PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR Curso: Licenciatura em língua Gestual portuguesa Ciclo: 1º Ciclo Ramo: Ano: 1º Ano Designação: DESPORTO E RECREAÇÃO Créditos: 5 Departamento: Ciências da Comunicação e da Linguagem Tipo: T / P Área científica: Ciências da Comunicação Opção/Obrig Obrigatório Ano lectivo Docentes: Responsável da UC: 2013 / 2014 Paulo Nunes Paulo Nunes Total de Horas 135 Total de Horas de contacto: 50 Nº de horas de contacto: T ensino teórico 20 TP teóricoprático 20 TC trabalho de campo S seminário OT orientação tutória 5 O outra PL prático e laboratorial E estágio 5 Nº de Horas de trabalho autónomo Estágio Projeto 15 Trabalho no terreno. Estudo 60 Avaliação 10 1. Introdução O Desporto é atualmente uma atividade social e económica de primordial importância. Com o acelerado desenvolvimento na sua vertente recreativa, e das práticas que lhe estão relacionadas, contribuem de uma forma imprescindível para o aproveitamento ativo e enriquecedor dos tempos livres do cidadão. Pretende-se com esta UC contribuir para que os alunos, a partir de uma análise das várias áreas do desporto, na relação com a saúde, e da sua prática, se apropriem de um conjunto de competências e de conhecimentos, que permitam o sucesso profissional, no âmbito das tarefas de monitorização, organização e gestão de atividades físicas e desportiva de cariz informal. O programa da disciplina Desporto e Recreação é semestral, e terá uma carga horária teórico-prática de 3h30m por semana. A abordagem dos seus conteúdos fundamenta-se num conjunto de bases teóricas e de aplicação prática, baseadas nos pressupostos da análise da tarefa, tendo por base as técnicas e estratégias de ensino mais aplicadas na condução do processo de ensinoaprendizagem da atividade física e desporto. 1/5
2. Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) 2.1. Identificar e conhecer os principais fundamentos do Desporto e Recreação; 2.2. Conhecer os métodos e técnicas de programação, organização e intervenção, em diferentes contextos de prática física e desportiva; 2.3. Dominar as metodologias relativas à concepção das ações práticas em diferentes domínios do Desporto na sua vertente recreativa. 3. Conteúdos programáticos 3.1. Componente teórico-prática 3.1.1. História e enquadramento do Desporto e Recreação - Resenha histórica - Alterações sociais e culturais do Sec. XX: As exigências/necessidades da sociedade relativamente à ocupação dos tempos livres e o papel do jogo na evolução do lazer. - Definições, classificações e teorias do jogo. 3.1.2. Caracterização do Desporto e Recreação - Os benefícios da prática da atividade física - Aspetos gerais dos Jogos e Desportos 3.1.3. Análise funcional dos Desportos: identificação e análise dos princípios operacionais - Princípios orientadores do jogo na defesa e no ataque: fases de jogo e sua caracterização - Os Princípios, os Fatores e as Formas de Jogo - Sistemas de jogo: ofensivo e defensivo - Progressos pedagógicas/ Estudo de Caso, a modalidade de Basquetebol 3.1.4. Fundamentos para a organização e condução das atividades - Os fatores que as condicionam - Preparação, condução e segurança das atividades - As características dos grupos - Os fatores de organização e a adaptação aos diferentes contextos de Intervenção 3.2. Aplicação Prática do Desporto e Recreação/ Trabalho de Campo - Contextualização/ Capacidades condicionais e coordenativas - Atividades de manutenção e melhoria da Condição Física: jogos de força, de velocidade, de resistência, de destreza e exercícios de flexibilidade. - Atividades de iniciação e aperfeiçoamento Desportivo: jogos pré-desportivos e Jogos desportivos colectivos. - Atividades de Aventura e Contacto com a Natureza. Os jogos de orientação e desportos de deslize. - Atividades Expressivas. Os jogos de dramatização e danças 4. Articulação dos conteúdos programáticos com os objetivos da unidade curricular Os conteúdos programáticos estão em coerência total com os objetivos da unidade curricular, iniciando-se com a abordagem de conceitos gerais sobre o desporto e recreação, descrevendo o modelo teórico, seguindo-se a abordagem de todos os conceitos relacionados com o tema. O domínio de métodos e instrumentos de análise do 2/5
