PRINCÍPIOS CONTRATUAIS

Documentos relacionados
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Tópico do plano de ensino: Formação dos contratos: proposta e aceitação (teorias). FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

DIREITO CIVIL. Contratos emgeral. Noções eprincípios do Direito Contratual. Prof. Vinicius Marques

A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO

Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL

AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente?

Teoria Geral dos Contratos Empresariais

DIREITO DO CONSUMIDOR

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

3 Objeto do Direito: bens; divisão e espécie de bens. 4 Fatos jurídicos. 5 Negócios jurídicos. 6 Validade e defeitos. 7 Nulidade. 8 Atos jurídicos.

OBRIGAÇÕES NO CÓDIGO CIVIL

DIREITO DO CONSUMIDOR

MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM. Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Contratos, requisitos e princípios.

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Instituições de Direito Público e Privado. Parte IX Contratos

O ato volitivo deve ser permeado pelos princípios elencados nos dispositivos, constitucional e infraconstitucional.

1) Julgue o item seguinte, a respeito dos contratos.

DIREITO CIVIL III - CONTRATOS CONTRATOS TEORIA GERAL DOS. Interpretação Contratual (Hermenêutica) 24/09/09 Prof a. Esp.

Direito Civil. Dos Contratos I. Prof. Marcio Pereira

Aula de Direito Civil IV. Teoria Geral dos Contratos

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL

UM ESTUDO CRÍTICO SOBRE CONTRATOS

Direito Civil IV Aulas 04/05/06. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Ponto 3 AS FONTES E OS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL

Direito Empresarial. Aula 19. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

O PRINCIPIO DA BOA-FÉ E A FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS

CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

DIREITO DO CONSUMIDOR. Odon Bezerra Cavalcanti Sobrinho

DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS

TEORIA GERAL DO DIREITO CONTRATUAL

AULA 10: NOÇÕES GERAIS DE CONTRATOS

Direito Civil II Direito das Obrigações

Aula 11 1) RELAÇÃO ENTRE A FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS E OS DEMAIS PRINCÍPIOS

ASPECTOS JURÍDICOS PARTE II PROTEJA A SUA IDEIA Tipos de Contratos

REVISÃO E EXTINÇÃO DO CONTRATO REVISÃO TEORIA DA IMPREVISÃO

DOS CONTRATOS NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO DE 2002: PRINCÍPIOS BASILARES

Ex Vi Legis CONTRATOS - EVOLUÇÃO, FUNÇÃO SOCIAL E PRINCÍPIOS

} CONCEITO: } C.A.B.M: é um tipo de avença entre a administração e. } H.L.M: é o ajuste que a administração pública, agindo

JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Habilidades e Competências. Textos, filmes e outros materiais. Tipo de aula. Semana

Aspectos Jurídicos dos Contratos. 1 Dr. José Alejandro Bullón SEJUR/CFM

Da Extinção dos Contratos *

Direito Civil Direito dos Contratos

Direito Civil. Dos Contratos II. Prof. Marcio Pereira

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

INEXECUÇÃO DO CONTRATO DE LEASING EM RAZÃO DE CLÁUSULAS ABUSIVAS

DIREITO CIVIL. CONTEÚDO DE DIREITO CIVIL (edital de Analista do BACEN CESPE/2013)

Obrigações e contratos

A RELATIVIZAÇÃO DO PRINCÍPIO PACTA SUNT SERVANDA DIANTE DA NOVA TEORIA CONTRATUAL

A Intervenção Judicial no Contrato em face do Princípio da Integridade da Prestação e da Cláusula Geral da Boa-fé

AS CARACTERÍSTICAS DAS CLÁUSULAS DE FORÇA MAIOR, DA CLÁUSULA HARDSHIP E SUAS DIFERENÇAS

Prof. Me. Edson Guedes. Unidade II INSTITUIÇÕES DE DIREITO

Direitos Básicos do Consumidor

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

A CELEBRAÇÃO E A EXTINÇAÕ DE CONTRATOS

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

Direito e legislação. Tópico III Direito das obrigações Contratos

PRINCÍPIOS GERAIS DOS CONTRATOS

MÓDULO I MÓDULO II MÓDULO III

DIREITO DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

OBRIGAÇÕES PARTE GERAL

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

DIREITO DO CONSUMIDOR. Direitos Básicos. Profa. Roberta Densa

Sumário. Palavras Prévias 13ª edição Prefácio Apresentação As Obrigações em Leitura Civil-constitucional... 25

