FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES

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FamiGeste 2 SGPS, SA. Relatório e Contas FamiGeste 2 - SGPS, S.A. Rua das Flores, 12 2.º Lisboa Tel: Fax:


RELATÓRIO DE GESTÃO PRIMEIRO SEMESTRE, 2013

(000 Kz) Código das Contas. Activo Líquido. Activo Líquido. (000 Kz) ( )

Transcrição:

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES RELATÓRIO E CONTAS REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014

CONTEÚDO PÁGINA I - RELATÓRIO DE GESTÃO... 3 II - RELATÓRIO DE AUDITORIA... 11 III - BALANÇO DO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014... 15 IV - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014... 18 V - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS MONETÁRIOS DO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014... 20 VI - ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2014... 23 Nota 1 Capital do Fundo... 24 Nota 3 Carteira de Títulos... 25 Nota 4 Princípios Contabilísticos e Critérios Valorimétricos... 28 Nota 12 Exposição ao Risco de Taxa de Juro... 31 Nota 13 Cobertura do Risco Cotações... 31 Nota 14 Perdas Potenciais em Produtos Derivados... 32 Nota 15 Custos Imputados... 32 Nota 16 Comparabilidade das demonstrações financeiras... 33 Página 2/33

I - RELATÓRIO DE GESTÃO Página 3/33

Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico Economia Internacional A dinâmica de crescimento no primeiro semestre do ano ficou caracterizada por uma elevada volatilidade e heterogeneidade entre regiões, mas com uma tendência mais clara de abrandamento, no final do semestre, em especial na zona euro e nos mercados emergentes. Em Julho, o FMI reviu em baixa as projecções de crescimento para o ano de 2014, em 0,3pp, para 3,7%, uma alteração explicada, em grande medida, pelas perspectivas para os EUA, por um lado, e pelos mercados emergentes, por outro. Para a zona euro, a revisão reflecte-se em diferenças entre países, sem alterações no conjunto da união. O FMI mantém, contudo, as projecções para 2015, de um crescimento de 4%, baseado numa aceleração de todas as regiões da economia mundial. Contudo, os riscos estão enviesados em baixa, devido também ao risco geopolítico em algumas regiões do globo, sendo que de relevo para a Europa está o conflito na Ucrânia. Os EUA contribuíram para uma maior desaceleração do crescimento, já que o PIB contraiu inesperadamente no primeiro trimestre, muito afectado por condições climatéricas adversas, que afectaram não só o investimento, através da actividade no sector de construção, como também a despesa de consumo das famílias. Este efeito foi já revertido no segundo trimestre, com uma reaceleração do PIB, que o FMI considera abrir perspectivas favoráveis para o ano de 2015. Contudo, o mercado laboral continuou bastante dinâmico, com uma criação média mensal de 230 mil postos de trabalho desde o início do ano, o que permitiu uma mais rápida descida da taxa de desemprego, para 6,2% em Julho. Fruto desta evolução, a Reserva Federal dos EUA continuou a reduzir gradualmente o volume de aquisição de activos financeiros ( tapering ) para um ritmo mensal de 25 mil milhões de dólares. A manter-se este ritmo de redução, em Novembro, o actual ciclo de quantitative easing estará concluído. Permanece ainda o debate interno quanto ao momento do início do ciclo de subida das taxas de juro de referência, que os investidores antecipam poder ocorrer no primeiro semestre de 2015, mas que avaliam igualmente, fruto das declarações dos responsáveis norte-americanos, ser implementado de forma gradual, com as principais taxas de juro de referência a permanecerem em níveis mínimos. A discussão sobre o início deste processo de tapering e a sua execução teve um impacto relevante sobre os mercados emergentes, que tinham beneficiado, nos últimos anos, da liquidez gerada pela intervenção Página 4/33

dos bancos centrais. Assistiu-se a uma saída massiva de fundos destes mercados, causando perturbações cambiais e obrigando a intervenções, pelas autoridades, incluindo subidas das taxas de juro de referência. África do Sul, Turquia e mesmo o Brasil, já este ano, adoptaram medidas, como a subida acentuada das taxas de juro de referência, para travar a depreciação cambial que as suas divisas estavam a registar. Em resultado, uma parte significativa destes fundos foram canalizados para a Europa, contribuindo, juntamente com dados económicos favoráveis (no início do ano), para uma valorização dos mercados accionistas e uma descida das taxas de juro de médio e longo prazo. Na zona euro, o semestre iniciou-se com um maior dinamismo face ao esperado, com a generalidade dos indicadores de actividade a revelarem, de forma generalizada, uma aceleração da actividade e subsequente revisão em alta das perspectivas de crescimento. Contudo, durante o segundo trimestre, a situação reverteu-se e em alguns países houve mesmo uma contracção do PIB, aumentando a heterogeneidade dos ritmos de crescimento entre os membros da zona euro, em especial entre a Alemanha e demais países. As novas previsões do FMI para o crescimento do PIB na zona euro em 2014 reflectem precisamente esta dinâmica diferenciada. Embora a projecção para o conjunto da zona euro tenha ficado inalterada face ao cenário de Abril, em 1,1%, houve uma revisão em alta da projecção para a Alemanha, compensada por uma revisão em baixa para França e Itália, países cujo sector industrial tem revelado maior debilidade. Este quadro de crescimento abaixo do potencial, mas em especial de uma maior desaceleração da inflação que, em Julho, se situou em 0,4%, levou o Banco Central Europeu, em Junho, a descer as principais taxas de juro de referência e a anunciar um conjunto alargado de medidas destinado a relançar o crédito bancário e, por esta via, apoiar o crescimento económico e uma reaceleração da inflação. A taxa das operações de refinanciamento baixou para o mínimo histórico de 0,15% (uma redução de 10pb), enquanto a taxa da facilidade de depósito junto do BCE passou a ser negativa. Com esta medida, o BCE procurará que o sector financeiro reduza o volume de depósitos que detém junto do BCE (mas que já se reduziu significativamente desde os máximos de 2012) e os canalize para a economia real. Em simultâneo, o BCE anunciou que manterá a cedência ilimitada de liquidez até ao final de 2016. O segundo pacote de medidas anunciado consiste num conjunto de operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (TLTRO, na sigla em inglês), através das quais o BCE cederá liquidez: (i) numa primeira fase, num montante até 7% da carteira de crédito a empresas e famílias (excluindo hipotecas); e (ii) numa segunda fase, até 3 vezes a variação líquida do crédito, relativamente a uma referência, definida como a variação do crédito acumulada nos 12 meses até Abril de 2014. Estas operações, com a duração máxima de 4 anos, terão uma taxa de juro fixa, equivalente à taxa refi do Página 5/33