desporto e recreação, impõe um carácter eminentemente prático e exigente de um conjunto de aspetos básicos como descritos nos conteúdos do programa da unidade curricular. 5. Metodologias de ensino A organização relativa à abordagem dos conteúdos programáticos assenta em três vertentes: uma vertente destinada aos estudos teóricos, uma outra parte destinada ao aprofundamento da teoria que se consubstancia nos chamados estudos teórico-práticos e uma terceira vertente relacionada com a aplicação dos conhecimentos por via do trabalho de projeto. 5.1. Estratégias de gestão do programa 5.1.1. Aulas expositivas teórico-práticas; 5.1.2. Leituras conduzidas e análise / discussão de textos; 5.1.3. Pesquisa e produção de sínteses escritas. 5.2. Acompanhamento tutorial 5.2.1. Fornece feedback em relação aos trabalhos a realizar, orientando e acompanhando o percurso curricular dos alunos. Espera-se que cada aluno esteja presente em 80% das aulas e participe na discussão das questões em análise, bem como nos trabalhos propostos e na execução das tarefas programáticas. Exeção feita oas alunos com o estatuto de trabalhador-estudante que deverá assistir no mínimo 50% da carga horária. 6. Articulação das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular Privilegiar-se-á metodologias interativas, o ensino pela descoberta, envolvendo os alunos no processo de ensino-aprendizagem, centrado na pesquisa, na análise qualitativa e quantitativa de artigos científicos, numa perspectiva de garantir a consecução dos objetivos da UC. O envolvimento dos discentes em projetos (trabalho de projeto) coordenados pelo docente permitirá a ponte entre os conteúdos teóricos e uma prática vivenciada, resultante do processo de investigação, que se pretende construtivo, significativo e de grande significado na formação pessoal e profissional. 7. Avaliação e classificação A avaliação dos alunos na disciplina Desporto e Recreação assenta nos pressupostos da avaliação contínua e está baseada em momentos de processo e de produto relativos aos conteúdos desenvolvidos no programa. A assiduidade às aulas constitui, por este motivo, um requisito que determina o tipo de avaliação a que se submete o aluno. A ocorrência da assistência de uma percentagem inferior a 80% de aulas dadas compromete os pressupostos da avaliação contínua, remetendo o aluno para um tipo de avaliação baseada em exame final. A avaliação contínua assenta em momentos de avaliação do processo, de carácter formativo, e em momentos de avaliação de produto de carácter sumativo. A avaliação do processo resulta do desempenho do aluno, consubstanciado numa atitude participativa objetiva, manifestada através do empenhamento nos trabalhos e nas atividades e tarefas desenvolvidas nas aulas, na capacidade de assimilação da matéria e na capacidade de análise e de reflexão crítica relacionada com os conteúdos veiculados pelo docente, tendo por base o programa da disciplina. 3/5