TÍTULO: CONFLITO ENTRE A TEORIA DA IMPREVISÃO E TEORIA DA BASE DO NEGÓCIO JURÍDICO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE DIREITO RODRIGO NAVARRO DE OLIVEIRA

DIPu_08 - TRATADOS INTERNACIONAIS

PRINCÍPIO DA BOA-FÉ: DA INTENÇÃO À CONDUTA EXIGÍVEL NO NOVO CÓDIGO CIVIL

Direito internacional público. Aula 8 Direito dos tratados Convenção de Viena de 1969

ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

ANA SILVIA MARCATTO BEGALLI TEORIA DA IMPREVISÃO: UMA ANÁLISE À LUZ DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

Plano de ensino de Direito Civil II do primeiro e segundo semestre de 1983:

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

FATOS E NEGOCIOS JURIDICOS

SEMINÁRIO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

A ONEROSIDADE EXCESSIVA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica ONEROSIDADE EXCESSIVA NOS CONTRATOS E A REVISÃO DA CLÁUSULA PENAL. Orlando Spinetti Advogado

FUTURO TENDÊNCIAS INOVAÇÃO PARA QUEM BUSCA SUCESSO NA CARREIRA JURÍDICA, PRATICAR É LEI. Uma instituição do grupo

ORIGEM HISTÓRICA DOS CONTRATOS. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação.

TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO

BLOCO 11 E BLOCO 12 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

SUMÁRIO. Capítulo 1 INTRODUÇÃO... 33

MATERIAL DE APOIO 06. Efeitos do contrato relativamente a terceiros. Estipulação em favor de terceiro (arts )

Aula 10 CLASSIFICANDO O CONTRATO DE DOAÇÃO SIMPLES UNILATERAL

REVISÃO CONTRATUAL E SUAS POSSIBILIDADES

BREVE ESTUDO SOBRE RESOLUÇÃO DE CONTRATO

Unidade I. Instituições de Direito Público e Privado. Profª. Joseane Cauduro

Teoria Geral dos Contratos. Formação dos Contratos. Extinção dos Contratos. Contratos Nominados. Contratos Inominados. Atos Unilaterais de Vontade

Tópico do plano de ensino: Formação dos contratos: condições de validade; requisitos subjetivos, objetivos e formais; interpretação.

CONTINUAÇÃO DA AULA 03. OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA e OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS

PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução

Teoria da Argumentação Jurídica. Prof.: José Neres

Aula I. Des. Maldonado de Carvalho. TEMA Princípios Gerais do CDC e Direitos básicos do consumidor. distribuição e o consumo em massa.

Transcrição:

AULA 04 PONTO: 04 Objetivo da aula: Teoria geral dos contratos. Teoria geral dos contratos. Perfil e princípios. Formação defeito e extinção. Classificação e interpretação. Garantias legais específicas. Tópico do plano de ensino: Princípios modernos do direito contratual: supremacia da ordem pública; boa-fé objetiva; função social; revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva. Roteiro de aula PRINCÍPIOS CONTRATUAIS Na concepção moderna contrato é negócio jurídico bilateral que gera obrigações para ambas às partes, que convencionam, por consentimento recíproco, a dar, fazer ou não fazer alguma coisa, verificando, assim, a constituição, modificação ou extinção do vínculo patrimonial. (RUFINO, T. H. Natureza Jurídica do Contrato de Seguro: Análise da Responsabilidade Civil e questões processuais relevantes. Trabalho de conclusão de curso. Direito. Uninove, 2012). Utilizado como meio idôneo e eficaz de fomentar a economia como mola propulsora dos negócios jurídicos, representando o interesse prático das pessoas, com intuito pecuniário, disciplinando direitos e deveres entre os particulares. Deverá ser concebido e permeado pelos princípios basilares da boa-fé, da eticidade, sociabilidade e, especialmente, pelo princípio da operabilidade, pois devem ser avençados com escopo de poderem ser executados. (ALMEIDA, Patricia Martinez. Teoria da imprevisão: a relativização dos contratos pelo judiciário. Trabalho de Conclusão de Curso Direito. Uninove, 2009). Probidade e boa-fé A boa-fé é a constatação de observância a regra do dever geral de não lesar a outrem, tornando os acordos claros e consistentes expressando a real vontade manifestada pelas partes, pela autonomia da vontade, que deve se coadunar com a eticidade abarcada no ordenamento jurídico que versa sobre os requisitos essenciais da formação do negocio jurídico.

