PROGRAMA MINAS TRATA ESGOTO

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Transcrição:

Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA PROGRAMA MINAS TRATA ESGOTO RELATÓRIO DE PROGRESSO/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes. Fundação Estadual do Meio Ambiente Diretoria de Qualidade e Gestão Ambiental Gerência de Monitoramento de Efluentes Belo Horizonte Abril 2012 RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 1

Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Adriano Magalhães Chaves Presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente Ilmar Bastos Santos Vice-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente Aline Faria de Souza Trindade Diretora de Qualidade e Gestão Ambiental Liliana Adriana Nappi Mateus Gerente de Monitoramento de Efluentes Rodolfo Carvalho Salgado Penido Coordenação Rodolfo Carvalho Salgado Penido - Engº Civil - Me. Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos Rosa Carolina Amaral - Bióloga - Me. Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos Equipe Técnica Djeanne Campos Leão Engª Civil - Especialista em Gestão de Meio Ambiente Evandro Florêncio Biólogo - Me.Sustentabilidade Socioeconômica Ambiental Alessandra de Jardim de Souza Bióloga- Especialista em Estudos de Impacto e Licenciamento Ambiental em Perspectiva Multidisciplinar Fernanda de Lourdes Silva Rodrigues - Estagiária Naiara Cristina C. Alvim - Estagiária - Estagiária RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 2

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 7 2 OBJETIVOS DO PROGRAMA... 10 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS... 11 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 12 4.1 Grupos da DN 96/06... 12 4.2 SUPRAM s... 16 4.3 Visão Global do Estado... 21 6 COMENTÁRIOS GERAIS... 31 RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 3

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Mapa Ilustrativo da DN s 96/06 e 128/2008, que convocou os municípios ao licenciamento e prorrogou os prazos para regularização, respectivamente.... 8 Figura 2 População urbana de Minas Gerais distribuída de acordo com os grupos da DN 96/06.... 9 Figura 3 População urbana mineira distribuída por SUPRAM s.... 9 Figura 4 Situação Ambiental dos grupos da DN 96/06... 13 Figura 5 Situação Ambiental dos grupos da DN 96/06... 14 Figura 6 - Situação do grupo 7 em relação ao encaminhamento do Relatório Técnico... 15 Figura 7 Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos... 17 Figura 8 - Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos... 18 Figura 9 - Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos... 19 Figura 10 Capacidade instalada para tratamento de esgotos em Minas Gerais em 2012... 21 Figura 11 Evolução da capacidade instalada e regularizada para atendimento da população por tratamento de esgotos no período de 2008 a 2011.... 23 Figura 12 Relatório Final 2011... 24 Figura 13 Municípios que obtiveram AAF... 28 Figura 14 Municípios que obtiveram LO... 29 RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 4

LISTA DE TABELAS Tabela 1 Cronograma de regularização ambiental vigente para os sistemas de tratamento de esgotos (eficiência mínima de 60% e atendimento de mínimo 80% da população urbana).... 8 Tabela 2 Situação da regularização ambiental por grupos da DN 96/06... 15 Tabela 3- Situação da regularização ambiental por SUPRAM... 20 Tabela 4 - Evolução da regularização ambiental no período de 2010 a 2011.. 21 RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 5

LISTA DE SIGLAS COPAM Conselho de Política Ambiental Copasa Companhia de Saneamento de Minas Gerais DN Deliberação Normativa AAF Autorização Ambiental de Funcionamento FEAM Fundação Estadual de Meio Ambiente FIP Fundação Israel Pinheiro ICMS Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços PM Policia Militar de Minas Gerais SUPRAM Superintendência Regional de Regularização Ambiental SIAM Sistema integrado de informação ambiental URC Unidade Regional Colegiada RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 6