momento da tomada de fundos, adicionada de 0,1pp. Na primeira fase, o montante de liquidez elegível é de quase 400 mil milhões de euros adicionais. O BCE, nas suas comunicações posteriores, dá indicação de que pretende obter informação sobre a procura de liquidez nestas novas operações, antes de ponderar novas medidas de apoio à recuperação económica na Europa. Contudo, irá continuar a envidar esforços para relançar o mercado de titularizações de créditos, em especial crédito a empresas. Os mercados accionistas registaram máximos históricos, durante o primeiro semestre, em especial nos EUA, mas também na Europa, fruto de resultados positivos e de um sentimento generalizado de optimismo e menor aversão ao risco. Já no final do semestre, a aversão ao risco regressou, resultando numa correcção em baixa dos principais índices, sendo que em Portugal o PSI20 foi especialmente afectado pelos eventos relativos ao Banco Espírito Santo. As yields de longo prazo corrigiram dos máximos verificados no início do ano, reagindo a dados económicos menos favoráveis, conhecidos durante o segundo trimestre, e posteriormente influenciados por um movimento de fuga para a qualidade, no quadro de desinvestimento em mercados accionistas. Este efeito foi mais visível na Europa, com as yields alemãs a retrocederem para mínimos. Economia Portuguesa No final do primeiro semestre, Portugal concluiu o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) acordado com as instituições internacionais em Abril de 2011, no âmbito do qual recebeu um montante de financiamento de cerca de 76 mil milhões de euros. Portugal prescindiu da última tranche de financiamento, de cerca de três mil milhões de euros, devido à decisão de inconstitucionalidade, pelo Tribunal Constitucional, das novas regras de cortes salariais (que alargavam os cortes a salários a partir de 650 euros mensais). Para concluir a 12ª avaliação e receber a tranche final, Portugal teria de estender o prazo do programa e adoptar, num reduzido período de tempo, as medidas compensatórias. Durante o primeiro semestre, o Tesouro manteve o acesso aos mercados financeiros internacionais, com várias emissões de dívida de médio e longo prazo, a 5 e 10 anos, as quais foram realizadas com forte procura e com taxas de juro progressivamente mais baixas. Em Junho, o Tesouro emitiu a 10 anos, à yield de 3,25% (que compara com uma emissão a 5,11% em Fevereiro). Em Julho, e pela primeira desde 2010, o Tesouro realizou uma emissão em dólares norte-americanos, à taxa de 5,23%. A conjuntura económica durante o primeiro semestre caracterizou-se por um crescimento mais moderado do que o verificado no final de 2013, e que foi marcado por factores pontuais, como seja o encerramento temporário da refinaria de Sines, para manutenção, o que se materializou também na redução das Página 6/33

exportações de produtos energéticos, e consequente impacto sobre o crescimento. No primeiro trimestre de 2014, o PIB contraiu 0,6% em cadeia, devido em grande medida a este factor, mas terá já recuperado no segundo trimestre, após o reinício de laboração da refinaria. Os indicadores de procura interna continuam a sinalizar uma recuperação moderada da actividade. O consumo privado tem vindo a expandir moderadamente, à medida que as famílias começam a repor os níveis de despesa que tinham cortado durante os anos de 2011 e 2012. A descida do desemprego, que caiu para 13,9% no segundo trimestre, recuperando os níveis de 2011, fruto de uma criação de emprego, contribuiu para a melhoria da confiança dos consumidores. Apesar de uma ligeira descida, a taxa de poupança permanece em níveis elevados, acima de 12%. O investimento continuou a recuperar, apesar de ter havido a antecipação de alguns projectos para 2013, fruto de um incentivo fiscal à despesa de capital. No entanto, o inquérito ao investimento, realizado pelo INE e publicado em Julho, evidencia maiores intenções de investimento no corrente ano (+2,4%, face à anterior estimativa de +1,1%). Esta melhoria está patente, em parte, nas dinâmicas de nova produção de crédito a empresas. Apesar de os volumes serem ainda historicamente baixos, nos meses de Abril e Maio registaram um crescimento homólogo de cerca de 5%. Também o inquérito às condições no mercado de crédito, publicado pelo Banco de Portugal, sinaliza uma moderação nas condições de concessão de crédito pelos bancos, assim como um aumento da procura por parte das empresas. No entanto, o crédito total às empresas continua a reduzir-se, reflectindo, por um lado, a desalavancagem em curso na economia, e, por outro lado, factores específicos, como a assunção do financiamento de algumas empresas pelo Estado Português. A contracção das exportações, associada à paragem técnica da refinaria de Sines, teve impactos sobre a balança comercial, que anulou o saldo excedentário que tinha alcançado no ano transacto, ficando uma melhoria dependente da recuperação das exportações. A execução orçamental a Junho, na óptica da contabilidade pública (caixa), evidencia um agravamento do saldo orçamental face ao período homólogo, fruto de um maior crescimento da despesa (incluindo a despesa com pessoal), apesar do maior crescimento da receita, em especial de IRS e IVA. Já em Julho, o Governo tomou uma série de medidas legislativas relativas aos salários e pensões, com o novo regime remuneratório e a substituta da contribuição extraordinária de solidariedade, mas que carecem ainda de validação pelo Tribunal Constitucional. Só após esta decisão tomará medidas correctivas, que afectem ainda a execução de 2014. Página 7/33

A notação de risco da República foi revisto em alta pela agência Moodys, para Ba1 (um nível abaixo do nível de investment grade), com outlook estável. As demais agências mantiveram o rating, mas reviram o outlook para estável. Evolução das Unidades de Participação A evolução histórica das Unidades de Participação do Fundo e o respectivo valor unitário das mesmas nos últimos 5 anos foi a seguinte: Ano Número de Unidades Valor da Unidade de Participação de Participação ( ) 2009 87 245 058,57 5,224800 2010 75 357 941,54 5,193229 2011 70 446 712,10 5,075589 2012 68 560 337,38 5,364287 2013 67 704 427,74 5,493745 Política de investimento A política de investimento foi conduzida na óptica de um Fundo aberto de obrigações de taxa variável, vocacionado para o investimento de obrigações diversas concentrando a generalidade dos investimentos em obrigações de emitentes de mercados desenvolvidos. No final do semestre, o Fundo encontrava-se exposto a 4% em papel comercial, 4.5% da carteira ficou investida em depósitos bancários, cerca de 16% em dívida pública europeia, estando o restante investido em obrigações de emitentes corporativos (financeiros e não financeiros) de mercados desenvolvidos, com exposição maioritária a empresas portuguesas, europeias e norte-americanas. Foram privilegiados os emitentes de países periféricos que têm beneficiado da melhoria da conjuntura macroeconómica. Em termos de indexantes, cerca de 56% da carteira está associada a obrigações de taxa variável. A liquidez média do fundo situou-se nos 3% com uma maturidade média da carteira de 2.7 anos. Informamos ainda que nos últimos 3 anos não houve alterações substanciais à política de investimento. Página 8/33

