DESENHO URBANO. Fonte: Profa. Eloisa Dezen-Kempter. Profª Elizabeth Correia. Prof. Fernando Luiz Antunes Guedes. Fonte: Profa. Eloisa Dezen-Kempter

Documentos relacionados
PAISAGEM URBANA. Subsídios para elaboração do Inventário. PR2-2015/2 COORDENADOR: Profº Pedro Batista dos Santos

Profa. Dra. Deusa Maria R. Boaventura. Projeto 1 A FORMA DA CIDADE E OS SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS.

Imagem da Cidade e das Edificações Complexas de Kevin Lynch ( ) Antonio Pedro Alves de Carvalho

Componentes físicos Componentes sociais

Thomas Gordon Cullen (Bradford 1914 Londres 1994) Paisagem Urbana (The Concise Townscape )

IDENTIDADE URBANA: ANÁLISE PERCEPTIVA, VISUAL E MORFOLÓGICA DE PRESIDENTE CASTELO BRANCO - PR. Glaucia Maguetas Gonçalves Teixeira 1

ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA DE UM MUNICÍPIO DE PEQUENO PORTE. Larissa de Sousa 1. Franciely Velozo Aragão 2. Álvaro Phillipe Tazawa Delmont Pais 3

-Percepção: função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais;

Sensoriamento Remoto no Estudo das Cidades

METODOLOGIA DE ANÁLISE DE PROJETO

Gestalt do Objeto Sistema de Leitura Visual da Forma. Teoria Geral da Gestalt

A Cidade do Movimento Moderno

Desenho Urbano. Antonio Castelnou

LEVANTAMENTO E ANÁLISE

DESENHOS COMPONENTES DO PROJETO DE ARQUITETURA FACHADAS

DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA À PRÁTICA PROFISSIONAL

Teoria da Gestalt. Introdução

2018/2019 ANO: 6 º de escolaridade

FUNCIONAL ENTORNO ELEMENTOS DE ENTORNO, CONSIDERANDO OS ATRIBUTOS DO LUGAR - MASSAS TOPOGRAFIA

CASA LP. Implantação e Partido Formal. Local: São Paulo Ano: 2012 Escritório: METRO Arquitetos Associados Autoria: Mariana Samurio

1. Trabalho final de graduação indicado ao 24 Ópera Prima. 2. Graduação: Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas, 1 semestre de 2011.

Copiright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total desta aula só é permitida através de autorização por escrito de

Henrique Magalhães. Grafismo

INFRA ESTRUTURA URBANA VEGETAÇÃO URBANA

MEMORIAL JUSTIFICATIVO NO PROJETO DE ARQUITETURA PROF. ANDRÉA DALL OLIO

ANÁLISE VISUAL DA ZONA 3: O PLANO ORIGINAL E A PAISAGEM CONSTRUÍDA. Irene de Freitas Mendonça 1. Renato Leão Rego 2. Gláucia Maguetas Gonçalves 3

B Características sensoriais e mentais que constituem o raciocínio nos processos de expressão gráfica.

PROPOSTA DE UMA METODOLOGIA PARA PROJETO LUMINOTÉCNICO A PARTIR DA FILOSOFIA DE KEVIN LYNCH

Índice 7º ANO 2009/2010 ESCOLA BÁSICA 1, 2, 3 / JI DE ANGRA DO HEROÍSMO PLANIFICAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO VISUAL

Capítulo 4: COMO AS PARTES SÃO ORGANIZADAS

CARTA INTERNACIONAL PARA A SALVAGUARDA DAS CIDADES HISTÓRICAS ICOMOS; 1987

Sinalização Desenvolvimento

Nighthawks (1942) Edward Hopper( ) The Simpsons

Planejamento Urbano. Prof. Marcos Aurélio Tarlombani da Silveira

OBJETIVOS CONTEÚDOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS. Planificação

Metodologias do projeto para o espaço urbano. Análise e diagnóstico

TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE ALJUSTREL

EXERCÍCIO IV PROJETO DA PAISAGEM, O ESPAÇO LIVRE URBANO RUAS, PRAÇAS, PARQUES E ESPAÇOS LIVRES PRIVADOS.

