Conjuntura: Retracção no mercado português e perspectivas de ligeira melhoria no mercado externo. IEP: Os computadores como fonte de poluição sonora



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Transcrição:

320 - JULHO AGOSTO 2012 Periodicidade: Bimestral Preço de capa: 1,50 Conjuntura: Retracção no mercado português e perspectivas de ligeira melhoria no mercado externo Entrevista ao Director Geral da Rittal Portugal IEP: Os computadores como fonte de poluição sonora ANREEE: A nova directiva de resíduos eléctricos e electrónicos foi publicada CINEL: A aposta de formação na modalidade de aprendizagem

320 - Julho Agosto 2012 ficha técnica Revista Bimestral (6 números por ano) Propriedade e Edição: ANIMEE Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico Av. Guerra Junqueiro, 11, 2. o Esq. 1000-166 LISBOA Telef.: 21 843 71 10 Fax: 21 840 75 25 e-mail: animee@mail.telepac.pt Contribuinte n. o : 500 851 573 Director: J. Marques de Sousa Redacção, Administração e Distribuição ANIMEE - Delegação Norte Edifício do Instituto Electrotécnico Português Rua de S. Gens, 3717 4460-817 CUSTÓIAS Telef. / Fax: 22 600 86 27 E-mail: marsousa@animee.pt Execução Gráfica: Gráfica Maiadouro Rua Padre Luís Campos, 686 Vermoim Apartado 1006 4471-909 MAIA e-mail: sede@maiadouro.pt N. o de Depósito Legal: 93844/2002 NROCS N. o 117903 Tiragem: 2000 exemplares sumário 22 Conjuntura 2. o trimestre de 2012 26 Entrevista A Revista ANIMEE entrevista Jorge Mota Director Geral da Rittal Portugal 28 Feiras e Exposições MATELEC 11 IEP Os computadores como fonte de poluição sonora 17 CINEL A aposta de formação na modalidade de aprendizagem 21 ANREEE A nova directiva de resíduos eléctricos e electrónicos foi publicada 320 - JULHO AGOSTO 2012 Periodicidade: Bimestral Preço de capa: 1,50 23 CERTIF CERTIF aumenta actividade no exterior para apoio às exportações nacionais Conjuntura: Retracção no mercado português e perspectivas de ligeira melhoria no mercado externo Entrevista ao Director Geral da Rittal Portugal IEP: Os computadores como fonte de poluição sonora 24 Empresas Notícias sobre várias empresas ANREEE: A nova directiva de resíduos eléctricos e electrónicos foi publicada 53 Calendário Fiscal Setembro e Outubro 2012 CINEL: A aposta de formação na modalidade de aprendizagem 55 Cotações Câmbios e cotações de metais (Maio / Junho de 2012) Respeitando a forma de escrever de cada autor, a Revista ANIMEE publica os artigos seguindo os Acordos Ortográficos, o antigo ou o novo, neste período de transição.

c o n j u n t u r a Síntese da Conjuntura Sector Eléctrico e Electrónico 2. o Trimestre de 2012 1. Conjuntura Sectorial Nota: Os índices que se seguem resultam da média aritmética das respostas das empresas associadas, segundo uma escala qualitativa de 1 a 5, em que 1 corresponde ao valor mais desfavorável e 5 ao mais favorável, na apreciação de cada um dos itens. 1.1 Volume de Negócios Volume de Negócios 2. o trim. 2012 3. o trim. 2012 Mercado Português 2,5 2,4 Mercado Externo 2,6 2,9 Os índices e previsões do Volume de Negócios continuam a reflectir a retracção no mercado português e externo, com perspectivas de ligeira melhoria para este último no próximo trimestre. 1.2 Carteira de Encomendas O Volume de Encomendas foi igualmente fraco no 2. o trimestre, mas o esforço de canalização das vendas para o mercado externo deverá começar a dar resultados no próximo trimestre. Carteira de Encomendas 2. o trim. 2012 3. o trim. 2012 Mercado Português 2,4 2,4 Mercado Externo 2,6 2,8 1.3 Emprego Emprego 2. o trim. 2012 3. o trim. 2012 Qualificado 3,2 3,1 Não Qualificado 3,0 3,0 O emprego apresenta-se estável neste sector e não se prevêem alterações no próximo trimestre, contrariando as perspectivas pessimistas do início do ano e a tendência geral da economia nacional. 1.4 Propensão ao Investimento Investimento 2. o trim. 2012 3. o trim. 2012 Propensão a investir 2,8 2,9 O Investimento manteve-se baixo no 2. o trimestre, mas também se perspectiva uma ligeira melhoria nos meses de Julho a Setembro. Esta perspectiva de incremento na carteira de encomendas impulsiona novos investimentos, que as empresas voltam a considerar, num contexto de medidas de reforço das linhas de crédito do Governo anunciadas no trimestre anterior. 1.5 Situação Financeira Indicadores 2. o trim. 2012 3. o trim. 2012 Tesouraria/Liquidez 3,3 3,2 Dívidas de Clientes privados 2,6 2,7 Dívidas ao Estado e Sector Público 2,6 2,6 Acesso ao crédito 2,6 2,7 Custo do crédito 2,4 2,4 Seguro Crédito à Exportação 2,5 2,5 O Acesso ao Crédito acusa, por isso, uma subida, mas as empresas continuam a defrontarse com um Custo de Crédito elevado. Já o índice de Seguro de Crédito à Exportação melhorou ligeiramente, embora continue a ter pouca expressão no Sector. A nível de Tesouraria/ /Liquidez, as empresas do sector aparentam manter uma saúde financeira razoável. 1.6 QREN QREN 2. o trim. 2012 3. o trim. 2012 Aprovação de projectos 3,3 3,3 Pagamento de comparticipações 3,1 3,3 Também a Aprovação de Projectos reflecte as medidas recentemente anunciadas pelo Governo 2 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

