Suplementação alimentar com carboquelato de cromo e efeito da densidade de estocagem em pacus

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Transcrição:

doi: ARTIGO Fojimoto et al. / Rev. Ci. Agra., v.54, n.2, p.166-171, Jun/Dez 2011 www.ajaes.ufra.edu.br AUTORES: Rodrigo Yudi Fujimoto 1 Marcello Pardi de Castro 2 Flávio Ruas de Moares 2 Fabrício Menezes Ramos 1 1 Universidade Federal do Pará. Rua Leandro Ribeiro s/n. CEP 68.370-000, Bragança PA, Brasil. 2 Universidade Estadual de São Paulo, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n, 14884-900, Jaboticabal SP, Brasil. Recebido: 06/09/2011 Aprovado: 26/10/2011 Suplementação alimentar com carboquelato de cromo e efeito da densidade de estocagem em pacus Chromium supplementation and stocking density in Pacus RESUMO: O objetivo deste ensaio foi avaliar o desempenho de pacus Piaractus mesopotamicus, alimentados com ração suplementada com cromo orgânico, mantidos em diferentes densidades de estocagem. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com um esquema fatorial 4x2x3, correspondendo a quatro concentrações de cromo orgânico (0, 6, 12, 18 mg/ kg de ração), duas densidades de estocagem (4 e 20 kg/m3) e três períodos de coleta (30, 60 e 90 dias) com quatro repetições. Os resultados revelaram que não houve interferência do cromo orgânico no consumo de ração, no ganho de peso, no índice de conversão alimentar e na taxa de crescimento específico. O efeito da densidade de estocagem interferiu nos parâmetros de qualidade de água, com consequência no desempenho. As concentrações de cromo orgânico utilizados não foram suficientes para observar efeitos benéficos e garantir melhor desempenho. Dessa forma maiores concentrações de suplementação podem ser exigidos pelos pacus nessas condições de alta densidade de estocagem. AUTOR CORRESPONDENTE: Rodrigo Yudi Fujimoto E-mail: ryfujim@ufpa.br PALAVRAS-CHAVE: Mineral quelatado Cromo orgânico Desempenho Piaractus mesopotamicus ABSTRACT: The objective of this work was to evaluate chromium effects on growth of pacus Piaractus mesopotamicus, submitted to two stocking densities. A factorial design with four levels of chromium (0, 6, 12, 18 mg/ kg of diet) x two stocking densities (4 and 20 Kg/m3) x three periods (30, 60 and 90 days) was conducted. No effects of chromium supplementation in the diet consumption, in the weight gain, the index of alimentary conversion and in specific growth ratio was observed. The effect of stocking density interfered in water quality parameters, with result at fishes performance. And the concentrations of chromium were not sufficient to observe benefits and ensure best performance. Thus, higher concentrations of supplementation may be required by pacu in these conditions of high stocking density. KEY WORDS: Chelated mineral Growth Organic chromium Piaractus mesopotamicus 166

Rev. Ci. Agra., v.54, n.2, p.166-171, Jun/Dez 2011 1 Introdução A busca por nutrientes que permitam melhorar o aproveitamento de carboidratos e aumentar o efeito poupador de proteína, reduzindo o teor protéico das dietas poderia diminuir o custo de produção, sem afetar o desempenho e minimizar o impacto ambiental (FUJIMOTO, 2004). O aproveitamento de carboidratos por peixes é baixo, sendo atribuído à ineficiência da insulina, porém os peixes possuem quantidade de insulina semelhante à dos mamíferos (HERTZ et al., 1989). O cromo orgânico trivalente potencializa a ação da insulina, atuando como fator de tolerância à glicose (GTF), proporcionando que peixes como a carpa Cyprinus carpio tenham a glicemia reduzida, além de inibir a gliconeogênese, melhorando a eficiência na utilização de proteínas e carboidratos (HERTZ et al., 1989). A ação potencializadora do cromo permite a entrada de maior quantidade de glicose nas