A CONSTRUÇÃO DA CIDADE

ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA DE DUAS ZONAS RESIDENCIAIS DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ

Ordenamento do Território Nível Municipal Ano lectivo 2013/2014

CASA ALTO DE PINHEIROS

PAISAGISMO. Antonio Castelnou

Projeto de Arquitetura e Urbanismo 8_turma A Prof. Luciane Tasca OS SENTIDOS E A ESCALA. Essência do pressuposto de Gehl. Uma problemática urbana

CASA PARA UM CASAL SEM FILHOS

Alexandre Brasil. Bruno Santa Cecília. Museu da Tolerância Campus da Universidade Federal de São Paulo, SP projeto: 2005 concurso 3o lugar

6. AS CIDADES DO RENASCIMENTO

Implantação e Partido Formal

O formato determina a composição. O formato exerce um papel fundamental no resultado final da composição.

1/8 OCUPAÇÃO CARREFOUR

CARTOGRAFIA TEMÁTICA

PLANO DE PORMENOR INFRAESTRUTURAS DE APOIO DE ATIVIDADES ECONÓMICAS DE ERVIDEL TERMOS DE REFERÊNCIA ACOLHIMENTO PARA EMPRESAS, LOCALIZADO NO ESPAÇO DE

Habilidade Específica

Planificação a Médio Prazo Educação Visual - 7ºAno 2011/2012

PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA

FUNCIONAL ENTORNO ELEMENTOS DE ENTORNO, CONSIDERANDO OS ATRIBUTOS DO LUGAR - MASSAS TOPOGRAFIA ESSENCIALMENTE RETANGULAR E DELGADO.

Escola Secundária Alves Martins

PROVA DE HABILIDADE ESPECÍFICA

HABITABILIDADE URBANA: O CIDADÃO E SUA APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO.

INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL

FUNCIONAL ENTORNO ELEMENTOS DE ENTORNO, CONSIDERANDO OS ATRIBUTOS DO LUGAR - MASSAS TOPOGRAFIA PREDOMINANDO EM SEU ENTORNO ELEMENTOS EXCLUSIVAMENTE

Daysa Ione Braga Amadei 1. Juliana Alves Pereira 2. Rafael Alves de Souza 3

Bernardo Silva Catarina Teixeira Eduardo Almeida João Dias Pedro Almeida Tiago Portela

HISTÓRIA DA ARTE. Professor Isaac Antonio Camargo

INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL

CASA ATELIER. Implantação e Partido Formal. Local Itanhangá, Rio de Janeiro Ano 2002 Escritório Carla Juaçaba Arquitetura

INTRODUÇÃO. Ideias Arquitetônicas. Evolução histórica da produção dos arquitetos. Soluções Genéricas de Desenhos

MÉTODOS DE ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE VISUAL DO MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA A PARTIR DO SEU PATRIMÔNIO EDIFICADO

CASA UBATUBA CASA MAIA

O que é? Gestalt é um termo intraduzível do alemão, utilizado para abarcar a teoria da percepção visual baseada na psicologia da forma.

Definição de objectivos específicos/oportunidades de acção (Delinear de propostas)

Essência do pressuposto de Gehl OS SENTIDOS E A ESCALA. Uma problemática urbana. Uma problemática urbana. Entendendo a escala humana

Unidades Habitacionais Coletivas - CODHAB (2016) Sobradinho, Brasília - Distrito Federal, Brasil

Design de Sinalização Conceitos

Cidades, urbanismo e lazer

ais su Vi os lement E

PAVIMENTOS EXTERIORES

Sensoriamento Remoto Aplicado à Geografia. Interpretação de imagens e confecção de mapas

ANEXO 1. Prof. Dr. Arq. Renato T. de Saboya - Depto. de Arquitetura e Urbanismo UFSC.

