DA ACIDEZ TITULÁVEL DOS SOROS DOS QUEIJOS MINAS FRESCAL E MUSSARELA EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E TEMPO DE ESTOCAGEM.

Documentos relacionados
Elaboração de bebida láctea pasteurizada à base de soro de queijo de coalho

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA DURANTE SHELF LIFE

PERFIL FISICO-QUIMICA DO QUEIJO DE COALHO ARTESANAL DO SERTÃO DA PARAIBA, NORDESTE, BRASIL.

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MANTEIGAS COMERCIALIZADAS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

AVALIAÇÃO FISICO-QUIMICA DO QUEIJO COALHO ARTESANAL E INDUSTRIAL FABRICADO EM SALGUEIRO PE. Apresentação: Pôster

DETERMINAÇÃO DE VIDA DE PRATELEIRA DA FARINHA OBTIDA A PARTIR DAS CASCAS DE ABACAXI (Ananas comosus L. Merril)

AVALIAÇÃO DO TEMPO DE COZIMENTO DA MASSA DE QUEIJO SOBRE A UMIDADE DE QUEIJO PRATO DURANTE A MATURAÇÃO

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE SORO DE LEITE 1. Alcance

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE REFRIGERANTE SABOR ABACAXI (ANANÁS COMOSUS) COM HORTELÃ (MENTHA X VILLOSA)

ELABORAÇÃO DE BEBIDA LÁCTEA ACIDIFICADA

ANÁLISE MULTICRITÉRIO APLICADA AO ESTUDO DE CONTROLE AMBIENTAL NO SETOR AGROINDUSTRIAL: PRODUÇÃO DO QUEIJO QUALHO

APOIO TÉCNICO E TECNOLÓGICO À PRODUÇÃO QUEIJEIRA ARTESANAL: PRODUTOR DE CARAMBEÍ PARANÁ.

ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DE BEBIDAS LÁCTEAS FERMENTADAS POTENCIALMENTE PROBIÓTICAS PRODUZIDAS A PARTIR DO APROVEITAMENTO DA CASCA DA JABUTICABA.

Comparação de métodos para tratamento de parcelas perdidas em delineamento em blocos casualizados via simulação Monte Carlo

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE IOGURTE GREGO PRODUZIDO POR UMA AGROINDÚSTRIA DO MUNICÍPIO DE GUARANI, MG.

ACEITAÇÃO E PREFERÊNCIA DE DERIVADOS LÁCTEOS POR ESTUDANTES DA UNIVIÇOSA/ESUV (MG) 1. Introdução

ASPECTOS PARA QUALIDADE E HIGIENE DO LEITE CRU BOVINO (Bos taurus) PRODUZIDO EM BANANEIRAS-PB

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS COMERCIALIZADOS NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE UNAÍ, MG, BRASIL

PARÂMETROS DE QUALIDADE DA POLPA DE LARANJA

USO DE SORO DE QUEIJO NA FORMULAÇÃO DE DOCE DE LEITE PASTOSO EM SUBSTITUIÇÃO AO LEITE

¹ Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do primeiro autor; 2

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO COLONIAL PRODUZIDO NA CIDADE DE TRÊS PASSOS, RS

TÍTULO: AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE POLPAS DE FRUTAS COMERCIALIZADAS EM MONTES CLAROS-MG

Avaliação sensorial de requeijão cremoso de diferentes marcas comerciais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

Qualidade do soro de leite integral na alimentação de suínos em fase de creche.

A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DE MEMBRANAS (ULTRAFILTRAÇÃO E MICROFILTRAÇÃO) NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

Aceitação sensorial de bebida láctea, sob diferentes concentrações de soro

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO TIPO COLONIAL PRODUZIDO A PARTIR DE LEITE CRU E PASTEURIZADO

ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES A 45 C EM LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM CAXIAS, MA

QUALIDADE E INOCUIDADE DO QUEIJO ARTESANAL SERRANO EM SANTA CATARINA

ADEQUAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO MINAS ARTESANAL PRODUZIDO NA REGIÃO DE UBERLÂNDIA-MG

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

CHAVES, Raliéli de Almeida 1 PENTEADO, Bruna Gonçalves 2 DOLINSKI, Juliana Gorte 3 ALMEIDA, Mareci Mendes de 4 CHIQUETTO, Nelci Catarina 5

