Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis

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Transcrição:

CURSO TEÓRICO E PRÁTICO Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis 25 e 26 de abril 2012 Local Embrapa Meio Ambiente Rod. SP 340 - km 127,5 Tanquinho Velho Jaguariúna, SP APOIO REALIZAÇÃO

II - CURSO TEÓRICO E PRÁTICO QUANTIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE Bacillus subtilis E Bacillus licheniformis Um dos atuais problemas do controle biológico de doenças e pragas é a padronização de metodologias para avaliação da conformidade de produtos contendo agentes de biocontrole. Para o controle biológico de doenças de plantas, bactérias do gênero Bacillus estão entre os organismos mais explorados, com diversos produtos comerciais. O curso tem como objetivo treinar profissionais para a quantificação de Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis. Faz parte do projeto Desenvolvimento de metodologia analítica e amostral para avaliação de conformidade e da inocuidade de produtos comerciais formulados à base de agentes microbianos de biocontrole, financiado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e CNPq.

PROGRAMAÇÃO 25/04/2012 8h30 - Aspectos gerais sobre Bacillus subtilis como agente de controle biológico de doenças de plantas - Wagner Bettiol 9h - Importância da padronização de metodologias para avaliação da conformidade de produtos contendo agentes de biocontrole Marcelo A. B. Morandi 9h30 - Metodologia para quantificação de Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis - Ligia Godoi e Zayame V. Pinto 10:30h Intervalo 11:00h -Preparo dos meios para quantificação e identificação - Ligia Godoi, Zayame V. Pinto, Cleusa M. M. Lucon, Elen Ribeiro dos Santos Agostini, Rosely Nascimento, Márcia Maria Parma. 12:00h almoço 14:00h - Montagem dos ensaios para a quantificação - Ligia Godoi, Zayame V. Pinto, Cleusa M. M. Lucon, Elen Ribeiro dos Santos Agostini, Rosely Nascimento, Márcia Maria Parma. 15:30h intervalo 16:00h Continuação da montagem dos ensaios para a quantificação - Ligia Godoi, Zayame V. Pinto, Cleusa M. M. Lucon, Elen Ribeiro dos Santos Agostini, Rosely Nascimento, Márcia Maria Parma. 26/04/2012 9h - Quantificação de Bacillus -Ligia Godoi, Zayame V. Pinto, Cleusa M. M. Lucon, Elen Ribeiro dos Santos Agostini, Rosely Nascimento, Márcia Maria Parma. 10:30h intervalo 11:00h - Cálculo da variabilidade da quantificação Marcelo A. B. Morandi 12:00 h - almoço 14:00h Avaliação da metodologia - Ligia Godoi, Zayame V. Pinto, Cleusa M. M. Lucon, Elen Ribeiro dos Santos Agostini, Rosely Nascimento, Márcia Maria Parma. 15:30h-intervalo 16:00 h - Discussão das dificuldades e da metodologia Wagner Bettiol, Marcelo Morandi, Zayame V. Pinto, Cleusa M. M. Lucon e Ligia Godoi 17:00 h Encerramento

METODOLOGIA PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS BIOLÓGICOS À BASE DE Bacillus. 1. PRINCÍPIO Este é um método quantitativo, onde o resultado é expresso como UFC/g. Uma ou mais amostras são homogeneizadas com o diluente esterilizado (água peptonada) e a partir disto, uma nova diluição é preparada para cada amostra e tratada termicamente a 80 C ± 2 C por 12 minutos. Diluições decimais são preparadas a partir das amostras tratadas termicamente, espalhadas nas placas sobre o meio e incubadas. 2. APLICAÇÃO Aplicável aos produtos que possuem em sua composição células de Bacillus. 3. AMOSTRAGEM A amostra encaminhada para análise deverá estar em embalagem comercial lacrada, contendo as seguintes informações: formulação, concentração do ingrediente ativo, número do lote, data de fabricação, data de validade, nome do produto, nome da empresa, responsável técnico, ingrediente ativo e inerte, bem como a forma de armazenamento. No laboratório, as amostras podem ser armazenadas a temperatura ambiente ou, preferencialmente, em geladeira ou câmara fria. As amostras nunca devem ser congeladas. Deve-se tomar as amostras de acordo com os princípios microbiológicos estabelecidos. Desta forma, as amostras serão representativas do produto a ser analisado. 4. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS - Câmara de fluxo laminar; - Bico de Bunsen ou lamparina; - Fósforo; - Papel toalha; - Etanol 70%; - Hipoclorito 2% de ingrediente ativo; - Erlenmeyer com capacidade para 250 ml; - Tubos de ensaio com capacidade de 25 ml; - Tampas para tubo de ensaio; - Estante para tubos de ensaio; - Autoclave calibrada; - ph-metro calibrado;