células, diminuindo seus teores plasmáticos ao mesmo tempo em que aumenta o metabolismo lipídico e o tecido adiposo (HOSSAIN; BARRETO; SILVA, 1998). Atualmente, devido à busca por maior produtividade, a alta densidade de estocagem é um dos estressores comuns em piscicultura (CONTE, 2004), que prejudica o crescimento, aumenta a exigência nutricional e altera o comportamento alimentar (LEFRANÇOIS; CLAIREAUXA; MERCIE- RA, 2001). Como consequência da alta densidade ocorre deterioração da qualidade da água, (AZEVE- DO; MARTINS; BOZZO, 2006), competição entre os indivíduos pelo alimento, redução da ingestão, menor aproveitamento dos nutrientes (PAPOUT- SOGLOU et al., 1998), e prejuízo do crescimento (IWAMA, 2004). Em pacus há evidências de que a densidade de 20 kg de Piaractus mesopotamicus/m 3 afeta negativamente a resposta inflamatória crônica por corpo estranho prejudicando a atividade de macrófagos (BRUM, 2003; BELO et al., 2005). Com base no exposto este ensaio teve como objetivo avaliar o desempenho de juvenis de pacus mantidos em diferentes densidades de estocagem e submetidos a suplementação com cromo orgânico. 2 Material e Métodos O ensaio foi conduzido em 90 dias e foram utilizados 32 tanques de cimento com capacidade de 500 L. O sistema era abastecido continuamente com água de poço artesiano e o escoamento realizado através da saída da água pelo fundo do tanque. Semanalmente era realizado o sifonamento para retirar da matéria orgânica decantada em excesso. O fluxo foi adequado para cada densidade de forma que na menor densidade a taxa de renovação dos tanques era de 125 L/hora e na maior densidade 320 L/hora. Previamente aos ensaios, pacus P. mesopotamicus, com 100 gramas de peso médio, foram acondicionados nos tanques, na mesma densidade de estocagem, 11kg.m -3, para aclimatação por dez dias. Após esse período, os peixes foram distribuídos ao acaso, nas densidades iniciais de estocagem de 4 kg.m -3 e de 20 kg.m -3 de peixe, segundo as recomendações de Brum (2003) e Belo et al.(2005). O delineamento foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x2, com 4 repetições, correspondente a quatro concentrações de cromo (0, 6, 12, 18 mg/kg na ração), duas densidades de estocagem (4 kg de peixe/m 3 e 20 kg de peixe/m 3 ), com parcelas subdivididas no tempo correspondendo a três períodos de coleta (30, 60 e 90 dias). Os peixes foram alimentados com ração basal contendo 26% de PB e 3900 kcal de EB constituida de: farinha de peixe (13%), farelo de soja (23%), farelo de trigo (21%), milho moído (25%), farelo de arroz (16%), óleo de soja (1%) e suplemento vitamínico e mineral isento de cromo (1%), sendo que este era isento de cromo. Foi utilizado o carboquelato de cromo como fonte orgânica de cromo, o qual foi inicialmente homogeneizado com 10 kg de cada dieta, nas proporções necessárias para a confecção dos diferentes tratamentos. Após homogeneização, as dietas foram peletizadas e estocadas à 18 o C negativos até o momento do uso. Sendo os peixes alimentados uma vez ao dia às 9:00 horas, até a saciedade. Semanalmente foram determinadas a temperatura da água (YSI 60), o potencial hidrogênionico (ph) (YSI 60), a concentração de oxigênio dissolvido (YSI 550A) e a condutividade elétrica (YSI 30), e quinzenalmente, a amônia total, lidas em espectrofotômetro HACH DR-2000 (SOLORZANO, 1972). Para a análise de desempenho foram realizadas quatro biometrias, a inicial aos 30, 60 e 90 dias de experimento. A cada biometria, todos os peixes de cada parcela foram anestesiados em banho de solução aquosa de benzocaína (1g/15 l de água) e então pesados. Sendo calculados os seguintes parâmetros: Consumo aparente de ração (CAR), Ganho de peso (Gp = peso final peso 167