Análise da qualidade no processo produtivo de leite pasteurizado do tipo C em um laticínio de pequeno porte

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DE ACIDEZ DO LEITE EM DIFERENTES MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO. Nutr. Márcia Keller Alves Acad. Franciele Cechinato

DETERMINAÇÃO DA UMIDADE E VERIFICAÇÃO DA VIDA DE PRATELEIRA DE QUEIJO MINAS ARTESANAL FRESCAL

TEORES DE GORDURA E PROTEÍNA DO LEITE CRU REFRIGERADO INDIVIDUAL E COMUNITÁRIO DE PROPRIEDADES RURAIS DO VALE DO RIO DOCE (MG) 1

ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS E FÍSICO QUÍMICAS DE DIFERENTES MARCAS COMERCIAIS DE MEL

INSPEÇÃO DE LEITE E DERIVADOS PROFª ME. TATIANE DA SILVA POLÓ

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE LEITE UHT (ULTRA HIGH TEMPERATURE) COMERCIALIZADOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE

ROTULAGEM NUTRICIONAL DO QUEIJO DE COALHO DE COMERCIALIZADO NO ESTADO DE PERNAMBUCO. Apresentação: Pôster

BEBIDAS LÁCTEAS NÃO FERMENTADAS ADICIONADAS DE POLPA DE ABACATE: ANÁLISE DO PERFIL DE TEXTURA

INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO NO RENDIMENTO E COMPOSIÇÃO DO QUEIJO MINAS FRESCAL¹

ANÁLISE SENSORIAL DE QUEIJO MINAS FRESCAL ADICIONADO DE CONDIMENTO PREPARADO 1

20/05/2011. Leite de Qualidade. Leite de qualidade

ATIVIDADE DAS ENZIMAS FOSFATASE E PEROXIDASE COMO INSTRUMENTO DE VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA DA PASTEURIZAÇÃO LENTA DE LEITE PREVIAMENTE ENVASADO

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE IOGURTES COMERCIALIZADOS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE PROTEÓLISE DE QUEIJOS ARTESANAIS DAS REGIÕES DO CERRADO E ARAXÁ

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE IN NATURA UTILIZADO NO PROCESSO PRODUTIVO DE UM LATICÍNIO NA REGIÃO DO CURIMATAÚ PARAIBANO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE CREME TIPO FRAÍCHE OBTIDO A PARTIR DE SORO DE LEITE BOVINO

QUALIDADE DA FARINHA DE MANDIOCA COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO ACRE S. da S. Torres 2, M. T. Furtado 1,

Análise bromatológica da cana-de-açúcar armazenada e hidrolisada com óxido de cálcio

ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE QUEIJO DE LEITE DE CABRA TIPO MINAS FRESCAL ADICIONADO DE BACTÉRIA PROBIÓTICA

Extensão rural universitária e o desenvolvimento da pecuária leiteira no assentamento Margarida Alves

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO COALHO COMERCIALIZADO NA CIDADE LUÍS GOMES/RN.

Análise da presença de Coliformes Totais em caldo de cana comercializados em quatro municípios goianos

Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte -IFRN, Pau dos Ferros RN, Brasil,

ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE QUEIJOS FUNCIONAIS

Recepção. Beneficiamento do leite

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO LEITE CRU E DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADOS NO OESTE DE SANTA CATARINA

QUALIDADE EXTERNA E INTERNA DE OVOS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE BAGÉ/RS INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE ABACAXI PÉROLA CULTIVADO NO SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE QUEIJO DE COALHO PROCESSADO COM LEITE INTEGRAL E DESNATADO ADICIONADO DE WPC EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES

ELABORAÇÃO DE RICOTA FERMENTADA EM PASTA POTENCIALMENTE SIMBIÓTICA

DIMINUIÇÃO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DO APROVEITAMENTO DO SORO DE LEITE NA ELABORAÇÃO DE BEBIDA LÁCTEA COM POLPA DE CAJU

Utilização de maracujá integral no desenvolvimento de sobremesa láctea (flan) e avaliação de suas características físico-químicas e sensorial.