1 INTRODUÇÃO O governo estadual mineiro com o objetivo de reduzir a poluição dos corpos d água e melhorar a qualidade de vida da população estabeleceu diretrizes políticas na área de esgotamento sanitário. Sendo assim, o Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM deliberou pela implantação de sistema de tratamento de esgotos domésticos em todos os municípios, de acordo com a convocação realizada por meio da Deliberação Normativa Nº 96 de 2006. Em 2008 a DN COPAM Nº 128 de 2008 DN 128/08 prorrogou alguns prazos da DN 96/06, os quais permanecem válidos. Com o objetivo de facilitar a gestão das DN s e considerando que o estado possui 853 municípios, a DN 96/06 os distribuiu em 7 grupos com diferentes faixas populacionais e prazos para adequação, conforme FIG 1. Para a distribuição considerou-se a população municipal declarada pelo IBGE no Censo 2000. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 7

Figura 1 Mapa Ilustrativo da DN s 96/06 e 128/2008, que convocou os municípios ao licenciamento e prorrogou os prazos para regularização, respectivamente. Nota: Versão ampliável do mapa, em A0, disponível para download no site Feam, link Minas Trata Esgoto. A convocação dos municípios para a regularização ambiental dos sistemas de tratamento de esgotos foi estabelecida com base em cronograma instituído pela DN 96/06. A TAB. 1 mostra a relação dos grupos e os respectivos prazos definidos para formalização dos processos de regularização ambiental. Tabela 1 Cronograma de regularização ambiental vigente para os sistemas de tratamento de esgotos (eficiência mínima de 60% e atendimento de mínimo 80% da população urbana). As FIG. 2 e 3 mostram a distribuição da população urbana mineira por grupos da DN 96/06 e por Superintendências Regionais de Regularização Ambiental - SUPRAM s. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 8

Os grupos de 1 a 4 abrangem os municípios com população urbana superior a 30 mil habitantes, portanto esses municípios são os maiores contribuintes para lançamento de esgoto em cursos d água. População Urbana de MG Distribuída por Grupos da DN 96/06 Grupo 7 4.221.298 25,98% Grupo 1 6.583.669 40,51% Grupo 6 846.038 5,21% Grupo 5 58.635 0,36% Grupo 4 884.217 5,44% Grupo 3 2.113.155 13,00% Grupo 2 1.544.319 9,50% Figura 2 População urbana de Minas Gerais distribuída de acordo com os grupos da DN 96/06. População Urbana de MG Distribuída por SUPRAM's Triângulo 1.914.686 12% Zona da Mata 1.956.901 12% Central 5.596.089 33% Sul de Minas 2.286.206 14% Norte de Minas 1.096.808 7% Noroeste 272.136 2% Leste 1.727.805 11% Figura 3 População urbana mineira distribuída por SUPRAM s. Alto São Franciso 974.494 6% Jequitinhonha 426.207 3% Neste contexto, a Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM desenvolve desde 2006 o Programa Minas Trata Esgoto, estruturado para realizar a gestão estratégica da implantação de sistemas de tratamento de esgotos. O programa monitora a evolução do percentual da população urbana atendida por sistemas de tratamento de esgotos sanitários, com a devida regularização ambiental. Assim, por meio deste acompanhamento a FEAM avalia a eficácia desta política pública, a qual tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população e reduzir a poluição dos corpos d água em decorrência do lançamento de esgotos. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 9

2 OBJETIVOS DO PROGRAMA Realizar a gestão estratégica da implantação de sistemas de tratamento de esgotos, por meio da proposição de diretrizes de adequação e inovação; Apoiar os municípios na regularização ambiental dos empreendimentos e no atendimento à legislação ambiental; Retomar o conceito do saneamento como medida direta preventiva para melhoria da saúde pública por meio de ganho na qualidade ambiental; Acompanhar e fornecer apoio aos municípios durante o progresso dos pedidos e concessão de regularização ambiental visando estimar o percentual da população urbana do Estado atendida por tratamento de esgoto sanitário, mesmo considerando-se deficiência parcial do sistema coletor; Fornecer suporte ao ICMS Ecológico, fator saneamento tratamento de esgotos sanitários. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 10

