AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS AOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS, GOIÁS, BRASIL

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS AOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS, GOIÁS, BRASIL Diogo Appel Colvero 1 (diogocolvero@ua.pt), Sibele Maki de Souza 2 (sibelemaki@gmail.com), 1 - Universidade de Aveiro, Portugal, Pesquisador do CNPq, Processo N.º 207172/2014-5 2 - Universidade Federal De Goiás

1. Introdução Goiás: 246 municípios apenas 15 municípios, com aterro sanitário licenciado; Disposição final inadequada de resíduos sólidos devem ser encerrada potencial poluidor (solo, água e ar) e riscos à saúde, cujos maiores afetados são os catadores de materiais recicláveis e as populações vizinhas; Anápolis-GO: até julho de 2014 cerca de 80 catadores trabalhavam no aterro controlado; Readequações na disposição final: atende as exigências do licenciamento ambiental emitido pela SECIMA-GO, passando a ser licenciado como aterro sanitário. Além disso, criou-se uma nova cooperativa de catadores de materiais recicláveis, para os catadores que atuavam no aterro controlado; Decide-se comparar os riscos ocupacionais aos quais os catadores estão expostos: aterro controlado x central de triagem avaliação de riscos.

Anápolis - Goiânia: 48 km. Anápolis - Brasília: 156 km.

2. Objetivos 2.1 Objetivo Geral Realizar uma avaliação dos riscos que os catadores de materiais recicláveis de Anápolis, Goiás, estão expostos na atividade de triagem de resíduos sólidos urbanos. 2.2 Objetivos Específicos Identificar os riscos ocupacionais aos catadores no antigo aterro controlado e na central de triagem; Avaliar os riscos ocupacionais aos catadores no antigo aterro controlado e na central de triagem de Anápolis, utilizando-se dois métodos semi-quantitativos de avaliação de riscos; Realizar uma análise comparativa entre os riscos ocupacionais aos catadores no aterro controlado e na central de triagem.

3. Metodologia Anápolis-GO: possui aterro sanitário com área de 31,383 ha, recebe diariamente 285 t de RSU, licenciado para receber resíduos Classe II-A e II-B e resíduos de serviço de saúde dos grupos A, D e E; Central de triagem: 200 m², possui 02 prensas enfardadoras hidráulicas, 02 balanças e 01 carrinho tipo plataforma. Atualmente composta por 12 catadores de materiais recicláveis; Identificação e avaliação dos riscos: - Pesquisa bibliográfica; - 9 visitas ao aterro controlado em 2014 e 6 visitas na central de triagem em 2015; - Entrevista com os catadores em novembro e dezembro de 2015. Os catadores responderam às mesmas questões duas vezes, apontando os riscos que estavam expostos no aterro controlado e a outra os riscos de exposição na central de triagem.

Entrevista elaborada a partir dos riscos ocupacionais aos catadores identificados nas visitas e identificados em estudos de Brasil (2014), Cordeiro et al. (2012), Ferreira e Anjos (2001), Kupchella e Hyland (1993), Lazzari e Reis (2011), Miguel (2010) e, Velloso et al. (1997). Métodos de avaliação de riscos: identificar e avaliar as situações de perigo que uma atividade apresenta, de forma que possa acarretar consequências indesejadas (Paulo, 2014). São divididos em métodos qualitativos, semi-quantitativos e quantitativos (Carneiro, 2011). Utilizados dois métodos semi-quantitativos: da Matriz Composta (MC) e de William T. Fine (WTF). São metodologias que apontam quais os riscos que devem ter prioridade de intervenção, além de possibilitarem a definição de formas de prevenção e os equipamentos de proteção individual (EPI) mais adequados para cada risco.