INSPEÇÃO DE QUEIJO 22/06/2011 REGULAMENTO DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL RIISPOA

INFLUÊNCIA DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO DA AMOSTRA SOBRE OS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS DE CÃES

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO LEITE PASTEURIZADO INTEGRAL PRODUZIDO EM MICROUSINAS DA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Análise do consumo de energia elétrica da cidade de Uberlândia MG, utilizando modelos de séries temporais

Avaliação de parâmetros de qualidade de doce em massa e das matérias primas utilizadas na formulação

Análise da série do custo da cesta básica de Belo Horizonte, MG.

RESÍDUO DE ANTIBIÓTICOS NO LEITE CAPRINO DO MUNICÍPIO DE SENHOR DO BONFIM BA

ANÁLISE DO TEMPO DE MATURAÇÃO NA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO SERRANO

AVALIAÇÃO DE RÓTULOS DE CREMES DE LEITE COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE GARANUNS - PE. Apresentação: Pôster

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 12 DE JUNHO DE 2007 (*)

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇA SUINA COMERCIALIZADA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CARNE BOVINA MOÍDA COMERCIALIZADA EM LIMOEIRO DO NORTE-CE

EFEITO DA ADIÇÃO DE SORO DE QUEIJO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS DE BEBIDAS LÁCTEAS FERMENTADAS SABOR UVA

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE SUCO DE CAJU. Iwalisson Nicolau de Araújo 1 Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual da Paraíba.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO - QUÍMICOS DO QUEIJO COALHO COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE BARREIROS-PE

MONITORAMENTO FÍSICO-QUÍMICO DA QUALIDADE DO LEITE PASTEURIZADO INTEGRAL NO MUNICÍPIO DE LINS/SP EM OUTUBRO DE 2010


CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE CISTERNAS PARA O CONSUMO HUMANO NO PERÍMETRO IRRIGADO NÚCLEO 1 DO MUNICÍPIO DE CRUZÊTA, RN.

DESENVOLVIMENTO DE CREME DE PIMENTA DEDO-DE- MOÇA (Capsicum Baccatum var. pendulum) E MANJERICÃO (Ocimum basilicum)

Avaliação do coeficiente de variação na experimentação com cana-de-açúcar. Introdução

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DO NÉCTAR DE GUABIROBA (CAMPOMANSEIA XANTHOCARPA BERG) EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO TIPO MUSSARELA E QUEIJO COLONIAL COMERCIALIZADO NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

PRODUÇÃO E BENEFICIAMENTO DO LEITE IN62

ELABORAÇÃO DE BEBIDA LÁCTEA FERMENTADA ADICIONADA DE POLPA DE UMBU (Spondias tuberosa) E SUPLEMENTADA COM FERRO

III BENEFÍCIOS DO RESFRIAMENTO EM GRÃOS DE MILHO

LEITE FERMENTADO PRODUZIDO COM BACTÉRIAS PROBIÓTICAS E ADIÇÃO DE MEL DE APIS MELLIFERA

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

INTERVALOS DE CÉLULAS SOMÁTICAS SOBRE OS COMPONENTES DO LEITE: gordura e proteína

ANÁLISE DA QUALIDADE DO LEITE BOVINO EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO EM UM LATICÍNIO NO MUNICÍPIO DE RIO POMBA-MG

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA, MICROBIOLÓGICA E MICROSCÓPICA DO QUEIJO ARTESANAL COMERCIALIZADO EM RIO PARANAÍBA-MG