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As informações utilizadas para elaboração desse relatório foram obtidas no Sistema Integrado de Informação Ambiental - SIAM, nas atas das decisões das Unidades Regionais Colegiadas - URC s, bem como vistorias realizadas pela Fundação Israel Pinheiro - FIP e Polícia Militar de Minas Gerais PM/MG. Ressalta-se que os boletins de ocorrência utilizados foram os da operação temática, realizada no âmbito do PROGRAMA MINAS TRATA ESGOTO no ano de 2010. As pesquisas no SIAM possibilitaram o conhecimento da situação da regularização ambiental das ETE s e a obtenção de informações referentes ao sistema de tratamento de esgotos. Os relatórios de vistoria da FIP e da PM foram consultados para auxiliarem na comprovação e / ou questionamento das informações levantadas no SIAM quanto ao sistema de tratamento de esgotos. Após o levantamento das informações, houve a inserção dos dados em planilha eletrônica, a qual permitiu estimar a população urbana atendida por sistemas de tratamento de esgotos sanitários, com a devida regularização ambiental. Para sua mensuração utilizou-se metodologia que considera a capacidade de tratamento instalada das Estações de Tratamento de Esgotos - ETE s perante a demanda por tratamento existente em Minas Gerais, ambos em termos de população equivalente. Outras informações foram obtidas de fontes diversas: a situação da regularização ambiental, a estimativa de crescimento da população atendida por sistemas de tratamento de esgotos regularizados bem como a análise da evolução comparativa do indicador ao longo dos anos. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 11

Os cálculos realizados para a estimativa das vazões geradas em cada empreendimento foram baseados no consumo diário de 150 litros de água por habitante por dia, dos quais 80% retornariam na forma de esgotos para o meio ambiente (RELATÓRIO DE PROGRESSO, 2011). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Grupos da DN 96/06 Os resultados aqui divulgados se referem apenas às ETE s regularizadas junto ao órgão ambiental e, para efeito do cálculo das populações atendidas, foram consideradas as vazões de projeto, ou seja, a capacidade instalada da ETE, e não a vazão operada. As estações que operam sem licença ou autorização não foram contabilizadas. Dessa forma, essas estações se encontram irregulares e passíveis de autuação por operar sem regularização ambiental, uma vez que o PROGRAMA MINAS TRATA ESGOTO acompanha o cumprimento das DN s COPAM 96 e 128. Ressalta-se que para as ETE s Arrudas e Onça foram consideradas as vazões de operação. Inicialmente serão apresentados os resultados da situação ambiental de cada grupo. As FIG. 4 e 5 mostram a porcentagem dos licenciamentos em cada grupo. O grupo 5 é composto de 4 municípios, sendo Conceição do Mato Dentro, Ouro Branco, Serro e Tiradentes. Apesar de constar que aproximadamente 21% dos municípios possui autorização ambiental de funcionamento, ressalta que segundo os Boletins de ocorrência (nº M7131-2010-0100358 e M7131-2010- 0100359 do dia 06/12/2010, 220482 e 220485 do dia 04/11/2010, e 220486 e 220487 do dia 05/11/2010) essas ETE s ainda não foram construídas. Portanto todos os municípios desse grupo estão em desacordo com a DN 96/06. O grupo 7 engloba 735 municípios e é formado pelos municípios com população inferior a 20 mil habitantes, sendo portanto o grupo mais representativo do Estado, com um total de 6.650.553 habitantes. Ao avaliar o RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 12

gráfico da FIG.5 observa-se que aproximadamente 75% dos municípios não possuem regularização ambiental, no entanto destaca-se que apesar da maioria das cidades ainda não possuir regularização ambiental, estão regulares segundo a DN 96/06, pois o prazo para a regularização deste grupo ainda encontra-se vigente (2017). O prazo para a regularização ambiental dos grupos 1, 2, 3 e 4 venceu em 2010. O gráfico da FIG.4 mostra que o grupo 4 apresenta a maior porcentagem de municípios que não possuem licenciamento ambiental, seguido do grupo 3. Em relação ao grupo 6, observa-se que 70% dos municípios não possuem regularização ambiental apesar do prazo estabelecido pela DN 96/06, ter expirado em 2009, para atendimento de 20% da população. Grupo 1 População acima de 150 mil habitantes LI até 30/04/2009 - LO até 30/10/2010 Sem Licenciamento; 4,06% AAF; 0,31% LP; 0,00% LI; 28,28% Grupo 2 População entre 30 e 150 mil hab.; IC>70% LI até 30/11/2008 - LO até 28/08/2010 Sem Licenciamento; 27,04% LP; 0,00% LI; 30,48% LO; 67,34% AAF; 3,11% LO; 39,36% Grupo 3 População entre 50 e 150 mil hab.; IC<70% LI até 30/11/2008 - LO até 30/09/2010 Grupo 4 População entre 30 e 50 mil hab.; IC<70% LI até 30/11/2008 - LO até 28/08/2010 Sem Licenciamento; 39,14% LP; 3,50% LI; 29,66% Sem Licenciamento; 48,22% LP; 4,27% LI; 25,33% AAF; 7,29% LO; 20,41% AAF; 12,34% LO; 9,84% Figura 4 Situação Ambiental dos grupos da DN 96/06 RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 13

