Saude e Orçamento 2015 Miguel Catolica Lisbon School of Business and Economics 1 Temas a Abordar Despesas em Saúde em Portugal e OCDE Orçamento e Saúde Estratégias da Política de Saúde Não se abordarão os resultados de saúde por falta de tempo 2 1
Despesas Totais e Públicas em Saúde % PIB OCDE 2011 20 18 16 OECD Health Data 2013 14 12 9.2 10 8 6 4 2 0 2.7 2.7 1.6 3.3 2.6 3.9 2.5 1.8 3.6 1.7 1.6 1.4 2.6 2.5 2.0 1.8 2.2 3.1 2.9 2.3 2.3 1.2 2.8 2.9 4.0 3.3 2.0 1.1 1.1 8.5 8.9 8.7 9.3 7.9 8.2 8.0 8.5 7.1 6.7 7.7 7.8 6.8 6.8 7.9 7.2 7.3 6.8 5.9 6.0 6.5 5.6 6.3 5.1 4.7 3.5 4.1 4.8 5.6 4.7 United States France Germany Canada Switzerland Denmark Austria Belgium New Zealand Portugal Sweden United Kingdom OECD Average Spain Norway Italy Iceland Finland Greece Ireland Slovenia Slovak Republic Hungary Israel Chile Czech Republic Korea Poland Luxembourg Estonia Public Expenditure on health, %GDP Private expenditure on health, %GDP 3 Despesa em Saúde (%PIB) 12 10 8 % PIB 6 4 2 0 Total, %PIB Despesa Privada Pública Despesa Privada 4 2
12 Despesa Corrente em Saúde (%PIB) 10 10.210.2 9.5 9.8 9.2 9.49.4 9.7 9.7 9.5 8.68.6 8.7 8 6 4 2 0 7.3 7.57.57.47.7 6.8 6.96.8 6.06.0 6.26.46.6 6.46.3 6.4 6.3 6.0 6.1 6.1 6.36.56.5 5.8 5.9 4.8 4.9 5.15.2 5.4 5.6 5.6 4.9 5.0 4.5 4.84.8 4.9 5.1 4.6 4.1 4.3 4.2 3.6 3.8 4.1 4.0 3.7 3.3 3.5 3.0 2.8 3.0 2.82.82.8 3.03.1 2.8 2.9 3.1 3.0 3.2 2.9 2.52.5 3.3 3.3 3.3 3.3 3.5 2.3 2.5 2.2 2.9 2.9 2.9 2.8 2.7 1.3 1.41.81.9 2.4 2.4 2.5 2.5 2.6 2.7 2.7 2.8 2.9 3.0 3.0 3.0 2.5 2.5 2.5 2.6 2.6 2.6 2.6 2.3 2.0 1.8 2.0 2.0 1.6 1.3 1.3 1.3 1.3 1.5 1.3 1.0 1.0 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Parece estar a ocorrer uma transferência de despesas do setor público para o privado. Isso pode ter consequências negativas e positivas. 5 46000 45000 44000 43000 42000 41000 Ciclos Económicos e Crise em Portugal Valor do PIB real (Milhões, dados trimestrais, preços constantes) 40000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 A queda acumulada do PIB desde o último pico, no 3º trimestre de 2010, até ao valor mínimo, no 4º trimestre de 2012, foi de 7.3% a recuperação desde então cifrase em apenas 1.4% A atividade económica está agora (2º Trimestre de 2014) 6% abaixo do último pico no 3º trimestre de 2010 e 7.5% abaixo do máximo trimestral de sempre, no 1.º trimestre de 2008. O NECEP prevê crescimento do PIB de 0.7% em 2014 e de 1.3% em 2015-7.3% 1.4% 6 3
Desemprego em Portugal 20.0 Variação em cadeia (p.p.) - Escala da direita 17.0 Taxa de desemprego - Escala da esquerda 14.0 11.0 8.0 5.0 2.0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2.3 1.5 0.8 0.0-0.8-1.5 Desde 2001 que a taxa de desemprego tem vindo a subir, com um crescimento anormalmente alto desde 2009. Uma das surpresas de 2013 foi a velocidade com que o mercado de trabalho se ajustou à melhoria geral da atividade económica, compensando o fenómeno de overshootingdo desemprego que pior fase da recessão, ou seja, na transição de 2012 para 2013. Taxa de desemprego passou de 17.7% no 1.º trimestre de 2013 para 13.1% no 3.º trimestre de 2014. 7 Ciclos Económicos e Crise em Portugal Rendimento disponível das famílias (Variação homóloga da média móvel de quatro trimestres) 10.0 7.5 5.0 2.5 0.0-2.5 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 O rendimento disponível das famílias está a recuperar desde o início do ano. No ano acabado no 2º trimestre de 2014, registou uma expressiva variação homóloga (1.7%) após o registo favorável do 1º trimestre (0.6%). Tal fundamenta a recuperação em curso, não apenas das vendas de veículos de passageiros, mas também do consumo de bens duradouros de uma forma geral. Em 2014-2015, o consumo deverá evoluir com um crescimento de 1.6% em 2014 e 1.3% em 2015. Previsões do NECEP -Núcleo de Estudos da Conjuntura da Economia Portuguesa, Catolica LisbonSchool ofbusiness and Economics 8 4