Transcrição:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (ph) E DA ACIDEZ TITULÁVEL DOS SOROS DOS QUEIJOS MINAS FRESCAL E MUSSARELA EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E TEMPO DE ESTOCAGEM. G.S.P. CARDOSO 1, E.S.NICOLAU 2, A. R. SILVA 3, M. M. OLIVEIRA 4 1- Docente do Curso Tecnologia em Alimentos Instituto Federal Goiano Campus Urutaí CEP: 75790-000 Urutaí - GO - Brasil, Telefone: 55 (64) 3465-1900 Fax: 55 (64) 3465-1900 e-mail: (gspedrosa@gmail.com) 2 - Docente do Departamento de Medicina Veterinária Escola de Veterinária e Zootecnia Universidade Federal de Goiás CEP: 74690-900 - Goiânia GO Brasil, Telefone: 55 (62) 3521-1586 Fax: 55 (62) 3521-1586 e-mail: (rena@cpa.evz.ufg.br) 3- Docente do Curso Tecnologia em Alimentos Instituto Federal Goiano Campus Urutaí CEP: 75790-000 Urutaí - GO - Brasil, Telefone: 55 (64) 3465-1900 Fax: 55 (64) 3465-1900 e-mail (anderson.silva@ifgoiano.edu.br) 4- Discente do Instituto Federal Goiano Campus Urutaí CEP: 75790-000 Urutaí - GO - Brasil, Telefone: 55 (64) 3465-1900 Fax: 55 (64) 3465-1900 e-mail: (marianemoliveira.93@gmail.com) RESUMO: Avaliou-se ph e acidez titulável em diferentes temperaturas, tempos de estocagem e qualidades microbiológicas nos soros dos queijos minas frescal e mussarela no IF Goiano Câmpus Urutaí-GO através de aferições e determinações, de 09 colheitas semanais com 21 dias de estocagem à 4±1ºC e 8±1ºC, analisou-se com uso do modelo three-way anova e comparou-se através do T-Student (software R 3.0.3.), também realizou-se contagens de coliformes totais e termotolerantes. Na colheita observou-se alta não conformidade legal dos resultados físico-químicos. Durante a avaliação, o soro do queijo minas frescal, armazenado a 4±1 ºC, apresentou adequação legal, e as avaliações a 4±1 ºC e 8±1 ºC apresentaram diferenças estatísticas a partir do 3 dia. No soro do queijo mussarela, observouse falta de adequação legal, diferenças estatísticas entre si, não apresentando diferenças para o ph nos dias 01, 06 e 07, independente da temperatura. Somente os coliformes termotolerantes apareceram acima dos critérios técnicos. ABSTRACT: Evaluated ph and titratable acidity in differents temperatures, storage times and microbiological qualities in whey of frescal and mozzarella cheeses in IF Goiano Campus Urutaí GO through evaluations and determinations of 09 weekly harvests with 21 days of storage at 4 ± 1ºC and 8 ± 1ºC, analysed with use of THREE-WAY ANOVA model and compared using the T-Student (software R 3.0.3.), also counted total and thermotolerants coliforms. At harvest there was no high legal compliance of the physical and chemical results. During evaluation, frescal cheese whey, stored at 4 ± 1 C, presented legal compliance, and evaluations at 4 ± 1 C and 8 C ± 1 have showed statistic differences starting from 3rd day. Mozzarella cheese whey presented lack of legal compliance, statistic differences with themselves, not showing differences for ph on days 01, 06, 07, regardless of temperature. Only thermotolerants coliforms appeared above technical criteria. Palavras chaves: análise físico-química, refrigeração, soro doce Key words: physical-chemical analysis, cooling, sweet whey