Performance A evolução histórica das rendibilidades e risco do Fundo foi a seguinte: Ano Rendibilidade Risco Classe de Risco 2001 3,76% 0,01% 1 2002 2,89% 0,00% 1 2003 1,94% 0,10% 1 2004 1,66% 0,04% 1 2005 1,65% 0,05% 1 2006 2,10% 0,04% 1 2007 1,91% 0,27% 1 2008-10,66% 5,61% 4 2009-1,75% 2,74% 3 2010-0,61% 1,41% 2 2011-2,26% 1,53% 2 2012 5,68% 2,13% 3 2013 2,42% 0,64% 2 (fonte APFIPP). Nota: As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do Indicador Sintético de Risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 7 (risco máximo). Baixo Risco Remuneração potencialmente mais baixa Elevado Risco Remuneração potencialmente mais alta 1 2 3 4 5 6 7 Comissões suportadas pelo Fundo e Participantes Nos últimos 3 anos: Não houve alterações significativas ao nível dos custos suportados pelo Fundo nomeadamente custos de transacção, taxa de supervisão e custos com o Revisor Oficial de Contas; A partir do dia 5 de Março de 2012 passou a ser cobrada uma comissão de subscrição de 1%. Página 9/33

As comissões suportadas pelo Fundo e pelos Participantes até 30 de Junho foram as seguintes: Custos e Proveitos Comissão de Gestão Custos Valor %VLGF Componente Fixa 1 939 490 0,52% Componente Variável Comissão de Depósito 64 959 0,02% Taxa de Supervisão 29 887 0,01% Custos de Auditoria 9 567 0,00% Outros Custos - 0,00% TOTAL 2 043 903 TAXA DE ENCARGOS CORRENTES 0,55% O total de custos do Fundo, à data de 30 de Junho de 2014, foi de 12 413 843,44. O total de proveitos do Fundo, à data de 30 de Junho de 2014, foi de 17 105 516,45. Volume e Custos de Transacção As transacções do Fundo foram realizadas no mercado nacional, nos mercados da União Europeia e em outros mercados. O volume de transacções no primeiro semestre ascendeu a 552.543.810,9, dos quais 32.7% realizados no mercado nacional, 67.3% em mercados da União Europeia. Os custos de transacção respeitantes a estas operações foram de 791,1, repartidos em 0.3% pelo mercado nacional e em 99.7% por mercados da União Europeia. Evolução dos activos sob gestão O valor total da carteira do Fundo, à data de 30 de Junho de 2014, era de 375 409 036,05. Eventos subsequentes Importa referir os acontecimentos recentes ocorridos no Grupo Espírito Santo (GES) e no Banco Espírito Santo (BES). O fundo detinha, a 30/06/2014, divida emitida por entidades pertencentes ao GES num montante de 6,94 milhões de euros, e divida (sénior) emitida pelo BES num montante de 2,72 milhões de euros; estas posições representavam respectivamente 1,84% e 0,73% do valor global do fundo (VGF). Estes títulos foram entretanto alienados, com impacto negativo no Fundo de cerca de 6,2 milhões de euros, não existindo, à data de 06/08/2014, qualquer exposição a dívida do GES ou do BES. Lisboa, 19 de Agosto de 2014 Página 10/33

II - RELATÓRIO DE AUDITORIA Página 11/33

RELATÓRIO DE AUDITORIA INTRODUÇÃO 1. Nos termos do disposto na alínea c) do nº 1 do artigo 8º do Código dos Valores Mobiliários (CVM) e nº 1 do artigo 102º do Decreto-Lei nº 63-A/2013, de 10 de Maio, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira do período findo em 30 de Junho de 2014, do FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES, gerido pela Santander Asset Management Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA, incluída no Relatório de Gestão, no Balanço (que evidencia um total de 388 335 773 euros e um total de capital do Fundo de 375 409 036 euros, incluindo um resultado líquido de 4 691 673 euros), na Demonstração dos Resultados e na Demonstração dos fluxos de caixa do período findo naquela data, e nos correspondentes Anexos. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade da Administração da entidade gestora Santander Asset Management Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA: a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Fundo, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa; b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados, atentas as especificidades dos Fundos de Investimento Mobiliário; d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, RUA TOMÁS DA FONSECA, CENTRO EMPRESARIAL TORRES DE LISBOA, TORRE G 5º, 1600-209 LISBOA, PORTUGAL TEL.: + 351 21 721 01 80 - FAX: + 351 21 726 79 61 - E-MAIL: mazarslisboa@mazars.pt RUA DO CAMPO ALEGRE, 830, 3º S14, 4150-171 PORTO, PORTUGAL TEL.: + 351 22 605 10 20 - FAX: + 351 22 607 98 70 - E-MAIL: mazarsporto@mazars.pt MAZARS & ASSOCIADOS, SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS, SA INSCRIÇÃO Nº 51 NA OROC REGISTADA NA CMVM SOB O Nº 1254 CRC Lisboa - NIPC 502 107 251 CAPITAL SOCIAL 70405,00 Euros

clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindonos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela Administração da entidade gestora, utilizadas na sua preparação; a verificação do adequado cumprimento do Regulamento de Gestão do Fundo; a verificação da adequada avaliação dos valores do Fundo; a verificação do cumprimento dos critérios de avaliação definidos nos documentos constitutivos; a verificação da realização das operações sobre valores cotados, mas realizadas fora de mercado nos termos e condições previstas na lei e respectiva regulamentação; a verificação do registo e controlo dos movimentos de subscrição e de resgate das unidades de participação do Fundo; a verificação do ressarcimento e divulgação dos prejuízos causados por erros ocorridos no processo de valorização e divulgação do valor da unidade de participação ou na imputação das operações de subscrição e de resgate ao património do Fundo nos termos e condições regularmente previstas; a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e

a apreciação se a informação é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. OPINIÃO 7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES, gerido pela entidade gestora Santander Asset Management Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA, em 30 de Junho de 2014, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa do período findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para os Fundos de Investimento Mobiliário, e a informação neles constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. ÊNFASE 8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para o facto de, conforme referido no Relatório de Gestão, a carteira do Fundo em 30 de Junho de 2014 incluir, divida emitida por entidades pertencentes ao Grupo Espírito Santo (6,94 milhões de euros) e divida sénior emitida pelo Banco Espírito Santo (2,75 milhões de euros), os quais foram alienados até à presente data. Lisboa, 29 de Agosto de 2014 MAZARS & ASSOCIADOS, SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS, SA Registada na CMVM sob o nº 1254 e representada pelo Dr. Henrique José Marto Oliveira - ROC nº 961