Grupo 5 Municípios Estrada Real AAF até 30/04/2009 Grupo 7 População < 20 mil hab. AAF até 31/03/2017 LI; 0,00% LO; 0,00% LP; 0,00% AAF; 25,29% Sem Licenciamento; 79,26% LP; 0,00% LI; 0,48% LO; 2,59% AAF; 17,66% Sem Licenciamento; 74,71% Grupo 6 População entre 20 e 30 mil hab. 20% pop. Atendida com E=40% FCEI até 31/03/2009 - AAF até 31/10/2009 60% pop. Atendida com E=50% FCEI até 31/03/2010 - AAF até 31/03/2012 80% pop. Atendida com E=60% FCEI até 31/03/2015 - AAF até 31/03/2017 LP; 0,00% LI; 3,64% LO; 6,43% Sem Licenciamento; 73,68% AAF; 16,25% Figura 5 Situação Ambiental dos grupos da DN 96/06 Como o grupo 7 é representativo para o estado, o COPAM deliberou que cada município integrante deste grupo encaminhasse até 31 de março de 2009 Relatório Técnico contendo informações básicas acerca de seu respectivo sistema de esgotamento sanitário municipal. Na FIG. 6 observa-se a situação dos municípios até fevereiro de 2012, concluindo que aproximadamente 80% dos municípios encaminharam o relatório. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 14

Figura 6 - Situação do grupo 7 em relação ao encaminhamento do Relatório Técnico A TAB.2 mostra a capacidade instalada licenciada das Estações de Tratamento de Esgotos (ETE s) para atendimento da população urbana por grupos da DN 96/06. Tabela 2 Situação da regularização ambiental por grupos da DN 96/06 Licenciamento da População Urbana do Estado por Grupos da DN 96/06 População Sem População LP LI LO AAF Situação (MG) (Grupo) Urbana Licenciamento Urbana Atendida Grupo 1 6.537.429 0 1.848.859 4.402.484 20.448 265.637 Tratam Esgoto 22,60% 67,66% 4.422.932 (MG) 33,41% 0,00% 9,45% 22,50% 0,10% 1,36% Em Regularização 9,45% 28,28% 1.848.859 (G1) 100,00% 0,00% 28,28% 67,34% 0,31% 4,06% Sem regularização 1,36% 4,06% 265.637 Grupo 2 1.743.251 0 531.402 686.115 54.274 471.461 Tratam Esgoto 3,78% 42,47% 740.388 (MG) 8,91% 0,00% 2,72% 3,51% 0,28% 2,41% Em Regularização 2,72% 30,48% 531.402 (G2) 100,00% 0,00% 30,48% 39,36% 3,11% 27,04% Sem regularização 2,41% 27,04% 471.461 Grupo 3 2.414.323 84.469 716.159 492.666 176.033 944.996 Tratam Esgoto 3,42% 27,70% 668.699 (MG) 12,34% 0,43% 3,66% 2,52% 0,90% 4,83% Em Regularização 4,09% 33,16% 800.628 (G3) 100,00% 3,50% 29,66% 20,41% 7,29% 39,14% Sem regularização 4,83% 39,14% 944.996 Grupo 4 1.075.703 45.984 272.443 105.888 132.722 518.666 Tratam Esgoto 1,22% 22,18% 238.610 (MG) 5,50% 0,24% 1,39% 0,54% 0,68% 2,65% Em Regularização 1,63% 29,60% 318.427 (G4) 100,00% 4,27% 25,33% 9,84% 12,34% 48,22% Sem regularização 2,65% 48,22% 518.666 Grupo 5 80.972 0 0 0 20.477 60.495 Tratam Esgoto 0,10% 25,29% 20.477 (MG) 0,41% 0,00% 0,00% 0,00% 0,10% 0,31% Em Regularização 0,00% 0,00% 0 (G5) 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 25,29% 74,71% Sem regularização 0,31% 74,71% 60.495 Grupo 6 1.064.168 0 38.775 68.411 172.951 784.031 Tratam Esgoto 1,23% 22,68% 241.362 (MG) 5,44% 0,00% 0,20% 0,35% 0,88% 4,01% Em Regularização 0,20% 3,64% 38.775 (G6) 100,00% 0,00% 3,64% 6,43% 16,25% 73,68% Sem regularização 4,01% 73,68% 784.031 Grupo 7 6.650.553 0 31.911 172.577 1.174.516 5.271.549 Tratam Esgoto 6,88% 20,26% 1.347.093 (MG) 33,99% 0,00% 0,16% 0,88% 6,00% 26,94% Em Regularização 0,16% 0,48% 31.911 (G7) 100,00% 0,00% 0,48% 2,59% 17,66% 79,26% Sem regularização 26,94% 79,26% 5.271.549 RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 15