c o n j u n t u r a de criação de uma nova linha de crédito - a Investe QREN por forma a viabilizar a concretização de 60% dos projectos e o respectivo Pagamento de comparticipações neste trimestre e nos seguintes. --- As perspectivas de ligeira melhoria da conjuntura económica do Sector Eléctrico e Electrónico parecem assentar em dois factores: por um lado, o andamento positivo das novas Encomendas, com todo o ênfase no Mercado Externo; por outro, as melhores perspectivas de Investimento (acréscimo da procura externa, linha de crédito para acesso ao QREN, melhoria no pagamento de comparticipações) no 2. o semestre. O crescimento das exportações foi elevado no Mercado de Países 3. os, tendo abrandado no mercado da UE, o que não surpreende face à conjuntura económica da mesma. No período Janeiro Maio de 2012 a exportação global do Sector Eléctrico e Electrónico (Cap. 85) subiu, em termos nominais, 9% face a período homólogo do ano anterior. Já era esperado um abrandamento face aos números de 2011, mas, mesmo assim, se se mantiver este ritmo no 2. o semestre do ano, o desempenho do Sector será, no mínimo, razoável. 2. Conjuntura Portuguesa No Boletim de Verão, o Banco de Portugal actualizou as previsões do crescimento para 2012 e as projecções para 2013: 2011 2012 2013 Consumo Privado -4,0% -5,6% -1,3% Consumo Público -3,8% -3,8% -1,6% Procura Interna -5,7% -6,4% -1,4% Investimento -11,3% -12,7% -2,6% Exportação 7,6% 3,5% 5,2% Importação -5,3% -6,2% 1,5% PIB -1,6% -3,0% 0 Os números mostram índices apenas ligeiramente menos recessivos que as previsões no início do ano, mas o agravamento da recessão em 2012 é inequívoco, sendo que a forte redução da Procura Interna (-6,4%), não obstante o contributo positivo das exportações, se salda numa contracção do PIB de -3%. Para 2013, projecta-se uma estagnação da actividade económica, seguida de uma recuperação gradual ao longo de 2013 da procura interna e das exportações. As previsões contidas no Relatório sobre a Economia Portuguesa 2012 da OCDE são ligeiramente mais pessimistas, prevendo uma redução no Consumo Privado de -6,8% e no PIB de -3,2% para 2012 e, mais significativamente, uma redução no PIB de -0,9% em 2013. A significativa redução da Procura Interna, decorrente do processo de consolidação orçamental, levará a uma queda generalizada da actividade económica em 2012. O sector da construção, um dos mais afectados (e recentemente alvo de medidas de apoio por parte do Governo) deverá manter a tendência de redução dos últimos anos, afectando vários sub-sectores do SEE. As projecções de estabilização para 2013 em Portugal assentam, no entanto, num pressuposto de cumprimento das metas estabelecidas no Orçamento de Estado 2012 ; no pressuposto de melhoria da Exportação e no não agravamento das medidas de austeridade, a fim de permitir uma muito menor quebra na Procura interna. Por outro lado, a recente intensificação da crise da dívida soberana na UE (Grécia, Espanha, Itália) é também uma ameaça, na medida em que afecta a procura externa desses países, um dos quais, Espanha, é o segundo maior cliente do Sector Eléctrico e Electrónico. 3. Conjuntura Internacional Na União Europeia, o foco das atenções é agora a Espanha. Está em vias de concretizarse um resgate no montante de 100.000 milhões de Euros à Banca Espanhola. E algumas das Comunidades Autónomas/Regiões mais importantes (Valência, Catalunha, Andaluzia e Múrcia) já solicitaram ao Governo Central assistência financeira. O Governo criou há dois ou três anos um Fundo especial para acorrer a estas situações, mas a dúvida é Revista Animee 3

c o n j u n t u r a se ele será suficiente. Recorda-se os efeitos negativos que a situação espanhola terá na economia portuguesa, dado Espanha ser o primeiro cliente do nosso país. A exportação para o país vizinho já começou a cair. Eis as previsões económicas (Julho 2012) para a economia mundial e europeia: 2012 2013 MUNDO 3,5% 3,9% EU América 2,1% 2,1% U E Zona Euro -0,4% 0,4% Alemanha 0,8% 1,2% França 0,2% 0,6% Espanha -1,6% -1,0% Portugal -3,4% 0 Fontes: FMI (Mundo); The Economist (UE); Banco de Portugal (Portugal). Previsões Mundiais, mais moderadas do que há 3 meses atrás. Saliente-se que nos EUA se renovam os apelos ao FED para que retome a política de quantitative easing (política monetária expansionista), porque parece que o segundo fôlego da economia norte-americana se está a perder. Na China, a grande preocupação dos líderes políticos é que o crescimento económico, no último trimestre, ficou abaixo do limiar de 8% (7,4%). Quando a economia chinesa cresce abaixo de 8%, o Governo teme problemas sociais. Analise-se o indicador Índice de Custo das Matérias Primas, que dá indícios relativamente à evolução económica internacional. Até ao início de Julho 2012, a matéria-prima de refúgio e/ou especulação Ouro (+-3%) é a única que apresenta aumento; o Petróleo (variedade WTI: -9,6%) mostra quebra, embora ao longo deste mês tenha invertido a posição baixista (tensões na Síria e ameaças do Irão de bloqueio do Golfo Pérsico). Os Metais (-20,9%), continuam a ser o indicador que melhor reflecte a desaceleração económica global. ANIMEE Serviço de Economia 4 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

e n t r e v i s t a RITTAL Uma combinação de soluções para a sua empresa Jorge Mota é o Director Geral da RITTAL Sistemas Eléctricos e Electrónicos, subsidiária em Portugal da RITTAL, a maior empresa do grupo alemão Friedheim Loh Group. A conversou com ele sobre o passado, o presente e o futuro da empresa. Do essencial dessa entrevista, sem a forma de perguntas e respostas, damos conta, de seguida: A Rittal nasceu há 51 anos, e é líder mundial no fabrico e comercialização de sistemas de Armários para Automação Industrial, Distribuição de Energia, Sistemas de Climatização Industrial, Armários para Telecomunicações, Bastidores de 19 e Datacenters. Com subsidiária em Portugal desde 2002, Jorge Mota, Director Geral da empresa, afirma que o investimento no mercado português proporcionou um crescimento exponencial, que levou à liderança de mercado. Dez anos passaram e, actualmente, apesar da recessão do mercado, Jorge Mota confirma que a empresa tem mantido um crescimento entre os 10 e os 15% anualmente, valores que se têm mantido principalmente através da captação de mercado aos principais concorrentes. Nada do que somos hoje se conseguiria sem grande capacidade competitiva e sem a confiança dos parceiros e clientes, assegura. Hoje em dia, a Rittal tem um leque de 9 mil produtos e está presente em cerca de 130 países distribuídos por 5 continentes, com 19 fábricas espalhadas pela Alemanha, China, Índia, França, Inglaterra, Itália, Brasil e EUA. Entre os principais factores que contribuíram para o desenvolvimento da empresa destacam- -se a excelência dos produtos e serviços, a atitude da empresa perante o mercado, os clientes e a sua competitividade. Para haver sucesso é necessário que haja uma atitude de transparência no negócio assegura Jorge Mota. A Rittal fabrica e comercializa também uma série de acessórios para os armários com destaque para os sistemas de climatização como ventiladores e ar-condicionados. Os sistemas de climatização são, hoje, fundamentais em qualquer projecto de automação industrial ou na construção de datacenters confirma o Director da Empresa. Sempre na vanguarda da investigação e desenvolvimento, a Rittal lançou no ano passado o ar-condicionado Blue-e, uma novidade que permite poupar energia até 70%. Este sistema caracteriza-se por uma tecnologia avançada A Rittal Portugal Apresentação Com sede na Zona Industrial de Rio- Meão em Santa Maria da Feira, próxima do Europarque e a 15 minutos do Porto, conta com uma delegação em Lisboa, no Arquiparque em Miraflores. A Rittal Portugal dispõe de 6 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