III - BALANÇO DO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014 Página 15/33

(valores em Euros) BALANÇO Data: 30.06.14 ACTIVO PASSIVO 30.06.14 31.12.13 Código Bruto Mv mv/p Líquido Líquido Código 30.06.14 31.12.13 Outros Activos Capital do OIC 32 Activos Fixos Tangíveis das SIM 61 Unidades de Participação 337 408 734 338 522 163 33 Activos Intangíveis das SIM 62 Variações Patrimoniais (428 295 191) (428 175 130) 64 Resultados Transitados 461 603 819 452 780 030 Total de Outros Activos das SIM 65 Resultados Distribuídos 67 Dividendos Antecipados das SIM Carteira de Títulos 66 Resultados Líquidos do Período 4 691 673 8 823 790 21 Obrigações 332 378 555 7 926 340 (12 992 353) 327 312 542 344 421 196 22 Acções Total do Capital do OIC 375 409 036 371 950 852 23 Outros Títulos de Capital 24 Unidades de Participação Provisões Acumuladas 25 Direitos 481 Provisões para Encargos 1 526 205 580 625 26 Outros Instrumentos da Dívida 14 984 595 14 984 595 Total das Provisões Acumuladas 1 526 205 580 625 Total da Carteira de Títulos 347 363 151 7 926 340 (12 992 353) 342 297 138 344 421 196 Outros Activos 31 Outros activos Total de Outros Activos Terceiros Terceiros 411+ +418 Contas de Devedores 10 334 137 10 334 137 421 Resgates a Pagar a Participantes 9 776 300 382 422 Rendimentos a Pagar a Participantes Total dos Valores a Receber 10 334 137 10 334 137 423 Comissões a Pagar 345 423 356 265 424+ +429 Outras contas de Credores 10 987 675 1 061 334 Disponibilidades 43+12 Empréstimos Obtidos 11 Caixa 44 Pessoal 12 Depósitos à Ordem 17 565 814 17 565 814 6 149 874 46 Accionistas 13 Depósitos a Prazo e com Pré-aviso 17 000 000 17 000 000 22 000 000 14 Certificados de Depósito Total dos Valores a Pagar 11 342 874 1 717 981 18 Outros Meios Monetários Acréscimos e diferimentos Total das Disponibilidades 34 565 814 34 565 814 28 149 874 55 Acréscimos de Custos 4 060 340 824 56 Receitas com Proveito Diferido 53 258 58 Outros Acréscimos e Diferimentos 340 59 Contas transitórias passivas Acréscimos e diferimentos 51 Acréscimos de Proveitos 1 138 405 1 138 405 2 019 213 Total do Acréscimos e Diferimentos Passivos 57 658 340 824 52 Despesas com Custo Diferido 279 279 53 Outros acréscimos e diferimentos 59 Contas transitórias activas Total do Acréscimos e Diferimentos Activos 1 138 684 1 138 684 2 019 213 TOTAL DO ACTIVO 393 401 786 7 926 340 (12 992 353) 388 335 773 374 590 282 TOTAL DO CAPITAL E PASSIVO 388 335 773 374 590 282 Total do Número de Unidades de Participação em circulação 67 481 747 67 704 433 Valor Unitário da Unidade Participação 5.5631 5.4937 Página 16/33

(valores em Euro) CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS Data: 30.06.14 DIREITOS SOBRE TERCEIROS RESPONSABILIDADES PERANTE TERCEIROS Código 30.06.14 31.12.13 Código 30.06.14 31.12.13 Operações Cambiais Operações Cambiais 911 À vista 911 À vista 912 A prazo (forwards cambiais) 912 A prazo (forwards cambiais) 913 Swaps cambiais 913 Swaps cambiais 914 Opções 914 Opções 915 Futuros 915 Futuros Total Total Operações Sobre Taxas de Juro Operações Sobre Taxas de Juro 921 Contratos a prazo (FRA) 921 Contratos a prazo (FRA) 922 Swap de taxa de juro 922 Swap de taxa de juro 923 Contratos de garantia de taxa de juro 923 Contratos de garantia de taxa de juro 924 Opções 924 Opções 925 Futuros 925 Futuros Total Total Operações Sobre Cotações Operações Sobre Cotações 934 Opções 934 Opções 935 Futuros 935 Futuros 294 180 Total Total 294 180 Compromissos de Terceiros Compromissos Com Terceiros 942 Operações a prazo (reporte de valores) 941 Subscrição de títulos 944 Valores cedidos em garantia 942 Operações a prazo (reporte de valores) 945 Empréstimos de títulos 943 Valores recebidos em garantia Total Total TOTAL DOS DIREITOS TOTAL DAS RESPONSABILIDADES 294 180 99 CONTAS DE CONTRAPARTIDA 294 180 99 CONTAS DE CONTRAPARTIDA Página 17/33

