V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa

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do estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking estadual com 221%, seguido por Minas Gerais na vice-liderança, com 179%.

Transcrição:

V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa Região Administrativa de Campinas 5ª Edição 2013 / 2014 kpmg.com/br Aeroporto de Viracopos - Campinas (SP)

Mensagem dos parceiros Parceria KPMG, IBEF Campinas e Faculdade de Jaguariúna - FAJ no desenvolvimento do Anuário de Transparência Contábil e Governança da Região Administrativa de Campinas (SP) - 5ª Edição 2013/2014 A KPMG é uma rede global de firmas independentes, que operam em 155 países ao redor do mundo. O objetivo das firmas-membro da KPMG é responder aos complexos desafios de negócios enfrentados pelos clientes e auxiliar os negócios a reagirem às mudanças na economia global. Estamos comprometidos a oferecer um ambiente em que nossos profissionais e seus clientes possam obter sucesso e, ao mesmo tempo, contribuir para um mundo sustentável, e é neste sentido que temos o orgulho e a satisfação em manter nossa parceria com o IBEF Campinas e a Faculdade de Jaguariúna - FAJ para produzir a 5º Edição 2013/2014 do Anuário de Transparência Contábil e Governança da Região Administrativa de Campinas (SP). Os dados coletados em nossas pesquisas ao longo destes cinco anos evidenciam a preocupação das companhias com a adesão aos padrões contábeis internacionais e às melhores práticas de governança corporativa, bem como os desafios enfrentados pelas empresas de pequeno e médio portes para acompanhar estas tendências de mercado. Agradecemos aos parceiros, ao corpo docente da FAJ, ao IBEF e à nossa equipe de auditores que nos auxiliaram no processo de elaboração deste Anuário, que tem sido uma satisfação ano após ano. Jean Paraskevopoulos Neto Sócio Marcio José dos Santos Diretor Juliana Bilachi Gerente sênior A Faculdade de Jaguariúna e a Faculdade Max Planck formam o Grupo Polis Educacional. As instituições oferecem 46 cursos de Graduação e mais de 50 Cursos de Pós-Graduação e Extensão. O nosso compromisso é o da formação de profissionais de alto gabarito que colaborem no desenvolvimento econômico, político e social de nossa região. Com esse objetivo, apresentamos o V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa, fruto de uma sólida parceria com a KPMG e o IBEF - Campinas. O conjunto de informações consolidadas permite às empresas dos mais diversos segmentos uma avaliação comparativa de posicionamento e eventuais ajustes na sua estratégia. Agradecemos a dedicação de toda a equipe e, de forma especial, ao Sr. Jean Paraskevopoulos Neto da KPMG, à Sra. Gislaine Heitmann do IBEF e aos Profs. Anderson Barros Silva e Alexandre José Franco de Campos. José Carlos Pacheco Coimbra Diretor Acadêmico Flávio Fernandes Pacetta Diretor de Unidade Anderson de Barros Silva Coordenador do Curso de Ciências Contábeis Esta é a 5ª Edição do Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa da Região Administrativa de Campinas, uma publicação fruto da parceria entre o IBEF Campinas, a KPMG Auditores Independentes e a Faculdade de Jaguariúna - FAJ. Ela vem preencher importante espaço na constituição e na organização de dados específicos do segmento, disponibilizando a todos os interessados um conjunto de informações resultante da pesquisa realizada com demonstrações financeiras publicadas de aproximadamente 100 empresas da Região Administrativa de Campinas. A relevância da parceria entre as instituições resulta da importância da publicação de números que se tornam referência para todo o mercado e da aproximação entre os segmentos acadêmico e profissional, em uma experiência que cresce em importância a cada ano. Com esta 5ª Edição, o IBEF Campinas, a KPMG Auditores Independentes e a Faculdade de Jaguariúna - FAJ esperam contribuir para a sistematização e a disseminação de estatísticas sobre as empresas da Região Administrativa de Campinas, auxiliando na construção de um retrato atual deste segmento. Este Anuário 2013/2014 será distribuído pelo correio aos associados e ficará disponível nos sites da KPMG, da FAJ e do IBEF Campinas. Obrigada a todos que nos apoiaram na elaboração desta conceituada publicação que é referência de estudo e consulta em todo o País. Gislaine Heitmann Presidente Da esquerda para direita: Elton Ferreira (KPMG), Juliana Bilachi (KPMG), Jean Paraskevopoulos Neto (KPMG), Gislaine Heitmann (IBEF Campinas), José Carlos Pacheco Coimbra (FAJ), Flavio Fernandes Pacetta (FAJ) e Anderson Barros Silva (FAJ).