e n t r e v i s t a em que se usam sistemas de ventilação activos através dos quais a potência do ventilador estará sempre adequada à necessidade da refrigeração. De 10 em 10 minutos, o ventilador do evaporador é activado durante 30 segundos para verificar se a sua actuação é ou não necessária, evitando assim estar permanentemente ligado. Temos uma preocupação enorme com a protecção ambiental e com a eficiência energética assume Jorge Mota. Esta empresa está presente em todos os sectores de actividade a nível nacional: desde a produção de energia (EDP), passando pela distribuição (REN), percorrendo todo o sector secundário (indústria) e acabando no sector terciário (serviços). Para atingir tal feito, Jorge Mota insiste que é necessária uma atitude focada na satisfação dos clientes e de total transparência perante o mercado. O sector dos produtos alimentares e da indústria farmacêutica apresentam características particulares em relação aos restantes sectores de actividade, uma vez que os armários para estas duas indústrias são fabricados em aço inoxidável e possuem um conjunto de especificidades e exigências impossíveis de contornar, tais como as normas HD (Hygienic Design). clientes estão satisfeitos com o serviço prestado pelos profissionais da Empresa. Jorge Mota confidencia que um dos segredos do sucesso da empresa tem a ver com escutar o cliente, ouvir as suas necessidades e desenvolver as condições favoráveis para superar as suas expectativas. Por outro lado, o director considera que trabalhar com uma equipa motivada e eficiente, é também de extrema importância para o sucesso. Em Portugal temos uma das melhores equipas que poderíamos conseguir, salienta. Todos os anos a Rittal lança cerca de 300 produtos novos, que são previamente apresentados e dados a conhecer ao público em diversas feiras. Um dos principais objectivos da Empresa para 2013, segundo revela Jorge Mota, é manter o nível de crescimento anual acima dos 10%. A Rittal tem vindo a demonstrar, cada vez mais, vontade de alcançar a perfeição, e é com esse propósito que os profissionais que compõem a equipa se empenham permanentemente. Jorge Mota termina afirmando que a perfeição não existe verdadeiramente, mas reflecte a busca de um ideal que nos leva a aperfeiçoar o que já fizemos bem. Para além dos produtos, a Rittal dá grande importância ao serviço pós-venda especializado, quer em tempo de resposta quer na qualidade do serviço prestado. No final de cada intervenção técnica é elaborado sempre um inquérito de satisfação ao cliente, e as estatísticas revelam que mais de 98% dos todos os meios operacionais e logísticos que lhe possibilitam prestar um serviço de excelência aos seus clientes e parceiros. Na sede, em Rio-Meão, dispõe de um edifício com cerca de 2.000 m 2, dos quais mais de 1.500 m 2 são destinados a espaço de armazém, a partir do qual são expedidas todas as encomendas que se destinam ao mercado portugues. As entregas, desde que o produto desejado esteja disponível no nosso armazém são garantidas em 24 horas em qualquer ponto do país (continente). Revista Animee 7

feiras e exposições organização MATELEC Madrid 23 a 26 de Outubro de 2012 Contribuir para apoiar um sector tão potente como é o elétrico, eletrónico e de telecomunicações através da nova e reestruturada MATELEC 2012, acarreta uma alta responsabilidade, afirmou Raúl Calleja, diretor do Salão Internacional de Soluções para a Indústria Elétrica e Eletrónica, MATELEC 2012. O objectivo desta edição não é quantitativo mas sim qualitativo. Esta é a edição da confiança num novo projeto que deve servir para dinamizar a atividade comercial do sector e contribuir para lhe dar impulso e força. Ao criar a Semana da Eficiência Energética, decorrerá uma campanha mediática nacional que pretende consciencializar a sociedade sobre a sua importância e mostrar as soluções existentes no dia a dia sob um ponto de vista profissional e particular, falando de poupança, conforto, segurança e meio ambiente. A nova estruturação da MATELEC obedecerá a uma cuidada e estudada sectorização, adaptada às necessidades do sector, o que ajudará e facilitará aos visitantes a consecução das suas expectativas sobre a oferta expositora apresentada. A MATELEC é uma marca guarda-chuva dentro da qual há cinco grandes feiras complementares e sinérgicas dedicadas à Tecnologia da instalação elétrica, à Energia elétrica, às Soluções de iluminação: LIGHTEC, aos integradores de sistemas de telecomunicações e lar digital, e à Automação de edifícios. controlo industrial e eletrónico. Espera-se a concretização de muitas oportunidades comerciais no Salão Internacional de Soluções para a Indústria Elétrica e Eletrónica, MATELEC 2012, que se realizará em Madrid nos próximos dias 23 a 26 de Outubro. Xangai 27 a 29 de Março de 2013 A MATELEC alcançou um acordo com Shangai CHC Exhibition para realizar entre os dias 27 e 29 de Março de 2013, a Feira MATELEC EIBT CHINA 2013 Electrical & Intelligent Building Technology que representa um novo passo na internacionalização da marca MATELEC. O mercado asiático oriental afirma-se como um mercado de grande importância, pelo seu potencial em consumo, desenvolvimento urbanístico e grandes projectos e infra-estruturas, o que pode ser um desafio interessante para algumas empresas ibéricas. Para mais informações contactar o representante em Portugal Nuno Almeida 91 874 75 24 ou nalmeida@nfa.pt 8 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

