Cidade-Gêmea Peru e Bolívia UFAC AC Brasiléia Cidade-Gêmea Bolívia UFAC Epitaciolândia Cidade-Gêmea Bolívia UFAC Santa Rosa do Purus Cidade-Gêmea Peru UFAC AM Tabatinga Cidade-Gêmea Peru e Colômbia UFAM AP Oiapoque Cidade-Gêmea Guiana Francesa UFAP* Amambaí Linha de Fronteira Paraguai UFGD Bela Vista Cidade-Gêmea Paraguai UFMS Coronel Sapucaia Linha de Fronteira Paraguai UFGD MS Corumbá Cidade-Gêmea Bolívia UFMS Mundo Novo Cidade-Gêmea Paraguai UFGD Paranhos Cidade-Gêmea Paraguai UFGD Ponta Porã Cidade-Gêmea Paraguai UFGD Barracão Cidade-Gêmea Argentina UFFS Capanema Linha de Fronteira Argentina UFFS Foz do Iguaçu Cidade-Gêmea Paraguai e Argentina UNILA Guaíra Cidade-Gêmea Paraguai UFPR* PR Itaipulândia Linha de Fronteira Paraguai UNILA Santa Helena Linha de Fronteira Paraguai UFPR Santo Antônio do Sudoeste Linha de Fronteira Argentina UFFS *A confirmar São Miguel do Iguaçu Linha de Fronteira Argentina UNILA Serranópolis do Iguaçu Linha de Fronteira Argentina UNILA
UF Município Classificação Países fronteiriços Universidade formadora RO Guajará-Mirim Cidade-Gêmea Bolívia UNIR RR Bonfim Cidade-Gêmea Guiana UFRR Pacaraima Cidade-Gêmea Venezuela UFRR Aceguá Cidade-Gêmea Uruguai UNIPAMPA Barra do Quaraí Cidade-Gêmea Argentina e Uruguai UFRGS* Chuí Cidade-Gêmea Uruguai FURG Jaguarão Cidade-Gêmea Uruguai UNIPAMPA Itaqui Cidade-Gêmea Argentina UFSM RS Porto Xavier Cidade-Gêmea Argentina UFFS Quaraí Cidade-Gêmea Uruguai UFRGS* Santa Vitória do Palmar Linha de Fronteira Uruguai FURG Santana do Livramento Cidade-Gêmea Uruguai UFPEL São Borja Cidade-Gêmea Argentina UFSM Uruguaiana Cidade-Gêmea Argentina UFSM SC Dionísio Cerqueira Cidade-Gêmea Argentina UFFS *A confirmar
AÇÕES DIRETAS COM AS ESCOLAS Recurso adicional do PDDE/FNDE de R$20mil a R$25 mil, por meio da adesão da escola ao Programa Mais Educação. Diagnóstico sociolinguístico; Acompanhamento pedagógico; Formação continuada; Intercâmbio docente e discente.
CONTRAPARTIDA DE ESTADOS E MUNICÍPIOS a) designar um profissional da educação da Secretaria para ser interlocutor local entre o MEC, a Universidade e as Escolas sob sua jurisdição; b) disponibilizar transporte para os docentes e estudantes que realizam o intercâmbio com a escola no país vizinho; c) participar das reuniões técnicas de planejamento, acompanhamento e avaliação do Programa, que ocorrem semestralmente; d) prover demais vantagens e concessões que forem possíveis, tais como gratificação e seguro de vida coletivo.
ARTICULAÇÃO COM ESPAÇOS POLÍTICOS E TÉCNICOS Grupo de Trabalho das Escolas de Fronteira do MERCOSUL; Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira (CDIF); Frente Nacional de Prefeitos; Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento de Assuntos da Faixa de Fronteira; Comitês de Fronteira; Núcleos Regionais de Fronteira; Embaixadas e Consulados
ARTICULAÇÕES NECESSÁRIAS E POSSÍVEIS Projeto político-pedagógico das escolas Propostas pedagógicas dos sistemas de ensino Programa Mais Educação Ensino Médio Inovador Ações pedagógicas para jovens de 15 a 17 anos no Ensino Fundamental Programa Nacional do Livro Didático Programa Nacional Biblioteca da Escola Programa Saúde na Escola Programa Mais Cultura Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) Programa Novos Talentos (CAPES) Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Programas, Ações dos Estados e Municípios Programas e Ações das Universidades Ações e políticas dos países parceiros
PRINCIPAIS DESAFIOS Inserir as ações da educação como fator de desenvolvimento regional; Institucionalizar o PEIF nos países parceiros; Vencer a descontinuidade em mudanças de gestores nas diferentes esferas e órgãos Compreender que o PEIF é uma filosofia de educação e não mais um programa a ser desenvolvido; Construir uma metodologia diferenciada, por meio de projetos de aprendizagem;
Perceber a escola como um espaço de vivências e aprendizagens interculturais; Custear o transporte para o intercâmbio de professores e estudantes, Disponibilizar carga horária docente para planejamento e realização de cursos de formação, Divulgar as ações e articular com outras áreas de atuação dos órgãos nacionais, estaduais, municipais e países parceiros; Reconhecer os professores como servidores públicos em missão oficial ao atravessarem a fronteira para realizarem as atividades de intercâmbio.
Além dessas prioridades é de suma importância a firmação de acordos bilaterais e multilaterais com os países parceiros, para oficializar e assegurar as contrapartidas necessárias para a concretização das ações do Programa de forma equitativa, além de legitimar os projetos, ações e arranjos locais em andamento.
Muito obrigado! Paulo Alves da Silva Coordenador Nacional do PEIF Coordenador-Geral Substituto do Ensino Fundamental escoladefronteira@mec.gov.br (61) 2022-8439