Critérios de avaliação das rotas cicláveis Fonte: I-CE & GTZ (2009); MINISTÉRIO DAS CIDADES, (2007a).

FACULDADE DE ARQUITETURA E ARTES UNIVERSIDADE LUSÍADA

A DELIMITAÇÃO DOS AGLOMERADOS URBANOS E RURAIS NA REVISÃO DO PDM DE TOMAR

Piet Mondrian ( )

CURSO DE EXTENSÃO EM PLANEJAMENTO URBANO ENCONTRO 2: DE LONGE, DE PERTO, DE DENTRO

A Câmara Municipal de Matinhos, Estado do Paraná, aprovou, e eu Prefeito Municipal sanciono a seguinte Lei:

Índice de ilustrações

O Novo Zoneamento e sua importância para São Paulo. Instituto de Engenharia

Saneamento Urbano I TH052

VAMOS PLANEJAR! Volume 1. BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo.

VAMOS PLANEJAR! Volume 1. BNCC - Colocando o pensar e o agir da criança no centro do processo educativo.

Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio PLANIFICAÇÃO ANUAL 6º ANO 2015/2016

I FÓRUM PEDAGÓGICO Da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aos Currículos

PTR 2378 Projeto de infra-estrutura de vias de transportes terrestres

Questões estruturais e conjunturais dos loteamentos em São Paulo: o caso do Village Campinas

Workshop Regional de Disseminação do Pacote da Mobilidade

PAISAGEM URBANA INTERPRETADA

INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL

Câmpus de Bauru. Plano de Ensino. Disciplina A - Laboratório de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo I: Percepção

PAISAGEM - ABORDAGEM E INVESTIGAÇÃO

Transcrição:

DESENHO URBANO 2016 Profª Elizabeth Correia Prof. Fernando Luiz Antunes Guedes Fonte: Profa. Eloisa Dezen-Kempter Fonte: Profa. Eloisa Dezen-Kempter

conceito Disciplina que trata da dimensão físico-ambiental da cidade, como um conjunto de sistemas espaciais e sistemas de atividades que interagem com a população, através de suas vivências, percepções e ações cotidianas. Processo que gerencia e dá forma ao ambiente urbano

Sentido dos lugares atividades Atributos físicos concepções Sentido do lugar Formação do sentido dos lugares na interseção das dimensões FÍSICA (atributos físicos), COMPORTAMENTAL (atividades) e de PERCEPÇÃO (concepções).

LYNCH, CULLEN, SITTE Nestes três autores encontramos uma reflexão sustentada em exemplos que nos permitem entender que a imagem da cidade, a paisagem urbana ou os princípios artísticos do Urbanismo, se baseiam na percepção visual, condição de descoberta do LUGAR. Esta percepção necessita da idéia e da ação de percurso/descoberta e é fruto da relação entre o olhar, a memória de situações anteriores e a memória da referência espacial, que nos permite sentir a localização e que nos dá a possibilidade de apropriação do lugar (tomar para si, adaptar-se, acomodar-se ao lugar).

Camillo Sitte A Construção das Cidades Segundo seus Princípios Artísticos

Publicado em 1889, o livro de Camillo Sitte foi uma crítica às obras de Georges Haussmann, na Paris do séc. XIX, e à forma com que as cidades vinham sendo construídas na época. Sua análise histórica funciona como instrumento de projeto para se entender os princípios que nortearam no passado a construção das cidades e que deveriam ser compreendidos não na sua forma, mas na sua essência. Expõe a natureza própria da cidade, da essência estética e antropológica no ato de construir as cidades, onde as dimensões espontâneas do espaço determinam o sucesso (beleza) da cidade. PIAZZA EM LUCCA - ITÁLIA