i e p Os computadores como fonte de poluição sonora Resumo A protecção da saúde e a garantia do conforto das pessoas, tanto no desempenho das suas funções profissionais como nas suas actividades de lazer, são hoje entendidas como fundamentais para minimizar os riscos resultantes da exposição humana às diversas fontes de poluição, incluindo a sonora. Nesse sentido, importa conhecer os níveis sonoros que são emitidos pelos equipamentos com os quais se trabalha, designadamente computadores e demais equipamentos de tecnologias de informação e de comunicação (TIC). A medição do ruído emitido pelos equipamentos de TIC segundo a norma internacional ISO 7779 permite seleccionar os equipamentos tendo em consideração a potência sonora declarada pelo seu fabricante, de acordo com o estabelecido na norma ISO 9296. Permite também prever os níveis de pressão sonora que irão existir num posto de trabalho ou num ambiente doméstico. a prever que num futuro próximo venha a tornarse obrigatória na Europa a indicação dos valores da potência sonora emitida pelos equipamentos de TIC. 1. Introdução A poluição sonora constitui um problema crescente, sendo uma das principais formas de degradação do ambiente no mundo actual. Um estudo recente da Comissão Europeia mostra que morrem por ano 50 mil cidadãos europeus de causas directamente relacionadas com a exposição a níveis sonoros superiores aos recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Convivemos hoje com níveis sonoros muito elevados. Exemplos disso são os centros comerciais sobrelotados; o tráfego rodoviário, ferroviário ou aéreo; o nosso local de trabalho. Também nas nossas casas o ruído de fundo frequentemente ultrapassa em muito o nível recomendado. À medida que a tecnologia evoluiu e os preços dos equipamentos diminuíram substancialmente, o número de computadores utilizados, tanto a nível pessoal como nos locais de trabalho, cresceu exponencialmente, o que introduziu nas nossas vidas uma nova fonte de ruído, omnipresente mas nem por isso menos incomodativa. 1.1. Porquê medir o ruído emitido pelos computadores? A crescente consciencialização dos indivíduos e das instituições para os riscos decorrentes da exposição humana a níveis sonoros elevados leva O ruído (em inglês noise, com origem na palavra latina nausea, que significava doença) tem sido associado apenas às doenças auditivas, como a perda da audição. No entanto também afecta a produtividade e a concentração das pessoas a ele expostas, causando também stress. Embora não se possa atribuir a perda de audição ao ruído produzido por computadores, o stress que lhe Revista Animee 11

i e p está associado constitui o principal risco para a saúde. Mesmo na presença de um reduzido número de máquinas e com níveis sonoros relativamente baixos, o ruído produzido pelos computadores pode aumentar o stress, e consequentemente os riscos para a saúde. A Organização Mundial de Saúde recomenda a este respeito um valor máximo de ruído de fundo de 35 db(a) para permitir uma boa inteligibilidade da fala e para evitar a perturbação de terceiros que se encontrem em recintos contíguos. Identificar a contribuição acústica de cada computador através da avaliação da sua potência sonora é o primeiro passo para a gestão do ruído no ambiente que aqueles partilham com os seres humanos. O conhecimento do valor da potência sonora de cada máquina permite estimar o nível sonoro que irá existir num determinado espaço, sabendo qual o número de máquinas que aí serão colocadas, obviamente considerando apenas esta fonte de ruído e sem ter conta as características acústicas do local. Assim, o conhecimento dos níveis de potência sonora emitidos pelos computadores permite uma escolha mais ponderada destes equipamentos. 1.2. Principais fontes de ruído num computador O ruído produzido por um computador típico varia entre os 25 db(a) e os 50 db(a) [7]. Um computador cujo ruído seja de 30 db(a) é considerado bastante silencioso, enquanto que um computador que produza um nível de ruído entre 40 db(a) e 50 db(a) é identificado pelos utilizadores como sendo suficientemente ruidoso para causar stress se for utilizado durante um período de tempo prolongado. Este problema tem vindo a ser agravado pelas exigências crescentes dos utilizadores destes equipamentos, em termos da redução dos tempos de cálculo e do aumento da velocidade de processamento. O aumento das frequências origina um maior aquecimento dos circuitos, com a consequente necessidade de maior arrefecimento, fazendo das ventoinhas de dissipação de calor o elemento mais crítico na emissão de ruído. Todavia, também existem outras fontes de ruído, tais como os discos duros convencionais e outros tipos de drives (tais como CD e DVD), a fonte de alimentação do computador e até o design da própria caixa. 2. Objectivos O presente trabalho apresenta alguns dos resultados obtidos a partir de um conjunto de ensaios cujo objectivo foi determinar o ruído acústico emitido por computadores de secretária. Para tal, foi avaliada a potência sonora emitida pelo equipamento e foi medido o nível de pressão sonora na posição do utilizador. Para este estudo foram considerados dois computadores distintos, de fabricantes diferentes. 3. Método utilizado Para a realização deste trabalho foi utilizado o método preconizado na norma internacional ISO 7779:2010, Acústica. Medição do ruído de condução aérea emitido por equipamentos de tecnologia de informação e de telecomunicações [1]. Em lugar do método preferencial que a ISO 7779 refere, com utilização de uma câmara anecóica ou semi-anecóica, foi seguido o método da norma ISO 3744:1994, Acústica. Determinação dos níveis de potência sonora e dos níveis de energia sonora de fontes sonoras através da potência sonora. Métodos de engenharia em campo livre sobre um plano reflector [3]. Para a determinação do nível de pressão sonora na posição do utilizador do computador foi seguido o método preconizado pela ISO 11201:2010, Acústica. Ruído emitido por maquinaria e equipamento. Determinação dos níveis de pressão sonora emitidos num posto de trabalho e noutras posições especificadas para um campo livre sobre um plano reflector com correcções ambientais desprezáveis [4]. 12 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