1. INTRODUÇÃO A expressiva produção de leite, com a fabricação de queijo, dão origem a um importante montante de resíduo líquido, denominado de soro de queijo (BARBOSA et al., 2010), cujo uso só deve acontecer em condições higiênico-sanitárias satisfatórias (FREITAS et al., 2011). Com a presente pesquisa buscou-se verificar e acompanhar o potencial hidrogeniônico (ph) e a acidez titulável dos soros dos queijos minas frescal e mussarela em diferentes condições de temperatura e tempo de estocagem, além de avaliar a qualidade microbiológica, acreditando na importância qualitativa do aproveitamento industrial destes compostos. 2. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no 1º semestre de 2013 no Instituto Federal Goiano Câmpus Urutaí, no município de Urutaí (GO), quando obtidos soros lácteos dos queijos minas frescal e mussarela para a avaliação do ph e acidez titulável em diferentes condições de temperatura e tempo de estocagem. Na fabricação dos queijos foram utilizados iguais volumes de leite cru refrigerado submetido à pasteurização lenta, respeitados os procedimentos padrão de fabricação adotados pela unidade de processamento de leite. As colheitas das amostras para as análises físico-químicas e microbiológicas foram realizadas por nove semanas consecutivas e conduzidas seguindo os padrões estabelecidos na RDC nº12/2001 (BRASIL, 2001), após a dessoragem da massa, acondicionadas em recipientes plásticos higienizados, seguidas do resfriamento rápido entre 25 a 30 C, armazenadas sob refrigeração simulando situações vivenciadas pelas indústrias. Para aferição do ph, foram coletadas alícotas para determinação direta no phmetro, à temperatura de referência de 25 C, e acidez pelo método Dornic. Para a avaliação da qualidade microbiológica, realizada pelo Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos da Faculdade de Farmácia da UFG foram encaminhadas amostras para a determinação de coliformes totais e termotolerantes. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância de acordo com o modelo threeway anova, contendo os fatores de tratamento: tipos de soro (soro do queijo minas frescal e soro do queijo mussarela), temperatura de armazenamento (4±1ºC e 8±1ºC) e tempo de armazenamento (dia 1 ao 21 dia), com três repetições. As nove semanas de colheita foram tomadas como fator de controle local. Foi avaliada a necessidade de transformação de dados pelo método potência ótima de Box-Cox, com vistas a se obter normalidade e homocedasticidade residual. As médias das combinações de tipo de soro e temperatura de armazenagem foram comparadas por meio de intervalos de 95% de confiança, construídos, em cada tempo, a partir da variável t-student. Todas as análises foram realizadas com o software R versão 3.0.3 (R CORE TEAM, 2014). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados das aferições do ph e as determinações da acidez titulável dos soros pesquisados, realizadas no momento da colheita das amostras, apresentou valores de ph entre 4,42 a 6,43 e de acidez titulável de 0,11 a 0,32 g de ácido láctico/100ml, conforme mostra a Tabela 1. De acordo com a Portaria nº 53/2013/MAPA (BRASIL, 2013) que estabelece parâmetros a serem atendidos pelos diferentes tipos de soros de queijos, pode-se notar uma alta não conformidade dos resultados aferidos (66,67%).

TABELA 1 Resultados de ph e acidez titulável dos soros dos queijos minas frescal e mussarela, no momento da colheita. QMF = queijo minas frescal, QM = queijo mussarela. No soro do queijo minas frescal, armazenado na temperatura de 4±1 ºC percebe-se um comportamento estável do ph durante todo o período de estocagem, apresentando adequação com a Portaria nº 53/2013/MAPA (BRASIL, 2013), o soro deste queijo armazenado na temperatura de 8±1 ºC, no entanto, observou-se uma acentuada queda do ph a partir do 4 dia de estocagem até o fim do período experimental, registrando valores de ph de 6,05 a 4,75. Conforme mostra a Figura 1 podem ser observados os resultados estatísticos obtidos dos 21 dias de armazenamento, nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC para os soros dos queijos minas frescal e mussarela, para a variável ph. FIGURA 1 - Médias e intervalos de confiança (95%) dos valores do ph dos soros dos queijos minas frescal e mussarela nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC ao longo do período de armazenamento. 6.5 Frescal (4ºC) Frescal (8ºC) Mussarelal (4ºC) Mussarela (8ºC) 6.0 ph 5.5 5.0 4.5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Dias Os valores de ph apresentados pela Figura 1 permitem ainda, observar que o soro do queijo minas frescal, armazenado na temperatura de 4±1 ºC difere estatisticamente dos soros do queijo mussarela, armazenados nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC, conforme registrado pela não justaposição dos respectivos intervalos de confiança, exceto aos 21 dias, quando o soro do queijo