Travagem e Recuo nas Despesas em Saúde 15% 10% 5% 5.7% 8.9% 7.0% 5.6% 5.7% 6.2% 4.8% 3.6% 4.1% 3.1% 2.3% 2.2% 2.7% 2.8% 7.0% 5.9% 4.5% 4.1% 4.3% 3.7% 2.0% 5.8% 4.6% 4.3%4.4% 2.9%2.8% 10.9% 3.9% 3.3%2.9% 9.8% 8.7% 0% -5% -10% 0.1% 0.5% 0.6% 1.4% 1.5% 1.5% 1.3% 1.7% 1.7% 1.7% 1.8% 1.8% 2.1% 2.5% 2.6% 5.2% -3.0% -2.5% -1.9% -1.7%-1.1%-1.0% -0.8% 1.9% 2.1% 2.5% 2.6% 5.3% 6.5% 6.9% -3.9% -5.4% 2000-09 2009-11 -11.1% -15% Entre 2000-2009 despesas de saúde em Portugal só cresceram 2.3%/ano. Mas em 2000-2009 PIB sócresceu 0,6%/ano ou seja despesas cresceram 3,8 vezes mais depressa que PIB. O que se passou depois foi como uma ressaca inescapável! 9 Despesas Totais em Saúde 2011 (%PIB) I % GDP 4 6 8 10 12 14 16 18 Net Fra Ger Can Den Aut Bel PRT Gre NZLJap Slo Spa Swe Ita UK Ice Fin Aus Ire HunSlR CzR Chi Kor Pol Mex Est Tur US Swi Nor Lux 20000 40000 60000 80000 100000 GDP pc PPP 2011 10 5
Despesas Totais em Saúde 2011 (%PIB) II % GDP 4 6 8 10 12 14 16 18 Net Fra Ger Can Den Aut Bel PRT Gre NZL Jap Slo Spa Swe Ita UK Ice Fin Aus Ire HunSlR CzR Chi Kor Pol Mex Est Tur US Swi Nor Lux 20000 40000 60000 80000 100000 GDP pc PPP 2011 11 Despesas Públicas em Saúde 2011 (%PIB) II % GDP 3 4 5 6 7 8 9 10 PRTSlo Gre Den Fra Ger NZLJap Aut Bel UK Ita Spa Can Swe Ice Fin CzR Aus Ire SlR Hun Pol Est Tur Kor Chi Mex US Swi Nor Lux 20000 40000 60000 80000 100000 GDP pc PPP 2011 12 6
Despesas Públicas em Saúde 2011 (%PIB) II % GDP 3 4 5 6 7 8 9 10 PRTSlo Gre Den Fra Ger NZLJap Aut Bel UK Ita Spa Can Swe Ice Fin CzR Aus Ire SlR Hun Pol Est Tur Kor Chi Mex US Swi Nor Lux 20000 40000 60000 80000 100000 GDP pc PPP 2011 13 Medicamentos 1 GOVERNO VAI MESMO AVANÇAR COM TAXA SOBRE AS VENDAS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA O Governo vai mesmo avançar com uma taxa sobre as vendas da indústria farmacêutica. A receita arrecadada com estas taxas reverterá para o SNS, como forma de financiamento do sistema. A possibilidade de avançar com uma taxa sobre as vendas dos laboratórios já esteve em cima da mesa no OE para 2014, mas acabou por ficar em standby' e foi substituída este ano por um acordo com a indústria farmacêutica ( ). O valor da taxa a aplicar será diferente consoante o tipo de medicamento (por exemplo medicamentos comparticipados pelo Estado, sujeitos a receita médica, etc.) e pode variar entre 0,5% e os 15%. Os valores a aplicar ainda serão definidos por portaria, mas até lá, e logo a partir de 1 de Janeiro, as farmacêuticas vão começar a pagar (os valores variam entre 2,5% e 12,4%). Caso o pagamento não seja feito dentro do prazo respetivo, "começam a correr imediatamente juros de mora", lê-se na versão preliminar do OE/15 e a "cobrança da dívida é promovida pela Autoridade Tributária e Aduaneira". Esta é uma das medidas do Ministério da Saúde para fazer frente à despesa com medicamentos, mas há mais. Nos medicamentos hospitalares, uma área onde tem sido difícil fazer descer a despesa, o Governo vai introduzir