IV - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014 Página 18/33

(valores em Euros) DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Data: 30.06.14 CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS Código 30.06.14 30.06.13 Código 30.06.14 30.06.13 Custos e Perdas Correntes Proveitos e Ganhos Correntes Juros e Custos Equiparados Juros e Proveitos Equiparados 711+718 De Operações Correntes 784 798 245 307 812+813 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 5 797 265 3 722 466 719 De Operações Extrapatrimoniais 811+814+827+818 De Operações Correntes 137 222 465 888 Comissões e Taxas 819 De Operações Extrapatrimoniais 722+723 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 1 524 (516) Rendimento de Títulos 724+ +728 Outras Operações Correntes 2 034 336 2 022 673 822+ +824+825 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 729 De Operações Extrapatrimoniais 51 829 De Operações Extrapatrimoniais Perdas em Operações Financeiras Ganhos em Operações Financeiras 732+733 Da Carteira de Títulos e Outros Activos 6 568 190 11 670 028 832+833 Na Carteira de Títulos e Outros Activos 11 043 024 14 814 330 731+738 Outras Operações Correntes 831+838 Outras Operações Correntes 739 Em Operações Extrapatrimoniais 3 030 839 Em Operações Extrapatrimoniais 6 460 Impostos Reposição e Anulação de Provisões 7411+7421 Impostos Sobre o Rendimento de Capitais e Incrementos Patrimoniais 1 947 131 996 978 851 Provisões para Encargos 119 016 440 475 7412+7422 Impostos Indirectos 146 364 87 Outros Proveitos e Ganhos Correntes 2 529 1 470 7418+7428 Outros impostos 620 Provisões do Exercício Total dos Proveitos e Ganhos Correntes (B) 17 105 516 19 444 629 751 Provisões para Encargos 1 064 596 440 475 77 Outros Custos e Perdas Correntes 9 567 Total dos Outros Custos e Perdas Correntes (A) 12 413 843 15 521 310 79 Outros custos e perdas das SIM 89 Outros Proveitos e Ganhos das SIM Total dos Outros Custos e Perdas das SIM (C) Total dos Outros Custos e Perdas das SIM (D) Custos e Perdas Eventuais Proveitos e Ganhos Eventuais 781 Valores Incobráveis 881 Recuperação de Incobráveis 782 Perdas Extraordinárias 882 Ganhos Extraordinários 783 Perdas Imputáveis a Exercícios Anteriores 883 Ganhos Imputáveis a Exercícios Anteriores 788 Outras Custos e Perdas Eventuais 888 Outros Proveitos e Ganhos Eventuais 17 970 Total dos Custos e Perdas Eventuais (E) Total dos Proveitos e Ganhos Eventuais (F) 17 970 63 Imposto Sobre o Rendimento do Exercício 66 Resultado Líquido do Período (se>0) 4 691 673 3 941 289 66 Resultado Líquido do Período (se<0) TOTAL 17 105 516 19 462 599 TOTAL 17 105 516 19 462 599 (8*2/3/4/5)- (7*2/3) Resultados da Carteira de Títulos e Outros Activos 10 270 574 6 867 284 F - E Resultados Eventuais [(D)-(C)] 17 970 8*9-7*9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais 3 379 B+D+F-A-C-E+74 Resultados Antes do Imposto s/ Rendimento 6 639 424 5 084 631 B-A Resultados Correntes [(B)-(A)] 4 691 673 3 923 319 B+D+F-A-C- E+7411/8+7421/8 Resultados Líquidos do Período 4 691 673 3 941 289 Página 19/33

V - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS MONETÁRIOS DO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO DE OBRIGAÇÕES - SANTANDER MULTIOBRIGAÇÕES REFERENTE AO PERÍODO FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2014 Página 20/33

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 30.06.14 30.06.13 OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO OIC RECEBIMENTOS: 269 618 750 332 Subscrições de unidades de participação 267 089 750 332 Subscrição de ações - categorial especial Outras operações com acionistas Comissão de subscrição 2 221 Comissão de resgaste 308 PAGAMENTOS: 1 791 185 2 827 638 Resgates de unidades de participação 1 791 185 2 827 638 Rendimentos pagos aos participantes Reembolso de ações - categoria especial Rendimentos pagos aos acionistas - categoria especial Outras operações com acionistas Fluxo das Operações sobre as Unidades do OIC -1 521 567-2 077 306 OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS E OUTROS ATIVOS RECEBIMENTOS: 288 426 853 144 364 578 Venda de títulos e outros ativos da carteira 270 730 210 107 547 244 Reembolso de títulos e outros ativos da carteira 11 317 120 32 851 950 Resgates de unidades de participação noutros OIC Rendimento de títulos e outros activos da carteira 0 Juros e proveitos similares recebidos 6 379 523 3 965 384 Vendas de títulos e outros ativos da carteira com acordo de recompra Outros recebimentos relacionados com a carteira Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis PAGAMENTOS: 277 378 636 143 183 059 Compra de títulos e outros ativos da carteira 276 592 313 142 937 236 Subscrição de unidades de participação noutros OIC Subscrição de títulos e outros activos Juros e custos similares pagos 784 798 245 307 Vendas de títulos com acordo de recompra Comissões de Bolsa suportadas 2 Comissões de corretagem 0 Outras taxas e comissões 1 522 516 Outros pagamentos relacionados com a carteira Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Fluxo das operações da carteira de títulos e outros ativos 11 048 217 1 181 519 Página 21/33

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS 30.06.14 30.06.13 OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS RECEBIMENTOS: 6 460 0 Juros e proveitos similares recebidos Operações cambiais 0 Operações de taxa de juro 0 Operações sobre cotações 6 460 Margem inicial em contratos de futuros e opções Outras comissões Outros recebimentos operações a prazo e de divisas PAGAMENTOS: 3 030 0 Juros e custos similares pagos Operações cambiais 0 Operações de taxa de juro 0 Operações sobre cotações 3 030 Margem inicial em contratos de futuros e opções Comissões em contratos de opções Outros pagamentos operações a prazo e de divisas Fluxo das Operações a Prazo e de Divisas 3 430 0 OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE RECEBIMENTOS: 435 772 761 822 Cobranças de crédito vencido Compras com acordo de revenda Juros de depósitos bancários 435 772 743 853 Juros de certificados de depósito Comissões em operações de empréstimo de títulos Empréstimos obtidos Pessoal Outros recebimentos correntes 0 17 970 PAGAMENTOS: 3 549 913 4 057 595 Comissão de gestão 1 947 240 1 924 490 Comissão de depósito 65 219 64 457 Comissão de garantia Despesas com crédito vencido Juros devedores de depósitos bancários Compras com acordo de revenda Impostos e taxas 1 537 454 2 068 649 Empréstimos obtidos 0 Pessoal Outros pagamentos correntes 0 Fluxo das Operações de Gestão Corrente -3 114 140-3 295 773 OPERAÇÕES EVENTUAIS RECEBIMENTOS: 0 0 Ganhos extraordinários Ganhos imputáveis a exercícios anteriores Recuperação de incobráveis Outros recebimentos de operações eventuais PAGAMENTOS: 0 0 Perdas extraordinárias Perdas imputáveis a exercícios anteriores Outros pagamentos de operações eventuais Fluxo das Operações Eventuais 0 0 Saldo dos Fluxos de caixa do período 6 415 940-4 191 560 Disponibilidades no início de período 28 149 874 40 551 973 Disponibilidades no fim do período 34 565 814 36 360 413 Página 22/33