mussarela armazenado nas temperatura de 4±1 ºC não difere do soro do queijo minas frescal, também armazenado na temperatura de 4±1 ºC. Para o soro obtido da fabricação do queijo Minas Frescal, Paula et al. (2012) e Silva et al. (2010) obtiveram os seguintes resultados de ph de 6,46 e 6,45; nesta ordem, valores superiores ao observado neste estudo. Paula et al. (2012) afirmaram que a composição do soro lácteo estaria diretamente ligada ao processo de fabricação do queijo, e que no caso do Minas Frescal normalmente utiliza-se a pré-acidificação do leite com ácido lático. Leindecker (2011) também afirma que a diferença estatística do tipo de soro, provavelmente refletiria a influência da qualidade da matériaprima e do processamento utilizado em cada tipo de queijo. Este cenário permite reafirmar as diferenças observadas entre os soros dos queijos, minas frescal e mussarela, estudados. No soro do queijo mussarela, analisando os valores médios de ph apresentados pela Figura 1, observa-se uma inadequação com a legislação durante todo o período de estocagem, independente da temperatura de armazenamento, registrando valores de ph de 5,71 a 4,67. Ainda considerando a variável ph, o soro do queijo mussarela, armazenado na temperatura de 4±1 ºC difere estatisticamente do soro do queijo mussarela, armazenado à 8±1 ºC, registrado pela não justaposição dos respectivos intervalos de confiança na maioria do dias observados, não havendo diferença estatística somente nos dias 1, 6 e 7 de estocagem. Analisando, pelos resultados estatísticos, o efeito causado pelos dias de armazenamento para a acidez titulável nos soros dos queijos minas frescal e mussarela, nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC de estocagem, observa-se que apenas o soro do queijo minas frescal estocado na temperatura de 4±1 ºC apresentou adequação com a legislação, que estabelece o intervalo limite de 0,08 a 0,14 g de ác.láctico/100ml (BRASIL, 2013), conforme mostra a Figura 2. FIGURA 2 - Médias e intervalos de confiança (95%) dos valores do acidez titulável dos soros dos queijos minas frescal e mussarela nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC ao longo do período de armazenamento. 0.5 Frescal (4ºC) Frescal (8ºC) Mussarelal (4ºC) Mussarela (8ºC) 0.4 Acidez 0.3 0.2 0.1 0.0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Dias Foi possível ainda observar pelas determinações da acidez titulável que, o soro do queijo minas frescal estocado na temperatura de 4±1 ºC difere estatisticamente dos soros do queijo mussarela, armazenados nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC, pela não justaposição dos respectivos intervalos de confiança. O soro do queijo minas frescal, armazenado na temperatura de 8±1 ºC por vários momentos não diferiu estatisticamente dos soros do queijo mussarela, armazenados nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC, pela justaposição dos respectivos intervalos de confiança. Ainda analisando a acidez titulável, somente durante os quatros primeiros dias de