novas regras. No limite, o "Preço de Venda ao Armazenista (PVA) máximo não pode ultrapassar o PVA médio praticado nas aquisições pelos hospitais do SNS no ano civil anterior [2014]", lê-se no versão preliminar do OE/15. (Diário Económico) Acordo: GOVERNO E INDÚSTRIA SELAM ACORDO PARA REDUZIR CONTA COM MEDICAMENTOS Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica chegaram, esta quinta-feira,(20/11/2014) a acordo para renovar o protocolo de redução da despesa com medicamentos. Um entendimento que evita a entrada em vigor de uma taxa sobre a venda dos fármacos, que tinha sido anunciada pelo Governo. Os termos do acordo foram fechados, e contemplam uma contribuição por parte da indústria farmacêutica maior do que a do ano passado, e que pode ascender a 120 milhões de euros. O OE para 2015 previa a substituição do acordo existente por uma taxa aplicada diretamente às vendas dos laboratórios. O novo acordo suspende a entrada em vigor desta taxa. À luz deste acordo, a empresas farmacêuticas "vão dar aos hospitais um apoio em notas de crédito", segundo revelou, em Setembro, o presidente do Infarmed Eurico Castro Alves.. (Jornal de Notícias) 14 7
Medicamentos 2 TODOS OS DIAS FALTAM 150 MIL EMBALAGENS DE MEDICAMENTOS NAS FARMÁCIAS Em apenas um ano as farmácias reportaram falhas de 57 milhões de embalagens. Na maior parte dos casos, os medicamentos em falta nas prateleiras são para doenças crónicas. Todos os dias faltam, em média, 150 mil embalagens nas farmácias portuguesas um cenário que se tem agravado nos últimos anos. De ansiolíticos a medicamentos para o colesterol, as carências são muitas e, na maior parte dos casos, mantêm-se ao longo de todo o ano, alerta o Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (Cefar) da Associação Nacional de Farmácias (ANF). Perante o crescente número de queixas, a ANF montou há um ano um barómetro diário das falhas, que permite perceber em tempo quase real que medicamentos estão em falta e onde, explicou a diretora-executiva do Cefar. No acumulado de 12 meses, entre Agosto de 2013 e Julho de 2014, registámos um total de 57 milhões de embalagens em falta, que foram reportadas por 2227 farmácias, o que corresponde a mais de 78% das farmácias existentes em Portugal, adiantou Suzete Costa. (Público) Portugal -Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em Números 2014 PORTUGAL NO 9.º LUGAR DOS PAÍSES EUROPEUS COM MAIOR CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS Portugal ocupa o 9.º lugar entre 30 países europeus com maior consumo de antibióticos. No entanto, registou nos últimos dois anos uma redução a nível do consumo hospitalar destes fármacos, segundo o relatório Portugal - Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em Números 2014. De acordo com o relatório, "Portugal apresenta das mais elevadas taxas de resistência antimicrobiana" em relação a algumas bactérias, mas aponta para uma descida do consumo de fármacos, sobretudo em meio hospitalar. Em relação ao estafilococo áureo, uma das bactérias mais comuns nas unidades de saúde, verificou-se uma redução de 15% na taxa de resistência entre 2012 e 2014. (Lusa) 15 Travagem e Recuo nas Despesas em Medicamentos OECD-Annual growth in pharmaceutical spending, in real terms 16 8