4.2 SUPRAM s As FIG. 7, 8, 9 mostram o percentual da população urbana atendida por sistemas de tratamento de esgotos sanitários, com a devida regularização ambiental e agrupados por SUPRAM, considerando-se a metodologia de mensuração citada anteriormente. Ao analisar os gráficos verifica-se que em todas as SUPRAM s os percentuais de licenças prévias e de instalação são baixos, sendo que em algumas regionais tem valor zero. Portanto conclui-se que nos próximos anos haverá poucos empreendimentos enquadrados nas classes de 3 a 6, tendo em vista que praticamente não foram identificados empreendimentos em fase de planejamento ou instalação em 2011. A TAB.3 mostra a capacidade instalada licenciada das Estações de Tratamento de Esgotos (ETE s) para atendimento da população urbana por SUPRAM s. O percentual da população urbana sem expectativas de tratamento de seus esgotos na SUPRAM Zona da Mata é de aproximadamente 83%, no entanto ressalta que aproximadamente 20% dos municípios do grupo 7 estão localizados nesta regional, totalizando uma população de 628.982 o que sugere a ausência de licenciamento nesta regional. A SUPRAM Jequitinhonha encontra-se com aproximadamente 80% da população urbana sem expectativas de tratamento de seus esgotos. No entanto, apenas 6,8% dos municípios do grupo 7 estão localizados nesta regional. Portanto supõe-se que a ausência de regularização ambiental seja em decorrência da falta de recursos financeiros, tendo em vista que esta região apresenta baixo índice de desenvolvimento socioeconômico. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 16

SUPRAM CENTRAL Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. AAF; 2,93% Sem Expectativa de Tratamento; 8,47% LP; 0,00% LI; 33,81% ' LO; 54,79% SUPRAM ALTO SÃO FRANCISCO Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. LP; 3,96% LI; 29,34% ' Sem Expectativa de Tratamento; 49,35% AAF; 15,77% LO; 1,57% SUPRAM JEQUITINHONHA Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. LI; 5,29% LO; 0,00% LP; 0,00% AAF; 14,61% ' Sem Expectativa de Tratamento; 80,10% Figura 7 Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 17

SUPRAM LESTE Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. LP; 0,00% LI; 13,14% LO; 17,05% Sem Expectativa de Tratamento; 66,20% AAF; 3,61% SUPRAM ZONA DA MATA capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. LI; 5,43% LP; 0,00% LO; 3,30% AAF; 7,43% ' Sem Expectativa de Tratamento; 83,84% SUPRAM NOROESTE Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. Sem Expectativa de Tratamento; 25,42% LP; 0,00% LI; 0,00% LO; 49,81% ' AAF; 24,77% Figura 8 - Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 18