Sobre o estudo Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa Região Administrativa de Campinas 5ª Edição 2013/2014 O estudo Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa da Região Administrativa de Campinas (RA de Campinas) da KPMG e seus parceiros FAJ e IBEF Campinas entra em seu quinto ano de realização utilizando como base as demonstrações financeiras publicadas de empresas da Região Administrativa de Campinas. Este estudo mantém como principal objetivo analisar o grau de transparência e a aderência das empresas situadas na RA de Campinas diantes das regras contábeis atuais e suas práticas de governança, bem como a apresentação e os indicadores financeiros selecionados, calculados com base nos dados financeiros compilados do universo de empresas que serviram de base para o estudo, e servindo como um importante parâmetro de referência para os gestores das mais variadas empresas da região, sejam elas grandes ou pequenas e médias. O ano de 2013 foi o quinto após a adoção das normas IFRS/ CPC no Brasil, no qual já percebemos existir um processo harmonizado e consolidado de aplicação das normas contábeis internacionais localmente. Ao longo dos anos, observamos uma clara tendência pela busca das melhores práticas de governança corporativa, abrangendo a transparência contábil e a aderência às normas IFRS/CPC. Os seguintes assuntos foram abordados: destaques na economia brasileira e no Brasil em 2013, transparência contábil e governança corporativa, lucratividade e receita líquida, liquidez e geração de caixa, retorno sobre investimento e endividamento. Novamente, reconhecemos possíveis limitações metodológicas. Este estudo propõe-se a coletar as informações apresentadas nas demonstrações financeiras divulgadas pelas empresas sem o objetivo de interpretar ou de confirmar a veracidade dessas informações públicas. Reiteramos nossa satisfação em apresentar a 5ª Edição deste estudo. Universo pesquisado O universo pesquisado foi de 100 empresas situadas na RA de Campinas. As empresas foram classificadas em duas categorias: Sociedades de Grande Porte () e Empresas de Pequeno e Médio Portes (). O questionário pesquisado para o referido estudo contém 15 questões, relacionadas à Governança Corporativa e à Contabilidade, subdivididas por porte das empresas ( e ). Como forma de traçar um perfil das empresas de nossa região, foram compilados, ainda, dados financeiros referentes a índice de liquidez geral, dependência de capital de terceiros, Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE) e Retorno Sobre o Ativo (ROA). O V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa apresenta de forma sintetizada os resultados do questionário pesquisado e os indicadores financeiros selecionados por capítulos, nos quais destacamos pontos de aplicação das novas normas contábeis que julgamos mais relevantes, relacionados à preparação e à apresentação das demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, e uma visão prospectiva sobre os assuntos. Maria Fumaça Cidade de Jaguariúna/SP A aplicação de uma abordagem baseada em um questionário objetivo com base em dados públicos pode não expressar de forma precisa a qualidade de como determinada empresa é administrada. V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa 3

Destaques macroeconômicos Aspectos macroeconômicos PIB IPCA IGP-M Dez/13 2,4% Mar/14 3,1 % Dez/14* 1,75% 2013 5,91 % Mar/14 6,15% Dez/14* 6,50% 2013 6,13% Mar/14 7,30% Dez/14* 6,63% 3,5% Projetado para 2013 2013 8,86% Selic Mar/14 10,90% Dez/14* 10,90% Dez/13** R$ 2,34 USD Mar/14** R$ 2,26 Jul/14** R$ 2,26 Taxa desemprego 4,3% em 2013 *** 4,6% em 2012 * Previsão divulgada pelas principais instituições financeiras. ** Taxa de cotação dólar. ***Menor taxa desde 2002. PIB/IPCA/IGP-M/ Taxa de desemprego: Fonte IBGE Selic: Fonte Banco Central do Brasil Ações regulatórias Escrituração digital de eventos trabalhistas, previdenciários e tributários Impacto fiscal da Medida Provisória nº 627, convertida na Lei nº 12.973/2014, que trouxe alterações na apuração do lucro das empresas Resolução nº 1.445/2013 em vigor desde 1º de janeiro de 2014, obriga os profissionais e as organizações contábeis a implementar política de prevenção à lavagem de dinheiro e a denunciar operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Contábil Revisões e introduções de novos pronunciamentos técnicos contábeis a partir de 1º de janeiro de 2013, tendo resultado em um aumento importante de temas revisados, dada a sua complexidade e o nível elevado de julgamento profissional envolvido, bem como a necessidade e aumento do nível de divulgações qualitativas requeridas. 4 V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa

Transparência contábil e governança corporativa Estudos e pesquisas - Das 100 empresas pesquisadas, 77 divulgaram suas demonstrações financeiras de forma completa (70 em 2012) e, entre estas, 46 empresas são Sociedades de Grande Porte - (38 em 2012) e 31 empresas são de Pequeno e Médio Portes - (32 em 2012). Auditoria - 76 empresas submeteram suas demonstrações financeiras ao exame de auditores independentes (64 em 2012) e, entre estas, 43 são (35 em 2012) e 24 são (29 em 2012). Critério de publicação - Apesar de 23 empresas terem apresentado suas demonstrações de forma resumida (30 em 2012), 6 submeteram suas demonstrações financeiras ao exame de auditores independentes (6 em 2012). Divulgação relevante - A divulgação de informações relevantes nas demonstrações financeiras, como os fatores de riscos, as transações com partes relacionadas, os instrumentos financeiros e as contingências, são praticadas pela maioria das, com índices de divulgação superiores a 75% (65% em 2012). Nas o índice de divulgação apresentou crescimento em relação ao período anterior quanto às informações de fatores de riscos. Novos CPCs - Em 2013, 82% das empresas pesquisadas adotaram os novos CPCs a partir de 1º de janeiro de 2013. No exercício de 2012, 13 empresas optaram pela adoção antecipada. 77% 76% 54% 82% Demonstrações completas Demonstrações resumidas Auditadas Não auditadas Relatório sem qualificação Relatório com qualificação Divulgada adoção de novos CPCs a partir de 01/01/2013 Não divulgada A) Balanço social B) Fatores de riscos e os controles adotados para minimizar os impactos desses riscos C) Transações com partes relacionadas D) Operações relacionadas aos instrumentos financeiros E) Contingências 6% (2% ) 76% (24% ) 80% (26% ) 78% (36% ) 66% (12% ) Divulgado Não divulgado Divulgado Não divulgado Divulgado Não divulgado Divulgado Não divulgado Divulgado Não divulgado V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa 5

Lucratividade e receita líquida Margem bruta Em tese, a margem bruta mede a rentabilidade das vendas líquidas e do custo dos produtos e/ou dos serviços prestados. Esse indicador fornece a indicação de quanto a empresa gera de lucro imediato com suas atividades. Margem operacional Em tese, a margem operacional mede a rentabilidade das vendas, dos custos dos produtos vendidos e/ou dos serviços prestados e as despesas operacionais. Esse indicador fornece a indicação de quanto a empresa gera de lucro após seus custos e suas despesas operacionais. Entre 51% e 75% Acima de 75% Entre 51% e 75% Acima de 75% Entre 25% e 50% Entre 51% e 75% Acima de 75% Entre 25% e 50% 16% 7% 18% 10% 16% 12% 8% 4% 10% 34% 43% 35% 37% 80% 2% 84% de 25% Entre 25% e 50% de 25% Entre 25% e 50% de 25% Entre 51% e 75% de 25% Síntese Visão prospectiva Margem bruta - Em 2013, as empresas pesquisadas geraram resultado bruto positivo de aproximadamente R$ 56 bilhões, um aumento médio de 6% em relação ao ano de 2012. A margem bruta representa 41% do faturamento em 2013, mantendo o mesmo percentual em relação a 2012. Margem operacional - Em 2013, as empresas pesquisadas geraram resultado líquido positivo de aproximadamente R$ 35 bilhões, um aumento médio de 8% em relação ao ano de 2012. A margem operacional representa 26% do faturamento em 2013, um declínio de 2% em relação de 2012. Lucro líquido - Em 2013, as empresas pesquisadas geraram resultado líquido positivo de aproximadamente R$ 18 bilhões, mantendo patamar de lucro semelhante a 2012. A margem líquida representa 14% do faturamento em 2013, um declínio de um ponto percentual em relação a 2012. Cenário econômico atual - Com a inflação em alta, as empresas tendem a ter suas margens de lucro reduzidas devido a aumentos de dissídios coletivos e reajustes anuais de contratos, principalmente de prestadores de serviços acima da margem operacional. Taxa de juros - As elevações da taxa de juros como mecanismo de controlar a inflação tendem a diminuir o consumo e a desestimular a tomada de financiamentos, prejudicando, assim, os investimentos internos no setor produtivo. Fórmula para cálculo - Margem Bruta (MB) = (Lucro bruto/ Vendas Líquidas) *100 - Margem Operacional (MO) = (Lucro operacional/ Vendas líquidas) *100 - Margem Líquida (ML) = (Lucro líquido/ Vendas líquidas) *100 6 V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa

Liquidez e geração de caixa Liquidez geral Quanto maior, melhor. Este quociente reflete a situação de liquidez da empresa, ou seja, a conversão dos ativos de curto e longo prazos em caixa para a liquidação de todas as suas obrigações. Liquidez corrente Quanto maior, melhor. É a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo. Entre 2 e 2,9 Acima de 3 Entre 2 e 2,9 Acima de 3 Entre 2 e 2,9 Acima de 3 Entre 2 e 2,9 Acima de 3 20% 14% 14% 36% 20% 6% 24% 24% 4% 62% 6% 44% 32% 42% 10% 42% de 1 Entre 1 e 1,9 de 1 Entre 1 e 1,9 de 1 Entre 1 e 1,9 de 1 Entre 1 e 1,9 Síntese Demonstração de fluxos de caixa - Das empresas pesquisadas, apenas 7% não apresentaram o demonstrativo dos fluxos de caixa (5% em 2012). Nota-se que as empresas tiveram um declínio de fluxo de caixa de aproximadamente R$ 200 mil em 2013. Provisão para devedores duvidosos - Apenas 53% das empresas pesquisadas divulgaram os montantes reconhecidos de provisão para devedores duvidosos no exercício de 2013. Entre as empresas que divulgaram essa informação nota-se o aumento na inadimplência que gerou um incremento de provisão para devedores duvidosos de 3% em relação ao ano de 2012. Índice de liquidez geral - Em 2013, as empresas pesquisadas apresentaram índice de liquidez geral em percentuais inferiores ao ano de 2012. As empresas pesquisadas totalizam 162 bilhões de passivos que representam 55% dos ativos. Índice de liquidez corrente - Observa-se que 4% das s pesquisadas não possuem ativos totais circulantes em montantes suficientes para liquidar as obrigações de curto prazo das empresas. Em 2012, eram 2% o número de s pesquisadas com índices de liquidez corrente abaixo de 1. Nas, o índice de liquidez corrente manteve-se estável em relação ao ano de 2012, com 6% das empresas pesquisadas apresentando índices menores que 1, igual a 2012. Visão prospectiva Endividamento - No cenário de manutenção das taxas de juros e níveis crescentes de inadimplência há uma tendência de aumento do endividamento das empresas e de redução dos níveis de caixa. Margem de lucratividade - Na tentativa das empresas por margens de lucratividade satisfatórias, diante de indicadores de estabilidade na economia, há uma tendência de busca por reduções de custos e, consequentemente, reduções nos novos investimentos e na produção. Fórmula para cálculo - Liquidez geral = (Ativo circulante + Ativo não circulante)/ (Passivo Circulante + Passivo não circulante) - Liquidez corrente = (Ativo circulante/passivo circulante) - Liquidez seca = (Ativo circulante - estoque/passivo circulante V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa 7