Despesas em medicamentos 2011 (%DTS) Hungary Greece Slovak Republic Mexico Poland Estonia Japan Korea Czech Republic Slovenia Portugal Ireland Spain Canada OECD AVERAGE Italy France Belgium Australia Iceland Germany Finland Chile Sweden Austria United States United Kingdom Switzerland Netherlands New Zealand Luxembourg Denmark Norway 22.5 21.5 20.3 20.2 20.0 19.5 17.9 17.5 17.4 16.6 16.4 16.2 15.6 15.5 15.4 15.4 14.1 13.2 12.6 12.1 11.7 11.7 11.4 9.4 9.4 9.4 9.1 7.4 6.8 28.5 27.4 27.1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 33.4 OECD Health Data 2014 %DTS da Despesa Total em Saúde) 17 Despesas em Medicamentos 2011 (%PIB) OECD Health Data 2014 18 9
Despesas em Medicamentos 2011 (%DTS) OECD Health Data 2014 19 Política de Saúde e Orçamento Espera-se que o OE dê corpo às estratégias da política de saúde. Normalmente discussão pública centra-se à volta de défices e de dívidas: dos hospitais, do SNS, etc. Naturalmente as questões de financiamento são importantes. No entanto as receitas (dos Hospitais, do SNS, etc.) não são preços de mercado, têm pouco significado económico. Uma pequena mudança de legislação, muda os défices ou superavits de um hospital sem nada de fundamental mudar. Um aumento de capital muda realmente pouco mas mascara ou adia os problemas. O que é mesmo importante são os custos dos cuidados de saúde produzidos. O relevante é saber se os custos aumentam ou diminuem para uma dada quantidade e qualidade de cuidados de saúde. Perder isto de vista é ilusão ou auto-ilusão. Os défices e dívidas acabam por ser sempre pagos, de várias maneiras, explícitas ou implícitas. 20 10
Orçamentos da Saúde 2012-20152015 Como o SNS representa apenas 55% das despesas em saúde, assume-se como mais relevante usar a classificação funcional que mede todas as despesas públicas com saúde. 2010 2011 2012 2013 2014 2015 desvios OE 2012 9776.3 9250.7 8300 OE 2013 9170 10470.6 8507.4 26% OE 2014 9051.7 8203.9 6% OE 2015 9002.8 9054 10% 21 Orçamentos da Saúde 2012-20152015 Qualidade do OE diminui. Não há reporte duplo em 2014 quando se altera o formato e dados históricos são mais reduzidos. Orçamento em 2015 tem despesas 7,4% inferiores a 2010. Tendo em conta desvios, a queda efetiva será (muito?) menor. 12000 10000 8000 6000 4000 2000 OE 2012 OE 2013 OE 2014 OE 2015 0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 22 11
Orçamento da Saúde 2015: Algumas Medidas Alteração dos acordos com a indústria farmacêutica Continuação de restruturação dos serviços, racionalizando os custos operacionais dos hospitais EPE Benchmarking entre as unidades hospitalares, identificando ineficiências e boas práticas a implementar nas unidades Devolução de hospitais às Misericórdias Conclusão do Formulário Nacional de Medicamentos, quer para a prescrição em ambulatório quer para a prescrição hospitalar Criação da Rede de Cuidados Continuados Pediátricos Desmaterialização total da receita médica e de toda a cadeia de aviamento, faturação e conferência Avaliação de tecnologias passa a incluir os dispositivos médicos e a reavaliar medicamentos Implementação de medidas conducentes a quota dos genéricos de 60% em volume no mercado total Promoção da saúde e eprevenção da doença para diminuir a carga de doença e garantir sustentabilidade do sistema Aplicação da Lei das Terapêuticas não Convencionais Desenvolvimento da Rede de Cuidados Paliativos. Reforço do número de camas de cuidados continuados integrados Concluir processo concursalpara construção do Hospital Oriental de Lisboa Passagem da tutela dos subsistemas da saúde (ADSE, SAD e ADM) para o Ministério da Saúde 23 Objetivos Aumentar Quota dos Genéricos 24 12