Método da MC: frequência (F) da exposição; das consequências (severidade ou gravidade - S); procedimentos e condições de segurança (Ps) e; o número de pessoas afetadas (N), obtendo-se magnitude do risco (R): R = F x S x Ps x N (Eq. 1) Cada variável possui uma escala específica, possibilitando definir a valoração mais adequada para cada fator. Após esta definição, calcula-se o produto das variáveis para se obter R, que irá variar de 1 (considerado muito mau) a 625 (considerado muito bom), sendo então possível determinar as prioridades de intervenção. Para definir as prioridades, Carvalho (2013) dividiu estes valores em cinco escalas (Quadro 1). Quadro 1. Magnitude do risco, índice de risco e prioridade de intervenção, para método da MC. Magnitude do Risco (R) Índice de Risco (IR) Prioridade de Intervenção (PI) = 1 1 Situação urgente Situação drástica, alterações urgentes e obrigatórias > 1 a 16 2 Situação crítica Requer alterações urgentes > 16 a 81 3 Situação aceitável Requer algumas alterações > 81 a 256 4 Situação bastante aceitável Poderão ser realizadas pequenas ações de melhorias > 256 a 625 5 Situação ótima Não requer alterações Fonte: Adaptado de Carvalho, 2013.

Método de WTF: Segundo Silva (2014), esta metodologia define a magnitude do risco (R) a partir do produto de três variáveis: C Consequência (o resultado mais provável de um potencial acidente); E Exposição ao risco (frequência com que ocorre a situação de risco); P Probabilidade (representa a probabilidade associada à ocorrência do acidente) (Equação 2): R = C x E x P (Eq. 2) Assim como na MC, no método de WTF cada variável também tem suas escalas de valoração, que definidas calcula-se a magnitude do risco. O nível de risco será tolerável se R for menor do que 20. Se R for maior que 400, deve-se interromper de imediato o trabalho realizado, pois representa nível de risco muito elevado (Paulo, 2014). WTF define 5 escalas para R (Quadro 2). Quadro 2. Magnitude do risco, índice de risco e prioridade de intervenção, para o método de WTF. Magnitude do risco (R) Índice de Risco (IR) Prioridade de Intervenção (PI) 400 1 Grave e iminente Suspensão imediata da atividade perigosa 200 a 399 2 Alto Correção imediata 70 a 199 3 Notável Correção necessária urgente 20 a 69 4 Moderado Não é urgente, mas deve ser corrigido < 20 5 Aceitável Situação a manter Fonte: Adaptado de Paulo, 2014.

4. Resultados e Discussão A partir das visitas técnicas e da entrevista realizada aos catadores, pôde-se fazer uma avaliação dos riscos que estes profissionais estavam expostos, sendo possível apontar quais eram as situações mais críticas aos catadores e os principais riscos durante suas atividades laborais. Aterro controlado: MC 13 dos 21 riscos avaliados durante a triagem no aterro controlado apontaram para um IR crítico. WTF 16 riscos requeriam, no mínimo, correção urgente. Central de triagem: MC 4 dos 21 riscos avaliados indicam para um IR crítico. Isto significa uma redução de 42% no número de riscos considerados críticos em comparação ao aterro controlado. WTF 8 dos 21 riscos avaliados requerem correção urgente. Significa uma redução de 50% nos riscos que necessitam de alteração urgente.

5. Conclusões Pelos valores da magnitude do risco (R), obtidos nos dois métodos de avaliação de riscos, a realocação dos catadores para a central de triagem minimizou os riscos a que estes profissionais estão expostos. Dando-se uma atenção quanto à melhoria dos riscos ergonômicos e psicossociais e garantindo a qualidade dos resíduos que chegam à central, os principais riscos estarão minimizados. As metodologias de avaliação de riscos possibilitaram a proposição de medidas preventivas e os EPI necessários para cada atividade. As escalas de magnitude do risco permitiram definir com precisão quais atividades necessitam de prioridade de intervenção. Essas ferramentas podem ser utilizadas por outros municípios para avaliar os riscos dos catadores em lixões e aterros controlados ou em centrais de triagem. Ressaltase também que deve-se criar formas de subsistência para os catadores, tendo em vista que com a erradicação dos lixões, estes trabalhadores precisam de meios para se sustentar.