Para a atribuição da avaliação do processo o docente tem em conta o questionamento individual, a assiduidade e a participação objetiva. Para a atribuição da avaliação do produto, o docente dispõe da avaliação dos trabalhos (individuais, ou em grupo) realizados no decorrer das diversas tarefas exigidas ao longo do período da formação, assim como poderá ser pedido a classificação obtida na realização de uma prova teórica de conhecimentos, traduzida na apresentação e defesa do trabalho individual. Os critérios para atribuição da classificação final surgem numa escala de 0 a 20 valores e obedecem às seguintes ponderações: 7.1. A componente de processo contribui com 30% (6 valores) para a nota final e será aferida da seguinte forma: 7.1.1. Desempenho do aluno, consubstanciado numa atitude participativa objetiva, manifestada através do rigor, empenhamento nos trabalhos e nas atividades e tarefas desenvolvidas em aulas, na capacidade de assimilação da matéria e na capacidade de análise e de reflexão crítica (15% - 3 valores); 7.1.2. Exercícios de aplicação e consolidação de conhecimentos realizados em aula, tendo por base a discussão de temas pertinentes, surgindo na sequência do processo de ensinoaprendizagem (15% - 3 valores). 7.2. A componente de produto contribui com 70% (14 valores) para a nota final e será aferida da seguinte forma: 7.2.1. Um trabalho de projeto, individual e/ ou em grupo, consistindo na elaboração de uma pesquisa fundamentada, no âmbito do desporto e recreação, saúde e áreas complementares (35% - 7 valores); 7.2.2. No ensino recíproco, apresentação e defesa do trabalho individual (35% - 7 valores). Para o efeito de atribuição da classificação final da disciplina, poderá o docente estipular, se achar necessário para uma melhor clarificação do processo de formação e respetiva avaliação, a discussão oral de qualquer uma das produções realizadas pelos alunos. 8. Observações Os alunos/as com estatuto especial, que não possam estar presentes nas sessões previstas, deverão dar conhecimento por escrito desse estatuto ao docente nos primeiros quinze dias de aulas. Será definido pelo docente e pelo discente um plano de trabalho a desenvolver em função das possibilidades e condições particulares de frequência de cada aluno, de forma a permitir o acompanhamento da UC no regime de avaliação contínua. Admite-se que a ordem de lecionação dos conteúdos programáticos seja alterada em função dos conhecimentos revelados pelos discentes, resultantes da avaliação inicial. Admite-se ainda, a abordagem de outros temas que possam enriquecer a formação dos alunos e que estejam relacionados com a disciplina. 4/5
9. Bibliografia 9.1. Essencial Bento, J.O.; Garcia, R.; Graça, A. (1999). Contextos da Pedagogia do Desporto. Lisboa: Livros Horizonte. Mosstol, M. & Ashworth, S. (2002). Teachingphysical edualtion (Sib ed.). San Francisco: Benjamin Cummings. Piéron, M. (1999). Para una Enseñanza Eficaz de las Actividades Físico-Deportivas. Barcelona: INDE Publicaciones. Siedentop, D. (2008). Aprender a Ensenar La Educacion Física. INDE. Sarmento, P. (2004). Pedagogia do Desporto e Observação. Lisboa: Edições FMH. 9.2. Complementar Bayer, C. (1994). O ensino dos desportos colectivos. Paris: Edições Vigot; Bento JO (1995).O outro lado do desporto. Porto: Campo das Letras. Bain L (1990). Physical education teacher education. In: Houston R, Haberman M, Sikula J (eds) Handbook of research on teacher education. New York: MacMillan, 758-781. Carreiro da Costa F (1995). Condições e factores de ensino-aprendizagem e condutas motoras significativas: uma análise a partir da investigação realizada em Portugal. VI Congresso galego de educación física.corunha Coelho, O. (1985 ). Opção Desporto. O desporto na Escola. Coleção Desporto e Tempos Livres, Lisboa: Editorial Caminho; Queiroz, C. (1983). Análise sistemática do Jogo. Revista de Futebol F.P.F. Agosto. Lança, R. (2003). Animação Desportiva e Tempos Livres: Perspectivas de Organização. Colecção Desporto e Tempos Livres. Lisboa: Editorial Caminho. Morales, P. (1999). Animación y Dinámica de Grupos Deportivos: Manual para la enseñanza y animación. Wanceulen. Espanha: Editorial Deportiva, SL.; Moreno, G. (2003). Recreação 1000 Rio de Janeiro (4ª. edição). Rio de Janeiro: Sprint; 5/5