Fojimoto et al. / Rev. Ci. Agra., v.54, n.2, p.166-171, Jun/Dez 2011 inicial), Conversão alimentar aparente (CAA = Consumo de ração / ganho de peso) e Taxa de crescimento específico (TCE= 100 x (logarítino neperiano (ln) peso final - ln peso inicial / dias de experimento)(millot et al. 2008). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (p=0,01) e para comparação das médias foi utilizado o teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os dados que não apresentaram distribuição normal foram transformados em log x ou arc.sen x/100. 3 Resultados e Discussão O cromo não interferiu nos parâmetros de qualidade de água, porém foi possível observar os efeitos das diferentes densidades de estocagem (4 kg.m -3 e 20 kg.m -3 ), como demonstrado na Tabela 1. Da sua análise verifica-se que, com exceção da temperatura, todos os outros parâmetros apresentaram alterações significativas acusando redução da qualidade da água quando os peixes foram estocados na densidade mais elevada, principalmente com relação aos teores de oxigênio dissolvido e amônia total. Tabela 1. Valores de F, coeficiente de variação e médias obtidas na análise de temperatura (T em ºC), ph, oxigênio dissolvido (O2D em mg/l), condutividade (Cd em ms/cm) e amônia total (AT em mg/l) da água dos tanques de todos os grupos de peixes. Variáveis Fonte de variação T* ph O 2 D Cd AT F concentração de cromo (Cr) 1,16 ns 0,59 ns 0,88 ns 0,99 ns 0,01 ns F densidade de estocagem (Ds) 0,11 ns 34,22 ** 314,02 ** 22,80 ** 68,28 ** F interação entre Cr X Ds 1,11 ns 0,50 ns 1,12 ns 0,41 ns 0,11 ns Coeficiente de variação (%) 17,95 0,92 10,70 1,18 41,12 Médias para: 0 mg de Cr/ kg 28,3 7,49 3,78 136,51 205,86 6 mg de Cr/ kg 28,9 7,54 3,65 137,55 198,20 12 mg de Cr/ kg 28,9 7,50 3,61 137,82 197,20 18 mg de Cr/ kg 32,7 7,51 3,90 137,48 196,60 Médias para: 4 kg de peixes/m 3 30,0 7,58 a 4,99 a 138,71 a 61,11 a 20 kg de peixe/m 3 29,4 7,44 b 2,48 b 135,97 b 337,87 b * Médias na mesma coluna, seguidas de diferentes letras, diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não se observou diferença significativa da temperatura entre os tanques com diferentes densidades, embora ela tenha diminuído até o fim do período experimental (Figura 1a). Sendo considerada ótimo, esta faixa de temperatura para alevinos de tambaqui (SANTOS, et al., 2007) Figura 1. Variação da temperatura (a), potencial hidrogeniônico (b), oxigênio dissolvido (c) e condutividade (d) no decorrer do experimento nos tanques com alta (20 kg/m 3 ) e baixa densidade de estocagem (4kg/m 3 ) de pacus e suplementados com cromo trivalente 168

Rev. Ci. Agra., v.54, n.2, p.166-171, Jun/Dez 2011 Quanto ao ph, verificou-se que os valores permaneceram próximos da neutralidade, sendo estes indicados para a criação de peixes (KUBITZA, 2011) (Figura 1b). Embora o fluxo de água fosse suficiente para a retirada do excesso de matéria orgânica, não foi suficiente para manter constante a concentração de oxigênio dissolvido (O 2 D), como demonstra a Figura 1c. Como esperado, as menores concentrações de O 2 D ocorreram nos tanques com maior densidade populacional. Nesses tanques a concentração de O 2 D foi baixa (2,48 mg/l) como se observa na Tabela 1. Esse valor médio está abaixo do recomendado (3,0 mg de O 2 D/ L de água) para a criação de peixes (KUBITZA, 2011). Desta forma, é possível que a concentração inadequada de oxigênio dissolvido possa ter interferido no consumo alimentar aparente. Quanto a condutividade observou-se um aumento na concentração de sais dissolvidos nos tanques com menor densidade (Figura 1d), esse fato pode estar ocorrendo devido a uma maior lixiviação dos sais provenientes da ração e das fezes devido ao maior contato e tempo de permanência dos mesmo com a água dos tanques de menor densidade que em valores absolutos possuía menor vazão proporcional ao número de peixes. A concentração