- Balança semi analítica com faixa de trabalho de 1 a 2000 g; - Agitador de tubo de ensaio; - Banho de ultrassom com frequência de 40 khz; - Incubadora operando 37 ± 2 ºC (BOD); - Banho-maria operando 45 ± 2 ºC e 80 ± 2 ºC; -Micropipeta de 10 ml, 100 µl e 1000 µl; -Ponteiras estéreis para micropipeta de 10 ml, 100 µl e 1000 µl (de preferência com filtro); - Placas de Petri descartável estéreis; - Alças de Drigalski descartáveis estéreis (ou de vidro); - Agitador magnético com aquecimento; - Barra magnética imã para aquecedor magnético. 5. DILUENTES 5.1 Água Peptonada Ingredientes: - Peptona de caseína: 15,0 g (pode ser substituído por 15,0 g de Tryptone) - NaCl: 9,0 g - Água destilada: 1000 ml Preparo: Em frasco de Erlenmeyer suspender os ingredientes (peptona de caseína e NaCl) em 1000 ml de água destilada. Misturar completamente em agitador magnético aquecendo até o ponto de ebulição sob frequente agitação. Autoclavar o diluente a 121 C por 15 minutos em autoclave. Antes do processo de autoclavagem, acertar o ph para 7,0 ± 0,2, com HCl ou NaOH quando necessário. O diluente mantém as características por seis meses se mantido sob refrigeração (2-8 C). 6. MEIO DE CULTURA 6.1 Nutriente Agar (NA) Ingredientes: - Nutriente Agar: recomendação do fabricante; - Água destilada: 1000 ml. Preparo: Em frascos de Erlenmeyer misturar a água destilada ao meio de Nutriente Agar e autoclavar a 121 C a 1 atm por 20 minutos. Verter aproximadamente 20 ml do meio

por placa descartável esterilizada. Depois de solidificado o meio, as placas devem ser invertidas e incubadas a 37 ± 2 C por uma noite para secar e para avaliar a condição de esterilidade do meio. As placas preparadas com NA podem ser estocadas em local escuro e sob refrigeração (2-8 C) por sete dias. Observação: todas as vidrarias e soluções devem ser esterilizadas em autoclave antes de serem utilizadas. 7. PROCEDIMENTO 7.1 As amostras a serem testadas devem ser colocadas à temperatura ambiente por 30 a 40 minutos antes do início da análise. 7.2 Pesar 10 g do produto a ser testado em Erlenmeyer e adicionar, por pesagem, 90 g de água peptonada (será a diluição 10-1 ). 7.3 Colocar o Erlenmeyer com o produto e a água peptonada em ultrassom sem aquecimento durante 5 minutos. Após, colocar uma barra magnética e agitar a suspensão formada na intensidade 7 do agitador magnético por 1 min. 7.4 Utilizar uma micropipeta estéril para transferir 1,0 ml da diluição 10-1, para cada um dos dois tubos com 9,0 ml de água peptonada. 7.5 Misturar o conteúdo do tubo em agitador para tubo de ensaio colocando e tirando três vezes. O tubo deve ser retirado quando ocorrer o turbilhonamento. 7.6 Tratar termicamente os tubos em um banho-maria a 80 ± 2 ºC por 12 minutos 7.7 Resfriar os tubos em banho gelado (água + gelo) por 10 segundos. 7.8 Preparar diluições decimais de cada um dos tubos tratados termicamente, transferir1,0 ml do conteúdo, para outro tubo com 9,0 ml de água peptonada. 7.9 Misturar o conteúdo dos tubos em agitador de tubo de ensaio, como no item 7.5. 7.10 Repetir os itens 7.8 e 7.9, utilizando a última diluição preparada, até alcançar a diluição apropriada. A diluição apropriada para produtos com 10 10 UFC/g é 10-8, para 10 9 é 10-7 e assim por diante (Tabela 1). Para cada diluição trocar a ponteira da micropipeta. Tabela 1. Diluição utilizada para plaqueamento em meio Nutriente Agar. Informação do fabricante Diluição apropriada 10 5 10-3 10 6 10-4 10 7 10-5 10 8 10-6 10 9 10-7 10 10 10-8 10 11 10-9 10 12 10-10