Retorno sobre investimento ROA Quanto maior, melhor. Indica qual é a margem líquida da empresa sobre o total de seus ativos operacionais, ou quanto a empresa ganha em seu negócio. ROE Quanto maior, melhor. Indica qual é a margem líquida da empresa sobre o patrimônio líquido, ou quanto os acionistas lucram com o negócio. de 0,49 de 0,49 Acima de 1 Entre 0,5 e 0,9 Entre 0,5 e 0,9 80% 64% 6% 16% 6% 20% de 0,0 36% de 0,0 78% de 0,49 94% de 0,49 Síntese Demonstração do resultado adicionado - 39% das empresas pesquisadas divulgaram o Demonstrativo de Valor Adicionado (DVA) no ano de 2013 e são responsáveis por aproximadamente R$ 134 bilhões do faturamento da base total pesquisada. Essas empresas tiveram parte desses recursos assim destinados: Impostos, taxas e contribuições: R$ 32 bilhões, que representam 43% das riquezas geradas por essas empresas (46% em 2012). Visão prospectiva Retorno dos investimentos - Para manter os níveis adequados de retorno sobre os investimentos, as empresas tendem a buscar maior produtividade otimizando processos de produção e redução de custos, bem como focar em atividades de maior valor agregado. Fórmula para cálculo - ROA: (Lucro líquido/ativo total) - ROE: (Lucro líquido/patrimônio líquido) Remuneração de capital de terceiros: R$ 14 bilhões, que representam 18% das riquezas geradas por essas empresas (16% em 2012). Remuneração de capital próprio: R$ 18 bilhões, que representam 24% das riquezas geradas por essas empresas (24% em 2012). Custo com pessoal: R$ 11 bilhões, que representam 15% das riquezas geradas por essas empresas (14% em 2012). 8 V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa

Endividamento Alavancagem Em tese, quanto menor, melhor. Indica qual é a capacidade da empresa de levantar fundos no mercado com base no montante de seus recursos próprios. Dependência de terceiros Em tese, quanto maior, melhor. Indica quanto dos capitais de terceiros está coberto por recursos próprios. 18% Entre 7,5 e 10 2% Acima de 10 2% 60% 12% Entre 7,5 e 10 2% Acima de 10 8% 40% Entre 0,5 e 0,9 25% Acima de 1 30% Entre 0,5 e 0,9 8% Acima de 1 24% de 0,9 18% Entre 0,5 e 0,9 Entre 1,0 e 7,4 Entre 0,5 e 0,9 38% Entre 1 e 1,74 de 0,49 43% de 0,49 2% Não divulgaram 4% Não divulgaram 64% de 0,49 Síntese Empréstimos e financiamentos - Em 2013, as empresas pesquisadas possuem um total de R$ 61 bilhões em empréstimos e financiamentos com terceiros, o que representa um aumento de 9% em relação ao ano de 2012. Das empresas pesquisadas, 24% não possuem qualquer tipo de empréstimos e financiamentos com terceiros. Em 2012, essa representatividade foi de 27% das empresas. Despesas financeiras - Em 2013, as empresas pesquisadas apresentaram despesas financeiras de aproximadamente R$ 13 bilhões, um incremento de 19% em relação ao ano de 2012. Dependência de terceiros - Em 2013, 8% das s pesquisadas apresentam índices de dependência de terceiros acima de 10%, o que demonstra uma evolução superior a 10 pontos percentuais em relação ao ano de 2012. Em contrapartida, as s apresentam uma retração nos índices de dependência de terceiros acima de 10% em seis pontos percentuais, se comparados com o ano de 2012. Em 2012, esse índice foi atingido por 8% das empresas pesquisadas. Visão prospectiva Taxa de juros - Em um cenário de manutenção ou aumento das taxas de juros, as empresas tenderão a renegociar as dívidas atuais, visando a alongá-las ou barateá-las. Ofertas de créditos - Neste cenário de aumento de inadimplência, existe ainda a tendência de redução de oferta de créditos e o maior número de exigências para novos créditos, além do aumento do registro de covenants. Fórmula para cálculo - Alavancagem: (Passivo total/patrimônio líquido) - Dependência de capital de terceiros = (Capital de terceiros/ Patrimônio líquido) V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa 9

Resumo da pesquisa Transparência contábil e governança corporativa Divulgados 2013 Divulgados 2012 100% 82% 78% 80% 94% 82% 66% 76% 54% 77% 76% 64% 70% 71% 68% 50% 50% 36% 26% 24% 12% Auditadas Demonstrações completas Relatório sem qualificação Fatores de riscos - Fatores de riscos - Transações partes relacionadas - Transações partes relacionadas - Instrumentos financeiros - Instrumentos financeiros - Contingências - Contingências - 29% 18% 18% 32% Média dos índices financeiros pesquisados Média 2013 2012 Margem Bruta 37% 35% Margem Operacional 13% 12% Margem Líquida 5% 4% Liquidez Geral 5 6 Liquidez Corrente 2,41 2,23 ROA 0,03 0,04 ROE 0,07-0,44 Alavancagem 2,65 4,84 Dependência de Terceiros 1,29 2,96 10 V Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa

