AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente?

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1 Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Empresarial Professora: Carolina Lima Monitor: André Manso AULA 22 De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente? O STJ se manifestou no sentido de que não há necessidade de ação autônoma para a desconsideração da personalidade jurídica. O pedido pode ser requerido por simples petição. Momento para o requerimento de desconsideração da personalidade jurídica: Não há momento temporal determinado para o pedido de desconsideração da personalidade jurídica. Pode ocorrer na petição inicial ou incidentalmente no curso do processo, quando verificadas as condições fundamentais para tanto. Contratos empresariais Conceito de contrato empresarial: é considerado empresarial quando ambas as partes ou todas as partes contratantes sejam exercente de atividades econômicas. Contrato civil X contrato empresarial O contrato civil ocorre quando se tem um agente econômico de um lado e um consumidor do outro. O contrato empresarial ocorre quando há um agente econômico de um lado e outro agente econômico no outro polo. É considerado agente econômico as sociedades empresárias, empresários individuais e as EIRELIs. Em que momento o CDC pode ser utilizado? O CDC serve para relações de consumo. O ordenamento jurídico adota a teoria finalista. Logo, consumidor é o destinatário final do produto. A princípio só se aplica para os contratos civis. assim pode ser aplicado o CDC nos contratos empresariais, de maneira excepcional, quando ocorrer uma das 2 opções: Situação 1 quando o agente econômico, adquirente do produto ou serviço, for o destinatário final.

2 Ex: quando o produto ou serviço não seja usado na atividade realizada. Imaginemos uma loja de roupas que adquire os seguintes produtos: Tecido aqui, estaremos diante de um contrato civil. civil. Máquina de cartão Visa para receber pagamento aqui, estaremos diante de um contrato Essência cheiro para tornar a loja mais agradável aqui, estaremos diante de uma relação de consumo. Produtos de limpeza aqui, estaremos diante de uma relação de consumo. Portanto, o CDC será aplicado quando o produto ou serviço não tiver conexão com a atividade por ele desenvolvida. Situação 2 quando houver a presunção de vulnerabilidade de uma das partes. Essa vulnerabilidade pode ser jurídica, técnica ou econômica. Trata-se de ausência de equilíbrio ou de força entre as partes. Ex: máquina de cartão Visa cujo serviço é mal prestado. Fundamento: vulnerabilidade entre as partes num contrato empresarial. Uma delas é uma grande Instituição Financeira e a outra um pequeno empresário (empresário individual). Não há relação de consumo, mas há vulnerabilidade. Dos princípios gerais do contrato Princípio da autonomia da vontade (art. 421 do CC) Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. A regra é que as partes têm liberdade para contratar, desde que atendam a função social do contrato, aos preceitos de ordem pública e aos bons costumes. Essa autonomia é relativa e tem balizas. A própria lei é uma baliza. Elas podem também ser de forma anterior ou posterior. A lei ou o poder judiciário mitigam algumas clausulas contratuais. A partir daí, surge à figura do dirigismo contratual, que acaba mitigando o princípio da autonomia da vontade. Princípio da atipicidade dos contratos empresariais O contrato típico é aquele tem que previsão legal, é delineado por lei. O contrato atípico é um contrato que não é delineado/previsto em lei. A autonomia, aqui, é maior que nos contratos típicos. Os contratos empresariais, muitas vezes, serão do tipo contrato atípico.

3 O princípio da autonomia da vontade se faz mais presente nos contratos empresariais que nos contratos civis. Princípio da relatividade: É aquele que vai determinar/criar as fronteiras em relação às partes e ao objeto. O contrato só produz efeitos inter partes. Só as partes contratantes se subordinam ao contrato. Regra: o contrato não alcança terceiros. Porém, excepcionalmente, os contratos podem alcançar terceiros, que embora não sejam considerados partes sofrerão os efeitos do contrato, como, por exemplo, o contrato de seguro. Para que alcance um terceiro necessariamente deverá haver previsão legal. Logo, tais contratos sempre serão típicos. Da teoria da aparência A principio, autoriza-se que, apesar de o contrato ter sido realizado com pessoa que não deveria nele figurar, este possa ser reputado como válido e eficaz. Visa a proteger o contratante de boa-fé de um lado em relação à outra parte que age de forma irregular induzindo o contratante de boa-fé ao erro. Nesse caso, o ordenamento jurídico vai preferir a situação que aparenta ser verdadeira, ainda que não corresponda com a realidade. Ex: administrador que age com excesso de poder ou inexistência de mandato faz um contrato com alguém que pensa estar contratando com a sociedade. A princípio, quem responde é a sociedade. Nesse caso, caberá ação de regresso. Em circunstâncias excepcionais não é a sociedade que responde e sim o administrador, nos casos abaixo: Quando as competências do administrador estiverem devidamente registradas Quando embora não registradas, o terceiro tiver conhecimento das competências do administrador. Quando o administrador realizar atividade estranha ao objeto social da sociedade. Neste caso, tem-se a aplicabilidade da teoria ultra vires que somente poderá ser oposta a terceiros se a sociedade não apresentar desvio de finalidade de forma habitual. A teoria da aparência acaba mitigando o princípio da relatividade? Sim, gera efeitos para uma parte que não faz parte do contrato, a princípio. Imputa a um terceiro os efeitos do contrato, ainda que contra a sua vontade. Princípio da força obrigatória dos contratos: O contrato funciona como lei entre as partes pacta sunt servenda é a declaração que impõe força obrigatória dos contratos. O contratante está obrigado ao cumprimento de sua obrigação.