i e p 3.1. Posições do microfone para a avaliação da potência sonora ISO 11201:2010 [4]. As posições correspondentes do microfone são esquematizadas na figura 2. As medições foram efectuadas de acordo com o esquema que está apresentado na figura 1. Fig. 1. 1,..., 9: pontos de medição da potência sonora, cf. ISO 3744:1994 As coordenadas para colocação do microfone, de acordo com o método estabelecido na norma, são função das dimensões da amostra. A título de exemplo, indicam-se na tabela seguinte as coordenadas dos pontos de medição correspondentes a um dos computadores que foram objecto deste estudo, o qual designaremos por A. Tabela 1 Coordenadas, em metros (computador A ) Posições X Y Z 1 0,50 0,00 0,37 2 0,00 0,44 0,37 3-0,50 0,00 0,37 4 0,00-0,44 0,37 5 0,50 0,44 0,73 6-0,50 0,44 0,73 7-0,50-0,44 0,73 8 0,50-0,44 0,73 9 0,00 0,00 0,73 3.2. Posições do microfone para a medição do nível de pressão sonora no posto do utilizador, na posição sentado Para a avaliação da pressão sonora no posto de trabalho, na posição correspondente ao utilizador sentado, foram seguidas as orientações da Fig. 2. P3: ponto de medição da pressão sonora, cf. ISO 7779:2010 4. Resultados obtidos Nas tabelas 2 e 3 apresenta-se um resumo dos resultados obtidos nas avaliações efectuadas aos computadores A e B. Optou-se por indicar o nível de potência sonora em B (bel), no sentido de procurar não causar confusão aos utilizadores no acto da compra do equipamento, já que o db (decibel) está largamente difundido para exprimir outra grandeza no domínio da acústica, o nível de pressão sonora. Entre estas duas grandezas, potência sonora e pressão sonora, podem existir grandes diferenças de valores, sendo o valor do nível de potência sonora superior ao do nível de pressão sonora. 4.2.1. Valores encontrados para os dois computadores objecto do estudo Tabela 2 Computador A : níveis sonoros medidos (níveis sonoros que serão declarados pelo fabricante ao colocar o equipamento no mercado) Parâmetro Nível de potência sonora, L wad (Nota: 1 B = 10 db) Em funcionamento normal 1 Em repouso 2 4,8 B 4,6 B Nível de pressão sonora, na posição do utilizador, L pam 34 db 32 db Revista Animee 13

i e p Tabela 3 Computador B : níveis sonoros medidos Parâmetro Nível de potência sonora, L wad (Nota: 1 B = 10 db) Em funcionamento normal Em repouso 4,4 B 3,6 B Nível de pressão sonora, na posição do utilizador, L pam 33 db 26 db É de salientar que em nenhum dos computadores avaliados, A e B, se registaram tons discretos proeminentes aos 16 khz, nem ruído impulsivo. Quando perceptíveis, tais sons podem ser muito incomodativos para o utilizador. 5. Conclusões Pela análise dos resultados obtidos pode-se concluir que no que respeita ao nível de pressão sonora ambos os computadores analisados se enquadram, do ponto de vista do utilizador, dentro dos níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde. No entanto, atendendo ao nível de potência sonora encontrada, alguns utilizadores poderão considerar o ruído emitido pelo computador como stressante, principalmente numa utilização prolongada e/ou se o computador for utilizado em simultâneo com outros equipamentos. Referências [1] Norma internacional ISO 7779:2010 Acoustics. Measurement of airborne noise emitted by information technology and telecommunications equipment. [2] Norma internacional ISO 9296:1988 Acoustics. Declared noise emission values of computer and business equipment. [3] Norma internacional ISO 3744:2010 Acoustics. Determination of sound power levels and sound energy levels of noise sources using sound pressure. Engineering methods for an essentially free field over a reflecting plane. [4] Norma internacional ISO 11201:2010 Acoustics. Noise emitted by machinery and equipment. Determination of emission sound pressure levels at a work station and at other specified positions in an essentially free field over a reflecting plane with negligible environmental corrections. [5] Norma ECMA-74, 11th edition, 2010 Measurement of Airborne Noise emitted by Information Technology and Telecommunications Equipment. [6] Norma ECMA-109, 5th edition, 2010 Declared Noise Emission Values of Information Technology and Telecommunications Equipment. [7] Mike Chin, 2003 An Introduction to Measuring PC Noise VIA Technologies, Inc. [8] The Silent PC http://www.silent.se/ 1 Computador a executar tarefas de leitura e gravação de ficheiros de e para o disco rígido, e leitura e gravação de CDs ou DVDs. 2 Computador ligado (com energia) mas sem estar executar qualquer tarefa. 14 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

Portal Totally Integrated Automation Intuitivo. Eficaz. Comprovado. A redefinição da engenharia. A engenharia soluciona problemas e oferece novas possibilidades. Torna os processos mais eficazes e céleres, reduzindo os custos de produção. Actualmente a engenharia é indissociável do seu software de design. Como líder no desenvolvimento de ferramentas de software de engenharia, a Siemens reconhece a importância das mesmas e por isso desenvolveu o Portal Totally Integrated Automation (TIA Portal). Um software intuitivo, eficaz e com tecnologia comprovada que permite aos clientes manter a sua competitividade. O TIA Portal da Siemens é a nova geração de software de engenharia para a automação industrial. O primeiro software com um único ambiente de engenharia para todas as tarefas de automação. Com o design, instalação, colocação em serviço, manutenção e actualização de sistemas de automação, o TIA Portal permite reduzir o tempo, os custos e os esforços empreendidos na engenharia. www.siemens.com/tia-portal

