A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DOS EDUCANDOS DA PESTALOZZI Idiana K. R. Da Nóbrega (IC)*, Vicente P. B. Dalla Déa (PQ) idiananobrega@gmail.com¹ vicentedalladea@gmail.com² Universidade Estadual de Goiás - (UEG)- Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás (ESEFFEGO). Avenida Anhanguera nº 1420, Setor Vila Nova, Goiânia-GO Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo geral entender a importância do professor de Educação Física no processo de desenvolvimento dos educandos com deficiência da Pestalozzi. De forma específica identificar a relação do educando com a família e a sociedade; planejar e executar atividades que possibilite a vivência/ desenvolvimento dos educandos e aplicar testes para identificar se houve uma melhora no desenvolvimento psicomotor do educando. Para atender aos objetivos da pesquisa utilizamos os seguintes eixos, observações da aulas, anotações durante as observações e leitura de artigos relacionados ao tema. Como aporte metodológico foi utilizado a psicomotricidade. O instrumento de coleta de dados é o diário de campo e os sujeitos da pesquisa são os educandos da pestalozzi. Os dados coletados até o momento foram analisados para a organização dos resultados da pesquisa e encaminhamento das considerações finais. Destacando que dentre os avanços por meio deste trabalho destaco: a aproximação com o aporte teórico e maior vivência com as pessoas com deficiência. Palavras-chave: Física. Desenvolvimento. Deficiência. Educandos. Introdução O presente trabalho discorrerá sobre a pesquisa que foi realizada através do estágio supervisionado III do curso de Educação Física, da Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás (ESEFFEGO) que ocorre na Associação Pestalozzi, mais especificamente no Centro de Atendimento Especializado Renascer, Unidade esta que está localizada na região leste de Goiânia, no setor Vila Nova. A Associação Pestalozzi possui dois sistemas de atendimentos, que funcionam nos períodos da manhã e da tarde, são eles: o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Ensino Especializado (EE). Este trabalho tem como principal objetivo desenvolver uma pesquisa para entender a importância do professor de Educação Física no processo de desenvolvimento dos educandos com deficiência da Pestalozzi e como objetivos específicos: identificar a relação do educando com a
família e a sociedade; planejar e executar atividades que possibilite a vivência/ desenvolvimento dos educandos; aplicação de testes para identificar se houve evolução no desenvolvimento psicomotor. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) atende crianças de seis meses a cinco anos e onze meses, na educação infantil, e de cinco anos e onze meses a treze anos e onze meses, no ensino fundamental. Enquanto o Ensino Especializado (EE) atende crianças com a faixa etária entre cinco anos e onze meses a treze anos e onze meses. O grupo que foi realizado a pesquisa nessa primeira parte do trabalho foi o Ensino Especializado (EE), onde com o apoio de uma das professoras do campo tive o suporte para desenvolver o que foi proposto na pesquisa. Nesta primeira parte será apresentado especificamente a turma com a qual foi desenvolvida a pesquisa,sendo educandos com PC (Paralisia cerebral). Ao todo eram seisalunos, sendo três desses alunos cadeirantes, e os outros andavam, alguns com mais dificuldades.com um dos que era cadeirante trabalhávamos com atividades aquáticas e os outros dois na sala de psicomotricidade. Com os que não eram cadeirantes trabalhávamos atividades aquáticas. Os conteúdos desenvolvidos durante a pesquisa foram Bocha, Tonicidade, Equilíbrio, Lateralidade, Noção Corporal, Estruturação Espaço-Temporal, Praxia Global e Praxia Fina. Nas aulas que ocorreram na piscina foram trabalhados ambientação ao meio aquático. Material e Métodos O trabalho foi desenvolvido tendo como referência a Psicomotricidade. A Associação Brasileira de Psicomotricidade (2003) defini esta como uma ciência que estuda o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo.sobre a psicomotricidade, esta estuda o ser humano como um todo, visando não só seus aspectos físicos como também os aspectos mentais e psicológicos. Os estímulos que o meio externo apresentam a cada criança dão resultado em seu desenvolvimento, por isso costumamos ouvir que as experiências vividas são um ponto fundamental para se desenvolver. No inicio da pesquisa foi realizado testes com os educandos, esses testes que foram realizados tinha no prontuário de cada