SUPRAM NORTE DE MINAS capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. LP; 0,00% LI; 2,87% LO; 25,64% ' Sem Expectativa de Tratamento; 59,29% AAF; 12,21% SUPRAM SUL DE MINAS capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. Sem Expectativa de Tratamento; 47,27% LP; 2,90% LI; 16,34% ' LO; 15,20% AAF; 18,29% SUPRAM TRIÂNGULO MINEIRO capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos. LI; 6,45% Sem Expectativa de Tratamento; 28,62% ' LP; 0,00% AAF; 9,05% LO; 55,88% Figura 9 - Capacidade instalada licenciada para atendimento da população urbana por sistemas de tratamento de esgotos RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 19

Tabela 3- Situação da regularização ambiental por SUPRAM RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 20

4.3 Visão Global do Estado Ao avaliar a FIG. 10 verifica-se que o estado possui capacidade instalada para atender aproximadamente 39,25% da população urbana mineira, com tratamento de esgotos sanitários, ou seja, 7.679.561 habitantes. 8316836 42,51% Capacidade instalada para Tratamento de Esgotos em Minas Gerais (Parcela de População Urbana; Percentual: Censo 2010, conforme DN 96/06) 7679561 39,25 % 3570002; 18,25% Tratam Esgoto Em Regularização Sem Ações Figura 10 Capacidade instalada para tratamento de esgotos em Minas Gerais em 2012 A TAB.4 mostra a evolução da regularização ambiental no período de 2010 a 2011, observa-se que houve crescimento da população urbana atendida por AAF e LI. Tabela 4 - Evolução da regularização ambiental no período de 2010 a 2011. Dezembro de 2010 Dezembro 2011 % População % População População Urbana MG Número População Urbana MG Crescimento 2010-2011 Número LP 3 141.223 0,87% 2 130.453 0,67% -22,99% LI 33 2.571.450 15,82% 27 3.439.459 17,58% 11,13% LO 46 6.082.471 37,43% 45 5.928.141 30,30% -19,05% AAF 100 683.950 4,21% 198 1.751.420 8,95% 112,59% Sem Expectativa - 6.772.238 41,67% - 8.316.836 42,51% 2,02% A FIG. 11 mostra a evolução da capacidade instalada dos sistemas de tratamento de esgotos no período de 2008 a 2011. Observa-se um decréscimo do percentual da capacidade instalada para atendimento da população urbana RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 21

por tratamento de esgoto após 2010. Apesar desse decréscimo, houve um aumento da população urbana atendida. Essa contradição se justifica por duas razões: (i) foram utilizados os dados do censo 2007 para o cálculo do percentual da população urbana atendida por sistemas de tratamento de esgotos, durante o período de 2008 a 2010. Isso implica na utilização de dados de densidade demográfica defasados para obtenção do percentual da população urbana atendida por sistema de tratamento de esgotos, visto que houve um crescimento da população urbana total de Minas Gerais ao longo desses anos. (ii) Em contrapartida, para o cálculo do percentual da população urbana atendida por sistemas de tratamento de esgotos no ano de 2011, foram usados os dados do último censo, ou seja, o que fora publicado em 2010 e mais atualizado que na primeira avaliação. Como houve um crescimento de aproximadamente 20% da população urbana total de Minas Gerais em relação ao censo 2000, esse aumento interferiu diretamente no resultado do percentual da população urbana atendida de 2011. Portanto, embora o percentual da capacidade instalada para atendimento aponte para uma redução em relação aos anos, na prática houve um crescimento do número de pessoas atendidas em 2011. Apesar do crescimento constante do esgotamento sanitário em Minas Gerais nos últimos anos, as vistorias realizadas pela FIP identificaram problemas de operação e manutenção em alguns sistemas de esgotamento. As vistorias revelaram estações de tratamento sendo operadas de forma precária e, muitas vezes, com infraestrutura e equipamentos danificados, permitindo a exposição do meio ambiente ao esgoto sanitário, seja por vazamentos identificados no local da ETE, seja pela deficiência do tratamento realizado. Destaca-se ainda que algumas AAF s foram emitidas pelas SUPRAM S mas não há estação de tratamento de esgotos, segundo os BO s da Policia Militar. O relatório final, referente ao ano base 2011, está apresentado na FIG. 12, os municípios que obtiveram AAF na FIG.13 e os municípios que obtiveram LO na RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 22