elevada de amônia causa mortalidade em criações mantidas em alta densidade de estocagem (NOGA, 1996). Neste ensaio ficou demonstrada a diferença significativa entre as densidades de estocagem dos valores de amônia total. Porém, o valor médio de 337,87 g/l, para a maior densidade, estava abaixo da concentração encontrada por Brandão et al. (2004) (1,23 mg/l) em cultivo desta espécies em tanques rede em alta densidade (500 peixes/m 3 ), e da concentração limitante para o crescimento dos peixes (KUBITZA, 2011). Embora ocorresse uma piora na qualidade de água, esta não foi o fator limitante para o experimento, pois não houve mortalidade de peixes nos diferentes tratamentos. Como discutido anteriormente, alguns parâmetros de qualidade da água interferiram no desempenho, porém o carboquelato de cromo não produziu efeitos benéficos neste aspecto, como pode ser observado na Tabela 2. A partir dos parâmetros avaliados, tanto as concentrações de cromo quanto as suas interações não apresentaram efeito sobre o desempenho. Tabela 2. Valores de F, coeficiente de variação obtidas na análise de consumo de ração aparente (CRA em g), ganho de peso (GP em g), conversão alimentar aparente (CAA) e taxa de crescimento específico (TCE em %/dia) de juvenis de pacus alimentados com dietas contendo concentrações crescentes de cromo. Estatística Variáveis CRA * GP CAA TCE F Bloco 0,47 ns 1,26 ns 1,42 ns xxxx F concentrações de cromo (Cr) 1,28 ns 0,54 ns 0,69 ns 0,53 ns F densidade de estocagem (Ds) 9,49 ** 1,36 ns 7,42 * 7,03 ** F períodos (Pr) 106,99 ** 7,91 ** 7,46 ** 61,88 ** F Cr x Ds 0,10 ns 1,12 ns 2,51 ns 1,54 ns F Cr x Pr 1,00 ns 0,91 ns 0,55 ns 1,60 ns F Ds x Pr 48,80 ** 34,73** 17,90** 23,99 ** Coeficiente de variação (%) 12,13 47,96 18,43 32,93 Médias para: 0 mg de Cr/ kg 54,14±13,56 16,50±10,76 4,65±3,12 0,35±0,23 6 mg de Cr/ kg 54,05±11,37 19,10±14,49 4,19±2,30 0,39±0,24 12 mg de Cr/ kg 51,53±11,20 15,92±8,47 4,37±2.62 0,36±0,19 18 mg de Cr/ kg 50,36±10,56 16,03±8,03 3,77±1.60 0,37±0,15 Médias para: 4 kg de peixes/m 3 55,08±13,38 18,06±9,21 3,77±1,69 0,40±0,16 20 kg de peixe/m 3 49,36±8,6 15,71±13,86 4,72±2,93 0,34±0,15 Médias para: 30 dias 51,51±6,87 20,67±12,65 3,43±1,78 0,97±0,14 60 dias 43,05±6,34 13,92±7,89 3,94±2,23 0,26±0,13 90 dias 63,01±11,36 16,08±10,67 5,37±2,88 0,30±0,17 Pela tabela 3 pode-se observar que houve diminuição de consumo de ração em qualquer densidade, essa diminuição do consumo pode estar relacionada com a diminuição de temperatura encontrada no decorrer do experimento como observado na figura 1a. Porém observações contrárias foram relatadas para tilápias em estudos de Shiau e Lin (1993) e Shiau e Chen (1993) os quais relataram ganho significativo de peso em tilápias criada em sistema de recirculação de água (O. niloticus X O. aureus) cuja ração foi suplementada com 2 mg de óxido de cromo/kg. Esses autores verificaram ainda que houve aumento do consumo de ração e ganho de peso, após dez semanas de alimentação. 169

Fojimoto et al. / Rev. Ci. Agra., v.54, n.2, p.166-171, Jun/Dez 2011 Tabela 3. Efeito de interação entre as duas densidades de estocagem e os períodos de coleta sobre o consumo de ração aparente (g), a conversão alimentar aparente e a taxa de crescimento específico (TCE, %/dia). Densidades Variáveis Períodos 4 kg/m 3 20 kg/m 3 1 o mês 46,49±4,03 Ab 1 56,53±3,61 Ba Consumo de ração aparente 2 o mês 47,76±9,19 Bb 38,34±3,38 Bb 3 o mês 71,00±4,06 Aa 55,02±5,17 Ab 1 o mês 4,74±2,05 Aa 1 2,12±0,82 Cb Conversão alimentar aparente 2 o mês 2,79±0,77 ABb 5,09±2,40 Ba 3 o mês 3,79±2,01 Bb 6,95±3,05 Aa 1 o mês 0,48±0,11 Ab 1 0,66±0,07 Aa TCE 2 o mês 0,35±0,14 Ab 0,17±0,08 Bb 3 o mês 0,39±0,12 Aab 0,19±0,13 Bb 1 Médias nas colunas seguidas de mesma letra minúscula não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Nas