um, onde foi adaptado para ser utilizado na pesquisa, foi aplicado no inicio do semestre e no final. Foi utilizado também um diário de bordo onde a cada aula dos educandos era observado e anotado o que o mesmo realizava naquele dia. Resultados e Discussão Para responder aos objetivos foram utilizados testes motores que estavam anexados aos prontuários dos educandos, onde foi observado se realizavam determinados movimentos com a cabeça, se manipulavam objetos, se rolavam, se conseguiam ficar em quatro apoios, ajoelhado ou em pé. Nos educandos que eram cadeirantes que era um total de 2 e que foram estimulados na sala psicomotora, ambos não rolavam, um deles conseguia sentar sozinho e se apoiar com a mão e o antebraço, e o outro não tinha reação de proteção para lateral. Ambos não engatinhavam, nem ficavam de joelho, apenas com auxílio, somente um deles levantava a cabeça e realizava outras tarefas como: ter apoio total nas mãos e mudava para quatro apoios com ajuda.esse educando que teve um melhor desenvolvimento nos testes iniciais, não realizou no final, pois o mesmo faltava bastante. O outro educando, teve uma melhora bastante significativa, passou a se movimentar para tentar virar e virou com a ajuda da professora, levantou a cabeça, rolou para trás, tirou a cabeça e ombro em decúbito ventral, teve controle de cabeça com apoio de tronco. Nos testes realizados na piscina, um deles era cadeirante, segurava alguns objetos pedagógicos, como: bola, carrinhos, etc
bem mais comunicativo, inclusive respondendo aos comandos das professoras, no último dia nadou com a ajuda da professora e do espaguete, a evolução desse educando (2) foi bastante perceptível. O outro educando (3) que era das atividades aquáticas, não ficava sozinho e fazia algumas atividades que as professoras propunham, porém com esse educando havia um problema, ele chorava bastante ao chegar na piscina e após entrar ia acalmando, porém quando algo não o agradava ele se auto agredia, não foi possível realizar o teste ao final com esse educando, pois o mesmo não compareceu no dia que foi realizado o teste. Considerações Finais Foi possível constatar que houve nos educandos, uma melhora em alguns aspectos motores como, ficar sozinho dentro da piscina, conseguir se equilibrar sentado sem o auxílio da professora, apenas apoiando com o braço e rolar e na forma de se socializar com as pessoas do campo e com os próprios professores, ainda será desenvolvida outra parte da pesquisa, mas foi notória a importância do professor de educação física no processo de desenvolvimento desses educandos. As contribuições para minha formação acadêmica é de extrema importância tendo em vista que percebemos que as crianças se aproximam muito, mesmo com as dificuldades particulares de cada um.toda criança gosta de brincar, toda criança faz bagunça e é por isso que não precisamos superprotegê-las e muito menos subestimar sua capacidade de inteligência. Precisamos então, identificar o ritmo de aprendizagem de cada um, rompendo as barreiras que os impedem de aprender. Agradecimentos Os agradecimentos vão para o meu professor orientador Vicente Paulo Batista Dalla Déa pela paciência em me orientar nessa pesquisa no campo de estágio, a instituição que abre um espaço para nós acadêmicos e aos pais e educandos que levam seus filhos e tem confiança em um professor de educação física para que possa ver uma melhora do desenvolvimento do seu filho. Referências ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE GOIÂNIA: UNIDADE RENASCER. Projeto Político Pedagógico. Goiânia, 2013/2014.
DE MEUR, A de e STAES, L. Psicomotricidade: educação e reeducação. São Paulo: Manole, 1984. ESEFFEGO. Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Educação Física. Goiânia, 2009. FONSECA, V. Psicomotricidade.Poto Alegre: Artmed, 1983. MOLINARI, Angela Maria da Paz. SENS, Solange Mari. A Educação Física e sua Relação com a Psicomotricidade. Rev. PEC, Curitiba, v.3, n.1, p.85-93, jul. 2002- jul. 2003. ROCHA, Talita. Inclusão: O aluno deficiente físico na aula de educação física do ensino regular. 7º Simpósio de Ensino de Graduação. 7ª mostra acadêmica UNIMEP. S/d. SBP. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE. Disponível em: <www.psicomotricidade.com.br>. SANDRI, Lorena da Silva. A psicomotricidade e seus benefícios. Revista de educação do IDEAU, 2010.