Objetivos Reduzir Variação nos Cuidados Médicos 28 NUTS III- Taxas regionais padronizadas de CABG (bypass) cirurgia de revascularização 25 Objetivos Reduzir Variação nos Cuidados Médicos 28 NUTS III- Taxas regionais padronizadas de PCI intervenção coronária percutânea 26 13
Estratégias da Política de Saúde e Orçamento 1 Espera-se que o OE dê corpo às estratégias da política de saúde. Quais deveriam ser os objetivos dessas estratégias: 1. Continuar, aprofundar, monitorizar a reforma dos cuidados primários (corrigir o que há para corrigir nas USFs, continuar a sua expansão e continuar o uso de incentivos, eventualmente recalibrar com base na experiência acumulada. Retomar a dinâmica de reforma significa também introduzir o modelo 3 com instituições de vários tipos como sejam cooperativas de profissionais de saúde, instituições de solidariedade e/ou da economia social e até mesmo entidades privadas com fins lucrativos. 2. Reformar sistema hospitalar. A criação de centros hospitalares não tem gerado ganhos de eficiência. As alterações no país, na tecnologia e no sistema de saúde tornam necessária uma redução da capacidade instalada dos hospitais e uma intensificação da intensidade e complexidade dos episódios em que continuam a ser as instituições certas para prestar cuidados. É necessário fazer muitas consolidações, com o fecho de serviços ou mesmo de unidades. 27 Estratégias da Política de Saúde e Orçamento 2 Objetivos das estratégias da política de saúde (continuação): 3. Acompanhando 2, há mudanças estruturais a aprofundar. a) Conseguir uma transferência de atividade hospitalar para os cuidados primários e continuados. b) Os hospitais deveriam responder a necessidades de cuidados de proximidade mas em parte tornar-se mais especializados (Porter) em áreas de excelência, tomando partido de efeitos volume e efeitos experiência 4. Preparar o sistema de saúde para o envelhecimento da população. Um exemplo seria continuar a expansão dos cuidados continuados, quer de institucionalização, quer de centros de dia, quer de apoio domiciliário. a. Tem de ser financiado com poupanças geradas na parte hospitalar b. Ter em atenção necessidades específicas como as demências e c. Corrigir as enormes assimetrias regionais na oferta 28 14
Estratégias da Política de Saúde e Orçamento 3 Objetivos das estratégias da política de saúde (continuação): 5. Redução das despesas em medicamentos com utilização das poupanças para manter acesso dos doentes portugueses à inovação relevante continuando a expandir as quotas dos genéricos; 6. Evidence based policy. Exemplos -Intervenções ao nível da prática médica: a) followup das Normas de Orientação Clínica com correção de desvios injustificados, com modalidades de intervenção adaptadas aos cuidados primários e aos hospitalares. Começou-se a definir normas, o desafio agora é medir e depois gerir. Ex: Apesar de melhorias continuamos a ter uso excessivo de antibióticos. Discute-se muito menos que antes mas o uso excessivo de benzodiazepinas (ansiolíticos) continua. Presumo que haverá mais situações igualmente preocupantes que os peritos conhecem. b) Correção da variação local da prática. Não podemos ter as variações nas taxas padronizadas de bypassesou de PCI que existem atualmente. Não devemos ter pontos de estrangulamento como é o caso das colonoscopias. 29 15