Dever das partes de agir de forma correta antes, durante e depois do contrato, isso porque, mesmo após o cumprimento do contrato, podem sobrar-lhe efeitos residuais (art. 422); Funções: interpretativa (art.113); controle dos limites (art.187) e integração do negócio jurídico (art.421). Cláusula geral de aplicação ao direito obrigacional: a) boa-fé subjetiva: estado de consciência; b) boa-fé objetiva: padrão de comportamento, modelo aceito na sociedade. A boa-fé objetiva importa em: 1. Vedação de comportamento contraditório ou vedação de alegação da própria torpeza venire contra factum próprio; 2. Teoria do tu quoque em que a pessoa que invoca a própria idade para se eximir do dever obrigacional quando maliciosa à ocultou por ocasião da celebração do negócio jurídico fica obrigada a cumprir o avençado. Supremacia da ordem pública Por meio de leis cogentes de ordem pública, o legislador desvia o contrato de seu leito natural dentro das normas comuns para conduzi-lo ao comando do dirigismo contratual, em que as imposições e vedações são categóricas, não admitindo a modificação ou revogação pela vontade das partes (Humberto Teodoro Junior). Dirigismo Contratual O liberalismo exacerbado na liberdade de contratar, no pós Revolução Francesa, acarretou extremos prejuízos aos contratantes em todos os países que aderiram à filosofia e regramento do Código Napoleônico. Diante do desequilíbrio econômico das partes contratantes o princípio da autonomia da vontade teve que ser parcialmente cerceada, mitigada, pois a incerteza gerada pela igualdade jurídica em detrimento da igualdade material, deixando, os economicamente mais fracos, à mercê dos grupos mais fortes, que se utilizando da autonomia da vontade subvertida em proveito próprio, para validar seus negócios abusivos, gerou inúmeras injustiças.

Insurge-se o Estado contra tal discrepância, a priori na figura do Estado- Legislador, impondo limites, requisitos e condições previamente padronizadas às contratações; num segundo momento intervindo como Estado-Juiz a modificar o convencionado pelas partes com vistas a encontrar o justo equilíbrio em dada situação; até mesmo genericamente atua o Poder Judiciário quando aplica às operações jurídicas os princípios gerais como a boa-fé, preservação da justiça comutativa, a ilidir o abuso de direito, enriquecimento ilícito em detrimento do empobrecimento sem causa com fulcro na garantia da das questões ordem pública. Neste sentido anota José Anísio de Oliveira: O dirigismo contratual indubitavelmente revolucionou sobremaneira os preceitos tradicionais da convenção, excedendo, por assim dizer, as suas vetustas maneiras de compleição, hospedando a interferência plena do poder público numa ordem de relações jurídicas, representada nas vontades dos cidadãos e do direito social, proporcionando ao juiz e à Administração modos de equilibrar os fatos sociais, tais como a determinação de cláusulas limitativa na observância de obrigações, a prorrogação dos prazos e a estancação imediatas de preços. (OLIVEIRA. Anísio José de. A teoria da imprevisão nos contratos. 3.ed. São Paulo: Leud Editora, 2002. pp. 25-26) Nos dizeres de Francisco Serrano Martins (2004) 1 : O intervencionismo estatal apresentou-se como adaptação aos fenômenos econômicos e sociais da sociedade. Assim, o princípio pacta sunt servanda, o contrato faz lei entre as partes, foi cedendo lugar ao dirigismo contratual. As relações contratuais passaram a ser tuteladas pelo Estado, tentando estabelecer uma igualdade de fato entre os contratantes. Com efeito, o dirigismo contratual se configura pelo conjunto de normas protetoras ou restritivas que se impõem às relações contratuais sob pena de nulidade. O contrato passa a obedecer a sua função social, cabendo, aos contratantes, conciliar os interesses individuais com os coletivos sob pena de serem revisionados, não obstante continuarem a observar seu fim econômico em si mesmo. 1 MARTINS, Francisco Serrano. A teoria da imprevisão e a revisão contratual no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor. Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n. 327, 30 mai. 2004. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5240>. Acesso em: 19 out. 2008