AGILIDADE, EFICIÊNCIA E TRANSPARÊNCIA A KPMG é uma rede global de firmas independentes que presta serviços de Audit, Tax e Advisory, auxiliando empresas com os mais diversos tipos de atuação nos desafios da gestão de negócios. Conheça mais em kpmg.com/br FACEBOOK LINKEDIN TWITTER /kpmgbrasil App KPMG Brasil - disponível em IOS e Android IBEF - Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças é uma entidade nacional, cuja seccional Campinas foi criada em 26 de junho de 1985, por um grupo de executivos financeiros. O IBEF Campinas possui cerca de 400 associados entre diretores, gerentes financeiros, empresários e profissionais liberais que atuam na área de finanças e de negócios. O Instituto é referência para a comunidade e para a mídia no segmento econômico. Promove palestras, encontros com personalidades do mundo financeiro, político, econômico, sempre objetivando o intercâmbio de informações. Concede anualmente o prêmio O Equilibrista, hoje conhecido internacionalmente, ao executivo de finanças do ano, eleito pelos associados, e o Troféu Destaque nas áreas: Indústria, Comércio e Serviços, Empresa Brasileira e Responsabilidade Social. O IBEF realiza palestras técnicas como: Cafés da Manhã e Almoços, Palestras, Grupos de Estudos nas áreas tributária, crédito e gestão de risco, controladoria, tesouraria, tecnologia e inovação, Seminário de Empresas Familiares; IBEF Jovem, IBEF Mulher, Encontro Sócio Esportivo Regional; Happy Hours; Jantares Harmonizados, Degustação Gourmet e Torneio de Tênis. Visite nosso site: www.ibefcampinas.com.br Siga-nos do Facebook e Linkedin

Contatos e créditos Coordenação de execução técnica KPMG Auditores Independentes - Campinas Jean Paraskevopoulos Neto Sócio Marcio José dos Santos Diretor Juliana Bilachi Gerente sênior Av. Barão de Itapura, nº 950-6 andar - Campinas - SP Tel. (19) 2129-8700 IBEF - Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas Gislaine Heitmann Presidente Grupo de trabalho da KPMG - Campinas Ágata Brito Caio Tamburus Elton Ferreira Helton Cardoso Fernandes Keila Oliveira Leidiane Cani Marcelli Arimori Ramon Rossi Vivian Rodrigues Créditos da foto da capa Fotógrafo: Glener Uehara Gentilmente cedida pelo Departamento de Imprensa do Aeroporto de Viracopos Créditos da foto da Equipe e da Maria Fumaça Fotógrafo: Gustavo Tilio Rua Barão de Jaguara, nº 1481-11º andar - Conj. 113 - Campinas - SP Tel. (19) 3233-1851 FAJ - Faculdade de Jaguariúna José Carlos Pacheco Coimbra Diretor Acadêmico Flávio Fernandes Pacetta Diretor de Unidade Anderson de Barros Silva Coordenador do Curso de Ciências Contábeis Rua Amazonas, nº 504 - Jaguariúna - SP Tel. (19) 3837-8800 kpmg.com/br / kpmgbrasil App KPMG Brasil disponível em ios e Android App KPMG Publicações disponível em ios e Android 2014 KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative ( KPMG International ), uma entidade suíça.todos os direitos reservados. Design: CG Studio. O nome KPMG, o logotipo e cutting through complexity são marcas registradas ou comerciais da KPMG International. Todas as informações apresentadas neste documento são de natureza genérica e não têm por finalidade abordar as circunstâncias de uma pessoa ou entidade específica. Embora tenhamos nos empenhado em prestar informações precisas e atualizadas, não há garantia de sua exatidão na data em que forem recebidas nem de que tal exatidão permanecerá no futuro. Essas informações não devem servir de base para se empreenderem ações sem orientação profissional qualificada, precedida de um exame minucioso da situação em pauta.