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA ELECTRÓNICA, ENERGIA, TELECOMUNICAÇÕES E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO CURSOS ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA (*) NÍVEL 5 UE Automação, Robótica e Controlo Industrial Telecomunicações e Redes Gestão de redes e Sistemas Informáticos Desenvolvimento de Produtos Multimédia Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação (*) Protocolo de Prosseguimento de Estudos com Universidades e Instituições do Ensino Superior FORMAÇÃO CONTÍNUA ITED Instalador 100 H 600 ITED Projecto 100 H 680 ITUR - Instalador/Projecto 50H/25H 300 Juntista Fibra Óptica 50 H - 300 Automação e Controlo Industrial 50 H 250 EPLAN Iniciação 25 H 125 AutoCAD 2 D 50 H 400 AutoCAD 3 D 25 H 250 Microcontroladores PIC s 50 H 250 Microssoldadura 50 H 400 LabView b-learning 140 H 1.250 KNX _Domótica 50 H 600 Curso Geral de Electrónica 150 H 500 Curso Geral de Telecomunicações 150 H 500 Curso Geral de Redes 175 H - 600 Curso Geral de Informática 100 H 350 Curso Geral de Gestão (Comercial) 175 H 600 CCNA Exploration (CISCO) b-learning 400 H 1.780 CISCO IT Essentials b-learning 70 H 650 Para Empresas O CINEL desenvolve acções de formação segundo as necessidades específicas de cada empresa ou organização. CURSOS EM SEMINÁRIOS Negociação 7 H - 250 Gestão de Stocks 7 H - 250 Gestão de Compras 7 H - 250 Gestão de Armazéns 14 H 500 Gestão de Transportes 7 H 250 Logística - Stocks/Arm./Transportes 21 H - 750 Segurança Trabalhos de Manutenção 14 H - 500 Merchandising 7H 250 Avaliação e Controlo em Marketing 7 H - 250 Finanças P/ Não Financeiros 14 H 500 Gestão de Projectos 14 H 500 Gestão de Processos 14 H 500 Relação c/ Cliente e Postura de Venda 14 H 500 Atendimento e Venda 7 H 250 Laboratórios Virtuais 7 H 250 LabView 7 H 250 INFORMAÇÕES SEDE Pólo de Educação e Formação D. João de Castro Rua Jau (Alto de Santo Amaro) 1300-312 Lisboa Autocarros da Carris: 738, 742 e 60 Eléctrico: 18 Tels. 21 496 77 00 Fax. 21 497 07 67 E-mail: cinel@cinel.pt DELEGAÇÃO DO PORTO Rua de S. Rosendo 377 4300-478 PORTO Tels. 22 536 32 10 Fax. 22 536 24 87 E-mail: cinel@cinel.org

c i n e l A aposta de formação na modalidade de aprendizagem Carlos Afonso No âmbito dos acordos sobre o reforço do Ensino Profissional assumidos no Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, o Governo definiu um programa de actuação para o eixo de jovens, tendo em vista o período de 2012 a 2014. Efectivamente, os cursos de aprendizagem tem interesse numa abordagem mais prática de formação em contexto de trabalho. Todo o esforço, envolvendo os responsáveis e intervinientes no processo, é no sentido de mostrar aos empresários que os investimentos feitos retornam de maneira amplificada. Na verdade, as empresas que investem na qualificação de técnicos profissionais, bem como nos seus funcionários e colaboradores obtém como resultados o aumento do comprometimento, da produtividade, da qualidade de vida dentro e fora da empresa e, consequentemente, dos resultados. É de realçar os aspectos de responsabilidade social, evitando o afastamento a ambientes que conduzem ao abandono escolar. A formação inserida no sistema de aprendizagem dirigida à qualificação de jovens tem como objectivo promover a empregabilidade e a integração na vida activa. Esta modalidade de formação valoriza a prática real em posto de trabalho na empresa, como contexto para a aquisição de saberes científicos e tecnológicos e para o reforço das suas competências académicas, pessoais, sociais e relacionais. A importância dos cursos de aprendizagem para a sociedade revela-se bastante relevante. Em particular, porque contribui para a proximidade dos jovens às empresas, a partir do acesso ao conhecimento e à oportunidade de se tornarem cidadãos plenos. De facto, por essa via, podem aprender uma profissão e desenvolver o percurso profissional numa empresa. O alargamento da idade de entrada até aos 24 anos veio favorecer mais jovens à procura do primeiro emprego e, assim, possibilitar a sua inserção em cursos profissionais, de forma a preencher uma evidente carência de técnicos profissionais qualificados. A questão da qualificação e empregabilidade dos jovens parece ser uma aposta deste Governo. Especificamente, as medidas procuram a inserção do jovem no mercado de trabalho por meio dos cursos de aprendizagem. Para tal, é necessária a participação activa das empresas neste projeto. É preocupação social saber que o investimento a realizar na formação de jovens para a aquisição de competências tem como retorno o reconhecimento das empresas em absorver os Técnicos Profissionais. Neste sentido, a monitorização por parte dos responsáveis é fundamental. Para tal, existem procedimentos que medem, em cada acção de formação, o número de formandos que concluem, a empregabilidade na área de formação e o número de formandos que continuam os estudos. Sabendo da importância da estrutura curricular na respectiva saída profissional, com ênfase Revista Animee 17

c i n e l quer nas ciências, quer nas tecnologias, face aos acelerados ritmos de desenvolvimento, exige-se dos jovens capacidade de aprendizagem, flexibilidade, capacidade de comunicação e aptidão para aprender ao longo do percurso formativo, seja em sala/laboratório ou em contexto de trabalho. A qualidade da formação é um parâmetro essencial para formar jovens competentes, capazes de obter sucesso num mercado de trabalho cada vez mais exigente. Importa salientar os recursos físicos e materiais necessários para o processo de ensino e formação, os quais devem estar em linha com os existentes no mercado. O Formador é elemento base de todo o processo formativo, devendo, como tal, ter profundos conhecimentos académicos e profissionais. Acresce que o envolvimento do formando no processo de formação é igualmente crucial. A importância do envolvimento do formando nos processos de ensino e formação, através da vivência de experiências em formação prática em contexto de trabalho, que conduzam a uma efectiva aquisição de competências, impõe a existência da figura do tutor (na empresa), cuja experiência e o acompanhamento da formação é essencial. De facto, para que a aprendizagem seja significativa e útil para o jovem, e contribua para a formação da sua identidade é capital que haja conexão entre o processo de aprendizagem e as situações, actuais e futuras, da sua vida quotidiana, de maneira a que o formando tenha maior facilidade em aplicar/utilizar o conhecimento que adquiriu e as capacidades que desenvolveu, com as ferramentas adequadas e actualizadas, permitindo que seja mais eficiente. A dimensão empresarial destinada a um curso/ saída profissional tem de ser articulada com o saber fazer dos responsáveis de modo a assegurar o bom funcionamento e corresponder às expectativas não só do formando, mas também do mercado de trabalho. Torna-se, assim, indispensável que os Centros de Formação tenham recursos humanos, físicos e materiais no sentido de responderem às necessidades específicas das empresas a que se encontram ligados. A formação desenvolvida deve permitir a sinergia de recursos entre empresa e Centro de Formação e, consequentemente, entre formando, formador, tutor e empresa. Atento a esta realidade, o CINEL, como Centro de Formação de referência na Electrónica, Energia, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, estendeu a sua oferta formativa a outras áreas de formação, nomeadamente a Electricidade e Energia, Audiovisuais e Produção dos Média. Deste modo, a oferta formativa disponível para os jovens à procura do primeiro emprego abrange as seguintes saídas profissionais: electrónica automação e computadores, electrónica e telecomunicações, electrónica médica, energias renováveis (eólica e fotovoltaica) e multimédia. Refira-se que o CINEL, ao longo da sua existência, tem apostado na actualização das competências académicas e profissionais dos seus colaboradores, de modo a responder à permanente solicitação de cursos por parte das empresas e dos trabalhadores que pretendem actualizar competências em áreas específicas. É de realçar que as matérias que completam as acções de formação não estão disponíveis no catálogo nacional de qualificações e são, por isso, cursos à medida, exclusivos deste Centro, sendo já uma referência para as empresas. Para finalizar, deve ainda enfatizar-se o facto do CINEL manter uma network de recursos técnicos e formativos. Esta rede tem permitido a partilha de conhecimentos e constante actualização das necessidades do mercado, facilitando a participação, sempre que solicitada, na tomada de decisão das empresas. Carlos Afonso Coordenador da Formação 18 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas Quando estamos preparados, não receamos o futuro. Quando em Junho de 2011 os motores eléctricos passaram a ter que cumprir a classe de rendimento IE2, os motores da WEG já a superavam. O uso de motores com classe de rendimento IE3, será obrigatório em 2012, mas, uma vez mais, a WEG produz já motores IE3 de Alto Rendimento. Ainda não há data confirmada para a classe de rendimento IE4, mas pode escolher um motor IE4 da WEG, agora mesmo. A WEG produz o futuro, hoje. Se quer estar à frente, visite www.weg.net