7.11 Transferir da diluição apropriada, com uma micropipeta estéril, 0,1 ml para a superfície de cinco placas de Petri com NA. 7.12 A diluição é espalhada sobre a superfície com uma alça de Drigalski estéril, imediatamente após a transferência. Para cada grupo de cinco placas utilizar uma alça de Drigalski. 7.13 Fazer uma placa controle antes de iniciar o item 7.2, espalhando em placa com meio NA 0,1 ml de diluente com alça de Drigalski esterilizada. 7.14 Deixar a amostra ser absorvida pelo meio por 2 minutos antes de inverter as placas e incubar a 37 ± 2 ºC por 17-20 horas 8. REPETIÇÃO Devem ser feitas duas pesagens do produto (item 7.2). De cada pesagem devem ser feitas duas diluições seriadas (item 7.4) e plaquear cinco repetições da diluição apropriada por pesagem (7.11). 9. CONTAGEM DE COLÔNIAS Após 17-20 horas fazer a contagem do número de colônias por placa, segundo a fórmula: UFC/mL= número médio de colônias nas placas X diluição escolhida da amostra X 10* * este 10 refere-se ao fato de terem sido plaqueados apenas 100 µl de suspensão. Observação: Ideal é que cada placa tenha de 30 a 300 colônias. Outra sugestão é a utilização da Planilha Bacillus para o cálculo da unidade formadora de colônia, desenvolvida no âmbito do projeto Qualibio. A planilha permite uma maior facilidade e precisão nas análises (Tabela 2). A B Figura 1. Diferenciação visual das colônias de (A) Bacillus subtilis e (B) B. licheniformis.

Tabela 2. Planilha Bacillus para cálculo da unidade formadora de colônia. 10. PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS APÓS A ANÁLISE E DESCARTE Logo após as análises, as amostras deverão ser lacradas novamente e preservadas conforme orientação do fabricante (rótulo, bula) até a data de validade, caso haja necessidade de repetição dos procedimentos. Após este período ou, se não houver mais interesse nas amostras, as mesmas deverão ser autoclavadas a 120 ºC por 20 minutos, e em seguida descartadas como lixo orgânico. 11. LIMPEZA Antes de realizar e após o término da metodologia, a câmara de fluxo laminar (ou o local onde será realizado o procedimento) deverá ser limpo com papel toalha embebido em hipoclorito 2 % e depois em álcool 70 %. Quando utilizar a alça de Drigalski de vidro, mergulhar a alça em hipoclorito 2 % por 5 segundos, depois por mais 5 segundos em álcool 70 % e flambar por mais 5 segundos em fogo, repetir o procedimento por três vezes. Esfriar a alça colocando a base na parte

superior da placa. Para cada grupo de cinco placas repetir o processo de limpeza da alça de Drigalski. Depois do uso, deixar a alça durante 24 h mergulhada em suspensão de hipoclorito 2 %. 12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LEUSCHNER, R.G.K.; BEW, J. Enumeration of probiotic Bacillus spores in aminal feed: interlaboratory study. Journal of AOAC international. V.8, n.6, 2003.