VI - ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2014 Página 23/33

VI - ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMRO DE 2013 As notas que se seguem respeitam à numeração definida no Regulamento da CMVM n.º 06/2013 emitido pela CMVM em 12 de Setembro de 2013. As Notas que não constam deste Relatório são não aplicáveis. Nota 1 Capital do Fundo Os movimentos ocorridos no capital do Fundo durante o ano de 2014 apresentam o seguinte detalhe: Descrição 31.12.13 Subscr. Resgates Dist.Res Outros Res.Per 30.06.14 Valor base 338 522 163 241 223 ( 1 354 651) 337 408 734 Diferença p/valor Base ( 428 175 130) 25 866 ( 145 927) ( 428 295 191) Resultados distribuídos - - Resultados acumulados 452 780 030 8 823 790 461 603 819 Resultados do período 8 823 790 ( 8 823 790) 4 691 673 4 691 673 SOMA 371 950 852 267 089 ( 1 500 578) - - 4 691 673 375 409 036 Nº de Unidades participação 67 704 433 48 245 ( 270 930) 67 481 747 Valor Unidade participação 5,4937 5,5361 5,5386 5,5631 A relação entre Participante e Unidades de Participação é a seguinte: Escalões N.º participantes Ups>= 25% 1 10%<= Ups < 25% 2 5%<= Ups < 10% 0 2%<= Ups < 5% 3 0.5%<= Ups < 2% 35 Ups<0.5% 14 231 TOTAL 14 272 O valor de cada Unidade de Participação e o valor líquido global do Fundo no final de cada trimestre dos três últimos anos foi o seguinte foi o seguinte: Página 24/33

Data Valor UP VLGF Nº UP em circulação Ano 2014 30-06-14 5,5631 375 409 036 67 481 747 31-05-14 5,5529 375 067 345 67 544 408 30-04-14 5,5482 374 941 497 67 578 944 31-03-14 5,5366 374 299 938 67 604 656 28-02-14 5,5279 373 895 695 67 637 927 31-01-14 5,5204 373 526 868 67 663 008 Ano 2013 31-12-13 5,4937 371 950 852 67 704 433 30-09-13 5,4560 370 506 945 67 908 164 30-06-13 5,4218 369 638 680 68 175 660 31-03-13 5,4055 369 393 375 68 336 579 Ano 2012 31-12-12 5,3642 367 777 309 68 560 342 30-09-12 5,2830 363 347 317 68 776 702 30-06-12 5,2162 361 204 522 69 245 892 31-03-12 5,2544 367 089 665 69 863 289 Nota 3 Carteira de Títulos Em 30 de Junho de 2014 esta rubrica tinha a seguinte decomposição: Descrição dos títulos Preço de aquisição Mais valias Menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA 1.VALORES MOBILIÁRIOS COTADOS M.C.O.B.V. Portuguesas -Títulos dívida Pública PGB 3.85% 15/04/2021 12 271 050 307 470 12 578 520 90 641 12 669 161 PGB 4.45% 15/06/2018-0 - 5 618 5 618 PORTB 0% 20/3/15 1 987 700 5 740 1 993 440-1 993 440 14 258 750 313 210-14 571 960 96 259 14 668 219 -Obrigações diversas Parpub 3,75% 07/21 3 774 996 (25 536) 3 749 460-3 749 460 BPIPL 3.25% 15/1/15 1 426 120 (8 480) 1 417 640 14 989 1 432 629 CXGD 3% 15/1/19 3 652 005 41 510 3 693 515 34 590 3 728 105 SANTAN 1,5% 3/4/17 5 298 940 60 950 5 359 890 14 271 5 374 161 SONCPL FLOAT 28/5/19 3 700 000 0 3 700 000 11 080 3 711 080 CXGD 3.75% 18/1/18 1 693 540 147 560 1 841 100 20 624 1 861 724 BPSM - TOPS 1S /97 769 972 (483 036) 286 936-286 936 20 315 573 250 020 (517 052) 20 048 541 95 553 20 144 094 M.C.O.B.V. Estados Membros UE -Títulos dívida Pública SPGB float 17/3/15 1 938 000 55 260 1 993 260 394 1 993 654 SPGB 2,75% 30/4/19 1 995 323 34 143 2 029 466 7 100 2 036 566 CCTS FLOAT 15/4/18 22 184 016 268 620 22 452 636 54 245 22 506 881 BOTS 0% 14/5/15 7 473 819 921 7 474 740-7 474 740 BTPS 1.15% 15/5/17 1 496 520 16 440 1 512 960 1 763 1 514 723 BTPS 1.5% 1/8/19 3 416 320 (1 190) 3 415 130-3 415 130 38 503 998 375 384 (1 190) 38 878 192 63 502 38 941 694 -Out.Fundos Públicos Equiparados FADE 1,875% 17/9/17 3 572 555 21 420 3 593 975 18 699 3 612 674 3 572 555 21 420-3 593 975 18 699 3 612 674 Página 25/33