linhas médias seguidas de mesma letra maiúscula não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade Além disso, observou-se que no último mês a densidade de 20 kg/m 3 apresentou o menor consumo de ração (38,34 g, Tabela 3), que interferiu significativamente no índice de conversão alimentar e na taxa de crescimento específico, provavelmente devido ao estresse que diminui a assimilação de nutriente. Embora observa-se uma diminuição também no consumo alimentar aparente na menor densidade do primeiro para ao segundo mês, essa não interferiu no desempenho, esse fato pode estar ocorrendo devido a uma sobra maior de ração na menor densidade no primeiro mês, que participou do cálculo do consumo alimentar aparente. Essa sobra maior de ração e consequentemente maior consumo aparente, retrata uma dificuldade de manejo alimentar (como por exemplo: demora para acostumar com o tratador, receio de receber o alimento) em espécies de habito gregário (cardume), como pode ter ocorrido para o pacu, nessa fase de juvenil. Assim embora aparentemente ocorra uma diminuição do consumo esse não interferiu nos índices ao contrário do que ocorre na maior densidade no último período Com relação a conversão alimentar aparente observa-se também que ao longo do tempo houve aumento nesse índice na maior densidade de estocagem, o que pode ser atribuído ao efeito da densidade mais elevada, pois segundo Papoutsoglou et al. (1998), esse aumento decorre da ineficiência na utilização de nutrientes devido ao estresse populacional (BRUM, 2003), à diminuição de temperatura, diminuição da concentração de oxigênio dissolvido e maior concentração de amônia total, as quais também foram observadas no presente experimento. Na análise dos valores da TCE (Tabela 3), verificou-se que os peixes mantidos na maior densidade apresentaram uma menor TCE (P<0,05) que os mantidos na menor densidade, refletindo-se aí o menor aproveitamento da dieta como referido anteriormente. Assim, pode-se concluir que a maior densidade de estocagem alterou os parâmetros de qualidade de água influenciando no desempenho, e que as concentrações de carboquelato de cromo não foram suficientes para garantir melhor desempenho nessa densidade. Dessa forma maiores concentrações de suplementação podem ser exigidos pelos pacus nessas condições. Referências ANDERSON, R., A. Stress effects on chromium nutrition of humans and farmal animals. In: Biotechnology in the feed industry, 10, 1994, p.267-273. BELO, M.A.A. Efeito do estresse e da suplementação alimentar com vitamina E sobre a formação de gigantócitos em lamínulas de vidro implantadas no tecido subcutâneo de Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887. 87f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2002. BELO, M.A.A.; SCHALCH, S.H.C.; MORAES, F.R.; SOARES, V.E.; OTOBONI, A.M.M.B.; MORAES, J.E.R. Effect of dietary supplementation with vitamin E and stocking density on macrophage recruitment and giant cell formation in the teleost fish, Piaractus mesopotamicus. Journal of Comparative Pathology, v.133, p.146-54, 2005. BORGS, P.; MALLARD, B.A. Immune-endocrine interactions in agricultural species: chromium and its effect on health and performance. Domestic Animal Endocrinology, v.15, n.5, p.431-8, 1998. BRANDÂO, F.R; GOMES, L.C; CHAGAS, E.C; ARAÚJO, L.D. Densidade de estocagem de juvenis de tambaqui durante a recria em tanques-rede. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v.39, n.4, p.357-362, 2004 BRUM, C.D. Vitamina C favorece a formação de macrófagos policariontes em Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887 mantidos em diferentes densidades. 58f. Dissertação (Mestrado em Aqüicultura) Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2003. 170

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