Para Camillo Sitte os monumentos ocupavam lugar de destaque nas cidades antigas, pois a partir deles é que se estabeleciam os traçados urbanos, integrados a eles. As cidades cresciam ao seu redor. PIAZZA SAN MICHELE LUCCA ITÁLIA LARGO DA ORDEM CURITIBA -PR

A coesão das praças se baseia na relação das ruas com as edificações. Sitte defendia que as ruas deveriam ser perpendiculares à linha de visão. Era contra grandes espaços vazios e a favor dos espaços com edifícios e obras de arte que, conforme distribuídos, causam uma sensação de fechamento, de aconchego, coisa que ele identificava na cidade antiga e que gostaria de conservar. Discute a irregularidade das praças antigas e dos espaços em sua dimensão estética, como ela é percebida pelos homens e o efeito que causam, criticando a simetria e a concepção de tabuleiro de xadrez dos sistemas modernos. Destaca a introdução da perspectiva como instrumento de projeto a partir do Barroco. PIAZZA EM LUCCA - ITÁLIA MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA S. PAULO

Pareceu-nos oportuno estudar algumas belas praças e o ordenamento urbano do passado, para extrair as causas do seu efeito estético. Porque com essas causas, se conhecidas com precisão, seria possível estabelecer um conjunto de regras cuja aplicação deveria permitir obter efeitos semelhantes e igualmente felizes. Assim, estas páginas não propõem nem uma história da construção das cidades, nem um panfleto. Elas dão ao profissional um conjunto de documentos acompanhados de deduções teóricas. C. Sitte

Sitte estuda as relações entre edifícios e monumentos com as praças, a libertação de ocupação das praças, a sua definição como espaço fechado e, dessa forma, limitado. Também estuda a forma, a dimensão e a irregularidade das praças e a articulação entre elas. Na segunda parte da obra, desenvolve a crítica ao sistema em vigor e à banalidade do ordenamento urbano da época

Kevin Lynch A Imagem da Cidade

A configuração do espaço urbano se dá a partir de atividades, formas, significados e práticas sociais que podem ser percebidos e que dão singularidade a esse espaço (o tornam único, diferente de outros). LYNCH diz que a partir da imagem que a cidade produz, podemos perceber esses elementos, através da análise de três componentes: identidade, estrutura e significado.

Identidade Primeiro se identifica um objeto (distinção das outras coisas). A identidade é vista não no sentido de igualdade com outra coisa qualquer, mas como individualidade, particularidade ou unicidade (este objeto é único).

Estrutura é necessário que a imagem inclua a relação estrutural ou espacial do objeto com o observador e com os outros objetos.

Significado Esse objeto deve ter para o observador um significado, tanto prático como emocional.

Elementos físicos e perceptíveis, de acordo com LYNCH: - as vias - os limites - os bairros (ou unidades temáticas) - os pontos nodais (nós) - os marcos, são os principais definidores da imagem e da paisagem da cidade. Outros fatores que influenciam na imagem de uma área: o significado social, sua função, sua história ou até o seu nome.

CAMINHOS - VIAS 1) Trajetos já trilhados ou a percorrer, que o observador registra na imagem dos lugares. 2) Qualquer canal de circulação (ruas, vias, avenidas, estradas, becos, trilhas, ruas de pedestres, ciclovias etc.). 3) É pelo trajeto que se percebe a morfologia (forma) dos lugares, para depois memorizálos. 4) Os caminhos determinam seqüências para prioridade de pesquisa e enriquecem o nível de percepção dos lugares. 5) A hierarquia dos caminhos se dá conforme são utilizados com maior ou menor intensidade, mas articulam-se na imagem de maneiras variadas. 6) Possuem elementos próprios (origens e destinos, características plásticas de suas superfícies e relações com os demais elementos que estruturam a imagem dos lugares).