4 Características: irretratabilidade (não adianta se arrepender) e intangibilidade. Isso pode gerar desequilíbrios. Ex: compra de safra por eventos imprevisíveis pode se tornar oneroso e a parte pode não mais cumprir o contrato. Precisa-se readequar o pacta sunt servanda através de decisão judicial. Fundamento: teoria da imprevisão. Ela tem como fim diminuir a força obrigatória dos contratos, quando houver evento imprevisível e extraordinário, que torne o contrato extremamente oneroso a uma das partes. O que vai atenuar a clausula pacta sunt servanda é a clausula rebus sic stantibus. Isso evita a resolução. Variação cambial: Segundo o STJ, a teoria da imprevisão poderá ser aplicada nos casos de variação cambial quando o contrato disser respeito a uma relação consumerista. Ou seja, quando houver contrato empresarial lato sensu. Quanto aos contratos empresariais strictu sensu, i.e., aqueles em que as partes são agentes econômicos e o objeto guarda conexão com a atividade produtiva do adquirente, não poderá ser aplicada a teoria da imprevisão, devendo as partes suportar aquilo que fora contratado. O princípio da força obrigatória dos contratos e o pacta sunt servanda se fazem presentes nos contratos civis ou nos contratos empresariais? Nos contratos empresariais porque se tem a primazia do princípio da autonomia da vontade. A cláusula rebus sic stantibus se faz mais presente nos contratos civis. Como nos contratos civis strictu sensu pouco se usará a teoria da imprevisão, aquele que teme a um futuro desequilíbrio poderá realizar uma operação chamada hedge, que tem como fim proteger o agente econômico de eventuais riscos de uma operação. Ex: quando um contrato de execução continuada com variação cambial, o adquirente por medo do aumento da moeda, poderá emitir desde já título de crédito como forma de pagamento, com o câmbio do dia da realização do negócio. Princípio da boa-fé objetiva (art. 422 do CC) Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. O princípio da boa-fé objetiva faz com que prevaleça a eventual intenção dos contratantes e não o que efetivamente encontra-se descrito no contrato. É possível compatibilizá-lo com a teoria da aparência. No caso de engano haverá proteção da boa-fé nos 2 casos. Da execução do contrato não cumprido (art. 476 do CC)

5 Art Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. dela. Uma parte só pode exigir de outra o cumprimento da obrigação, se já tiver cumprido a parte OBS: se após a conclusão do contrato houver diminuição patrimonial de uma das partes que possa causar risco ao cumprimento da avença, a outra parte terá legitimidade para se recusar a cumprir a sua obrigação enquanto não receber o pagamento da coisa ou garantia pelo pagamento. Da teoria do adimplemento substancial do contrato Ela tem fundamento na socialização contratual. Adimplemento significa pagamento. Pagamento material ocorre quando pagamento efetivamente ocorreu nos moldes do que foi contratado. Adimplemento substancial ocorre quando o pagamento ocorreu, mas não nos moldes do que foi pactuado. Há um inadimplemento de uma parte daquilo que foi avençado. Ele inibe a possibilidade de busca e apreensão do bem (impede o retorno do bem ao outro contratante). Afasta dele o direito de resolução do contrato. A dívida não morre, mas o contrato não pode ser resolvido. Tal teoria não afasta do credor o direito de buscar judicialmente o adimplemento do restante da obrigação, através de ação judicial em processo de conhecimento ou de execução, se o título for executivo extrajudicial.

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