Função Social Do Contrato A função social do contrato está intimamente relacionada com o princípio da socialidade adotado pelo Código Civil de 2002 que reflete a prevalência dos valores coletivos aos individuais, em detrimento do sentidoindividualista do Código Beviláqua. Serve precipuamente para limitar a liberdade contratual, quando esta confrontar com o interesse social, pois a aplicação da letra fria da lei, muitas vezes, acaba por causar injustiça transformando a vontade da norma, pelas particularidades do caso concreto. Ou seja, não basta à simples subsunção da norma ao caso concreto, devem ser observados os critérios de justiça, da boa-fé, da ordem pública, dos usos e costumes, para poder assim, alcançar a finalidade e a função social das normas. Atendendo a este postulado, busca-se o equilíbrio entre as necessidades individuais avençadas e as necessidades coletivas, pois os contratos como geradores de riquezas guardam em si finalidades outras que devem, necessariamente, ser obedecidas, como sua finalidade econômica de primeiro plano, entre as partes pactuantes, e de segundo plano: a repercussão econômica na sociedade. Ainda sim, o conteúdo dos acordos deve estar em consonância com bem estar comum, vez que podem influir no ambiente em que serão cumpridos; como exemplo a locação de um prédio em área residencial para fins de recreação noturna. Ora, tal entretenimento não se coaduna com a área em questão, pois nestas áreas devem ser respeitados os direitos de vizinhança, quais sejam: o sossego, saúde e segurança. O contrato em si seria lícito, a locação, contudo o uso, pela particularidade do caso concreto, restaria inviável. Revisão por onerosidade excessiva Rebus sic stantibus O Pacta sunt servanda: O acordo faz lei entre as partes, balizado pela segurança jurídica se impõe como instrumento à manutenção da vontade real expressa na avença, porém ao se interpretar as convenções pelo método puramente gramatical, se atendo apenas a literalidade da letra fria das cláusulas expressas, a depender do momento

histórico ou do local onde for executado o acordo, os fins do contrato não alcançarão a vontade manifesta no mesmo do momento em que foi ultimado e, por mais das vezes, o transforma em instrumento de aniquilamento, subvertendo-o em ilícito. Ou seja, devem-se manter as bases do negócio jurídico e as expectativas da época da celebração, para dar segurança jurídica às relações contratuais. (ALMEIDA, Patricia Martinez. Teoria da imprevisão: a relativização dos contratos pelo judiciário. Trabalho de Conclusão de Curso Direito. Uninove, 2009). A revisão contratual é instrumento que visa dirimir conflitos em havendo modificações decorrentes do desequilíbrio das bases contratuais, gerado por evento superveniente ao do momento da estipulação negocial, e, imprevisível aos contratantes, que tornou o cumprimento da obrigação excessivamente onerosa para uma das partes, restando insustentável a manutenção do pacto nos termos acordados. Neste sentido: Em uma sociedade organizada, o exercício de direitos subjetivos não deve sair da função a que correspondem; do contrário, seu titular os desvia de seu destino, cometendo um abuso de direito. (SANTOS, 2002, p. 102). Dentro do princípio da autonomia da vontade com fulcro na operabilidade está inserta a possibilidade da revisão contratual pelo judiciário, para readequar o pacto, alcançando seu fim econômico e a harmonização das partes pactuante ou resolve-lo se insanável.