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FMC2, 2017.1 (Turma N12 do Thanos) Prova 1.2 (points: 72/100; bonus: 16 ; time: 100 ) Nome: Θάνος Gabarito Regras: 08/05/2017 I. Não vires esta página antes do começo da prova. II. Nenhuma consulta de qualquer forma. III. Nenhum aparelho ligado (por exemplo: celular, tablet, notebook, etc.). 1 IV. Nenhuma comunicação de qualquer forma e para qualquer motivo. V. x Ä Colar(x) Passar(x, FMC2) ä. 2 VI. Use caneta para tuas respostas. VII. Responda dentro das caixas indicadas. VIII. Escreva teu nome em cada folha de rascunho extra, antes de usá-la. IX. Entregue todas as folhas de rascunho extra, juntas com tua prova. X. Nenhuma prova será aceita depois do fim do tempo. XI. Os pontos bônus são considerados apenas para quem consiga passar sem. 3 XII. Escolha até 3 dos A, B, C, D para responder. 4 Lembre-se: PA = O conjunto de partes de A P f A = {X A X é finito} A = n=0 An n = {i N i < n} (A B) = {f f : A B} A = c B A c B Os A, B são equinúmeros C (C B A = c C) GABARITO f : A B f : A B f : A B Podes usar as seguintes equinumerosidades sem as provar: N = c Z = c Q = c P f N = c N 2 = c N f é função injetora de A para B f é função sobrejetora de A para B f é função bijetora de A para B R = c R 2 = c (0, 1) = c [0, 1] = c [0, 1) = c (0, 1] = c PN = c (N N) = c (N 2) Boas provas! 1 Ou seja, desligue antes da prova. 2 Se essa regra não faz sentido, melhor desistir desde já. 3 Por exemplo, 25 pontos bonus podem aumentar uma nota de 5,2 para 7,7 ou de 9,2 para 10,0, mas de 4,9 nem para 7,4 nem para 5,0. A 4,9 ficaria 4,9 mesmo. 4 Provas com respostas nas 4 partes não serão corrigidas (tirarão 0 pontos).

(24) A (8) A1. Defina a relação = c de equinumerosidade entre conjuntos, e o fecho reflexivo-simétrico R duma relação binária R. Definições. A = c B f(f : A B) x R y x = y x R y y R x (16) A2. Prove que se A, então: Prova. A c B ( g)[g : B A] : Fixe um a 0 A. Pela inição da c, tome C B com A = c C. Pela inição da = c, tome f : A C e ine g : B A pela f 1 (b), g(b) = a 0, se b C se não. A g é sobrejetora pois para todo a A, g(f(a)) = f 1 (f(a)) = a. : Seja g : B A (pela hipótese). Procuramos C B tal que A = c C. Para cada elemento a A, temos g 1 [{a}] pois g é sobrejetora. Então escolhe para cada a A um b a g 1 [{a}]; ou seja, um b a B tal que g(b a ) = a. Tome C = {b a a A}, e observe que pela inição de b a, C B e C = c A como podemos ver pela restrição da g no C: g C : C A.

(24) B (12) B1. Chamamos o conjunto C cofinito no conjunto A sse A \ C é finito. Para qualquer conjunto A inimos Qual a cardinalidade do P cof N? Resposta & Prova. P cof N = ℵ 0. P cof A = {C A C cofinito no A}. Os conjuntos cofinitos estão numa correspondência óbvia com os conjuntos finitos: Então temos P cof N = c P f N = c N. f : P f N P cof N f(a) = N \ A (12) B2. Sejam A e B conjuntos. Prove que: Prova. A = c B = PA = c PB Seja f : A B (pela hipótese). Procuramos F : PA PB. Defina F (X) = f[x] A F é injetora. Suponha X, X PA com X X. Precisamos F (X) F (X ). Como X X, existe d X X. E agora: d X X f(d) f[x X ] (. de f[ ]) f(d) f[x] f[x ] A F é sobrejetora. Seja Y B. Observe que (f injetora) f[x] f[x ] (. de ) F Ä f 1 [Y ] ä = f î f 1 [Y ] ó = Y. Outra solução para a parte Injetora: Sejam X, X PA dois subconjuntos distintos de A (X X ). Precisamos mostrar F (X) F (X ). Sem perda de generalidade suponha X \ X e logo tome d X \ X. Então f(d) f[x \ X ] = f[x] \ f[x ] (f injetora). Ou seja, f[x] f[x ].

(24) C (16) C1. Prove que Prova. (R R) = c PR. Graças o teorema Schröder Bernstein, basta mostrar as: (R R) c PR: Pelo B2, como R = c R 2, temos PR = c P(R 2 ). Então vamos mostrar (R R) c P(R 2 ). A função que manda cada função real para seu gráfico é obviamente injetora: F : (R R) PR F (f) = Graph(f) = { x, f(x) x R} PR c (R R): A função que manda cada subconjunto de reais para sua função carateristica é obviamente injetora: G : PR (R R) G(A) = χ A (8) C2. No conjunto dos reais R, ina três relações de equivalência 1, 2, 3, diferentes da igualdade = e da trivial True, tais que: (i) R/ 1 < c N (ii) R/ 2 = c N (iii) R/ 3 > c N. Para cada uma, descreva seu conjunto quociente. Definições & Descrições. Cada relação de equivalência corresponde numa partição e vice-versa, então descrevemos as três partições diretamente: C 1 = (, 0), {0}, (0, + ) C 2 = [n, n + 1) n Z C 3 = {a} a R \ Q Q alternativamente sem usar partições As correspondentes relações então são inidas pelas: x 1 y x 2 y x 3 y x = y ou xy > 0 x = y x = y ou x, y Q x i y ( C C i ) [ x C y C ] para i = 1, 2, 3.

(24 + 16 ) D Defina as relações seguintes no (N N) assim: f z = g f e = g f o = g f = g f(0) = g(0) f(2n) = g(2n) para todo n N f(2k + 1) = g(2k + 1) para todo k N f(n) = g(n) para uma infinidade de n N. (12) D1. Afirmação: todas as relações em cima são relações de equivalência. Prova/Refutação. Não, pois a = não é, como o contraexemplo seguinte demonstra. Sejam as α, β, γ : N N (como seqüências): Trivialmente, α = β e β = γ mas α = γ. α = 0, 1, 0, 1, 0, 1,... β = 0, 2, 0, 2, 0, 2,... γ = 1, 2, 1, 2, 1, 2,... (12) D2. Quais são as cardinalidades dos conjuntos quocientes (N N)/ = z e (N N)/ =? e Resposta & Explanação. ℵ 0 e c respectivamente. Escrevendo as partições na forma seguinte (N N)/ z =? = {f : N N f(0) = n} n N (N N)/ e =? = {f : N N ( n N) [ f(2n) = g(n) ]} g : N N ficam claras as bijeções correspondentes Concluimos que n { f : N N f(0) = n } g { f : N N ( n N) [ f(2n) = g(n) ] }. (N N)/ z = = c N (N N)/ e = = c (N N).

(16 ) D3. Afirmação: a composição ( = e =) o é a relação trivial True. Prova/Refutação. Correto. Sejam f, g (N N). Vamos mostrar que f( e = o =)g. Pela inição da temos: f( e = o =)g ( h (N N)) î f e = h h o = g ó. A função h : N N inida pela f(n), h(n) = g(n), n par n ímpar satisfaz as f e = h o = g pela sua construção. Logo, f( e = o =)g. Só isso mesmo.