observação, os soros do queijo minas frescal, armazenados nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC não apresentaram diferenças estatísticas significativas, quando observa-se a justaposição dos respectivos intervalos de confiança. Os resultados, neste estudo, das determinações da acidez titulável dos soros do queijo mussarela, armazenados nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC, ao longo do período de armazenamento, apresentaram uma inadequação com a legislação (BRASIL, 2013), quando registrado valores de 0,17 a 0,32 g de ác.láctico/100ml. A média da acidez titulável encontrada no soro do queijo mussarela por Farro e Viotto (2003) foi inferior aos valores observados neste estudo no mesmo tipo de soro. Nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC de estocagem, durante o período experimental, observa-se na titulação da acidez que estes soros lácteos diferem estatisticamente entre si, por todos os 21 dias, registrado pela não justaposição dos respectivos intervalos de confiança. O soro do queijo minas frescal apresentou valores de < 0,3 a 6,3 x 10 2 para coliformes totais e de < 0,3 a > 10 3 para coliformes termotolerantes, enquanto o soro do queijo mussarela apresentou valores de < 0,3 a 3,0 x 10 2 para coliformes totais e de < 0,3 a 2,3 x 10 2 para os termotolerantes, podendo-se registrar a adequação legal dos soros lácteos para a contagem de coliformes totais. Para coliformes termotolerantes, nos dois soros lácteos pesquisados, 16,67% das amostras analisadas apresentaram valores acima dos critérios microbiológicos estabelecidos pelo regulamento técnico, sendo 11,11% nas amostras do soro do queijo mussarela, e 5,56% nas amostras do soro do queijo minas frescal (BRASIL, 2013). No soro de queijo minas frescal, Santos & Hoffmann (2010) encontraram valores médios de 6,30 x 10 2 NMP/mL para coliformes totais e 2,70 x 10 1 NMP/mL para os termotolerantes, resultados observados em 11,11% da amostras pesquisadas para coliformes totais e inferiores aos valores registrados (22,22%) para os termotolerantes neste estudo. 4. CONCLUSÃO Nos resultados das aferições do ph e das determinações da acidez titulável dos soros dos queijos minas frescal e mussarela, realizadas no momento da colheita das amostras observa-se uma alta não conformidade dos resultados aferidos (66,67%) com a legislação. Durante o período de estocagem, o soro do queijo minas frescal à 4±1 ºC apresentou adequação com a legislação para o ph e acidez titulável do soro doce líquido. O soro do queijo minas frescal à 8±1 ºC, apresentou conformidade legal para o ph somente durante os três primeiros dias observados e para a acidez titulável durante os cinco primeiros dias de estocagem. O soro do queijo minas frescal à 8±1 ºC, por vários momentos da estocagem não diferiram estatisticamente do soro do queijo mussarela, armazenados nas temperaturas de 4±1 ºC e 8±1 ºC, tanto no ph como nos resultados para a acidez titulável. No soro do queijo mussarela armazenados à 4±1 ºC e 8±1 ºC, pode-se observar, durante a estocagem, uma falta de adequação com a legislação, diferenças estatisticas entre si, não apresentando diferenças estatísticas para o ph somente nos dias 01, 06 e 07 de estocagem, para a acidez titulável, apresentaram diferenças estatísticas durante todo o período. Em relação à contagem microbiana foi encontrada somente para coliformes termotolerantes, valores acima dos critérios microbiológicos estabelecidos pelo regulamento técnico. 5. REFERÊNCIAS BARBOSA, A. dos S. dos SANTOS ARAÚJO, A., FLORÊNCIO, I. M., de ALMEIDA BEZERRA, R. R., & FLORENTINO, E. R.. Estudo cinético da fermentação do soro de queijo de coalho para

produção de aguardente. Revista Verde, v.5, n.3, p.237-254, 2010. BRASIL. MAPA. Portaria nº 53, 10/4/13. Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Soro de Leite. Diário Oficial da União, 11/04/2013, S.1. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre Padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, jan. 2001. FARRO, A. P. C.; VIOTTO, L. A. Redução do teor de gordura do soro de queijo pré-tratado por microfiltração. In: IV CONGRESSO IBERO-AMERICANO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MEMBRANAS, Anais... Florianópolis, 2003. FREITAS FILHO JR, SOUSA FILHO JSILVA AHI, OLIVEIRA HB, BEZERRA JDC, FREITAS JR. Avaliação dos parâmetros físico-químicos do leite in natura comercializado informalmente no município de Calçado PE sob efeito de diferentes temperaturas. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, v. 5, n. 2, p. 490-499, 2011. LEINDECKER, G. C. Separação das proteínas do soro do leite in natura por ultrafiltração. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 2011. PAULA, J. C. J., de ALMEIDA, F. A., PINTO, M. S., RODRIGUES, T. F., SOBRAL, D., & de MAGALHÃES MACHADO, G.. Aproveitamento de soro de queijo de coalho na elaboração de bebida láctea fermentada. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 67, n. 388, p. 25-33, 2012. R CORE TEAM (2014). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. Disponível em: http://www.r-project.org/. Acesso em: 06 mar., 2014. SANTOS, V.A.Q.; HOFFMANN, F.L. Evolução da microbiota contaminante em linha de processamento de queijos Minas frescal e ricota. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v.69, n.1, p.38-46, 2010. SILVA, E. V. C., da SILVA, L. D. F. P., MONTEIRO, D. B., & da SILVA, G. F.. Elaboração de bebida láctea pasteurizada sabor bacuri enriquecida com pólen. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, v. 4, n. 1, p. 1-9, 2010. 6. AGRADECIMENTOS À Universidade Federal de Goiás, ao Instituto Federal Goiano Campus Urutaí-GO e a CAPES pelo apoio na realização deste estudo.