FIG.14. Observa-se ainda que é possível identificar, nas FIG. 13 e 14, os municípios que foram habilitados a receber o ICMS Ecológico, de acordo com o critério saneamento/tratamento de esgotos (exige 50% da população urbana atendida por sistema de tratamento de esgotos). Ressalta que a FIG.14 mostra o mapa final da situação do esgotamento sanitário em Minas Gerais. Figura 11 Evolução da capacidade instalada e regularizada para atendimento da população por tratamento de esgotos no período de 2008 a 2011. RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 23

Figura 12 Relatório Final 2011 RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 24

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Figura 13 Municípios que obtiveram AAF RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 28

Figura 14 Municípios que obtiveram LO RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 29

Figura 13 Mapa Final da Situação do Esgotamento Sanitário em MG/Fevereiro 2012. OBS: Versão ampliável do mapa, em A0, disponível para download no site Feam, link Minas Trata Esgoto RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 30

6 COMENTÁRIOS GERAIS A metodologia de acompanhamento dos processos de licenciamento das ETEs municipais tem proporcionado a visão a médio e longo prazo para direcionamentos das ações da Feam voltadas à gestão ambiental, em especial no que se refere ao tratamento de esgoto sanitário. Por diversas ocasiões o trabalho tem contribuído com as ações da Meta 2010/2014, uma vez que a Feam tem realizado cada vez mais fiscalizações, verificado o cumprimento das deliberações normativas pertinentes e autuando os municípios que estão irregulares perante as determinações do COPAM. Em determinado momento, durante o monitoramento realizado pelo programa Minas Trata Esgoto, foi levantada a suspeita de alguns dados conflitantes, tendo em vista que a COPASA fornece informações operacionais, que são distintas das informações apresentadas pelo programa, que contabiliza informações referentes às ETE s ambientalmente regularizadas e seus percentuais oficialmente regularizados. Alguns dos motivos observados para a divergência de alguns dados foram enumerados a seguir. Número de ETEs no Estado: Ocorreram divergências no número apresentado pela COPASA e os dados da Feam. A Feam trabalha com o número de municípios regularizados, a COPASA faz a contabilidade no número real de ETE s, incluindo as irregulares perante o COPAM. Licenças e Autorizações concedidas: A Feam trabalha com dados baseados em licenças e AAF s exclusivamente já concedidas e cujos prazos de validade não se RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 31

encontrem vencidos, o que nem sempre é observado por quem solicitou o dado sobre ETE s no Estado. ETE s sem regularização ambiental, não são contabilizadas pela Feam, uma vez que não se encontram regularizadas perante o COPAM, e são passíveis de autuação por operar sem regularização (conforme decreto 44.844 de 2008). Capacidade instalada x Percentual de tratamento: Nem todas as ETE s operam com sua capacidade média regularizada (vazão apresentada no licenciamento) junto às SUPRAM s, uma vez que nem sempre toda a área urbana do município conta com rede de coleta de esgotos e total adesão dos usuários. Na maioria das vezes, as ETE s operam com vazões menores, que são dados operacionais (monitoramento in loco), os quais são contabilizados exclusivamente pela COPASA e pelas prefeituras (ou autarquias municipais, etc). Desta forma, são realizados distintos levantamentos de dados pela Feam e pela COPASA/Prefeituras. A Feam contabiliza dados de licenciamento e a COPASA/prefeituras dados de operação real. Todo o material utilizado no Programa Minas Trata Esgoto e outros materiais de interesse público encontram-se disponíveis para download no site: http://www.feam.br/minas-trata-esgoto RT FEAM/DQGA/Gerência de Monitoramento de Efluentes 32