Vamos carregar a Natureza de energia. Registe os seus Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, Pilhas e Acumuladores. É obrigatório. A ANREEE - Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos, é a partir de agora igualmente responsável pela gestão e manutenção do registo obrigatório das Pilhas e Acumuladores. Assim, se é produtor, importador ou revendedor sob marca própria de EEE e/ou P&A, contacte-nos. O registo destes produtos é o primeiro passo para que possamos acompanhar e garantir a sua adequada gestão, valorização e tratamento. Tudo, para que o Ambiente se mantenha positivo. www.anreee.pt

a n r e e e A nova Diretiva de Resíduos Elétricos e Eletrónicos foi finalmente publicada No dia 24 de julho foi finalmente publicada, no jornal Oficial da União Europeia, a nova Diretiva dos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos Diretiva 2012/19/UE. Embora o tema da nova Diretiva e as alterações que a mesma vai introduzir já tenham sido objeto de artigo anteriormente publicado nesta revista, não será de mais recordar os pontos onde esta nova Diretiva se vai fazer sentir. Para quem já está registado como produtor de equipamentos elétricos e eletrónicos e tem uma entidade gestora a quem passou a responsabilidade pela gestão dos seus resíduos elétricos e eletrónicos, a existência desta nova Diretiva será mínima e, a fazer-se sentir, só acontecerá em 2018, altura em que passaremos para um âmbito aberto. Um âmbito aberto é, na sua essência, a inclusão de tudo o que é elétrico e eletrónico na abrangência da Diretiva. Até aqui e mesmo com a nova Diretiva, até 2018 no chamado período transitório para um equipamento estar abrangido é necessário que seja elétrico ou eletrónico e pertença a uma de dez categorias fixas. Essas dez categorias vão desde eletrodomésticos a distribuidores automáticos, passando por equipamentos de consumo, informática, telecomunicações, iluminação, brinquedos, equipamentos médicos, de desporto e lazer, de controlo e medida e ferramentas. Embora estas dez categorias sejam vastas, a inovação permanente tem trazido equipamentos que, se bem que sejam elétricos, não cabem verdadeiramente em nenhuma dessas dez categorias ou, cabem em mais do que uma. Esta dificuldade prática tem colocado muitos equipamentos elétricos fora do âmbito enquanto outros recebem interpretações diferentes, conforme o Estado Membro. No âmbito aberto praticamente tudo é incluído praticamente tudo, porque continuam a haver exceções e novas foram criadas e deixa de haver a necessidade de obrigar os equipamentos a estarem numa dada categoria (na verdade continua a haver uma classificação por categorias, mas só para efeitos de caraterização, descendo essas dez categorias para seis novas e mais abrangentes). As exceções, recorde-se, são atualmente: Equipamento de defesa do Estado (fins especificamente militares), equipamento concebido e instalado como componentes de outro tipo de equipamentos, lâmpadas incandescentes, ferramentas industriais fixas de grandes dimensões e equipamentos médicos infetados. Com o âmbito aberto, para além dos atrás referidos, passam a ser exceção: Instalações fixas de grandes dimensões, equipamentos destinados a serem enviados para o espaço, meios de transporte de pessoas ou mercadorias, máquinas móveis não rodoviárias e equipamentos especificamente concebidos para investigação e desenvolvimento. Haverá assim, um alargamento natural do número de equipamentos sujeitos a ecotaxas. Mas as grandes alterações serão sobretudo para quem coloca equipamento elétrico e eletrónico no mercado e por este não estar verdadeiramente em nenhuma das dez categorias, atrás referidas, não têm sido abrangido. Todas essas empresas vão passar a, em igualdade de circunstâncias com as já registadas, a terem que Revista Animee 21