Descrição dos títulos Preço de aquisição Mais valias Menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA 1.VALORES MOBILIÁRIOS COTADOS M.C.O.B.V. Portuguesas -Obrigações diversas Eur.Tobaco 14/02/15 6 000 000 (12 600) 5 987 400 47 128 6 034 528 MQGAU FLOAT 24/4/16 2 898 840 5 800 2 904 640 3 414 2 908 054 ABIBB FLOAT 29/3/18 3 500 000 11 865 3 511 865 46 3 511 911 REEDLN FLOAT 20/5/17 900 000 1 251 901 251 687 901 938 CS 1.375% 29/11/19 619 101 4 743 623 844 598 624 442 Banco Finantia /15 5 000 000 (400 000) 4 600 000 17 329 4 617 329 Sant Cons Fin 09/16 21 275 600 3 759 999 25 035 599 987 25 036 586 BKT 1.75% 10/6/2019 1 493 820 9 705 1 503 525 1 208 1 504 733 BBVA FLOAT 12/10/15 3 997 000 6 400 4 003 400 6 314 4 009 714 SANTAN 1,45% 29/1/16 1 499 625 14 625 1 514 250 7 294 1 521 544 BBVA 2,375% 22/1/19 2 280 300 24 002 2 304 302 18 323 2 322 625 IBESM 2,5% 24/10/22 797 760 36 456 834 216 2 981 837 197 TELEFO FLOAT 10/4/17 4 008 000 (7 000) 4 001 000 7 850 4 008 850 BBVA4.592 Perp 09/16 1 012 500 357 750 1 370 250 41 613 1 411 863 AYTCD float 24/11/15 11 013 550 117 530 11 131 080 14 229 11 145 309 CABK 3.25% 22/1/16 1 096 381 45 661 1 142 042 12 537 1 154 579 CEDTDA FLOAT 8/4/16 5 504 800 21 840 5 526 640 4 025 5 530 665 BMARE 3,125% 21/1/19 1 579 500 24 240 1 603 740 16 541 1 620 281 BKT 2.75% 26/7/16 1 016 500 23 730 1 040 230 20 493 1 060 723 KUTXAB 1.75% 27/5/21 5 906 277 60 983 5 967 260 7 921 5 975 181 SANTA 3.381% 12/2015 1 348 425 (1 274) 1 347 151 20 423 1 367 574 BPCE FLOAT 28/5/18 2 099 181 (1 911) 2 097 270 1 550 2 098 820 ARRFP FLOAT 31/3/19 3 300 000 7 095 3 307 095 70 3 307 165 BPCE Var 08/07/26 597 630 (2 064) 595 566-595 566 ALD FLOAT 10/12/15 4 398 680 1 496 4 400 176 1 883 4 402 059 GSZFP 1.375% 19/5/20 1 788 210 28 746 1 816 956 2 333 1 819 289 SOCGEN float 22/1/16 3 497 900 24 500 3 522 400 5 591 3 527 991 RENAUL 1.75% 6/7/16 1 834 406 35 806 1 870 213 27 524 1 897 737 HMSOLN 2 01/07/22 396 936 2 908 399 844-399 844 ART 5-151 14 349 292 (11 536 358) 2 812 934-2 812 934 Telef Float 02/06/15 3 535 000 10 780 3 545 780 4 816 3 550 596 Portel 5.875% 04/18-0 - 8 788 8 788 CAT FLOAT 27/9/17 1 300 000 494 1 300 494 62 1 300 556 Depha Bank 17/08/15 17 591 778 408 222 18 000 000 96 800 18 096 800 GE float 17/5/21 806 310 26 282 832 592 443 833 035 GE float 20/06/2016 4 550 000 419 350 4 969 350 411 4 969 761 Eirles altis 12/2016 6 671 522 (348 792) 6 322 730 1 004 6 323 734 Corsair Frn 20/06/17 499 590 402 675 902 265-902 265 Enel 1,579% 14/01/15 3 928 305 81 695 4 010 000 17 771 4 027 771 BACRED FLOAT 31/3/17 726 810 700 727 510 49 727 559 ABNANV FLOAT 6/3/19 2 407 176 15 744 2 422 920 1 468 2 424 388 UCG FLOAT 10/4/17 4 296 173 14 749 4 310 922 10 006 4 320 928 ISP FLOAT 17/4/19 3 391 704 27 846 3 419 550 7 803 3 427 353 ISPIM float 27/10/15 3 575 495 103 267 3 678 762 2 694 3 681 456 ISP FLOAT 18/5/17 5 827 200 48 600 5 875 800 2 700 5 878 500 UBIIMF 0 24/7/14 3 428 755 71 000 3 499 755 2 636 3 502 391 UBI FLOAT 4/12/14 3 999 750 250 4 000 000 3 142 4 003 142 Página 26/33

Descrição dos títulos Preço de aquisição Mais valias Menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA 1.VALORES MOBILIÁRIOS COTADOS M.C.O.B.V. Portuguesas -Obrigações diversas BACRD 3.75% 12/10/15 522 525 (4 705) 517 820 10 767 528 587 UCGIM float 22/1/16 5 103 017 64 558 5 167 575 14 494 5 182 069 AUCHAN 1.75% 23/4/21 596 874 12 570 609 444 1 565 611 009 BMW FLOAT 4/4/17 4 000 000 1 240 4 001 240 5 233 4 006 473 EDP 2,625% 15/4/19 6 749 663 49 312 6 798 975 29 859 6 828 834 VW FLOAT 15/4/19 3 000 000 9 000 3 009 000 4 764 3 013 764 EDP 4,125% 20/1/21 2 113 400 28 400 2 141 800 29 293 2 171 093 SANTAN 1% 10/6/16 598 692 3 054 601 746 276 602 022 DNBN float 27/1/16 1 963 650 (12 521) 1 951 129 16 256 1 967 385 CXGD 5,625% 4/12/15 1 634 736 50 864 1 685 600 37 105 1 722 705 RENEP 4.125% 31/1/18 797 344 62 656 860 000 9 829 869 829 GALP 4,125% 25/1/19 3 687 432 48 818 3 736 250 44 713 3 780 963 BES 4% 21/1/19-0 - 15 244 15 244 BCP 3,375% 27/2/17 2 345 585 5 912 2 351 497 18 987 2 370 484 BRCORO 3,875% 1/4/21 2 099 790 94 710 2 194 500 14 607 2 209 107 BES 2.625% 8/5/17 2 894 635 (146 885) 2 747 750 8 109 2 755 859 VLVY float 16/5/16 1 405 572 5 110 1 410 682 1 614 1 412 296 WFC FLOAT 24/4/19 3 491 320 7 525 3 498 845 4 120 3 502 965 JPM FLOAT 7/5/19 1 496 295 4 305 1 500 600 1 716 1 502 316 BAC FLOAT 19/06/19 3 125 000 5 438 3 130 438 848 3 131 285 MSFloat 04/13/16 2 940 000 58 650 2 998 650 3 780 3 002 430 MER Float 09/18 1 254 500 0 1 254 500 343 1 254 843 MS VAR dec 2016 1 953 000 19 400 1 972 400 1 159 1 973 559 GS Float 18/5/2015 3 467 275 34 475 3 501 750 2 244 3 503 994 JP Morgan Float /15 4 419 000 52 875 4 471 875 5 671 4 477 546 Goldman Sachs 02/15 3 927 800 76 400 4 004 200 4 251 4 008 451 247 132 887 6 954 057 (12 474 111) 241 612 834 738 333 242 351 166 Proc. admissão mercado nacional -Obrigações diversas SAUDCR FLOAT 3/7/17 1 300 000 1 300 000 1 300 000 1 300 000 - - 1 300 000-1 300 000 -Obrigações diversas CS Float 12/2017 2 950 000 2 773 2 952 773 304 2 953 077 RENAUL FLOAT 13/6/17 3 150 000 6 836 3 156 836 1 232 3 158 068 BACRE 1.125% 17/6/19 1 194 792 2 640 1 197 432 414 1 197 846 7 294 792 12 249-7 307 041 1 950 7 308 991 2. OUTROS VALORES Outros instrumentos de dívida -Papel comercial PC ESFIL 0% 17/9/14 2 962 963 2 962 963 16 790 2 979 753 PC ABNG 3.19% 8/8/14 2 473 263 2 473 263 14 727 2 487 990 PC sonae 3% 28/10/14 1 500 000 1 500 000 5 760 1 505 760 PC esfil 0% 22/10/14 3 951 973 3 951 973 12 251 3 964 224 PC raa 2.3% 31/10/14 300 000 300 000 497 300 497 PCsonae2.9% 11/12/14 1 850 000 1 850 000 2 146 1 852 146 PC msf 1.3% 11/9/14 1 096 397 1 096 397 542 1 096 939 PC td 3% 20/8/14 850 000 850 000 765 850 765 14 984 595 - - 14 984 595 53 478 15 038 073 TOTAL 347 363 151 7 926 340 (12 992 353) 342 297 138 1 067 774 343 364 911 Página 27/33