1) Elementos lineares, rupturas entre duas partes do espaço urbano ou fronteiras dos bairros com seu entorno. 2) Referências laterais entre dois territórios distintos, separando ou unindo partes, como barreiras ou costuras. 3) Elementos físicos naturais (montanhas, rios, praias) ou do espaço edificado (ruas, autoestradas, canais, perímetro urbano). Podem ser definidos ou indefinidos. 4) Auxiliam na legibilidade (facilidade de leitura, compreensão) dos lugares: clareza de articulações, possibilidade de reconhecimento de costuras, relações claras e ligações transversais. 5) Podem reforçar o esfacelamento da trama urbana, desorganizando-a, segregando e estratificando zonas, dificultando a transição de um ponto a outro do espaço urbano. LIMITES

PONTOS NODAIS (NÓS) 1. Caracterizam-se mais pelo uso do que pela forma dos lugares. 2. Principal atributo: movimento (a eles se vai ou deles se vem). São confluências de certo tema morfológico (forma), funcional (uso) ou significativo (conteúdo). Podem ser de circulação e/ou de concentração temática importante em relação ao entorno. 3. Circulação: interseções de caminhos (cruzamentos, rotatórias etc.). Concentração: pontos onde necessariamente se penetra (terminais, edifícios etc). Podem ter tamanhos diferentes em relação ao papel que ocupam na estrutura da imagem e à escala considerada (local, urbana, regional etc.).

1. Pontos de referência externos ao observador. Geralmente de formas simples e contrastantes, dentro da cidade (ou da área de análise) ou fora dela, simbolizando uma direção constante. 2. Marcos visuais são chaves de identidade: permitem leitura e orientação da estrutura espacial. 3. Características: singularidade e contraste em relação ao entorno (relação entre figura e fundo). 4. Podem ser isolados ou em série consecutiva, geralmente em diversas intensidades, estabelecendo na imagem uma hierarquia, o que possibilita adequar (classificar) sua intensidade e posição na estrutura da imagem da cidade. MARCOS

BAIRROS 1) Porções das áreas em estudo, ou partes da cidade, de diversas dimensões, como zonas temáticas na estrutura da imagem da cidade. 2) Conjuntos com forma, coerência e clareza que permitem serem diferenciados uns dos outros. 3) Característica: temática contínua, formas, atividades e significados específicos: proximidade e densidade de volumes, predominância ou não de superfícies planas, homogeneidade ou não de volumes, predominância de certas proporções geométricas, tipos de texturas (graúdas, miúdas) etc.

Gordon Cullen A Paisagem Urbana

Ideia: compreender os elementos que ajudam a criar o ambiente urbano ( edifícios, anúncios, tráfego, árvores, a água e toda a natureza, entrelaçando esses elementos para que despertem emoção e interesse. Cullen acreditava que a paisagem urbana pode ser compreendida e desperta reações emocionais, o que ocorre por meio de três aspectos: Ótica, Local e Conteúdo.

Ótica Exemplo: um transeunte (pedestre) que, ao atravessar a cidade, apreende (percebe) a paisagem urbana numa sucessão de surpresas ou revelações repentinas, chamada visão serial. Ou seja, os elementos da cidade podem exercer sobre as pessoas um impacto emocional despertado pelo sentido da visão (ver a paisagem com emoção). 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 7 3 6 8 4 5

Local Considera as nossas reações perante a nossa posição no espaço, despertando o sentido de localização. Tipo de percepção ligada a experiências relativas às sensações provocadas pelos espaços abertos e fechados, que dão sensação de identificação ou sintonia com o meio ambiente. PIAZZA DI SPAGNA - ROMA PRAÇA DOS TRÊS PODERES - BRASÍLIA

Conteúdo Relaciona-se com a própria constituição da cidade, em termos de cor, textura, escala, estilo, natureza, personalidade e tudo o que a individualiza (a torna única entre todas).