a n r e e e assumir as suas responsabilidades para com os futuros resíduos dos equipamentos que hoje colocam. Trata-se de um período de tempo bastante alargado e que vai permitir, a quem está a colocar equipamento elétrico e eletrónico no mercado, sem estar registado, que se informe atempadamente e se adapte a essa nova realidade. A ANREEE tem já no seu site (www.anreee.pt), bastante informação e irá melhorá-la e adaptála aos novos requisitos ao longo do tempo. Para quem procura informação, este pode ser um bom ponto de partida. Com esta nova Diretiva vêm novas metas de recolha, muito ambiciosas. Se até aqui o objetivo nacional que está a ser cumprido pelas entidades gestoras, já que foi a estas que 100% das empresas passaram a responsabilidade era de 4kg/habitante/ano, vamos ter que em 2016 chegar quase ao dobro. Já em 2016, e ainda fora do âmbito aberto, a quota de recolha nacional terá que ser 45% da média do que foi colocado no mercado em 2013, 2014 e 2015. Se usarmos os valores que temos dos três anos anteriores a 2012, para avaliarmos a grandeza do número, chegaríamos a praticamente 8kg, contra os atuais 4kg que nos são exigidos. Mesmo considerando que o crescimento nestes anos (após crise, esperemos) não tenha a pujança de anos anteriores, o número que nos vai ser exigido em 2016 será certamente superior aos 4kg que temos hoje que cumprir. Para o fazer cumprir, as entidades de gestoras terão que fazer um ainda maior esforço a nível de atuação, de alargamento da sua capilaridade de recolha e de mais sensibilização mas, o próprio Estado vai ter também que atuar com mão mais pesada. Empresas que coloquem equipamentos elétricos e eletrónicos no mercado estarão certamente sobre maior escrutínio bem como os circuitos paralelos de recolha que, segundo a própria União Europeia são responsáveis por perdas de 40% dos resíduos separados pelos utilizadores finais. Se havia esperanças por parte de quem está a colocar equipamentos elétricos e eletrónicos no mercado, que poderia continuar à margem, esta nova Diretiva veio tirar quaisquer ilusões. Âmbito aberto e metas muito ambiciosas, são sinais muito claros que a Diretiva é mesmo para todos e o relógio já começou a contar. 22 n. o 320 - Julho / Agosto 2012

c e r t i f CERTIF aumenta actividade no exterior para apoio às exportações nacionais Qualificação por grandes compradores para a avaliação de fornecedores também é factor de crescimento A actividade da CERTIF aumentou no primeiro semestre deste ano. O crescimento deve-se à procura de novas áreas, de modo a poder oferecer aos seus clientes novas certificações e o reconhecimento em novos países, visando o apoio às exportações. Entre os novos factores de expansão da actividade há que salientar a qualificação por grandes compradores para a avaliação de fornecedores. O esforço de internacionalização tem sido permanente, de forma a manter o nível de desempenho no exterior. A crise da economia portuguesa e europeia, que afecta particularmente o sector da construção civil e obras públicas, tem reflexo na actividade da certificação, não permitindo à CERTIF um ritmo de crescimento tão forte como o desejado. Construção com mais produtos certificados O sector da Construção regista um maior número de produtos certificados no semestre (77), seguido do sector eléctrico/telecomunicações (66), num total de 158 produtos certificados. Distribuição sectorial dos produtos certificados Área / Sector 2012 1ºSem Esquemas 2011 2010 2012 1ºSem Produtos 2011 2010 Agroindustrial 4 4 4 9 9 9 Construção 18 17 17 77 69 66 Elétrico e Telecomunicações 15 15 14 66 61 57 Outros 5 5 5 11 11 10 Total 42 41 40 158 150 142 Nota: Estão apenas contabilizados os esquemas e as categorias em que há produtos certificados. Foram certificados pela primeira vez neste semestre: elementos resistivos para pavimentos tubos de aço para pressão bocas de incêndio armadas com mangueira flexível enzimas de coagulação cabos multicondutores para veículos rodoviários cabos de energia (novos tipos) A CERTIF foi qualificada por mais dois grandes utilizadores estrangeiros para avaliação de fornecedores e produtos. Certificação de serviços A CERTIF participou em várias Comissões Técnicas com vista ao desenvolvimento de referenciais para a certificação de serviços. No 1. o trimestre deste ano a CERTIF passou a disponibilizar a certificação do serviço de formação profissional, tendo sido emitido o primeiro certificado para o serviço de formação energética no âmbito de edifícios e indústria. Marcação CE Foram emitidos certificados para novas normas de escadas pré fabricada em betão armado, bem como para mais de trinta novos processos relativos a normas já existentes. Sistemas de gestão Qualidade 44 Ambiente 2 OHSAS 2 Outros 2 Revista Animee 23

e m p r e s a s Uma viagem extraordinária Os maiores transformadores HVDC do mundo viajaram recentemente de Ludvika, na Suécia para Porto Velho, no Brasil por via ferroviária, rodoviária e marítima, para integrar o do projeto Rio-Madeira a mais longa ligação de transporte de energia do mundo. A ABB marca mais um capítulo na história do transporte de energia em HVDC (corrente contínua em alta tensão) com o projecto Rio-Madeira. Esta super auto-estrada energética vai ligar duas novas centrais hidroeléctricas no noroeste do Brasil, a São Paulo, principal centro económico do seu país, percorrendo uma distância de mais de 2.500 quilómetros. Quando terminada, esta será a mais longa ligação de transporte de energia do mundo. Primeiro, estes transformadores tiveram que viajar desde Ludvika, na Suécia, através do Atlântico, e em seguida, subiram o Rio Madeira até ao destino final, Porto Velho, no Brasil. Esta emocionante viagem através de oceanos, cidades e aldeias, necessitou de um rigoroso plano logístico para ultrapassar cada etapa e cada dia. A primeira parte da viagem foi de comboio, desde Ludvika até ao porto sueco de Oxelösund, onde foram carregados os transformadores para um navio de alto-mar que viajou, durante vinte dias, até à cidade de Manaus, no Brasil. Em Manaus, cada transformador foi cuidadosamente colocado numa pequena embarcação para continuar a viagem, através do Rio Madeira, até Porto Velho. Dado o peso de cada transformador, foram necessários sete metros de profundidade do rio para que a embarcação pudesse navegar, o que só acontece durante as chuvas do Outono. De Porto Velho até à central hidroeléctrica a distância era de 20 quilómetros. Nesta fase final os transformadores foram colocados em reboques de carga gigantes, que cautelosamente puxados por cinco camiões, atravessaram as estradas já existentes, preparadas e anteriormente testadas. Esta emocionante viagem chegou ao fim quando os transformadores chegaram ao seu destino, o local da subestação. Entre os principais componentes do sistema encontram-se sete maciços transformadores HVDC de 600kV que regulam o fluxo e facilitam o transporte eficiente e fiável de energia até consumidores em toda esta vasta distância. Cada tanque do transformador tem um peso de cerca de 400 toneladas, tornando-os os maiores transformadores já construídos. A ABB uma vez mais prova a sua capacidade para enfrentar o mais duro dos desafios e desenvolver, projectar e fornecer tecnologia de ponta para qualquer parte do mundo. Fotografe o código QR e assista ao vídeo da viagem 24 n. o 320 - Julho / Agosto 2012