O movimento ocorrido na rubrica Disponibilidades, durante o ano de 2014 foi o seguinte: Descrição 31.12.13 Aumentos Reduções 30.06.14 Numerário Depósitos à ordem 6 149 874 310 412 698 298 996 758 17 565 814 Depósitos a prazo e com pré-aviso 22 000 000 17 000 000 22 000 000 17 000 000 Certificados de depósito Outras contas de disponibilidades TOTAL 28 149 874 327 412 698 320 996 758 34 565 814 Nota 4 Princípios Contabilísticos e Critérios Valorimétricos As demonstrações financeiras do Fundo foram preparadas de acordo com o definido pelo Decreto- Lei nº 63-A/2013 de 10 de Maio e pelas Normas Regulamentares emitidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sobre a contabilização das operações dos Organismos de Investimento Colectivo. a) Carteira de Títulos A valorização dos activos que compõem a carteira do Fundo é efectuada de acordo com as seguintes regras: Para valores mobiliários cotados Encontrando-se admitidos à negociação em mais do que um mercado regulamentado, o valor a considerar reflecte os preços praticados no mercado que apresente maior quantidade, frequência e regularidade de transacções. Para a valorização de activos cotados, é tomada como referência a cotação de fecho ou o preço de referência divulgado pela entidade gestora do mercado onde os valores se encontram cotados do dia da valorização ou o último preço conhecido quando aqueles não existam. Para a valorização de Obrigações cotadas ou admitidas à negociação num mercado regulamentado, é considerado o preço disponível no momento de referência do dia a que respeita a valorização. No caso de não existir preço disponível, é considerada a última oferta de compra firme, ou na impossibilidade da sua obtenção, o valor médio das ofertas de compra e venda, difundidas por entidades financeiras de reconhecida credibilidade no merca em que os activos em causa se enquadram, desde que estas entidades não se encontrem em relação de domínio ou de grupo, nos termos dos artigos 20.º e 21.º do Código dos Valores Mobiliários, com a Entidade Gestora. Página 28/33

Na indisponibilidade do ponto acima referido, é considerado o valor resultante da aplicação de modelos teóricos que a Entidade Gestora considere mais apropriados atendendo às características do título, nomeadamente o modelo dos cash-flows descontados. Para a valorização de instrumentos derivados, cotados ou admitidos à negociação num mercado regulamentado, é considerado o preço de referência do dia a que respeita a valorização. Para valores mobiliários não cotados A valorização de valores em processo de admissão à cotação tem por base a valorização de valores mobiliários da mesma espécie, emitidos pela mesma entidade e admitidos à cotação, tendo em conta as características de fungibilidade e liquidez entre as emissões. A valorização dos activos não cotados tem em conta o seu presumível valor de realização e assentará em critérios que tenham por base o valor das ofertas de compra firmes ou, na impossibilidade da sua obtenção, o valor médio das ofertas de compra e de venda, difundidas através de entidades especializadas, desde que estas entidades não se encontrem em relação de domínio ou de grupo, nos termos dos artigos 20.º e 21.º do Código dos Valores Mobiliários, com a Entidade Gestora. Na impossibilidade de aplicação do referido, recorrem-se a modelos de avaliação utilizados e reconhecidos universalmente nos mercados financeiros, assegurando-se que os pressupostos utilizados na avaliação têm aderência a valores de mercado. Para a valorização das Obrigações não cotadas nem admitidas à negociação em mercado regulamentado, será considerado o presumível valor de oferta de compra firme ou, na impossibilidade da sua obtenção, o valor médio das ofertas de compra e venda, difundidas por entidades financeiras de reconhecida credibilidade no mercado em que os activos em causa se enquadram, desde que estas entidades não se encontrem e relação de domínio ou de grupo, nos termos do artigos 20.º e 21.º do Códigos dos Valores Mobiliários, com a Entidade Gestora. Na indisponibilidade deste, num prazo máximo de 15 dias, será considerado o valor resultante da aplicação de modelos de avaliação universalmente aceites nos mercados financeiros que a Entidade Gestora considere mais apropriado atendendo às características dos títulos. São equiparados a valores não cotados, para efeitos de valorização, os valores cotados que não sejam transaccionados nos 15 dias que antecedem a respectiva valorização. Para a valorização de instrumentos financeiros derivados OTC, será considerado o preço de compra ou de venda firme, consoante se trate de posições compradas ou vendidas respectivamente; na indisponibilidade deste será considerado, o valor médio das ofertas de compra e venda, difundidas por entidades financeiras de reconhecida credibilidade no mercado em que os activos em causa se enquadram, desde que as entidades não se encontrem em relação de domínio ou de grupo, nos termos dos artigos 20.º e 21.º do Página 29/33

Código dos Valores Mobiliários, com a Entidade Gestora. Na ausência deste último, será considerado o valor resultante da aplicação do modelo de avaliação Black-Scholes, à excepção dos Credit Default Swaps com maturidade inferior a doze meses os quais serão valorizados ao valor de amortização, caso não ocorram eventos de crédito que possam originar variações no preço do valor de amortização. Valorização cambial Os activos denominados em moeda estrangeira serão avaliados ao câmbio indicativo do Banco de Portugal do próprio dia, difundido através do sistema Reuters. b) Valorização das Unidades de Participação O valor líquido do Fundo é determinado diariamente nos dias úteis e determina-se pela divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido global do Fundo é apurado deduzindo à soma dos valores que o integram o montante de comissões e encargos suportados até ao momento da valorização da carteira. A rubrica de Variações Patrimoniais resulta da diferença entre o valor de subscrição ou resgate relativamente ao valor base da unidade de participação, na data de subscrição ou resgate, respectivamente. c) Contractos de Futuros As posições abertas em contractos de Futuros são reflectidas em contas extra-patrimoniais, sendo valorizadas diariamente com base nas cotações de mercado. Os lucros e prejuízos realizados ou potenciais são reconhecidos em proveitos ou custos do período na rubrica Ganhos ou Perdas em Operações Financeiras, sendo os ajustamentos de cotações diários reflectidos em contas de Acréscimos e diferimentos e transferidos no dia seguinte para a conta de depósitos à ordem associada. A margem inicial associada aos respectivos contractos é registada na rubrica Contas de devedores. d) Especialização dos exercícios O Fundo regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. Página 30/33